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HISTEROSALPINGOGRAFIA

Exames Contrastados
Prof Cristiano Ribeiro
Colégio Excelência
INTRODUÇÃO

A histerossalpingografia (HSG) mostra


primariamente o útero e as tubas uterinas (de
Falópio) do sistema reprodutivo feminino. Os
órgãos pélvicos femininos e sua relação com a
cavidade peritoneal abdominal. A anatomia mais
detalhada do útero e das tubas uterinas, que é
demonstrada pela histerossalpingografia.
NOMES ALTERNATIVOS PARA O EXAME

 Histerograma

 Uterosalpingografia

 Uterotubografia
ANATOMIA DO ÓRGÃO REPRODUTOR
FEMININO
As considerações anatômicas para a
histerossalpingografia incluem os órgãos principais do
sistema reprodutivo feminino, incluindo a vagina, o útero,
as tubas uterinas e os ovários. Ênfase é colocada no útero
e nas tubas uterinas. Considerações anatômicas adicionais
incluem as subdivisões, as camadas e as estruturas de
suporte dos órgãos femininos. Os órgãos reprodutivos
femininos estão localizados dentro da pelve verdadeira. A
diferenciação entre a pelve verdadeira e a falsa é definida
por um plano através do anel pélvico ou da entrada da
pelve.
ÚTERO

A posição pode variar com a distensão da bexiga ou


do retos sigmóide, com a idade e com a postura. O
útero é subdividido em quatro divisões:
(1) o fundo,
(2) o corpo,
(3) o istmo
(4) o colo (cérvice).
TUBAS UTERINAS

As tubas uterinas (de Falópio) se


comunicam com a cavidade uterina de um
aspecto súpero- Iateral entre o corpo e o fundo.
Essa região do útero é chamada de corno. As
tubas uterinas têm aproximadamente 10 a 12 cm
de comprimento e 1 a 4 mm de diâmetro. Nas
tubas uterinas que acontece a fecundação.
O ISTMO
É a porção contraída da tuba, onde ela se
alarga para o interior do segmento central
denominado ampola, que se arqueia por sobre os
ovários, bilaterais. A extremidade mais distal, o
infundíbulo, contém extensões semelhantes a
dedos chamadas de fímbrias, uma das quais é
fixada a cada ovário. O óvulo passa através
dessas fímbrias ovarianas para o interior da tuba
uterina, onde é fertilizado. Ele passa então para o
útero, para implantação e desenvolvimento.
DEFINIÇÃO E OBJETIVO

A histerossalpingografia (HSG) é a demonstração


radiográfica do trato reprodutivo feminino com um contraste.
O procedimento radiográfico mostra melhor a cavidade
uterina e a permeabilidade (grau de abertura) das tubas
uterinas. A cavidade uterina é delineada pela injeção de um
contraste através da cérvice. A forma e o contorno da
cavidade uterina são avaliados para detectar qualquer
processo patológico uterino. O agente de contraste
preenche a cavidade uterina e a permeabilidade das tubas
uterinas pode ser demonstrada à medida que o contraste flui
através das tubas e para a cavidade peritoneal.
INDICAÇÕES CLÍNICAS

Avaliação de infertilidade: Uma das indicações mais


comuns para a HSG é a avaliação da infertilidade
feminina. O procedimento é realizado para diagnosticar
quaisquer defeitos funcionais ou estruturais. Um bloqueio
de uma ou de ambas as tubas uterinas pode inibir a
ocorrência de fertilização. Em alguns casos, a HSG pode
ser uma ferramenta terapêutica. A HSG também é
utilizada para diagnosticar massas pélvicas, fístulas,
abortamentos espontâneos habituais e defeitos
congênitos. Uma terceira indicação é a avaliação da tuba
uterina após ligação tubária ou cirurgia reconstrutiva.
CONTRA-INDICAÇÕES

A histerossalpingografia é contra-indicada
na gravidez. Para evitar a possibilidade de que a
paciente possa estar grávida, o exame é
realizado tipicamente de 7 a 10 dias após o
início da menstruação. Outras contra-indicações
incluem doença inflamatória pélvica (DIP) aguda
e sangramento uterino ativo.
PREPARO DA PACIENTE

O protocolo do departamento deve determinar as


exigências para o preparo da paciente.
- Preparo intestinal
- Analgésico antes do exame
- Urinar antes do exame
- O procedimento e possíveis complicações devem ser
explicados para a paciente e deve ser obtido
consentimento informado.
- Em algumas circunstâncias, o médico pode realizar
também um exame pélvico manual antes do procedimento
EQUIPAMENTOS ACESSÓRIOS E
OPCIONAIS
Uma bandeja de histerossalpingografia estéril e descartável é
utilizada comorotina.
Os conteúdos gerais da bandeja incluem:
Especulo vaginal, bacia e bolas de algodão, cuba para
medicamentos, gaze estéril, campos estéreis, pinça para
compressa, seringas de 10 ml,agulhas de calibres 16 e 18, tubo
de extensão e geléia lubrificante. Além da bandeja de HSG, luvas
estéreis, uma solução antiséptica, uma cânula ou cateter de balão
e meios de contraste também são necessários. Um instrumento
adicional que pode ser solicitado pelo médico é um tenáculo.
TIPOS DE CONTRASTE

É utilizado um contraste não-iônico em


base oleosa ou hidrossolúvel, de acordo com
a preferência do médico.
COLOCAÇÃO DA CÂNULA/CATETER E
PROCESSO DE INJEÇÃO

 Parainiciar o procedimento, a paciente se deita em


decúbito dorsal na mesa, na posição de litotomia;
 Senão estiverem disponíveis estribos ginecológicos, a
paciente dobra os joelhos e coloca os pés no final da
mesa;
A paciente é coberta com toalhas estéreis, e com técnica
estéril um espéculo vaginal é inserido na vagina;
 As
paredes vaginais e o colo uterino são lavados com
uma solução anti-séptica.
COLOCAÇÃO DA CÂNULA/CATETER E
PROCESSO DE INJEÇÃO
Tenáculo
 Uma cânula ou um cateter de balão é então inserido
no canal cervical;
 A dilatação com um cateter de balão ajuda a ocluir o
colo uterino;
 Um tenáculo pode ser necessário para auxiliar na
inserção e fixação da cânula ou cateter;
. Assim que for colocada a cânula ou o cateter no
colo uterino, o médico pode remover o espéculo e
colocar a paciente em uma discreta posição de
Trendelenburg;
COLOCAÇÃO DA CÂNULA/CATETER E
PROCESSO DE INJEÇÃO
 Uma seringa cheia de contraste é
fixada à cânula ou ao cateter de
balão;
 Usando a fluoroscopia, o médico
injeta lentamente o contraste na
cavidade uterina;
. Se as tubas uterinas estiverem
pérvias (abertas), o contraste irá fluir
das extremidades distais das tubas
para o interior da cavidade peritoneal.
Rotinas de Posicionamento
ROTINAS RADIOGRÁFICAS

O posicionamento de rotina para a


histerossalpingografia varia de acordo com o
método de exame. Fluoroscopia, radiografia
convencional ou uma combinação de ambas
podem ser utilizadas.
FLUOROSCOPIA SPOT FILME OU
FLUOROSCOPIA DIGITAL

A obtenção de imagens do trato reprodutivo é


mais comumente adquirida com o uso de
fluoroscopia com spots filmes, ou, mais
recentemente, por fluoroscopia digital.
Tipicamente, uma imagem simples colimada é
obtida com fluoroscopia. Durante a injeção do
contraste, uma série de imagens colimadas pode
ser obtida enquanto a cavidade uterina e as tubas
uterinas estão sendo preenchidas.
Após a injeção do contraste, uma
imagem adicional pode ser obtida para
documentar o extravasamento do contraste
para o peritônio. A paciente mais
comumente permanece na posição de
decúbito dorsal durante a obtenção de
imagens, mas imagens adicionais podem ser
obtidas com a paciente em uma posição OPE
ou OPD para visualizar adequadamente a
anatomia pertinente
RADIOGRAFIA CONVENCIONAL
 Uma imagem piloto em AP pode ser obtida em um filme de
24 x 30 cm (10 x 12 polegadas);
O raio central e o filme são centrados em um ponto 5 cm (2
polegadas) superior à sínfise pubiana;
 Se a fluoroscopia não estiver disponível, a injeção
fracionária do contraste é implementada com uma
radiografia realizada após cada fração, para documentar o
enchimento da cavidade uterina, as tubas uterinas e o
contraste no interior do peritônio;
 Imagens adicionais conforme determinado pelo radiologista.
CRITÉRIOS RADIOGRÁFICOS

O anel pélvico conforme visto


em uma incidência AP deve estar
centrado dentro do campo de
colimação. A cânula ou o cateter
de balão devem ser Demonstrados
dentro da cérvice. A cavidade
uterina e as tubas opacificadas são
demonstradas centradas no filme.
O contraste é visto dentro do peritônio se
uma ou ambas as tubas estiverem pérvias.
Densidade apropriada e contraste de pequena
escala demonstram a anatomia e o meio de
contraste. A marca de ID da paciente deve ser
clara, e o marcador de D ou E deve ser
visualizado sem anatomia sobreposta.
RADIOGRAFIAS

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