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Propedêutica e Processos de
Cuidar da Saúde da Criança
e do Adolescente
Profa. Dra. Lidiana Costa
Alimentação da criança nos primeiros anos de vida
Como mensurar?
Alimentação da criança nos primeiros anos de vida
Uma alimentação adequada, iniciada pela oferta do leite materno nos primeiros
meses de vida, permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde
integral tanto para a mãe quanto para o bebê.
Colostro
Produzido nos primeiros 3 a 5 dias após o parto.
Contém altos níveis de anticorpos, proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis.
Baixos níveis de gordura e açúcar. Fácil digestão.
Rico em imunoglobulinas, lactoferrina, lisosima e fator bífido
(proteção gastrointestinal – microbiota).
Efeito laxante, acelera a liberação do mecônio.
O aleitamento materno não deve ser contraindicado em casos em que a mãe esteja
com:
tuberculose;
hanseníase;
hepatite B;
hepatite C;
dengue.
Mães tabagistas ou que utilizem bebida alcoólica
devem ser desestimuladas a esse consumo (BRASIL,
2015, p. 77).
Aleitamento materno e a pega correta
O enfermeiro deve orientar a mãe sobre como deve ser a pega da mama
adequada pelo RN, observar e corrigir se houver falhas, evitando as complicações
mamárias, como ingurgitamentos, fissuras mamilares e a mastite.
A mãe deve ofertar o tempo suficiente à criança para ela esvaziar adequadamente
a mama:
c) Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno apenas direto das
mamas, independentemente de receber ou não outros alimentos. Esse termo
não deve ser usado para leite materno ordenhado.
Ao completar 12 meses
Aos seis meses de idade
sete meses de idade aos 2 anos de idade
Leite materno Leite materno Leite materno
(livre demanda) (livre demanda) (livre demanda)
Ex.: Uma menina com 7 meses de idade, acompanhada pela mãe, foi atendida
em um Centro de Saúde por um enfermeiro, em uma consulta previamente
agendada. Ao relato da mãe pode-se identificar que a criança recebeu
aleitamento materno exclusivo até os 2 meses de idade e depois fórmula láctea
na mamadeira até 7 vezes ao dia até o momento. Relata que dorme à noite,
porém acorda duas vezes para mamar. Durante o dia demonstra-se ativa, com
dois períodos de sono à tarde. A criança encontra-se com boas condições de
higiene. Apresenta-se com o desenvolvimento neuropsicomotor-DNPM adequado
à idade e vacinas adequadas.
Alimentação da criança do 6º mês até o 1º ano de vida – aplicação
“Uma menina com 7 meses de idade, acompanhada pela mãe, foi atendida em um
Centro de Saúde por um enfermeiro, em uma consulta previamente agendada,
acompanhada da mãe.”
Sinais positivos:
Puericultura.
Lactente.
Atenção Básica de Saúde.
Mãe: pessoa significativa, poderá fornecer informações
importantes, factíveis.
Alimentação da criança do 6º mês até o 1º ano de vida – aplicação
Relata que dorme à noite, porém acorda duas vezes para mamar. Durante o dia
demonstra-se ativa, com dois períodos de sono à tarde. A criança encontra-se
com boas condições de higiene. Apresenta-se com o desenvolvimento
neuropsicomotor adequado à idade e vacinas adequadas.
Alimentação da criança do 6º mês até o 1º ano de vida – aplicação
Fonte:
https://unasus2.m
oodle.ufsc.br/plug
infile.php/14913/
mod_resource/co
ntent/2/un03/top0
2p01.html
Alimentação da criança do 6º mês até o 1º ano de vida – aplicação
Avaliação positiva, até o 5º mês, pois mesmo com o aleitamento misto, a criança
mantém-se no padrão da Curva de Crescimento (Peso e Estatura) desejado.
A definição do período adequado para iniciar a introdução dos alimentos deve levar
em consideração a maturidade fisiológica e neuromuscular da criança e as
necessidades nutricionais. Por volta dos quatro a seis meses de vida, a aceitação e
a tolerância da alimentação pastosa melhoram sensivelmente não só em função do
desaparecimento do reflexo de protrusão da língua, como também pela maturação
das funções gastrointestinal e renal e também do desenvolvimento neuromuscular
(BRASIL, 2015). Outras características do lactente aos seis meses de idade
favorecem a introdução de novos alimentos complementando o aleitamento
materno, tais como:
Interatividade
A definição do período adequado para iniciar a introdução dos alimentos deve levar em
consideração a maturidade fisiológica e neuromuscular da criança e as necessidades
nutricionais. Por volta dos quatro a seis meses de vida, a aceitação e a tolerância da
alimentação pastosa melhoram sensivelmente não só em função do desaparecimento
do reflexo de protrusão da língua, como também pela maturação das funções
gastrointestinal e renal e também do desenvolvimento neuromuscular (BRASIL, 2015).
Outras características do lactente aos seis meses de idade favorecem a introdução de
novos alimentos complementando o aleitamento materno, tais como:
a) Por volta dos seis meses de vida, o grau de tolerância
gastrointestinal e a capacidade de absorção de nutrientes
atingem um nível satisfatório e, por sua vez, a criança vai se
adaptando física e fisiologicamente para uma alimentação
mais variada quanto à consistência e à textura.
Doenças na infância decorrentes de privação nutricional
Desnutrição:
Problema de saúde pública que, durante muitos anos, tem afetado a população,
sobretudo em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil.
Pode iniciar:
Considerada uma das doenças que mais mata crianças abaixo de cinco anos
no mundo.
aumento de doenças;
perda de peso;
crescimento deficiente;
alterações importantes no metabolismo;
baixa imunidade;
danos na mucosa gastrointestinal;
perda de apetite;
má absorção do alimento (SAWAYA, 2006).
Formas clínicas graves da desnutrição
Kwashiorkor
Kwashiorkor
Marasmo:
Marasmo:
Marasmo:
O enfermeiro deve:
Verificar a curva de crescimento da criança e identificar o estado nutricional.
Diretrizes da avaliação do estado nutricional da criança referente a
avaliação, classificação e tratamento, de acordo com o Ministério da
Saúde (2017)
Avaliar Classificar Tratar
Estado Nutricional
Avaliar a alimentação da criança e as
possíveis causas.
Aconselhar a mãe/pessoa significativa a tratar a
Fonte: Adaptado de criança com dietas especiais (de acordo com a
Brasil (2017, p. 19). idade e com a clínica da criança).
Peso para idade
Peso muito Oferecer vitamina A (caso não tenha recebido nos
< –3
baixo últimos 30 dias).
escores Z
Uso profilático de ferro (em menores de 24 meses).
Retorno para avaliação de ganho de peso e
melhora clínica em 5 dias.
Orientar sobre sinais de piora e de retorno imediato
para avaliação e nova conduta.
Diretrizes da avaliação do estado nutricional da criança referente a
avaliação, classificação e tratamento, de acordo com o Ministério da
Saúde (2017)
Peso para
idade < –2 Avaliar a alimentação da criança e as possíveis causas.
e > ou = –3 Peso muito Orientar sobre a alimentação adequada.
escores Z baixo Uso profilático de ferro (em menores de 24 meses).
ou tendência ou ganho Retorno para avaliação de ganho de peso em
da curva de peso duas semanas.
peso/idade insuficiente Orientar sobre sinais de piora e de retorno imediato para
horizontal ou avaliação e nova conduta.
Estado Nutricional
descendente
Anemias:
Fadiga generalizada.
Anorexia.
Palidez de pele e mucosas.
Dificuldade de aprendizagem e apatia.
A partir dos seis meses de idade, o Ministério da Saúde recomenda que, para a
prevenção da anemia ferropriva, as crianças recebam 1 mg de ferro elementar/kg,
diariamente, até completar 24 meses.
Anemia ferropriva
As parasitoses intestinais não são causas diretas da anemia, mas podem piorar
as condições de saúde das crianças anêmicas (BRASIL, 2013).
Recomendações do Ministério da Saúde de como avaliar, classificar e
tratar a anemia ferropriva em crianças
Palidez Palmar
Realizar teste de malária em
área de risco.
Tratar com anti-helmíntico se a
criança tiver um ano de idade ou
Fonte: Adaptado de Palidez palmar
mais e não tiver tomado
Brasil (2017, p. 19). leve ou Hb de 5
Anemia nenhuma dose nos últimos
g/dl
6 meses.
a 10,9 g/dl
Avaliar a alimentação da criança
e orientar a mãe/pessoa
significativa sobre alimentos
ricos em ferro.
Marcar retorno após 14 dias.
Interatividade
c) As parasitoses intestinais não são causas diretas da anemia, mas podem piorar
as condições de saúde das crianças anêmicas.
c) As parasitoses intestinais não são causas diretas da anemia, mas podem piorar
as condições de saúde das crianças anêmicas.
ATÉ A PRÓXIMA!