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Carla Bertelli – 4° Período

1 – Compreender os benefícios do aleitamento materno • Redução da obesidade


• Diminuição do risco de hipertensão, colesterol alto e
2 – Entender o crescimento, avaliação nutricional e o
diabetes
desenvolvimento neuropsicomotor da criança até a fase
• Melhor nutrição
pré-escolar (linguagem, cognição, motor, adaptativo,
• Efeito positivo no desenvolvimento intelectual
sensorial e emocional).
• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal
• O início precoce do aleitamento materno sem
restrições diminui a perda de peso inicial do recém-
nascido favorece a recuperação mais rápida do peso
de nascimento promove uma “descida do leite” mais
Uma alimentação saudável se inicia com o aleitamento
rápida aumenta a duração do aleitamento materno,
materno, que isoladamente é capaz de nutrir de modo
estabiliza os níveis de glicose do recém-, diminui a
adequado a criança nos primeiros 6 meses de vida. Já a
incidência de hiperbilirrubinemia e previne
partir dos 6 meses de vida, devem ser introduzidos
ingurgitamento mamário
alimentos complementares ao aleitamento materno, por
dois anos ou mais.
A criança que é alimentada somente com leite materno í ã
até os 6 meses de vida apresenta menor morbidade.
Além disso, maiores são os efeitos benéficos à sua. • Involução uterina mais rápida e redução na
Existem evidências de que não há vantagens em se hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de
iniciar os alimentos complementares antes dos 6 meses ocitocina
(salvo em alguns casos individuais), o que pode, inclusive, • Perda mais rápida do peso acumulado na gestação
trazer prejuízos à saúde da criança • Auxílio no aumento do intervalo entre as gestações
• Maior interação mãe-bebê
í ê • Benefício relativo aos aspectos econômicos, uma
vez que o leite materno não tem custos
• Diminuição de morbidade, especificamente
• Praticidade, pois o leite materno está sempre pronto
relacionada a infecções como: meningite bacteriana,
para ser consumido.
bacteremia, diarreia, infecção no trato respiratório,
• Diminuição do risco de câncer de mama e ovário
enterocolite necrosante, otite média, infecção do
trato urinário e sepse de início tardio em recém-
nascidos pré-termo.
• Alguns estudos sugerem diminuição das taxas de ã é
morte súbita do lactente • Mães infectadas pelo HIV.
• Redução de hospitalizações: o aleitamento materno • Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus
reduz o risco de hospitalização por vírus sincicial linfotrópico humano de linfócitos T).
respiratório (VSR). • Uso de medicamentos incompatíveis com a
• Redução de alergias: O aleitamento materno amamentação. Alguns fármacos são citados como
exclusivo reduz o risco de asma e de sibilos
contraindicações absolutas ou relativas ao
recorrentes; O aleitamento materno protege contra
aleitamento, como, por exemplo, os antineoplásicos
o desenvolvimento de dermatite atópica; A e radiofármacos.
exposição a pequenas doses de leite de vaca • Criança portadora de galactosemia, doença do
durante os primeiros dias de vida parece aumentar xarope de bordo e fenilcetonúria
o risco de alergia ao leite de vaca, mas não afeta a
incidência de doenças atópicas no futuro; Os efeitos
benéficos do aleitamento materno observados em
todas as crianças são particularmente evidentes em
crianças com história familiar de doenças atópicas.
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Carla Bertelli – 4° Período


Durante os , um aspecto
importantíssimo do seu desenvolvimento é o
desenvolvimento afetivo, caracterizado no apego, que é
Para que a monitorização do crescimento seja efetiva, o vínculo afetivo básico. A criança estabelece o vínculo
faz-se necessário a aferição adequada dos dados com as pessoas que interagem com ela de forma
antropométricos e a pontuação exata nas referidas privilegiada, com características de condutas,
curvas: representações mentais e sentimentos.

orienta-se que a criança seja pesada, Nos é , diferentes dimensões e estilos


preferencialmente no mesmo período do dia, na balança paternos têm efeitos sobre diferentes aspectos do
pediátrica mecânica ou eletrônica (capacidade máxima 16 desenvolvimento social e das personalidades das crianças:
Kg). A criança deve estar totalmente despida, inclusive autoestima, desenvolvimento moral, conduta pró-social,
sem fraldas, mantida o mais imóvel possível. autocontrole etc. Além da família, não podemos nos
esquecer da escola, que se transforma rapidamente em
termo utilizado para a medida de um importante contexto de socialização, que se
crianças menores de 24 meses, em que se utiliza o encarrega, principalmente, da transmissão do saber
estadiômetro infantil (infantômetro). A criança deve ser organizado, que é o produto do desenvolvimento cultural.
medida na posição deitada com as pernas relaxadas,
apoiar a cabeça na haste fixa e a peça móvel é deslocada A criança deve atravessar cada estádio segundo uma
até tocar os pés da criança, que devem estar descalços sequência regular, ou seja, os estádios de
e alinhados. desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a criança
não for estimulada ou motivada no devido momento, ela
í á o crescimento cerebral se não conseguirá superar o atraso do seu
completa quase que totalmente nos dois primeiros anos desenvolvimento. Afinal, o desenvolvimento infantil se dá
de vida, sendo acelerado no primeiro ano (83,6% em à medida que a criança vai crescendo e vai se
relação ao total do adulto). desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os
estímulos deles recebido.
Í recentemente tem-se
recomendado a utilização do Índice de Massa Corporal O baixo peso ao nascer e a prematuridade são eventos
(IMC = peso em kg/estatura² em metros) para que aumentam o risco da criança para alterações globais
interpretar a relação peso/altura e permitir o diagnóstico em seu desenvolvimento (tais como: distúrbios de
de déficit de peso (desnutrição aguda/magreza) ou o linguagem, de motricidade, de aprendizagem e atraso
excesso de peso(sobrepeso/obesidade) neuropsicomotor), podendo, contudo, evoluir durante os
O processo de crescimento é influenciado por fatores primeiros dois anos de vida para padrões de normalidade
intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), entre na maioria dos casos.
os quais se destacam a alimentação, a saúde, a higiene, Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta
a habitação e os cuidados gerais com a criança, que entre desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial,
atuam acelerando ou restringindo tal processo como uma forma de facilitar o estudo do
desenvolvimento humano. Mas cabe apontar que tais
O melhor método de acompanhamento do crescimento
aspectos estão interligados e influenciam-se mutuamente
infantil é o registro periódico do peso, da estatura e do
durante a vida do indivíduo
IMC da criança na Caderneta de Saúde da Criança
Na estrutura fisiológica humana, o que é inato não é
suficiente para produzir um indivíduo sem a participação
do meio ambiente. Tudo em um ser humano (suas
características, seus modos de agir, pensar, sentir, seus
valores, etc.) depende da sua interação com o meio social
em que vive. Portanto, o desenvolvimento da criança
será sempre mediado por outras pessoas, pelas famílias,
pelos profissionais de saúde, da educação, entre outros,
que delimitam e atribuem significados à sua realidade.
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Carla Bertelli – 4° Período


→ Reflexo cutâneo plantar: obtido pelo estímulo da
porção lateral do pé. No RN, desencadeia extensão do
hálux. A partir do 13º mês, ocorre flexão do hálux. A partir
Até o º ê O bebê sorri. Sustenta a desta idade, a extensão é patológica.
cabeça. Descobre as mãos e brinca com elas, gosta de
→ Reflexo de Moro: medido pelo procedimento de
levá-las à boca. Fixa e acompanha com os olhos o objeto
que lhe interessa. Virar a cabeça para o som. segurar a criança pelas mãos e liberar bruscamente seus
braços. Deve ser sempre simétrico. É incompleto a partir
Busca objetos com as mãos e tenta do 3º mês e não deve existir a partir do 6º mês.
segurá-los, leva-os à boca, passa-os de uma mão à outra.
→ Reflexo tônico-cervical: rotação da cabeça para um
Vira-se sozinho. Rola na cama. Senta com apoio. Descobre
os pés, brinca com eles e leva-os à boca. Acompanha os lado, com consequente extensão do membro superior e
objetos com os olhos. Localiza o som. A vocalização nos inferior do lado facial e flexão dos membros contralaterais.
primeiros 6 meses de idade não significa que a criança A atividade é realizada bilateralmente e deve ser
escuta. Este período assinala o início da fase cortical do simétrica. Desaparece até o 3º mês.
desenvolvimento, ausência de memória dos reflexos ê
primários, com mudança significativa do tônus muscular.
A criança sente prazer em emitir e ouvir seu próprio → Entre 1 e 2 meses: percepção melhor de um rosto,
som. medida com base na distância entre o bebê e o seio
materno.
Senta sem apoio. Usa os braços e as
mãos para se equilibrar. Passa um objeto de uma mão à
outra. Expressa suas emoções. Brinca de esconde-achou. → Entre 2 e 3 meses: sorriso social.
Reconhece o rosto da mãe entre os demais e pode
reagir à sua ausência com angústia. Gosta de ficar com → Entre 2 e 4 meses: bebê fica de bruços, levanta a
quem conhece e pode estranhar as pessoas. cabeça e os ombros.

: Balbucia monossílabos e inibe-se com → Em torno de 2 meses: inicia-se a ampliação do seu


o “não”. Levanta-se e consegue ficar de pé com apoio, campo de visão (o bebê visualiza e segue objetos com
posteriormente, já fica em pé sozinho. Pode engatinhar o olhar).
e tentar dar os primeiros passos. Acompanha com os
olhos objetos em qualquer postura. Localiza o som, em
qualquer direção. Adquire desde os 9 meses a preensão → Aos 4 meses: preensão voluntária das mãos.
tipo pinça: segura objetos com os 3 dedos, usando
→ Entre 4 a 6 meses: o bebê vira a cabeça na direção
polegar.
de uma voz ou de um objeto sonoro.
: As experiências sociais adquiridas,
→ Aos 3 meses: o bebê adquire noção de profundidade.
controle dos esfíncteres, andar e falar propiciam maior
autonomia.
→ Em torno dos 6 meses: inicia-se a noção de
“permanência do objeto”
→ A partir do 7º mês: o bebê senta-se sem apoio.

→ Entre 6 e 9 meses: o bebê arrasta-se, engatinha.


→ Entre 1 e 2 meses: predomínio do tônus flexor,
assimetria postural e preensão reflexa. → Entre 6 e 8 meses: o bebê apresenta reações a
pessoas estranhas.
→ Reflexos: Apoio plantar, sucção e preensão palmar:
desaparecem até o 6º mês.
→ Entre 9 meses e 1 ano: o bebê engatinha ou anda
→ Preensão dos artelhos: desaparece até o 11º mês.
com apoio.
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→ Em torno do 10º mês: o bebê fica em pé sem apoio.

→ Entre 1 ano e 1 ano e 6 meses: o bebê anda sozinho.


→ Em torno de 1 ano: o bebê possui a acuidade visual
de um adulto.

→ Entre 1 ano e 6 meses a 2 anos: o bebê corre ou


sobe degraus baixos.

→ Entre 2 e 3 anos: o bebê diz seu próprio nome e


nomeia objetos como seus.

→ Em torno dos 2 anos: o bebê reconhece-se no


espelho e começa a brincar de faz de conta (atividade
que deve ser estimulada, pois auxilia no desenvolvimento
cognitivo e emocional, ajudando a criança a lidar com
ansiedades e conflitos e a elaborar regras sociais).

→ Entre 2 e 3 anos: os pais devem começar aos poucos


a retirar as fraldas do bebê e a ensiná-lo a usar o penico.
:

→ Entre 3 e 4 anos: a criança veste-se com auxílio.

→ Entre 4 e 5 anos: a criança conta ou inventa


pequenas histórias. O comportamento da criança é
predominantemente egocêntrico; porém, com o passar
do tempo, outras crianças começam a se tornar
importantes.
→ A partir dos 6 anos: a criança passa a pensar com
lógica, embora esta seja predominantemente concreta.
Sua memória e a sua habilidade com a linguagem
aumentam. Seus ganhos cognitivos melhoram sua
capacidade de tirar proveito da educação formal. A
autoimagem se desenvolve, afetando sua autoestima. Os
amigos assumem importância fundamental. A criança
começa a compreender a constância de gênero. A
segregação entre os gêneros é muito frequente nesta
idade (meninos “não se misturam” com meninas e
viceversa)
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Carla Bertelli – 4° Período

Avaliação Nutricional
O crescimento adequado de uma criança depende
múltiplos fatores, dentre os quais a alimentação saudável
e a ausência de doenças orgânicas, sendo está
relacionada diretamente ao calendário vacinal completo
A avaliação do estado nutricional tem se tornado aspecto
cada vez mais importante no estabelecimento de
situações de risco, no diagnóstico nutricional e no
planejamento de ações de promoção à saúde e
prevenção de doenças. Sua importância é reconhecida
tanto na atenção primária, para acompanhar o
crescimento e a saúde da criança e do adolescente,
quanto na detecção precoce de distúrbios nutricionais,
seja desnutrição, seja obesidade.
A identificação do risco nutricional e a garantia da
monitoração contínua do crescimento fazem da
avaliação nutricional um instrumento essencial para que
os profissionais da área conheçam as condições de saúde
dos pacientes pediátricos. Ao monitorá-los, é possível
obter o conhecimento de seu padrão de crescimento,
instrumento importante na prevenção e no diagnóstico
de distúrbios nutricionais. Cabe ressaltar que algumas
deficiências nutricionais específicas podem ocorrer sem
comprometimento antropométrico imediato, e sua
detecção depende da realização de cuidadosa anamnese
nutricional. A fome oculta, deficiência isolada ou
combinada de micronutrientes, pode ser identificada e
confirmada utilizando-se métodos dietéticos, clínicos e
bioquímicos, que também fazem parte da avaliação do
estado nutricional
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BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção


Básica. Saúde da Criança: crescimento e
desenvolvimento. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Brasília: 2012. ISBN
978-85-334-1970-4. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca
_crescimento_desenvolvimento.pdf. Acesso em 24 out.
2022.
BRASIL. Sociedade Brasileira de Pediatria. Avaliação
nutricional da criança e do adolescente – Manual de
Orientação. Departamento de Nutrologia. São Paulo: 2009.
Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/MAN
UAL-AVAL-NUTR2009.pdf. Acesso em 24 out. 2022.

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