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FC > 100 podem demorar minutos para a via aérea aberta. Pode ser necessário um coxim
ficar rosados) em alguns casos.
Respiração
3. Aspirar vias aéreas
Deve ser eficiente e regular (sem número
de referência) Apenas indicada em pacientes que apresentem
obstrução da ventilação por secreções. Logo, se o
Saturação de oxigênio (SpO2)
RN está chorando, não é necessário aspirar (pode
Avaliada por oximetria de pulso, induzir bradicardia por aspiração excessiva!). Ao
posicionado no membro superior direito aspirar, iniciar pela boca e depois as narinas.
(pré-ductal).
Líquido meconial não é aspirado de rotina, sendo
PRÓXIMOS PASSOS indicada aspiração nas mesmas condições que RN
sem líquido meconial.
Segue os passos básicos “ABCs”:
A aspiração de esofago e estômago deve ser
A: Medidas iniciais de estabilização evitada.
B: Ventilação
C: Compressões torácicas
4. Secar
D: Adrenalina ou expansão volêmica
Devemos secar o RN e desprezar os campos
MEDIDAS INICIAIS DE ESTABILIZAÇÃO úmidos. Se a criança estiver envolta por saco
1. Aquecer / Prover calor plástico não devemos secar.
Temperatura ambiente da sala de parto de A secagem, assim como aspiração, promove
23 a 26 ° C estímulo tátil para o RN.
Usar campos previamente aquecidos
Mesa de reanimação com fonte de calor #DICA: todo bebê ao nascer quer “A PAS” (aquecer
radiante - posicionar - aspirar s/n - secar).
RN com peso < 1500g: utilizar touca e saco
plástico 5. Reposicionar e reavaliar
Manter temperatura do RN não asfíxico Essas medidas devem ser feitas em 30
entre 36,5°C e 37,5°C SEGUNDOS.
Uso de ar aquecido e umidificado
Contato pele-a-pele quando possível Após, vamos avaliar simultaneamente a respiração
Evitar hipertermia (> 38°C) e a FC:
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Este material é elaborado de forma colaborativa, sendo vedadas práticas que caracterizem plágio ou violem direitos autorais e/ou de propriedade intelectual.
Clínica Neonatal
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ROTEIRO DE ATENDIMENTO AO RN
1. Pré-atendimento: anamnese, carteirinha e
MASSAGEM CARDÍACA E ADRENALINA
se apresentar à mãe
2. Preparar e testar materiais
MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA
a. Sala aquecida 23-26°C
Método de realização b. EPI
3. Avaliar: termo + respiração + tônus
Técnica dos dois polegares na linha
intermamilar (⅓ inferior do esterno) a. Vigoroso: a termo (3 kg), eupneico,
Profundidade: 1/3 diâmetro em flexão
anteroposterior do tórax b. Não vigoroso: pré-termo, apneico,
Sincrônica = 3:1 (apenas no RN com via flácido
aérea avançada) Se vigoroso → rotina junto à mãe
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A transição da vida fetal para neonatal durante o responde aumentando a ventilação na tentativa
parto requer uma série de adaptações do sistema de melhorar a oxigenação.
cardiorespiratório, que resultam em
Nos prematuros, a imaturidade afeta todos os
redirecionamento da respiração da placenta para
níveis de controle respiratório e, ao invés do corpo
os pulmões. As mudanças principais são:
responder com hiperventilação, ele responde com
1. Troca do líquido alveolar por ar mais hipoventilação, levando à apneia.
2. Início da respiração regular
Risco e gravidade
3. Aumento no fluxo pulmonar (resultado do
aumento na resistência vascular sistêmica e O risco é inversamente proporcional à idade
redução da resistência vascular pulmonar) gestacional. Quanto menor a idade gestacional,
maior o risco. Ocorre geralmente em pacientes
Com isso, a PaO2 aumenta de 25 para 60-80
com menos de 36 semanas.
mmHg nos primeiros minutos e reverte a
depressão respiratória hipóxica, contribuindo para Quando é grave, dura mais de 20 segundos e é
uma respiração regular. associado à bradicardia.
Entretanto, 10% dos RN terão dificuldades nesse CLÍNICA
processo, como retenção de líquido intra-alveolar,
obstrução de vias aéreas, hipertensão pulmonar - RN com <37 semanas, principalmente <28
ou apneia, e necessitarão de reanimação ao semanas
nascer. - Evidenciada com 2-3 dias de vida após
nascimento, sendo associada à bradicardia
APNEIA IDIOPÁTICA DO RECÉM-NASCIDO e hipoxemia durante as pausas
É consequência da imaturidade do sistema de - Persiste com episódios por algumas
controle respiratório e é definida como semanas.
interrupção da respiração por mais de 20
segundos ou pausas curtas com dessaturação e/ou DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
bradicardia em RN < 37 semanas. A apneia é um diagnóstico de exclusão. Deve ser
Sua frequência aumenta com a redução da idade feito diferencial com algumas condições antes de
gestacional e é praticamente universal em <28 firmar o diagnóstico:
semanas. - Anemia
FISIOPATOLOGIA - Infecções e sepse
- Hipoglicemia e outras desordens
Imaturidade do centro respiratório → resposta metabólicas
atenuada ao CO2 → acúmulo de CO2 (hipercapnia) - Instabilidade térmica do ambiente
→ resposta anormal à hipóxia = HIPOVENTILAÇÃO - Administração de sulfato de magnésio ou
opioides para mãe
e APNÉIA.
- Doenças neurológicas
A apneia pode ser central (sem esforço - Enterocolite necrosante
inspiratório), obstrutiva (com esforço inspiratório) - Entre outras.
ou mista.
TRATAMENTO
1. Metilxantinas: Aminofilina, Teofilina, Cafeína
Resposta anormal à hipóxia
2. CPAP nasal: impede colabamento dos alvéolos
Em qualquer indivíduo com hipóxia, conforme
sinalização dos quimio e neuroreceptores pelas
SÍNDROME DA MEMBRANA HIALINA
alterações na PaCO2, PaO2 e pH, o organismo
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A sepse neonatal precoce é aquela com início nas - FiO2 entre 40 e 70%
primeiras 48h de vida, causada por S. agalactiae ou - pH > 7,20
E. coli e outros germes da flora materna. A - PCO2 > 60 mmHg
prematuridade é um fator de risco, assim como - SatO2 < 90%
bolsa rota > 18h, corioamnionite e colonização
Suporte geral
materna por germes patogênicos.
Líquidos e calorias devem ser ofertados pela via
Pode ser assintomática ou cursar com desconforto
IV.
respiratório, distermia e disfunção orgânica. O
padrão radiológico é idêntico ao da síndrome do CUIDADO! Liquidos infundidos em excesso
desconforto respiratório. podem causar:
Conduta 1. Persistência do canal arterial → Insuficiência
- Não é possível diferenciar = TRATA OS cardíaca
DOIS 2. Displasia broncopulmonar = dependência
- Tratar a membrana hialina de O² mesmo depois de 36 semanas de
- Colher culturas idade gestacional corrigida, tendo feito
- Iniciar antibiótico tratamento com O2 por, no mínimo, 28 dias
- Se o resultado das culturas forem (pulmão evolui com fibrose)
NEGATIVOS e o tratamento da membrana
hialina for bem sucedido, pode-se
descartar o antibiótico. COMPLICAÇÕES
A broncodisplasia pulmonar é uma complicação da
SMH e é definida por necessidade de O2 com
PREVENÇÃO FiO2>21% após 28 dias de vida.
- Evitar prematuridade Que vitamina pode diminuir o risco de
- Fazer corticoterapia (betametasona ou aparecimento da broncodisplasia
dexametasona) 48 horas antes do parto de pulmonar? R.: Vitamina A
fetos entre 24 e 34 semanas (estimula Qual é o tratamento da broncodisplasia
produção de surfactante e acelera o pulmonar? R.: Diuréticos +
desenvolvimento pulmonar) broncodilatadores. Além disso, é indicada a
- Intubação precoce para terapia e CPAP ou profilaxia contra o Vírus Sincicial
PEEP já na sala de parto Respiratório com palivizumabe.
TRATAMENTO
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RN
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OUTRAS CONDIÇÕES
HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
PERSISTENTE
- É resultante da persistência de resistência
vascular pulmonar elevada, o que ocasiona
shunt direita-esquerda do sangue
desoxigenado pelo forame oval e ducto
arterioso, resultando em hipoxemia
- É uma combinação de
subdesenvolvimento, mal desenvolvimento
e mal adaptação do leito vascular pulmonar
à vida extra-uterina.
- Ocorre geralmente em bebês de termo.
- Líquido meconial é um fator de risco, assim
como história de infecção bacteriana, baixo
crescimento intra-uterino, FCF com padrão
não tranquilizante.
- A clínica inclui taquipneia e cianose,
diferença na saturação pré e pós-ductal.
Sopro de insuficiência tricúspide pode
estar presente
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