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SEMANA 01

Criança gig ou pig, deve-se pensar em condiçoes que

NEONATALO deixaram a criança assim grande ou pequena para idade


gestacional, ou seja, pensar nos fatores de risco. Como por
exemplo, a grande doença materna que faz com que o bebe

GIA seja GIG, é o quadro de diabetes (o feto da gestante


diabética produz muita insulina e é ela que é responsavl
pelo crescimento intrauterino, logo, o bebe nasce grande
ASPECTOS GERAIS para idade gestacional. O feto que nasce cheio de insulina
nas primeiras horas de vida, tem risco de desenvolver
CLASSIFICAÇÃO hipoglicemia grave.
1- PESO REANIMAÇÃO NEONATAL
 Baixo peso ao nascer: <2500 g (1500- 2499 g)
AVALIAÇÃO INICIAL
 Muito baixo peso ao nascer: <1500 g (1000-
1499 g)  Perguntas iniciais:
 Extremo baixo peso ao nascer: <1000g 1- Gestação ≥ 34 semanas?
2- Respiração ou choro presente?
3- Tonus muscular em flexao?
2- IDADE GESTACIONAL
 RN Pré-termo (pronto para nascer): <37 Essas 2 ultimas perguntas quer dizer vitalidade! Se para
semanas. Quanto mais tarde para nascer e todas essas perguntas a resposta for SIM, a criança pode ir
quanto mais perto do pré termo, menor é o para o colo da mae, não sendo necessrio a reanimação.
risco do bebe ter doenças compatíveis com a Mas se tiver qualquer NÃO, o bebe deverá ir para a mesa de
prematuridade reanimação, não sendo necessario ir imediatamente, pode-
se esperar um pouco!
o Tardio: 34-36 semanas e 6 dias
o Extremo: <28 semanas CLAMPEAMENTO DO CORDÃO
 RN a termo: 37-41 semanas e 6 dias Esperar um pouco para fazer o clampeamento do cordao da
 RN pós termo: ≥ 42 semanas criança pode trazer alguns beneficios., mas nem sempre!
Por exemplo, crianças que tinham seu cordao clampeado no
3- PESO X IDADE GESTACIONAL momeento correto, apresentavam menor risco de
 Pequeno para idade gestacional (PIG): < P10 desenvolver anemia!
 Adequado para idade gestacional (AIG): P10-  Clampeamnto imediato:
P90 o Má vitalidade (após estímulo no dorso)-
 Grande para idade gestacional (GIG): > P90 antes de fazer o clampeamento, o
obstetra deverá realizar um estimulo no
dorso da criança. Esse estimulo tem
como objetivo de tentar fazer com que a
criança realize pelo menos 1 incurssao
respiratoria. Se fizer isso antes do
clampeamento, isso irá facilitar a
transição cardiocirculatória da vida intra
para vida extrauterina. Resumindo, o ideal
é que a criança respire antes para depois
ser separada da placenta.

 Clampeamento oportuno:
o Boa vitalidade
- ≥ 34 semanas: mais de 60
segundos
- < 34 semanas: mais de 30
segundos

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FLUOXOGRAMA DE REANIMAÇÃO

PASSOS INICIAIS/CUIDADOS INICIAIS


 Prover calor (aquecer)/ secar/
posicionar/ aspirar (se necessário)
MACETE PARA LEMBRAR: “ASPA”= A
(AQUECER) S (SECAR) P (POSICIONAR) A
(ASPIRAR)
 Avaliar a FC e respiração:
o FC < 100; Apneia; Respiração
irregular (respiração agônica, parece
estar em apneia)

 Ventilação com pressão positiva


(VPP) durante 30 segundos e reavalia
recém-nascido:
o FC < 100

 Checar a técnica se a criança não


tiver melhorado. Mas se mesmo assim
não houve alterações, usa-se mascara laríngea
(apenas para crianças ≥ 34 semanas) e se não
funcionar ainda, realiza-se a intubação
orotraqueal:
o FC < 60

 Realiza-se a Massagem Cardiaca Externa


(MCE) por 60 segundos
o FC < 60 (avaliar a técnica)
Logo após o nascimento, a criança teve que ir para a
mesa de reanimação, pois ela tinha menos que 34
semanas ou porque tinha mal vitalidade. Chegou na
mesa de animação, os primeiros cuidados que deve  Administração da epinefrina (EPIN)
ser realizado são os chamados “passos
iniciais/cuidados iniciais” DETALHES DO FLUXOGRAMA
PASSOS INICIAIS
1- Prover calor
 Sala de parto entre 23-25ºC

2- Secar:

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SEMANA 01

 RN < 34 semanas: saco plástico e touca dupla


(não secar) - todos procedimentos devem ser
Essa é a melhor técnica, e quem for fazer as
feitos com o bebe dentro do saco plástico, não
compressões, deve se posicionar na cabeça do RN
podendo seca-lo
para liberar o acesso para o cateterismo venoso
umbilical. Além disso, ao lado do bebe, deve ter
3- Aspirar vias aéreas somente se necessário
alguém para ventilar a criança pelo tubo. Resumindo
 1º: boca
ventila e comprime (3 compressões para 1 ventilação)
 2º: narinas
o 3 compressões para 1 ventilação
Nos casos necessários de aspiração, é quando a
o Reavaliar apenas após 60 segundos
criança tem uma grande quantidade de secreção
obstruindo a via aérea, logo, realiza-se o procedimento. DROGAS
Não se faz sempre porque tem risco de desencadear a
manobra vagal!  Adrenalina- melhor via para adm é a IV
umbilical ou intra-traqueal
VENTILAÇÃO POR PRESSÃO POSITIVA (VPP)  SF 0,9%: suspeita de hipovolemia
o 10 ml/ kg a 5-10 minutos
 40-60 vezes por minuto (aperta, solta solta!!!)
 Concentração de oxigênio: SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
o RN ≥ 34 semanas: ar ambiente (21%)
1- Atendimento em RN banhado em mecônio
o RN < 34 semanas: começar 30%
 Manter a mesma sequência inicial- criança
Cuidado: dar oxigênio demais para a criança pode ser nasceu em mecônio e ela tem mais de 34
deletério e também pode atrasar os movimentos semanas e tem boa vitalidade, espera para
respiratórios espontâneos que ela pode vir a ter! campear o cordão e vai para o colo materno.
Mas se a criança nasceu em mecônio e não
 Ao iniciar a VPP: monitor cardíaco e oxímetro
tem boa vitalidade, realiza-se o clampeamento
no membro superior direito (saturação pré-
imediato e vai para a mesa de reanimação,
ductal). Esse monitor serve para fazer a
fazendo os passos iniciais (aquece, seca,
avaliação continuada da FC, que vai dizer se a
posiciona, aspira se necessário). Se ela não
ventilação está sendo eficaz ou não:
estiver bem/ ventilando bem, realiza-se a
o Se < 34 semanas: isso deve ser feito
ventilação por pressão positiva
nos passos inicias  Intubação para aspiração: apenas após VPP
 Em caso de falha após 30 segundos, deve-se com falha. Intuba a criança não para ventilar, é
chegar a técnica. Ex: tamanho da máscara, para aspirar o mecônio que está dentro da
posição da cabeça, se vale a pena aspirar a via traqueia.
área, etc.
 ≥ 34 semanas: considerar a máscara laríngea. 2- Atendimento em RN com hernia diafragmática
Tem situações que não vai conseguir usar a
mascara laríngea, logo faz a IOT. Se souber que a criança tem hernia diafragmática, isso
 Massagem cardíaca externa (MCE): lembrar é sinônimo de intubação orotraqueal. Isso porque, as
que o ponto de corte da FC para fazer a vísceras abdominais estão no tórax, então se ventilar
massagem é < 60 com balão, pode aumentar muito a pressão e explodir o
o Apenas após IOT pulmão que já está hipoplásico. Logo, deve-se ventilar
o Usar técnica dos dois polegares exatamente com a pressão certa, para diminuir o risco,
sendo que essa criança vai direto para UTI.
 VPP apenas pela cânula traqueal
Lembrar: na prova pode aparecer hernia diafragmática
como: abdome escavado, ruídos hidroaéreos no tórax

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ICTERÍCIA DURANTE A VIDA FETAL


NEONATAL  A BI é eliminada pela placenta- mais
interessante do organismo manter a bilirrubina
Coloração amarelada da pele e das mucosas pelo
na sua forma indireta, logo a parte de captação
deposito de bilirrubina
e conjugação não se tem
Na maior parte das vezes, o paciente vai apresentar
NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA
um quadro de icterícia fisiológica que estão presentes
nos primeiros anos de vida. A maioria dos RN vão ter icterícia nos primeiros dias de
vida. Só que todos os RN apresentam níveis de
METABOLISMO DA BILIRRUBINA
bilirrubina mais alto do que os níveis de bilirrubina de
Degradação da heme que um individuo adulto. Isso ocorre porque nos
primeiros dias de vida há:

Biliverdina  Sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito


o Produção aumentada- recém-nascido
produz muito mais bilirrubina do que
Bilirrubina Indireta (tóxica) um adulto. Além disso apresenta um
hematócrito mais alto reflexo da
hipoxia intra uterina. Isso ocorre para
manter a oxigenação tecidual, ou seja,
Sistema reticulo endotelial (SRE)
o feto precisa ter um hematócrito mais
alto. Sendo que a meia vida da
hemácia é menor e dura pouco tempo.
BI transportada do SER para o hepatócito
o Circulação entero-hepática
aumentada- o trânsito intestinal é mais
lento nos primeiros anos de vida. Logo
Fígado
existe mais tempo da bilirrubina
conjugada ficar dentro do intestino,
onde sofre ação da glicuronidase
Captação
(enzima q desconjuga a bilirrubina) e
consequentemente isso leva o
aumento da circulação enterohepática.
Conjugação (ácido glicuroniltransferase)- enzima Por tanto, produz e reabsorve muito
responsável pela conjugação da bilirrubina bilirrubina.
 Imaturidade hepática- capta pouco e conjuga
pouco, logo é após ao nascimento que o fígado
Bilirrubina indireta  Bilirrubina Direta vai ter que aprender a realizar esses
processos.

Excreção da bilirrubina direta Resumindo: nos primeiros dias de vida o bebe vai ter
aumento de bilirrubina pois está produzindo muito,
captando e conjugando pouco e quando consegue
BD vai p/ Intestino captar e conjugar e eliminar no intestino, ela vai ser
reabsorvida.

BD eliminada pelas fezes ou sofre ação da


enzima glicuronidase na circulação enterohepática

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SEMANA 01

CAUSAS DE ICTERICIA NEONATAL


1- Icterícia fisiológica 2- Doenças hemolíticas
 Características:
No periodo neonatal, essas doenças hemoliticas
o Apenas por bilirrubina indireta
podem causar icterícia nas primeiras 24 horas de vida.
o Surge entre o 2-3º dia de vida Uma criança que está ictérica nas primeiras 24 horas
o Níveis de Bilirrubina até 12 mg/dl ou 13 de vida não tem uma ictericia fisiológica. Logo, deve-
mg/dl- se passar desse valor, pensa-se se, considerar que a criança está icterica porque ela
em algo patológico. Isso pode ser esta hemolisando
percebido por exames laboratoriais,
exame físico e exames não invasivos A. INCOMPATIBILIDADE MATERNO-FETAL:
(avaliação da bilirrubina transcutânea, forma de hemolise imuno-mediada, ou seja, é
feita na glabela ou na região do uma hemólise mediada por um processo
esterno) imunologico (hemacia é destruida por ter um
o Duração de poucos dias- o normal é anticorpo ligado na sua superficie). Além disso,
que a icterícia deixe de ser percebida a hemacia do feto vai ser destruida pelo
no final da 1º semana de vida. Para anticorpo que foi produzido pela mãe
considerar uma icterícia persistente/  Incompatibilidade ABO
patológica/ investigatória, tem que ser o Mãe é: O
maior que 2 semanas. Nesses casos, o Recém- nascido é: A ou B- os exames
as vezes não é necessário fazer a que são feitos para avaliar se o
dosagem laboratorial para saber que anticorpo está na superficie da
aumento da BI, desde que ela não hemacia do feto é:
apresente sinais clínicos de colestase  Coombs direto positivo ou
(colúria, colite) negativo- no exame, pega-se
as hemacias do paciente e
Exame físico: joga o soro de coombs q
bilirrubina se contem anticorpos que se liga
emprega no a anticorpos. Logo, na hora
sentido que joga o soro, eos
craniocaudal. anticorpos q estao na
Essa superficie criam pontes e
classificação é unem as hemacias, ou seja,
de kramer; ocorre uma aglutinação das
Quando uma hemacias.
criança está  Presença de esferócitos
na zona I ou
na zona II, Todo individuo que é O, produz naturalmente
essa criança anticorpos anti A e anti B. logo quando a mãe fica
ainda pode ter gravida, esses anticorpos passam pela placenta e se o
uma ictericia feto for A, o anticorpo A se liga nessa hemacia, mas se
fisiologica. Mas se alcançar a zona III, o nivel de o feto for B, o anticorpo B se liga na hemacia e esses
bilirrubina já é maior que 12, ou seja, já é considerado anticorpos que se ligam nessas hemacias, vão destrui-
uma ictericia patológica. Logo, passou do umbigo, é lás.
sinal de perigo!!! Lembrando que, Isso não é algo
 Incompatibilidade RH:
fidedigno, o que vale é o valor laboratorial.
o Mãe é: Rh – (sensibilizada- CI POS)
o Recem nascido é: Rh +

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SEMANA 01

 Coombs direto positivo ou seja, fibrosa e tem uma interrupção da drenagem


biliar
A mae tem que ser Rh -, ou seja, ela produz anticorpos
Rh. Portanto, para ter uma situação de  Icterícia persistente ou tardia
incompatibilidade materna fetal, a mãe tem q ser  Apenas ictericia ou sinais de colestase (coluria,
negativa e o bebe deve expressar na supercie da acoliria)- no momento incial ela tem só ictericia,
membrana dos seus eritrocitos o antigeno Rh e assim a por isso, realiza-se os exames laboratorias.
mae pode produzir ou passar anticorpos pela placenta Mas se persistir, utiliza-se outras ferramentas
e destruir as hemacias fetais. Como saber a para investigar.
incomaptibilidade RH? 1ª SITUAÇÃO: mae c/ Rh + e  Avaliação: USG/ biópsia/ colangiografia.
feto com Rh-. 2º SITUAÇÃO: a mae tem que ser  Tratamento: cirurgia de Kasai- é uma porto-
sensibilizada. enterostomia, ou seja, vai ser feita um corte na
 Antígenos irregulares arvore biliar no nivel do hilo hepático com uma
o Coombs direto positivo anastomose do intestino. Assim, consegue-se
restabelecer a drenagem biliar. Isso deve ser
o Sem incompatibilidade do ABO e do
feito nas primeiras 4-8 semanas de vida, ou
Rh
seja, quanto mais cedo fizer melhor, porque se
fizer muito tarde, pode ocorrer lesão hepática e
B. QUADROS NÃO IMUNO-MEDIADOS
precisar de transpante hepatico.
 Esferocitose hereditária Coombs direto
 Deficiencia de G6PD negativo TRATAMENTO

Por ser um quadro NÃO imuno-mediado, o CD  Fototerapia- consiste em transformar BI em


obrigatoriamente tem que ser negativo. lumirrubina. Assim ela vai ser excretada pelas
fezes e ser eliminada.
3- Icterícia associada c/ amamentação
A. ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO MATERNO
 Primeiros dias de vida

 AME com perda ponderal excessiva
 Aumento da circulação entero-hepática

B. ICTERICIA DO LEITE MATERNO


 Icterícia persistente
 AME
 Mecanismo? N se sabe muito bem, mas dizem
q existe uma substancia q é produzida no leite
q faz com que o figado não “amadureça”. Por
isso, que a criança fica com mais de 2
semanas com ictericia

4- Aumento de BD
Considerar que ocorreu um aumento de BD, sempre
que ela for > 1mg/ dl
A. ATRESIA DE VIAS BILIARES (PROVA!!!)
No momento do nascimento da criança não há
nenhuma alteração com a bile. Só que conforme o
tempo vai se passando, a criança vai evoluindo com
um processo de obliteração das vias biliares, onde elas
vao fibrosando principalmente a parte extra-hepatica,

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Cuidado: o que vai definir se a bilirrubina está


aumentada ou não é: idade gestacional, tempo de vida
que a criança tem e a presença de fatores de riscos.
Valores que estão acima da curva é indicado fototerpia, se
estiver abaixo dela não é necessário fazer.
Sempre que a bilirrubina for > 17 e estiver na zona de alto
risco = indica-se fotoretapia
Zona de alto risco= fototerapia!!

 Exsanguineotransfusão- Feita em situações


particulares ou quando a fototerapia não é o
suficiente. Bem raro de isso ser feito

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