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PEDIATRIA

TEMA: PEDIATRIA INTENSIVÃO Relativos à criança: galactosemia, Doença do


Xarope de Bordo (leucinose), atresia de esôfago e
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
fenilcetonúria.
Aleitamento materno exclusivo: leite humano de Relativas à mãe
banco de leite ou da própria mãe. Deve ser
Contraindicações Absolutas:
mantido nos primeiros 6 meses de vida.
- Infectada pelo HIV, HTLV 1 e/ou HTLV 2.
Aleitamento materno predominante: + cai nas - Uso de medicamentos incompatíveis com a
prova! LM ou LH, mais outros líquidos como água amamentação, como as drogas radioativas,
e bebidas a base de água (sucos e chá). Nunca citotóxicas ou imunossupressoras. Ex:
recomendamos esse aleitamento! amiodarona; ciclofosfamida; busulfan;
tamoxifeno; linezolida; ganciclovir.
Aleitamento materno complementado: LM +
alimentos sólidos e semissólidos. Papinhas etc. Contraindicações temporárias:
- Herpes-simples na mama (vesículas
Recomendamos receber LM até os 2 anos de herpéticas). Se tiver uma mama sadia pode-
idade, no mínimo. se realizar a amamentação por ela.
- Varicela: mãe com vesículas na pele 5 dias
Na ausência materna, ordenhar e armazenar o antes ou até 2 dias após o parto,
leite. Permanece viável por 12 horas na geladeira recomenda-se o isolamento da mãe até
e 15 dias no freezer. que as lesões adquiram a forma de crosta.
Durante a lactação A criança deve receber Imunoglobulina
Humana Antivaricela Zoster (Ighavz).
- Colostro nos primeiros 5 dias + proteínas +
eletrólitos. Contraindicações relativas:
- Leite de transição: dentre 6-10 dia. - Doença de Chagas na fase aguda da doença
- Leite maduro : > 2 semana + lactose + ou se houver sangramento mamilar
gordura. evidente.
Durante a mamada - Uso de drogas de abuso - anfetaminas,
cocaína, heroína, maconha e fenciclidina.
- Leite anterior. - Abscesso mamário: só o impede se houver
- Leite posterior: mais gordura que leva ao drenagem purulenta próxima ao mamilo
aumento de peso e saciedade.
(restrição unilateral).
- Ao longo do dia: mais gorduroso ao
anoitecer.
NÃO se deve contraindicar o aleitamento:
Técnica de Amamentação - Tuberculose: mães não tratadas ou ainda
bacilíferas (duas primeiras semanas após
Posicionamento: bem apoiada, cabeça e tronco no
início do tratamento) devem amamentar
mesmo eixo, corpo próximo ao da mãe, rosto de
com o uso de máscaras.
frente para a mama.
○ Bebê - Isoniazida por 3 meses.
Pega: boca bem aberta, lábio inferior evertido, - Hanseníase - iniciar a amamentação depois
aréola mais visível acima da boca, queixo toca a da 1º dose de Rifampicina.
mama. - Hepatite B: a vacina e a administração de
imunoglobulina específica (HBIG) após o
nascimento praticamente eliminam

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Este material é elaborado de forma colaborativa, sendo vedadas práticas que caracterizem plágio ou violem direitos autorais e/ou de propriedade intelectual.
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qualquer risco teórico de transmissão da vezes ao dia) com alteração da consistência das
doença via leite materno. fezes.
- Álcool e cigarro - desestimular o hábito e
- Mudança do padrão: frequência ou
manter a amamentação. consistência.
- Dengue - mãe passa fator antidengue no
leite materno. DIARREIA AGUDA
Duração < 14 dias.
Profilaxia de Ferro Há 2 tipos principais:
Segundo SPB
Aquosa
RN a termo AIG > 2.500gr, após 3 meses iniciar
- Causada por vários tipos de vírus.
Ferro 1 mg/kg/dia até os 2 anos de idade.
- O mais comum é o Rotavírus → principal causa
RN a termo < 2.500gr, a partir dos 30 dias iniciar de diarreia grave em < 2 anos.
Ferro 1 mg/kg/dia até os 2 anos de idade. - Outros agentes:
Norovirus → principal vírus encontrado em
No 1 ano de vida, dos 30 dias até 12 meses. surtos.
- RN < 1000 gr: 4 mg/kg/dia E. coli enterotoxigênica: principal agente
- RN < 1500 gr: 3 mg/kg/dia de diarreia bacteriana no nosso meio.
- RN < 2500 gr: 2 mg/kg/dia Causa a diarreia do viajante.
E. coli enteropatogênica: causa diarreia
No 2 ano de vida: 1mg.kg.dia.
persistente, > 14 dias.
Vibrião colérico : não é endêmica no nosso
Segundo o MS:
meio. Suspeitar de cólera se diarreia grave
Suplementação de ferro dos 6 meses aos 24 em área de epidemia (viajou algum lugar).
meses de idade.
Disenteria
Vitaminas Diarreia com presença de sangue nas fezes. Pode
A dose preventiva universal da vitamina D é de causar disenteria ou diarreia aquosa também.
400 UI para lactentes até 1 ano, depois a dose Shiguella: principal bacteria que causa
passa a ser de 600 UI. disenteria. Apresenta sintomas extra
intestinais como convulsão!
- Não dar leite de vaca em menores de 4 Campylobacter: “ campilobarre”. Principal
meses, se dar porque a família não tem agente etiológico relacionado com a
condições para comprar fórmula. Diluir Síndrome de Guillain Barré.
com água. E. coli enteroinvasiva, E. coli entero -
hemorragica: causas de hemorragia, pode
não ter febre.
APLV - Alergia à proteína do leite de vaca
Salmonella: causa disenteria .
Em RN em AME com diarreias explosivas e
proctite. Retirar leite de vaca e derivados na dieta
Shigella e E. coli enterohemorrágica são as
da mãe. principais, causam Síndrome Hemolítica Urêmica
(SHU), insuficiência renal aguda, trombocitopenia
e anemia microangiopática.
- Hemólise dentro dos pequenos vasos.
DIARREIA - Sangue periférica: Esquizócitos.

Aumento do número de evacuações (3 ou mais DESIDRATAÇÃO


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esteja clinicamente hidratada. A cardiopatas e


Avaliar estado de hidratação da criança. recém-nascidos, inicia-se com 10mL/kg; crianças
maiores de 5 anos – 1ª fase: soro fisiológico a
0,9%, 30mL/kg, em até 30 minutos; 2ª fase: Ringer
lactato 70mL/kg em 2 horas e 30 minutos;

Fase de manutenção: necessidades para a


manutenção de água e eletrólitos para cada
100kcal/d: água = 100mL, sódio = 3mEq (= 20mL
de soro fisiológico a 0,9%), potássio = 2,5 a 5mEq e
glicose = 8g. Podem-se acrescentar, no soro de
manutenção, o cálcio (100 a 200mg/kg/d) e o
magnésio (0,5 a 1mEq/kg/d); o soro de
manutenção visa suprir o gasto metabólico basal e
pode ser calculado pela regra de Holliday- Segar:

Plano A: - Até 10kg – 100kcal x peso (kg);


- 10 a 20kg – 1.000kcal + 50 x (peso - 10);
- Tratar em casa; - Acima de 20kg – 1.500kcal +20 x (peso - 20).
- Aumento da ingesta de líquidos, manter a
alimentação e orientar os sinais de alarme; Fase de reposição: utiliza-se a solução de partes
- Zinco em crianças menores de 5 anos: de iguais de soro fisiológico a 0,9% e soro glicosado a
10 a 14 dias, até 6 meses de idade 10 5%, em volumes que variam de 30 a 70mL/kg/d. O
mg/dias; > 6 meses 20 mg/dia. Ele diminui a volume de reposição calculado é infundido
recorrência da diarreia. conjuntamente com o soro de manutenção.

Plano B: Antibiótico
Uso raramente. Uso quando tiver desinteria,
- 2 ou mais sinais de desidratação; cólera (< 8 anos – sulfametazol com trimetropim)
- Pesar e tratar com SRO – 50 a 100 ml/kg grave, toxemia e sangue nas fezes. As principais
em 4 a 6 horas; escolhas são: 1 - ciprofloxacino; 2 - azitromicina; 3 -
- Durante a TRO não alimentar, com exceção ceftriaxona.
da amamentação materna;
- Uso de SNG em perda de peso após 2 De acordo com o documento científico do
horas, vômitos persistentes, distensão Departamento de Gastroenterologia da Sociedade
abdominal e/ou dificuldade de ingestão; Brasileira de Pediatria, publicado em março de
- Velocidade 20 a 30 ml/kg/h. 2017, os seguintes antibióticos são indicados:

1. Ciprofloxacino (1ª escolha): crianças,


15mg/kg, 2x/d, por 3 dias; adultos, 500mg
Plano C: 2x/d por 3 dias.
2. Como 2ª escolha, pode ser adotada a
- Diarreia + desidratação grave (pelo menos
recomendação da ESPGHAN11
1 sinal de gravidade);
(azitromicina, 10 a 12mg/kg no 1º dia e 5 a
- Pesar e iniciar uma hidratação venosa;
6mg/kg por mais 4 dias, via oral) para o
Fase de expansão: crianças menores de 5 anos – tratamento dos casos de diarreia por
soro fisiológico a 0,9%, 20mL/kg, em até 30 Shigella (casos suspeitos ou comprovados).
minutos, podendo ser repetida até que a criança
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3. Ceftriaxona, 50 a 100mg/kg IV por dia por - Infecção viral da mucosa nasal


3 a 5 dias nos casos graves que requerem - Principal: Rinovirus
hospitalização. Outra opção é a
Clínica
cefotaxima, 100 mg/kg dividida em 4
doses. - Obstrução nasal e coriza → podem causar
roncos.
Já no AIDPI 2017 (Ministério da Saúde), a - Coriza começa transparente, depois vira
orientação é que a 1ª opção de antibiótico seja a purulento (não significa que seja bacteriana,
Ceftriaxona na dose de 50mg/kg/d intramuscular faz parte da evolução).
por 3 dias, e a 2ª opção, sulfametoxazol - Tosse mais noturna, febre pode ter o não.
trimetoprima, 40mg/kg/d durante 5 dias. No - Dx: clínico!
mesmo texto, recomenda-se checar o perfil de - Tx: Soro fisiológico nasal, antipirético. Não
resistência da Shigella da região antes de escolher usar AAS, por risco de Sd. Reye (não usar em
o melhor antibiótico. resfriado comum nem na varicela).
- Não usar mucolítico, descongestionante,
Lembrar-se do uso de metronidazol, de 15 a antitussígeno.
30mg/kg/dia, a cada 12 horas, durante 5 dias, na - Complicações: OMA , sinusite.
suspeita de giardíase ou de amebíase. OTITE MÉDIA AGUDA

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS - Principal complicação do resfriado comum.


- Agentes:
Marcadores clínicos Streptococcus pneumoniae (mais
comum segundo referência
- Estridor: acomete as grandes vias americana).
extrapleurais – Laringe. Haemophilus influenzae (mais comum
- Taquipneia: grande marcador clínico que segundo SBP).
acomete trato respiratório inferior. Moraxella catarrhalis (menos comum).
- Sem taquipneia , sem estridor: IVAS !!! - Clínica - quadro de resfriado comum que
- Exemplos: resfriado comum. evolui com otalgia, irritabilidade, otorreia e
- Complicação do resfriado comum: OMA, secreção purulenta.
rinossinusite bacteriana , faringoamigdalite - Dx: otoscopia.
aguda. - Membrana timpânica hiperemiada, com
opacidade (choro produz MT hiperemiada) e
abaulamento (maior especificidade).
- Tratamento:
Analgésico, antipirético.
Antibiótico, receber ou observar:

Otorreia ou Bilateral Unilateral


Doença grave

6m – 2 a ATB ATB Observar

≥ 2 anos ATB Observar Observar

RESFRIADO COMUM OBS: < 6m, tratar sempre todos os casos!


- Autolimitada 7 dias
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- Doença grave: febre ≥ 39, dor moderada a - Mais comum entre 5 – 15 anos.
grave por mais de 48 horas. - Agentes:
- Antibiótico: Streptococcus do grupo A ( St. Pyogenes).
Amoxicilina (não cobre ½ infecções por - Complicação: febre reumática.
Haemophilus, nem Moraxella porque - Clínica: febre alta e dor de garganta de
produzem beta lactamase. instalação rápida e aguda. Exsudato, pode ter
Amoxicilina + clavulanato: dar se tem otite ou não. Não tem tosse nem coriza.
com conjuntivite! É infecção por - Hemograma: linfocitose com neutrofilia.
Haemophilus. Exame físico
Duração do ATB: 7-10 dias.
Complicação da OMA: Mastoidite Aguda. - Hiperemia do pilar amigdalino, petéquias no
palato (pode estar presente da faringite viral)
MASTOIDITE AGUDA e adenopatia cervical.
- Inflamação da mucosa do mastoide, chegando - Dx - Avaliação bacteriológica com:
ao periósteo. Teste rápido (bastante específico, menos
- Clínica: hiperemia e edema retro auricular sensível que a cultura). Se teste rápido
(desaparece o sulco retro auricular), negativo não deixo de dar ATB e coletar
deslocamento do pavilhão auricular. cultura.
- Conduta: internação e antibiótico EV. Cultura de orofaringe é padrão ouro.
- Tx: PNC benzatina dose única; Amoxicilina por
SINUSITE AGUDA 10 dias e antialérgicos.
- É a complicação do resfriado comum. Complicações não supurativas: febre reumática e
- Clínica + Dx: resfriado arrastado (≥ 10 dias), GNPE.
coriza purulenta, obstrução, tosse intensa, não
Complicação supurativa: abscesso periamigdaliano
há cefaleia! e abscesso peritonsilar. Mais comum adolescente
- Quadro grave: ≥ 3 dias de tosse com secreção e adulto jovem.
purulenta e febre alta, ou quando tem uma
- Clínica: odinofagia, evoluindo com disfagia,
súbita piora do quadro. sialorreia e trismo com desvio da úvula.
- Não solicitar exames complementares! - Dx: clínico.
- Tx: = igual ao da OMA. Manter amoxicilina, até - Tx: ATB + drenagem.
7 dias após melhora. Não tem tempo - Dx diferencial:
específico para o Tx. Mononucleose infecciosa (EBV) - tem a
Dx Diferencial mesma clínica da Faringite aguda
Estreptocócica, mas possui linfadenopatia
- Corpo estranho nasal: secreção, rinorreia generalizada (grande diferença) e
fétida unilateral. esplenomegalia (50% dos casos).
Laboratorial vê-se linfocitose com atipia.
Complicações da Sinusite
OBS: Se prescrever Amoxicilina em paciente com
- Celulite orbitária: complicação da sinusite do
EBV, causa Rash.
seio etmoidal. Há hiperemia da pálpebra, dor
a mobilização ocular e proptose. Adenovirus: febre, faringite, conjutivite
- Celulite periorbitária: só a face e pálpebras, (diferença).
não acomete globo ocular. Herpangina (Coxsackie A) - início súbito
com febre, dor de garganta, cefaleia,
FARINGITE AGUDA
anorexia e, geralmente, dor no pescoço. Há
vesículas que depois virão úlceras na região
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posterior da faringe (centro branco com - Dx: clínico.


halo hiperemiado). - Rx região cervical: sinal da torre, ponta do
Febre Periódica, Estomatite Aftosa, lápis (pedir só nos casos de dúvida).
Faringite e Adenite (PFAPA) - termo - Tx: depende da gravidade.
médico para episódios recorrentes de - Quadro graves (quando há estridor em
febre, adenites, faringites e aftas na boca. repouso): adrenalina em nebulização (efeito
A PFAPA afeta crianças na primeira imediato) e corticoide VO ou IM (efeito
infância, geralmente antes dos cinco anos prolongado).
de idade. Tx : corticoide na fase aguda do - Quadro leve (estridor leve, quando só há
quadro. agitação): corticoide.

INFECÇÃO DAS VIAS AÉREAS


INTERMEDIÁRIAS INFECÇÃO DAS VIAS AÉREAS INFERIORES

Sintomas Gerais Sintomas Gerais


- Taquipneia SEM estridor.
- Estridor: infecção vias extra pleurais! Na
- Pneumonia bacteriana - Doença grave.
obstrução grave pode ter taquipneia, mas
- Bronquiolite: sibilo.
não é comum.
- Epiglotite. - Atipia (Pneumonia afebril do lactente) →
- Laringite aguda (crupe VIRAL). Doença insidiosa.

EPIGLOTITE AGUDA

- Agente: Haemophilus Influenzae tipo B. PNEUMONIA BACTERIANA


Clínica
OBS: dica de prova → criança não vacinada. - Pródromos catarrais: febre alta, tosse e
taquipneia.
- Clínica: início agudo rápido e fulminante
(poucas horas). Caracterizada por febre alta, Internar
toxemia, disfagia, sialorreia, estridor, posição - Crianças com < 2 meses.
em tripé. - Comprometimento respiratório.
- Tx: urgência médica! Estabelecer via aérea - Sinais de gravidade: tiragem subcostal,
definitiva ( IOT , traqueostomia). ATB por 10 Saturação < 92%.
dias. - Comprometimento do estado geral
(incapacidade de beber líquido).
LARINGOTRAQUEITE VIRAL AGUDA – CRUPE - Doença de base.
- Complicações radiológicas.
- Infecção viral limitada a laringe ou afeta
laringe e traqueia, ou laringe traqueia e Tratamento
brônquios. - < 2 meses: internar.
- Agente: Parainfluenza (vírus que “ não para “ - St. Agalactiae – GBS – Strep . grupo B, Gram
de descer). negativos entéricos.
- Clínica: - Ampicilina + aminoglicosídeos.
Pródromos catarrais
Tosse metálica de cachorro. > 2 meses:
Rouquidão – acomete corda vocal. - St. Pneumoniae: principal bactéria!
Febre baixa. - Tx ambulatorial: Amoxicilina.
Estridor. - Tx internação: Penicilina cristalina.
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- Oxacilina + ceftriaxona: para pneumonia grave


com insuficiência respiratória (St. aureus, COQUELUCHE :
Haemophilus). - Agente: Bordetella Pertussis.
- Clínica 3 fases:
Falha terapêutica Catarral.
- Sem melhora clínica após 48-72 horas de Paroxística: acessos de tosse + guincho.
tratamento. Convalescença.
- Pensar em complicação: Derrame pleural! - < 3 meses: pode ter só tosse arrastada,
- Solicitar Rx: confirma. apneia, cianose e convulsão.
- Conduta: toracocentese para diferenciar entre - Labs: leucocitose com linfocitose.
empiema ou derrame inflamatório. - Rx : infiltrado peri hilar.
- Tx: Azitromicina !!
Empiema
- Aspecto purulento, Ph < 7.2, glicose < 40,
bacterioscopia +.
- Realizar drenagem torácica + manter tratamento
com penicilina.

Derrame inflamatório CRESCIMENTO E SEUS DISTÚRBIOS


- Tratamento com penicilina.
BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA FASES DE CRESCIMENTO
- Agente : Virus Sincicial Respiratorio. Lactente : até final do 2 anos.
- Clínica: atinge mais < 2 anos, febre, tosse, - 1 ano de vida: é a fase de crescimento mais
taquipneia, SIBILOS. intenso, é desacelerado.
- Dx: clínico! - Ganho de peso. O peso do RN se duplica entre 4-
- Tx: hospitalizar pacientes com sinais de 5 meses. Se triplica aos 12 meses.
gravidade. - Estatura: 25cm no 1º ano. 12 cm no 2º ano.
- Tx é SUPORTE. Oxigênio só se Sat <90%. Pré escolar até escolar: 2 anos até início da
Hidratação, nebulização com solução salina puberdade.
hipertônica (Na 3%). NÃO FAZER corticoide e - Ritmo de crescimento constante, homogêneo.
fisioterapia respiratória! - O potencial genético tem importância.
- Suspeitar em repetidos episódios de infecção - Estatura: Pré escolar 7-8 cm x ano. Escolar 5-7cm
de via aérea superior. ao ano.
- Dx diferencial: Asma → Episódios recorrentes, - Puberdade:
historia familiar de asma, antecedentes de - Ritmo de crescimento acelerado, chegando ao
rinite e dermatite atópica, eosinofilia. máximo “ pico do estirão puberal”.
- Meninas: 8- 9 cm x ano.
- Meninos: 9-10 cm x ano.
PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE
- Agente : Chlamydia Trachomatis.
- Clínica: contaminada no canal do parto. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
- Conjuntivite no final da 1 semana de vida. Gomes: compara peso do paciente com o peso
- Manifestações aparecem entre 1 e 3 meses de considerado ideal para a idade do meu paciente
vida. (P/I).
- Início insidioso, afebril, tosse intensa.
- Percentil, P50 = peso ideal para comparar.
- Labs: Eosinofilia.
- Tx: Macrolídeos.
- Dx Dif: Coqueluche.
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Forma mais comum no 1 ano de vida. Processo de


instalação lenta. Déficit energético global.
Clínica: ausência de tecido adiposo, fácie senil, não
há edema.
Kwashiorkor
Déficit proteico. Recebe alimentos ricos em
Waterlow: compara peso ideal para a estatura,
carboidratos.
peso ideal para idade.

- P/E ≤ 90% MAGRO Clínica: edema, hepatomegalia, alteração dos


cabelos (cor), pele (áreas de descamação) e
- E/I ≤ 95% BAIXO
subcutâneo preservado.
Taxa desnutrição grave: internar.
Fase de estabilização
- Primeiros 7 dias de internação. Prevenção
e tratamento da hipotermia e hipoglicemia.
Atenção ao equilíbrio hidroeletrolítico. É
comum hipoNa, não corrigimos porque o
Resultados : Na corporal total está normal, está dentro
do intracelular.
Nem magro nem baixo: eutrófica - Tx: infecção. ATB.
- Alimentar, se não aceita VO, colocar SNG.
Magra + estatura adequada: Desnutrição aguda
- Suplementação K, Mg, vit A (manifestações
Magra e baixa: Desnutrição crônica oculares), Zinco, Ac. Fólico. Não dar Ferro
nesta fase;
Peso adequada + baixa: desnutrido pregressa
Fase recuperação :
- Tem retorno do apetite.
CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL SEGUNDO O - Dieta alta densidade energética e proteica.
MINISTÉRIO DA SAÚDE - Ferro → dar a partir desta fase.
P/i P/e E/i IMC/i Percentil Score Z. - Se realimento paciente muito rápido com
dieta hipercalorica, hiperproteica, pode ter
Percentil 3 – 99-9 síndrome de realimentação, causa
Percentil 2 – 97 hiperfosfatemia.
Percentil 1 – 85
Percentil 0 – 50 OBESIDADE
Percentil -1 – 15 Causas :
Percentil – 2 – 3
Perncentil – 3 – 0-1 - Obesidade primária: excesso calórico,
sedentarismo.
- Tx: planejamento dietético ( não restringir !),
DESNUTRIÇÃO GRAVE atividade física.
Marasmo BAIXA ESTATURA

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1. Definir se existe baixa estatura : E/I <p3 ou -


Telarca: marca o início da puberdade em
score < EZ-2. Fase M2.
2. Avaliar a velocidade de crescimento: ver M2 Telarca .
quanto cresceu no último ano. M3 Estirão puberal
M4 Menarca
Crescimento Normal: variante normal de
- Puberdade sexo masculino: Marca o início
crescimento de acordo com idade causas:
da puberdade em G2 aumento tamanho
- Retardo constitucional de crescimento: testicular > 4ml.
amadurece + lentamente. Cresce mais - G4: estirão puberal, 9-10 cm por ano.
devagar, porém cresce por mais tempo. DESENVOLVIMENTO PUBERAL
Será uma criança baixa, início da
Feminino
adolescência será adolescente baixo,
Normal: 8-13 anos
adulto terá tamanho normal. Pais com
Precoce: < 8 anos
altura normal. Avaliação da idade óssea:
Masculino
idade cronológica atrasada.
Normal: 9-14 anos
- Baixa estatura familiar: individuo baixo, por
Precoce: < 9 anos
potencial genético limitado. Avaliação
idade óssea: compatível com a cronológica.
PUBERDADE PRECOCE
Pais baixos: homem < 1.63cm, mulher <1.53
Grande consequência: baixa estatura .
cm .
- Puberdade precoce Central
Crescimento Anormal: condições mórbidas. GnRh dependente: causa idiopática ou lesão SNC.
Escolar que cresce < 5-7 cm por ano. Sempre é puberdade issosexual (testículos
- Avaliar cariotipo e avaliar alteração tamanho aumentados).
fenotípica. - Puberdade precoce periférica
- Tem alteração fenotípica: doença genética. Pseudo puberdade precoce: independente GnRh,
- Sem alteração fenotípica: olhar IMC. Se é causada por Doença gonadal, Doença adrenal
obesa ou eutrófico: Doenças endócrinas → (cisto, tumor ovariano, hiperplasia adrenal
congênita, tumor supra adrenal). Pode ser
obesas e baixas. Emagrecido: desnutrição.
issosexual ou heterossexual (testículos pequenos).
Avaliar Cariotipo também
NEONATOLOGIA
- Desnutrição primária, secundária.
- Doença endócrina: hipotireoidismo.
Classificá-lo seu peso, idade gestacional e
- Sd. Genética ou cromossomal (Sd Turner).
adequação P/IG.
Síndrome Turner (45X) CIUR: crescimento menor que o potencialmente
- Fenótipo: feminino. determinado para certa criança. Há o CIUR
- Características: nos primeiros anos de vida simétrico (início da gestação, proporcional) e o
só vai ter baixa estatura, depois vai ter CIUR assimétrico (final da gestação, circunferência
atraso puberal. abdominal comprometida) sendo suas principais
causas as infecções perinatais/ alterações
PUBERDADE cromossômicas e a insuficiência placentária,
- Prova avaliar desenvolvimento puberal respectivamente.
normal.
- Classificação de Tanner.
- Quando iniciam a crecer pelos: pubarca.

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Rubeola Só vai ter sintomas se for infectada


no início da gestação, tais quais
cardiopatia (PCA e estenose da
artéria pulmonar).

- Zika: pensar se grávida teve doença


exantemática durante a gravidez.
INFECÇÕES CONGÊNITAS
- PCA: tem sopro em maquinaria.
Manifestações inespecíficas: não me permite
diferenciar entre elas, como ser manifestação PIG, Sífilis PNC
manifestações oculares, pele, hepatomegalia.
Toxo Sulfadiazina + pirimetamina + ac.
Após nascimento: alterações SNC – Microcefalia. Folínico
Corticoide se tem ↑proteína do
Microcefalia líquor ou coriorretinite ativa
< 2 desvios padrão abaixo da média
Meninas de 37 sem: < 30.24 cm
Meninos de 37 sem: < 30.54 cm CMV Transmissão: transplacentária,
periparto ou através do leite
materno
Não trato se for infectada por LM.
Diagnóstico Trato criança por infecção
intrauterina: dx presença de CMV
- Identificar agente.
na urina e na saliva no RN com < 3
- Sorologia: IgG materna passa a placenta, já o IgM
semanas
não passa. Sorologia do RN com IgM (+) significa Ganciclovir
RN infectado, IgG pode ser da mãe.
Rubeola Manejo de sequelas
Manifestações específicas

Sífilis Rinite serosanguinolenta


SÍFILIS
Pênfigo (lesões vesicobolhosas) e
condiloma plano ao redor dos É a mais importante. Avaliar se o tratamento
orificios materno foi adequado.
Osteocondrite, pseudoparalisia de
Parrot e periostite Tx Adequado
- Penicilina benzatina.
- Adequada para a fase (dose e intervalo
Toxo 1. Asintomática entre as doses).
2. Calcificações difusas (TODO - Iniciado até 30 dias antes de parto.
o parênquima) - Tratamento do parceiro.
- Queda do VDRL documentada (se aumenta
o tx foi inadequado).
CMV Calcificações periventriculares
“ Circunda o meu Ventrículo “ - Mãe não tratada ou inadequadamente
tratada → SEMPRE TRATAR O RN .

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Este material é elaborado de forma colaborativa, sendo vedadas práticas que caracterizem plágio ou violem direitos autorais e/ou de propriedade intelectual.

Clínica: sopro + surdez + catarata


PEDIATRIA

Clínica inespecífica:
Testes no RN
- Taquipneia > 60 Resp x min.
- VDRL (sangue periférico).
- Sinais de desconforto respiratório
- Hemograma.
- Rx ossos longos. Para diferenciar ver fatores de risco, raio-x e
- Punção lombar: VDRL + > 25 cels, proteína evolução da doença;
> 150. Preciso de 1 das 3 alterações no
líquor. Fatores de risco
Se não foi possível puncionar, assumir que RN tem
neurosífilis. Doença da Prematuridade, DM
Membrana Hialina - materno, sexo masculino
Liquor PNC Cristalina Ev x 10 dias DMA Prevenção: corticoide
alterado (Síndrome do antenatal
desconforto
Liquor normal PNC Procaínica IM (preferencia) respiratório)
+ alteração ou
dos outros PNC cristalina EX x 10 dias Pneumonia Infectadas por via
exames ascendente
Bolsa rota > 18 hrs
Febre materna
(corioamnionite) e
Asintomático, PNC Benzatina dose única. So se
prematuridade
todos os labs temos seguimento garantido
normais VDRL Se não garanto seguimento dou Taquipneia Retardo de abs do líquido
não reagente PNC procaína ou cristalina por transitória do RN pulmonar
10 dias (TTRN) Nascimento sem TP
óssea, cesárea eletiva
Mãe adequadamente tratada
Síndrome de RN banhado em mecônio.
- RN sintomático: pedir todos os labs. Aspiração meconial ASPIROU o mecônio intra
- Tx: Penicilina cristalina (líquor alterado) ou (SAM) útero: sinais de asfixia,
procaína x 10 dias. sofrimento fetal,
reanimação
Pega mais a termo e pós
- RN assintomático: VDRL + do RN é maior termo
que o materno em 2 diluições (ex.: mãe
VDRL 1:4, RN 1:16) → investigar e pedir - Insulina diminui a liberação de surfactante.
todos os labs. Rx + Evolução
- Tx: tratar todos os casos. Penicilina
cristalina ou procainica x 10 dias. DMH Reticulogranular
Padrão vidro fosco – moído
Começa nas primeiras horas de
- RN assintomático: VDRL + do RN ≤ do vida e vai piorando
VDRL materno → Acompanhar.
- Tx: PNC cristalina antes do resultado do Pneumonia Idêntico a DMH
líquor, se não apresenta alteração no líquor Principal agente: GBS
posso trocar para procaína depois. Pode ter período
assintomático
DISTURBIOS RESPIRATORIOS AGUDOS NO RN

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PEDIATRIA

Taquipneia Congestão perihilar, aumento No período neonatal a icterícia com predomínio de


transitória da trama, líquido na cissura e BD é sempre patológica, geralmente associada à
derrame atresia de vias biliares extra-hepáticas, na qual a
Quadro transitório = rápida cirurgia de Kasai é o tratamento indicado. Outra
resolução causas de BD elevada: hepatite, erro inato, fibrose
cística.
SAM Infiltrado grosseiro,
hiperinsuflado Quadro patológico com predomínio de BI?

Quando temos algum dos seguintes achados:


Tratamento início em <24 horas; níveis >12mg/dL; aumento
muito rápido. Quando temos uma icterícia precoce
DMH Soporte ventilatório- CPAP (<24 horas) devemos pensar sempre em causas de
Surfactante (feito em RN grave hemólise.
que precisa de ventilação
mecânica) e ATB ( porque é Exames Laboratoriais
difícil diferenciar entre PNM e
DMH) - BD, BI, hemograma, contagem de
reticulócitos, tipo sanguíneo mãe e bebê,
Pneumonia Ampicilina + Aminoglicosideo teste de coombs e esfregaço de sangue
periférico.
TTRN Suporte, O2 baixo Fio2 < 40%
Zonas de Kramer
SAM Suporte ventilatório + ATB +
Surfactante (nova Zona 1: 4 a 7 mg/dL (cabeça e pescoço).
recomendação ) Zona 2: 5 a 8,5 mg/dL (tórax e metade
superior do abdome).
Zona 3: 6 a 11,5 mg/dL (umbigo para baixo
ICTERÍCIA até antes dos joelhos).
Zona 4: 9 a 17 mg/dL (abaixo dos joelhos).
A bilirrubina indireta (BI) elevada é neurotóxica Zona 5: > 15 mg/dL (pés).
(lipossolúvel e atravessa a barreira
Kernicterus
hematoencefálica), apresentando maior risco de
lesão do neurônio nos quadros associados de
É a encefalopatia bilirrubínica. Consiste na
asfixia, prematuridade e infecção. Já a bilirrubina
deposição de bilirrubina não conjugada nos
direta (BD) elevada não é neurotóxica
núcleos da base e tronco cerebral. Quadro clínico
(hidrossolúvel), porém é sinal de doença grave.
é marcado por letargia, recusa alimentar, perda do
moro (reflexos primitivos), convulsões e coma.
- Aumento fisiológicos – o RN possui um
turnover alto de hemácias, uma capacidade
Sequelas alongo prazo: coreoatetose com
menor de captação e conjugação da
espasmos musculares, sinais extrapiramidais,
bilirrubina e uma circulação êntero
convulsões, deficiência mental, disartria, perda
hepática aumentada, o acúmulo de BI pode
auditiva e estrabismo.
ser normal.
- Aparece no 2º ou 3º dia de vida, com taxa
<5 mg/dL/24 horas. Situações que aumentam a oferta da BD

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PEDIATRIA

- Situações que aumentam a oferta do placenta e atacam as hemácias do feto. Esse


heme: anemia hemolítica isoimune, quadro piora a cada gestação.
deficiência de G6PD, esferocitose - Quadro clínico: anemia, hepatoesplenomegalia e
hereditária, hematomas, policitemia. icterícia já na vida intrauterina.
- Quando penso em hemólise: anemia, - Laboratório: reticulocitose, coombs direto (RN)
elevação rápida da bilirrubina (> 0,5 mg positivo.
qdL/h), reticulocitose e - Feto: anemia, descompensação cardíaca,
hepatoesplenomegalia. anasarca, hidropsia, evolução para morte
- Drogas que desfazem a ligação bilirrubina a intrauterina.
albumina: sulfonamidas, ácido fusídico,
aspirina. Diagnóstico
- Defeitos genéticos da glucuronil
transferase: Sd. de Crigler Najjar I, Sd de - Pré-natal: IgG anti-D na mãe.
Crigler Najjar II ou Sd de Gilbert. - Amniocentece – bilirrubina em excesso no líquido
amniótico observada por espectrofotometria.
Dentre as condições mais comuns que causam - Quando indicar? história anterior, mãe com
hemólise temos: evidência de sensibilização (anti-D com títulos de
- Incompatibilidade Rh – mãe Rh negativo e pelo menos 1:16) ou sinais de hemólise ou
filho Rh positivo, coombs indireto positivo, hidropisia ao USG.
mãe sensibilizada;
- Incompatibilidade ABO – mais comum, mãe Tratamento
O e filho A ou B, previne a Rh; - Hidropsia ou anemia fetal (HT < 30%):
- Deficiência de G6PD – corpúsculos de Heinz; transfusão pela veia umbilical.
- Esferocitose – esferocitos no sangue, - Reserva de sangue O para após nascimento
coombs negativo). (cruzado com sangue materno para ver se é
compatível).
Eritroblastose fetal
- Acompanhamento a cada 4-6 horas:
hemograma e bilirrubina sérica.
A eritroblastose fetal é uma anemia hemolítica
- Se a anemia for muito intensa e a icterícia
fetal (ou neonatal), associada a:
muito grave (não responde a fototerapia),
- Antígeno D do fator Rh - criança tem e a parto para exsanguineotransfusão total.
mãe não tem; mãe desenvolve anticorpos
Prevenção
contra esse antígeno e passa para a
criança.
- Rhogam, anti-D gama-globulina. Até 72 horas
- Incompatibilidade ABO - mão é O e a criança
após nascimento (evita a sensibilização materna).
é A ou B - mãe produz anticorpos contra o
- Ideal são 2 doses.
A ou B
1º dose- 28-32 semanas de gestação.
Incompatibilidade Rh 2º dose até 72 horas após nascimento.
Raramente ocorre na 1º gestação. Ocorre através
da transfusão de sangue fetal Rh+ para mãe Rh-
perto do nascimento. Inicialmente são produzidos
REANIMAÇÃO NEONATAL
anticorpos IgM, que depois são substituídos por
anticorpos IgG (atravessam a placenta). Na
Fazer 3 perguntas?
segunda gestação, esses anticorpos atravessam a
1. A termo?
2. Respirando ou chorando?
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PEDIATRIA

3. Tônus adequado?
IMUNIZAÇÕES
- Se a resposta for sim para as 3 perguntas, o
bebê vai para o colo da mãe. CONTRAINDICAÇÕES
- Alguma resposta “não”: levar a sala de Vacinas de agentes atenuados
reanimação. - Imunodeprimidos (>2mg/kg/dia prednisona
por mais de 14 dias).
PASSOS - Grávidas.
- Imunodeficiências primárias.
1. Aquecer, posicionar e aspirar só se - Imunodeficiências adquiridas.
necessário (primeiro a boca e depois o - Transplantados.
nariz), e secar. Se < 34 semanas, não secar, Vacina para rotavírus
colocar no saco plástico e toca na cabeça. - Doença gastrointestinal crônica.
2. Avaliar FC e FR: - Má-formação gastrointestinal congênita.
- FC < 100 ou apneia ou respiração - Invaginação intestinal prévia.
irregular? Se sim, fazer VPP (30 Pacientes com anafilaxia a ovo
seg). - Influenza e febre amarela.
3. Fazer VPP (60 seg):
- < 34 sem: iniciar O2 com 30%. CALENDÁRIO VACINAL PNI 2020 (sofreu mudanças)
- ≥ 34 sem: ar ambiente.
- Aferir oximetria de pulso em MSD e Ao nascer BCG + Hepatite B
monitor cardíaco.
4. Reavaliar a FC 2 meses Pentavalente + VIP + Rotavírus +
- < 100 : checar técnica. Pneumo10V

- Técnica boa e continua FC < 60 → 3 meses MeningoC


intubar. Se após entubar continua
4 meses Pentavalente + VIP + Rotavírus +
FC < 60. Pneumo10V
5. Iniciar massagem cardíaca 3:1. Só iniciar
massagem cardíaca após entubar!! Após 60 5 meses Meningo C

segs reavalio. 6 meses Pentavalente + VIP


- Se FC < 60, dou adrenalina.
- Se na reavaliação continuar FC < 60, 9 meses Febre Amarela
faço reposição volêmica. 12 meses Meningo C +SCR + Pneumo10V

OBS: No protocolo atual, o RN banhado em 15 meses DTP + VOP + Tetraviral + Hepatite A


mecônio que responde sim às três perguntas
4 anos DTP + VOP + Tetraviral + Febre Amarela
iniciais terá o mesmo destino daqueles sem
presença de mecônio. Anual Influenza

Adolesc. dT a cada 10 anos


MeningoACWY: 11-14 anos
HPV (2 doses): meninas dos 9-14 anos;
meninos dos 11-14 anos

Gestantes dTpa 1 dose a cada gestação entre 20º e


36º semana IG

OBSERVAÇÕES
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PEDIATRIA

Rotavírus: 1a dose somente entre 1m e 15 d


até 3m e 15 d; 2a dose só entre 3m e 15d até 7 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
m e 29d.
Pentavalente: DTP + hepatite B + Pródromos
Haemophilus influenza tipo b.
Tetra viral: sarampo, caxumba, rubéola Sarampo Tosse intensa + conjuntivite +
(tríplice viral) e varicela. (família Koplik + febre alta
Adolescentes: principal reservatório do paramixovirus)
Meningococo C.
Rubéola Linfadenopatia retroauricular,
DTP (células inteiras): difteria, tétano e (togavirus) cervical e suboccipital
pertussis (coqueluche).
DTPa (acelular): difteria, tétano e
Eritema -
pertussis(coqueluche) → Gestantes para Infeccioso
proteger o RN contra coqueluche. (Parvovirus B19)
Influenza: dos 6 meses aos 5 anos → 1a vez = Exantema Relação Herpes vírus tipo 6.
2 doses (intervalo de 1 mês). súbito ou Típica em < 2 anos
HPV: intervalo de 6 meses. Roséola Febre que desaparece antes do
Febre amarela: reforço > 5 anos. exantema surgir
Meningo: reforço com Meningo ACWY dos 11
aos 14 anos. Escarlatina Faringite + língua em morango
Strep. Grupo A
EVENTOS ADVERSOS (St. Pyogenes)
DTP
- Febre alta, chorro persistente > 3 horas. Varicela -
(vírus varicela
- Continuar recebendo a vacina, dar
zoster)
antitérmico e analgésico.
- Episódio hipotônico hiporresponsivo ou
convulsão → modificar esquema vacinal
Exantema
subsequente (trocar por DTPa).
- Encefalopatia: não pode receber Sarampo Exantema com início em implantação
componente pertussis! Deve receber DT. do cabelo e região retroauricular
(crânio caudal)
OBS: vacina da febre amarela (FA) não pode ser Ao fim, descamação furfurácea
administrada mesmo dia que a vacina tetra viral.
Tem que ter intervalo 30 dias! Rubéola Não tem nada que a diferencia

Eritema Exantema trifásico:


Infeccioso 1. Hiperemia região malar (fase
esbofeteada)
2. Maculopapulares no corpo
(clareamento central; exantema
reticulado )
3. Recidiva: sol e exercício faz
voltar o exantema

Exantema Inicia no tronco e migra para as


súbito extremidades. Importante: 1º tem
febre, febre cessa e surge o

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PEDIATRIA

exantema VARICELA
Vacina: pode ser feita até 5 dia após exposição
Escarlatina Exantema micropapular em lixa, sinal
(ideal até 3 dias). Só fazer nos casos de surto
de Filatov + sinal de Pástia +
descamação fina no tronco e hospitalar em > 9 meses. Não pode em
descamação grosseira nas imunodeprimidos nem em grávidas.
extremidades
Imunoglobulina (Ig) específica: até 4 dia após
Varicela Vesículas, pústula, crosta exposição (96 horas). Recebem tanto nos casos de
(polimórfico) contatos domiciliar e hospitalar.
Deixa de ser contagioso quando
todas as lesões viram crostas. Para imunodeprimidos e grávidas susceptível (não
teve a doença não foi vacinada).

Complicações e tratamento # RN prematuro


- < 28 semanas: sempre fazer Ig.
Sarampo OMA e pneumonia (maior causa de
mortalidade) - ≥ 28 sem : só se a mãe nunca teve varicela.
Tx: vitamina A, não precisa internar
# RN de mãe que teve varicela 5 dias antes e até 2
(apenas quadros graves)
dias após o parto :
Rubéola Síndrome da rubéola congênita + - Imunoglobulina.
artropatia
Tx: inespecífico, dou AINE’s DOENCA DE KAWASAKI

Eritema Crise aplásica (reticulocitos↓) + Diagnóstico diferencial com escarlatina.


Infeccioso artropatia Idade:
- Kawasaki < 5 anos
Exantema Crise febril - Escarlatina > 5 anos
súbito Febre
Escarlatina Febre reumática e GNPE
- Kawasaki: febre > 5 dias até 10 dias
Tx: PNC benzatina ou amoxicilina - Escarlatina: febre + curta, < 7 dias
Conjuntivite apenas na doença de Kawasaki
Varicela Infecção bacteriana secundária na
pele MONONUCLEOSE INFECCIOSA
Tx: sintomático, não dar AAS
Pode ser feito Aciclovir parenteral - Adenopatia generalizada.
para Tx de imunodeprimido
- Esplenomegalia.

PROFILAXIA POS CONTATO


SARAMPO
Paciente > 6 meses não vacinado ou nunca teve a INFECÇÃO URINÁRIA
doença e entra em contanto: vacina de bloqueio
em até 3 dias (não é considerada como vacina para FORMAS CLÍNICAS
colocar no calendário). - Cistite.
- Pielonefrite
Em grávidas não vacinada ou que nunca teve a
doença, < 6 meses, imunodeprimidos: até 6 dias
pós contato.
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PEDIATRIA

Gram negativas → E. coli. É muito frequente e - Na hora da prova quase sempre vai ter só
recorrente. USG ou uretrocistografia.

A cada novo episódio de pielonefrite causa cicatriz


no parênquima renal levado a doença renal CLIQUE AQUI E AVALIE ESTE
crônica.
RESUMO
PICOS
- 1º ano de vida: mais frequentes no sexo
masculino, em malformações genéticas e
em quem tem fimose.
- Adultos: mais comum no sexo feminino
após início da atividade sexual.
POLÍTICA DE USO
PIELONEFRITE Este material é elaborado de forma colaborativa,
- Fator de risco: refluxo vesicoureteral. sendo vedadas práticas que caracterizem plágio ou
- Sintomas: pode ser inespecífico. violem direitos autorais e/ou de propriedade
- Lactente: só tem FEBRE. intelectual. Qualquer prática dessa natureza ou
- Dx: laboratorial. contrária aos Termos de Uso da Comunidade MedQ
- EAS: nitrito, esterase leucocitária, piuria, pode ser denunciada ao setor responsável pelo canal
bacteriuria. de suporte.
- Só confirmo a infecção com urocultura, não
posso confirmar com EAS .
- Urocultura
- Saco coletor: alto risco de
contaminação.
- Cateterismo: > 50.000 UFC →
positivo.
- Punção supra púbica: qualquer
crescimento tem que ser valorizado.
Exceto de gram positivo: pode ser
contaminação.
- Tx: não aguardar resultado de exames,
iniciar ATB e internar menores de 1 mês e
pacientes com sinais de gravidade
(vômitos, mal estado geral).
- Exame de imagem: ver se tem refluxo
vesicoureteral.

Pielonefrite entre 2 meses e 2 anos


- 1º episodio: USG normal, não faco nada.
- 2º episodio: alteração na USG →
uretrocistografia miccional.
Indicações da SBP
- < 2 anos com ITU confirmada tem que fazer
USG e uretrocistografia.

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