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INFANTIL
Professor(a) Esp. Vanuza Neres Pacheco Carluccio
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Caroline da Silva Marques
Eduardo Alves de Oliveira
Jéssica Eugênio Azevedo
Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
Hugo Batalhoti Morangueira
Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira
Carlos Henrique Moraes dos Anjos
Kauê Berto
Pedro Vinícius de Lima Machado
Thassiane da Silva Jacinto
FICHA CATALOGRÁFICA
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
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AUTOR
Professor(a) Esp. Vanuza Neres Pacheco Carluccio
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Olá, Aluno (a). Seja bem-vindo (a)!
É com imensa satisfação que juntos estaremos aqui trilhando o caminho da apren-
dizagem na dinâmica da Nutrição, como ferramenta adequada para o perfeito desenvolvi-
mento humano desde o início de sua concepção.
A nutrição maternoinfantil é uma das principais estratégias para melhorar os padrões
de saúde de uma população, uma vez que o estado de saúde pode ser inicialmente definido em
estágios iniciais da vida, como a infância ou o período fetal e embrionário. O embrião, o feto e o
bebê em fase de aleitamento exclusivo são estritamente dependentes da mãe e da sua saúde.
Portanto, o estado nutricional das mulheres em período fértil, grávidas ou no pós-parto deve ser
ótimo e também deve ser ótima a nutrição durante a infância e outras fases de desenvolvimento.
A gestação é um período crítico durante o qual a nutrição materna é fator essencial
na determinação da saúde da mãe e do bebê (ICHISATO; SHIMO, 2001). Cada vez mais
evidente que até mesmo pequenos “erros” alimentares maternos têm impacto significativo
e duradouro na vida do bebê (KRAMMER et al., 2001). A fim de detectar e corrigir esses
erros, a avaliação nutricional da gestante faz-se essencial para melhorar sua qualidade de
vida e, consequentemente, a do bebê (WILLIAMS, 2001).
A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades hu-
manas, erros alimentares nessa época são responsáveis por graves consequências de saúde.
Ao longo desta apostila é esse universo que abordaremos, tendo a nutrição ade-
quada e funcional para esta fase inicial da vida como ferramenta para a construção de
seres humanos que durante todas as fases da vida exalem longevidade. Ao final, vocês
estarão aptos a direcionar todos os nutrientes adequados a essa construção.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
Nutrição da Gestante Nutriz
UNIDADE 2
Nutrição do Lactente
UNIDADE 3
Alimentação nos Primeiros Anos de Vida
UNIDADE 4
Orientações Dietoterápicas
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1
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UNIDADE
NUTRIÇÃO DA
GESTANTE NUTRIZ
Plano de Estudos
• Bases fisiológicas: crescimento e desenvolvimento fetal;
• Fatores que afetam a evolução da gravidez;
• Situações comuns durante a gestação e práticas alimentares;
• Estrutura e desenvolvimento da glândula mamária e fisiologia da
lactação.
Objetivos da Aprendizagem
• Conhecer as bases fisiológicas da gestação identificando as
necessidades nutricionais da mãe e do feto
• Reconhecer as recomendações nutricionais na gravidez capaci-
tando o aluno a dar orientações nutricionais específicas.
• Compreender a importância da Nutrição da Gestante com obesi-
dade, baixo peso e diabetes.
INTRODUÇÃO
Olá! Tudo bem com você?
Seja muito bem-vindo (a) a nossa primeira unidade da disciplina de Nutrição Ma-
ternoinfantil.
Durante a gestação, a nutrição materna desempenha um papel crucial na saúde da
mãe e do bebê (ICHISATO; SHIMO, 2001). Há mais de 15 anos, uma teoria foi publicada
sugerindo que as doenças na vida adulta têm sua origem na vida intrauterina. Desde então,
estudos epidemiológicos têm comprovado essa teoria, mostrando que a saúde do adulto
reflete o ambiente em que ele foi exposto durante a gestação. Anteriormente, pensava-se
que apenas a desnutrição severa teria impacto na saúde fetal, mas agora é evidente que
até pequenos erros na alimentação materna podem ter efeitos significativos e duradouros
na vida do bebê (KRAMMER et al., 2001).
É essencial conhecer e entender essas necessidades durante a concepção de uma
vida, a fim de detectar e corrigir erros e melhorar a qualidade de vida do ser humano.
Também, compreender que a infância é uma fase crucial para o desenvolvimento das
potencialidades humanas e que a nutrição adequada em cada fase da vida é fundamental
para o bom funcionamento do organismo é primordial.
Esteja pronto para embarcar comigo nessa viajem de aprendizado. Se ainda não
está, corra, organize-se para aproveitar cada página desta unidade, que vai te preparar
para conduzir o início da concepção e desenvolvimento de uma vida.
BASES FISIOLÓGICAS:
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO FETAL
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-vector/stages-embryo-development-vector-flat-
infographic-1012480870
da, enquanto “RISCO GRAVÍDICO” se refere aos perigos físicos, psicológicos e sociais
que tanto a gestante quanto o feto podem enfrentar durante a gravidez. A gravidez cria
condições especiais que tiveram a saúde física, mental e social da mulher, considerando
pode ser originado no período pré-natal, perinatal ou pós-natal, sendo influenciado por fa-
o risco gravídico, enquanto outros já determinam um alto risco. A combinação de vários fato-
res, mesmo que aparentemente insignificantes, pode levar a uma gestação de alto risco. É
importante considerar o risco gravídico sob duas perspectivas: o risco materno e o risco fetal.
Além disso, é importante lembrar que o risco gravídico é influenciado pelo com-
→ IMPORTANTE
O cálculo do Valor Energético Total (VET) para gestantes pode variar dependendo
do peso pré-gestacional e do índice de massa corporal (IMC). Para mulheres com peso
normal, o cálculo é baseado no peso pré-gestacional. Para as mulheres com baixo peso,
SITUAÇÕES COMUNS
DURANTE A GESTAÇÃO E
PRÁTICAS ALIMENTARES
ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO
DA GLÂNDULA MAMÁRIA E
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com
leite materno até os 6 meses de idade. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos,
sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, o aleita-
mento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo
as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças.
De acordo com o ministério, em 1986, o percentual de crianças brasileiras com menos de 6 meses alimentadas
exclusivamente com leite materno não passava de 3%. Em 2008, já tinha atingido os 41%. Atualmente, a amamen-
tação exclusiva chega aos 46%. Percentual próximo aos 50% que a OMS estipulou como meta a ser atingida pelos
países até 2025. Além disso, seis em cada dez (60%) crianças são amamentadas até completar 2 anos de idade.
Fonte: Brasil. Ministério Da Saúde. Campanha Nacional Busca Estimular Aleitamento Materno. Conselho
Nacional De Saúde, 2022. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/2584-campa-
nha-nacional-busca-estimular-aleitamento-materno Acesso em: 02 mai. 2023.
A adoção do leite industrializado na alimentação dos lactentes mostra-se crescente até meados da década
de 70, apesar de aparentemente manter-se a crença do leite materno como sendo o melhor alimento.
Naquela década, apenas uma parcela das crianças era amamentada ao seio e, por períodos muito curtos
que duravam em média de 1 a 3 meses. O leite em pó firmou-se junto à população e profissionais da área
da saúde, como alimento considerado capaz de suprir as necessidades do lactente. A ampla propaganda
desses produtos, em conjunto com o apoio dos profissionais, contribuiu fortemente para o declínio da
prática do aleitamento materno.
Um forte abraço!
Fonte: BARROS, P. Consumo de edulcorantes artificiais por gestantes e lactantes do Tocantins. Monografia Graduação -
Universidade Federal do Tocantins – Câmpus Universitário de Palmas - Curso de Nutrição, 2021. Disponível em: https://
repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/3547/1/Priscila%20de%20Souza%20Barros-%20TCC.pdf Acesso em: 10 mar. 2023.
LIVRO
• Título: Nutrição da Gestação ao Envelhecimento
• Autora: Márcia Regina Vitolo.
• Editora: Rubio.
• Sinopse: Márcia Regina Vitolo aborda a prática da abordagem
nutricional em todos os estágios da vida, sem deixar de fornecer as
bases teóricas e científicas e as políticas públicas que alicerçam o
dia a dia do profissional nutricionista.
FILME/VÍDEO
• Título: Muito além do Peso
• Ano: 2012.
• Sinopse: No documentário, a cineasta Estela Renner analisa a qua-
lidade da alimentação infantil e os efeitos da publicidade de alimentos.
• Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=8UGe5GiHCT4
NUTRIÇÃO DO
LACTENTE
Plano de Estudos
• Crescimento e desenvolvimento do lactente;
• Requerimento e recomendações nutricionais;
• Aleitamento materno e aleitamento artificial;
• Como manejar o aleitamento materno em situações especiais e
em situações que há restrições ao aleitamento.
Objetivos da Aprendizagem
• Conhecer as Bases fisiológicas da gestação identificando as
necessidades nutricionais da mãe e do feto.
• Reconhecer as recomendações nutricionais na gravidez capacitando
o aluno a dar orientação nutricional específicas.
• Compreender a importância do aleitamento materno frente a
obesidade, baixo peso e diabetes.
INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo (a) a nossa segunda unidade da disciplina de Nutrição Materno
Infantil. Nessa unidade iremos conhecer um pouquinho mais, sobre um dos alimentos es-
senciais ao desenvolvimento humano, o LEITE MATERNO.
A amamentação é um momento especial tanto para a mãe quanto para o bebê,
pois fortalece o vínculo afetivo entre eles. Além disso, o leite materno é a melhor forma
de alimentar um recém-nascido, fornecendo os nutrientes necessários para suas funções
vitais nos primeiros seis meses de vida.
É comum que as mães tenham dúvidas nessa fase, e é aí que o nutricionista pode
desempenhar um papel importante, fornecendo informações precisas sobre como nutrir o
bebê de acordo com a ciência da nutrição.
É incrível pensar que o próprio corpo humano é capaz de produzir o alimento es-
sencial para sustentar a vida nos primeiros meses de vida do bebê.
E aí preparado para embarcar comigo nessa viagem de aprendizado? Se ainda não
está, corra, organize-se para aproveitar cada página desta unidade.
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO
DO LACTENTE
REQUERIMENTO E
RECOMENDAÇÕES
NUTRICIONAIS
A mulher que está amamentando, conhecida como nutriz ou lactante, possui necessi-
dades nutricionais específicas decorrentes tanto do processo de lactação quanto dos efeitos
do feto e acumula reservas energéticas para a fase seguinte, a lactação, quando seu filho
primeiros quatro meses após o parto, quando o lactente duplica o seu peso de nascimento.
Além dos aspectos biológicos, é importante considerar os fatores psicológicos e socio-
culturais das mulheres que amamentam, pois o aleitamento materno depende de fatores que
amamentar. A idade e o grau de instrução materna também afetam a motivação para amamentar.
a deficiência de alguns micronutrientes pode afetar seu teor no leite materno, levando à
ALEITAMENTO MATERNO E
ALEITAMENTO ARTIFICIAL
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-photo/preparation-formula-baby-feeding-health-care-2002113860
Leite de vaca não modificado: Os pais devem evitar alimentar seus bebês com
leite de vaca antes que o bebê tenha pelo menos um ano de idade. Isso ocorre porque o
leite de vaca é difícil de digerir e possui uma absorção pobre de gorduras e baixa concen-
tração de ferro, além de conter proteínas que podem ser agressivas para o intestino do
bebê. A alternativa adequada para atender às necessidades nutricionais do lactente é o uso
de fórmulas infantis, que são produtos modificados para garantir a nutrição adequada para
o bebê. É importante lembrar que tanto o aleitamento materno quanto o uso de fórmulas
infantis devem ser mantidos até pelo menos os 12 meses de idade, ou mais, conforme a
orientação do profissional de saúde.
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-photo/banner-glass-milk-jug-on-blue-1739574104
» Crianças que apresentam fissuras que não envolvem o palato apresentam uma menor dificul-
dade para mamar do que aquelas com fissura palatal.
» Por outro lado, as crianças com fissura labial que afeta as narinas e arcada dentária podem ter
dificuldades para realizar a pega correta do mamilo e aréola, além de poderem ter refluxo de leite
para as narinas.
» Nas fendas labiais bilaterais, a perda de continuidade do músculo orbicular dos lábios compromete o
fechamento anterior durante a amamentação. Já a fissura somente palatal, também conhecida como
"goela de lobo", pode envolver tanto o palato duro quanto o palato mole.
» As fissuras posteriores menores geralmente não causam problemas na amamentação e podem
passar despercebidas por vários dias.
» Porém, nas fissuras palatais mais extensas, a língua não encontra apoio para comprimir o mamilo e a
aréola, limitando a compressão dos seios lactíferos para extração do leite e dificultando a amamentação.
Em todos esses casos, deve-se estimular a produção do leite com ordenhas regu-
lares e frequentes, até que a mãe possa amamentar o seu filho.
Para as seguintes condições maternas, não é contraindicado o aleitamento materno,
podendo ser mantido com algumas precauções:
• Tuberculose: recomenda-se que as mães que ainda não estão em tratamento ou
que estão em tratamento há menos de duas semanas usem máscaras e restrinjam
o contato próximo com o bebê, devido à possível transmissão por meio de gotículas
do trato respiratório. O recém-nascido deve receber isoniazida na dose de 10mg/
kg/dia por três meses, após esse período deve ser realizado um teste tuberculínico.
• Tuberculínico (PPD): Caso o teste tuberculínico (PPD) seja positivo, é neces-
sário investigar a doença, principalmente quanto ao seu impacto nos pulmões.
Se a criança contraiu a tuberculose, o tratamento deve ser reavaliado. Caso
contrário, é recomendado continuar o uso da isoniazida por mais três meses. Se
o teste tuberculínico for negativo, a medicação pode ser interrompida e a criança
deve ser vacinada com a BCG.
• Hanseníase: a amamentação deve ser mantida, uma vez que a primeira dose
de Rifampicina é suficiente para que a mãe não seja mais bacilífera.
• Hepatite B: a vacinação e a administração de imunoglobulina HBIG após o nas-
cimento eliminam praticamente qualquer risco de transmissão via leite materno.
• Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV positivas
é importante, uma vez que não se sabe se o contato da criança com sangue
materno favorece a transmissão da doença.
• Dengue: não há contraindicação da amamentação em mães que contraem
dengue, pois há no leite materno um fator anti-dengue que protege a criança.
• Consumo de cigarros: os benefícios do leite materno para a criança superam os
possíveis malefícios da exposição à nicotina. É importante alertar sobre os efeitos
deletérios do cigarro para o desenvolvimento da criança e reduzir o máximo possí-
vel o número de cigarros. As mulheres que não conseguirem parar de fumar devem
procurar fumar após as mamadas e não no mesmo ambiente onde está a criança.
• Consumo de álcool: é desestimulado o consumo de álcool por mulheres que estão
amamentando. No entanto, o consumo eventual moderado de álcool é considerado
compatível com a amamentação (até 0,5g de álcool por quilo de peso da mãe por dia,
o que corresponde a aproximadamente um cálice de vinho ou duas latas de cerveja).
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria da Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
e Estratégicas. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias / Ministério da Saúde, Secre-
taria da Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. 2. ed. – Brasília: Editora
do Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamenta-
cao_uso_medicamentos_2ed.pdf Acesso em: 02 mai. 2023.
Fonte: MARQUES, E. S.; COTTA, R. M. M.; PRIORE, S. E. Mitos e crenças sobre o aleitamento materno. Departamento
de Nutrição e Saúde, Universidade Federal de Viçosa, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-
81232011000500015 Acesso em: 10 jan. 2023.
LIVRO
• Título: Avaliação Nutricional na Prática Clínica da Gestação ao
Envelhecimento
• Autor: Thiago Durand Mussoi.
• Editora: Guanabara.
• Sinopse: Thiago Durand Mussoi aborda a prática de diferentes
possibilidades de avaliação nutricional de crianças, adolescentes,
gestantes, adultos, idosos e pacientes hospitalizados que alicer-
çam o dia a dia da conduta do profissional nutricionista.
FILME/VÍDEO
• Título: De Peito Aberto
• Ano: 2019.
• Sinopse: É um filme sobre aleitamento materno, momento de
grandes transformações na vida das mães e dos bebês. Conta
a história de seis mães de diferentes realidades socioculturais
durante os primeiros 180 dias de vida dos seus bebês, captando
emoções, embates e questões como o papel da mulher na socie-
dade atual, a relação entre maternidade e trabalho, as políticas
públicas para amamentação e os interesses privados por trás do
desmame precoce.
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=AKZFdnCl_80
ALIMENTAÇÃO
NOS PRIMEIROS
ANOS DE VIDA
Professor(a) Esp. Vanuza Neres Pacheco Carluccio
Plano de Estudos
• Problemas nutricionais mais prevalentes na infância;
• Alimentação complementar saudável e seus atributos e como orien-
tar para que a criança receba alimentação complementar saudável;
• Alimentos processados e fortalecimento a alimentação complementar;
• Suplemento de ferro e suplemento de vitamina A bem como infor-
mações sobre outros micronutrientes necessários nos primeiros
anos de vida.
Objetivos da Aprendizagem
• Conhecer os problemas Nutricionais mais prevalentes na Infância.
• Reconhecer as recomendações nutricionais na infância, capacitando
o aluno a dar orientações nutricionais específicas.
• Compreender a importância da Suplementação de Ferro e
suplementação de vitamina A bem como informações sobre outros
micronutrientes necessários nos primeiros anos de vida.
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), chegamos a nossa terceira unidade!
Não menos importante que todo conteúdo trabalhado até aqui, esta unidade vem
recheada de conhecimentos. Os artistas principais serão os NUTRIENTES essenciais na in-
fância, obtidos através dos alimentos e suas funcionalidades para o desenvolvimento humano.
Vocês terão a grata satisfação e oportunidade de aprimorar, conhecer e entender
deles, para muito brevemente orientá-los na prescrição adequada da alimentação nos
primeiros anos de vida.
Trilhando o mundo da variedade de componentes alimentares (gorduras, carboidra-
tos, proteínas e sais minerais, água e vitaminas), nutrientes esses que são os ingredientes
fundamentais na evolução do corpo humano.
A alimentação e a nutrição adequadas são requisitos essenciais para o crescimento
e desenvolvimento das crianças. Mais do que isso: são direitos humanos fundamentais,
pois representam a base da própria vida.
Então, nobre aluno (a), papel e caneta na mão, olhos e ouvidos bem atentos a esta
unidade.
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-vector/boy-girl-eating-healthy-eco-food-2195765077
As crianças costumam recusar alimentos que não são familiares, sendo esse compor-
tamento apresentado precocemente (BIRCH, 1997). Entretanto, com exposições frequentes,
os novos alimentos tendem a ser aceitos e incorporados na dieta da criança. Geralmente,
são necessárias cerca de oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito.
Infelizmente, muitos pais desconhecem esse comportamento normal e interpretam a rejeição
inicial como uma aversão permanente, desistindo de oferecer o alimento à criança. Embora a
aversão possa ser frustrante para os pais, ela não significa uma rejeição permanente.
2.1 Como orientar para que a criança receba alimentação complementar saudável
Para iniciar a introdução de alimentos sólidos para a criança, é importante levar em
consideração sua maturidade fisiológica e neuromuscular, bem como suas necessidades
nutricionais. Antes dos quatro meses de idade, a criança ainda não está pronta para rece-
ber alimentos sólidos, pois não atingiu o desenvolvimento fisiológico necessário para tal.
Embora o reflexo de protrusão da língua esteja desaparecendo, a criança ainda não tem
controle neuromuscular da cabeça e do pescoço para mostrar desinteresse ou saciedade.
Entre o quarto e o sexto mês de vida, a aceitação e tolerância dos alimentos pas-
tosos melhoram, devido ao desaparecimento do reflexo de protrusão e à maturação da
função gastrointestinal, renal e neuromuscular. (BARNESS, 1990).
A partir dos seis meses, é recomendado que a criança amamentada receba três refeições
diárias, sendo duas papas de frutas e uma papinha salgada ou comida caseira. Conforme
a criança se desenvolve, a partir do sétimo mês, é indicado introduzir a segunda papa
salgada ou comida caseira, contendo alimentos como arroz, feijão, carne, legumes e ver-
duras. É importante acompanhar o ritmo de evolução da criança ao realizar essa transição.
TABELA 01 - ESQUEMA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS QUE ESTÃO
EM ALEITAMENTO MATERNO
De 6 a 7 meses De 8 a 12 meses A partir de 12 meses
Aleitamento materno Aleitamento materno Aleitamento materno sob
sob livre demanda sob Livre demanda Livre demanda
1 papa de frutas no 1 papa de frutas no 1 refeição pela manhã
Meio da manhã meio da manhã (mingau ou leite batido com fruta)
1 papa salgada no 1 papa salgada no
1 fruta
final da manhã Final da manhã
1 papa de frutas no 1 papa de frutas no 1 refeição básica da família
meio da tarde meio da tarde No final da manhã
1 papa salgada no 1 refeição básica da família
final da tarde no final da tarde
Fonte: Ministério da Saúde (2021).
Recomenda-se evitar o excesso de amassamento dos alimentos para garantir uma oferta
calórica adequada, cozinhando-os com pouca água e amassando-os com o garfo. Não é
recomendado liquidificar ou peneirar os alimentos. A partir dos oito a dez meses de idade,
a criança já pode começar a receber os alimentos da família, porém deve-se evitar tem-
peros fortes e grandes quantidades de sal.
ALIMENTOS PROCESSADOS E
FORTALECIMENTO A
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
A criança desenvolve preferência por alimentos que são oferecidos com frequência e
de forma consistente. É recomendável que ela consuma alimentos com baixo teor de açúcar e
sal, de modo que esse hábito seja mantido na fase adulta. Alimentos doces ou muito condimen-
tados podem levar a uma menor aceitação de frutas, verduras e legumes em sua forma natural.
É comum que mães e cuidadores ofereçam alimentos que não são recomendados
para crianças menores de dois anos, simplesmente porque são de sua preferência. É im-
portante que sejam observados seis pontos fundamentais:
01. Alimentos com elevados teores de açúcar, gordura e corantes, como açúcar,
café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e biscoitos recheados,
devem ser evitados, principalmente nos primeiros anos de vida.
02. É desaconselhável oferecer sucos artificiais aos lactentes, uma vez que essas
bebidas não fornecem nutrientes além de açúcar, essências e corantes artificiais
que podem ser prejudiciais à saúde e reações alérgicas.
03. É recomendável evitar oferecer bebidas e líquidos com açúcar, devido à re-
lação entre o seu consumo e o excesso de peso, além do aparecimento precoce
de cáries.
04. Evite oferecer mel para crianças com menos de um ano de idade, mesmo
que o mel seja conhecido por suas propriedades medicinais e valor calórico.
Isso porque o mel pode conter esporos de Clostridium botulinum, que são ex-
05. Evite alimentos em conserva, como palmito e picles, e embutidos, como sal-
sichas, salames, presuntos e patês, pois podem conter esporos de C. botulinum,
o que representa um alto risco de contaminação e transmissão do botulismo por
meio da alimentação.
4.1 Ferro
A introdução adequada da alimentação complementar é crucial para o suprimento
de ferro na infância. É consenso que o leite materno até os seis meses de idade previne a
anemia. O ferro nos alimentos pode ser encontrado em duas formas: heme e não heme.
O ferro heme, presente na hemoglobina e mioglobina das carnes e vísceras, tem maior
biodisponibilidade e não está exposto a fatores inibidores.
As carnes contêm cerca de 2,8mg de ferro por 100g do alimento, dos quais 20%
a 30% são absorvidos. Por outro lado, o ferro não heme, encontrado em ovos, cereais,
leguminosas (como o feijão) e hortaliças (como a beterraba), é absorvido em apenas 2% a
10% pelo organismo, em contraste ao ferro animal.
Para crianças de seis a 12 meses, a necessidade diária de ferro é de 11mg/dia,
enquanto que para crianças de um a três anos é de 7mg/dia. As crianças com idade entre
seis a 12 meses requerem atenção especial, uma vez que a recomendação de ferro é
elevada e difícil de ser suprida apenas pela alimentação normal.
Como resultado, as crianças ficam vulneráveis ao desenvolvimento de anemia por
deficiência de ferro, que prejudica seu crescimento e desenvolvimento. Por essa razão,
IMPORTANTE:
Crianças diagnosticadas com doenças relacionadas ao acúmulo de ferro, como
hemossiderose e anemia falciforme, não devem receber suplementação de ferro, exce-
to se recomendado por um profissional de saúde. Se houver suspeita dessas doenças,
a suplementação não deve ser iniciada até que o diagnóstico seja confirmado.
4.2 Vitamina A
Durante os primeiros seis meses de vida, a quantidade de vitamina A presente
no leite materno é suficiente para atender as necessidades da criança (INSTITUTE OF
MEDICINE, 2001). Para os nutricionistas, é importante destacar que:
4.3 Vitamina D
O leite materno e os alimentos complementares fornecem uma pequena quantida-
de de vitamina D, cuja principal fonte é a exposição direta da pele à luz solar. Em bebês
amamentados exclusivamente e não expostos ao sol, os estoques de vitamina D presentes
no nascimento podem ser esgotados em oito semanas. No Brasil não é recomendada a su-
plementação rotineira de vitamina D devido à facilidade de atingir as necessidades diárias
por meio da exposição solar. A decisão de suplementar ou não essa vitamina fica a critério
do médico responsável, que deve avaliar os sinais clínicos da criança.
O suprimento de vitaminas como riboflavina, niacina, tiamina, folato e vitamina C
pode ser baixo em algumas populações, assim como o de vitamina E, mas não há evidência
de benefício da indicação de suplementação dessas vitaminas de forma rotineira.
A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que
são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a formação de hábitos e para a manutenção
da saúde. A introdução alimentar incorreta está entre as principais causas de crianças, adolescentes e
adultos terem doenças crônicas precocemente. Deixo abaixo após tudo que estudamos nesta unidade Guia
alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos recomendado pelo MINISTÉRIO DA SAÚDE.
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria à Saúde. Departamento de Promoção da
Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
Primaria à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf Acesso em: 10 jan. 2023.
Fonte: SILVA, L. M. P.; VENÂNCIO, S. I.; MARCHIONI, D. M. L. Práticas de alimentação complementar no primeiro ano
de vida e fatores associados. Revista Nutrição., Campinas, 23(6):983-992, nov./dez., 2010. Disponível em: https://doi.
org/10.1590/S1415-52732010000600005 Acesso em: 10 jan. 2023.
LIVRO
• Título: Nutrição e Dietoterapia, Obstétrica e Pediátrica
• Autora: Michelle Thiemi Miwa.
• Editora: Editora e Distribuidora Educacional.
• Sinopse: Simples e didaticamente esse livro aborda como rea-
lizar a avaliação nutricional, e a partir disso entender as principais
necessidades e riscos tanto para a gestante, como para a nutriz,
lactente, criança e adolescente.
FILME/VÍDEO
• Título: GERAÇÃO JUNK FOOD
• Ano: 2016.
• Sinopse: Um documentário sobre alimentação infantil traz um alerta
a todos os pais e cuidadores de crianças, ofertar mais comida de ver-
dade e limitar a oferta de produtos alimentícios prevenindo doenças e
a obesidade infantil. De forma sensata nos faz refletir se o tempo não
seria o ingrediente que anda faltando nas famílias nos tempos atuais,
para uma melhor atenção dos pais a alimentação dos filhos.
• Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9J4fUfWc1Mc
ORIENTAÇÕES
DIETOTERÁPICAS
Plano de Estudos
• Alimentação para crianças não amamentadas.
• Indicadores para avaliar as práticas alimentares nos dois primei-
ros anos de vida.
• Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para
crianças menores de dois anos.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar alimentação de acordo com necessidade
específica para cada idade na infância.
• Compreender os tipos de práticas alimentares nos primeiros anos
de Vida.
• Estabelecer e orientar hábitos alimentares saudáveis como
prevenção de doenças associadas à nutrição errada.
INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo (a) à última unidade desta apostila!
Até aqui aprendemos que há uma série de fatores que influenciam a ingestão
alimentar e hábitos na infância e que as preferências e aversões aos alimentos são estabe-
lecidos nos primeiros anos e levados até a fase adulta, quando se atingem frequentemente
alterações com resistência e dificuldade.
Aprendemos também que as principais influências na ingestão alimentar nos anos
de desenvolvimento incluem, principalmente: o ambiente familiar, as tendências sociais, as
mensagens da mídia, a influência dos colegas, e a presença de enfermidades ou doença.
E que também existe uma preferência nata pelo sabor doce e a rejeição pelo sabor
amargo e azedo, mas a preferência também é moldada por experiências repetidas com
o alimento, com associações ao contexto social e com as consequências fisiológicas da
ingestão do alimento. Também é notório que a atuação do nutricionista através de seus
conhecimentos científicos do alimento em sua totalidade é um dos pontos de partida para
direcionar essa necessidade
Em nossa última unidade, fecharemos com a aprendizagem do planejamento e
execução das ações e orientações corretas, para que haja o fornecimento de nutrientes
promovendo o crescimento e manutenção do corpo, bem como o desenvolvimento de
habilidades de alimentação, hábitos alimentares e conhecimentos nutricionais para o de-
senvolvimento cognitivo do ser humano. Alimentação e nutrição adequadas são requisitos
essenciais desde antes do nascimento até o fim de seus dias de uma pessoa.
Minha vibração é que, ao terminar esta unidade, você esteja pronto para colocar
em prática essa dinâmica anteriormente estudada.
Tenha um excelente estudo!
Forte abraço.
ALIMENTAÇÃO PARA
CRIANÇAS NÃO
AMAMENTADAS
Quando o desmame não pôde ser revertido após orientações e acompanhamento dos
profissionais, ou em situações em que a mãe não está recomendada a amamentar, a melhor
opção para crianças totalmente desmamadas com idade inferior a 4 meses é a alimentação
láctea, por meio da oferta de leite humano pasteurizado proveniente de Banco de Leite Huma-
no, quando disponível ou uso de fórmula infantil indicada pelo profissional de saúde habilitado.
É fundamental evitar o leite de vaca não modificado no primeiro ano de vida em
razão do pobre teor e baixa disponibilidade de ferro, o que pode predispor anemia, e pelo
risco maior de desenvolvimento de alergia alimentar, distúrbios hidroeletrolíticos e pré-dis-
posição futura para excesso de peso e suas complicações.
12. A criança recebeu papa salgada/comida de panela (comida da casa, comida da família)
antes de seis meses de idade?
• Sim
• Não
Fonte: WORLD Health Organization. An evaluation of infant growth: the use and interpretation of
anthropometry in infants. Bull World Health Organ. 1995
Fonte: WORLD Health Organization. An evaluation of infant growth: the use and interpretation of
anthropometry in infants. Bull World Health Organ. 1995
Fonte: WORLD Health Organization. An evaluation of infant growth: the use and interpretation of
anthropometry in infants. Bull World Health Organ. 1995
Fonte: WORLD Health Organization. An evaluation of infant growth: the use and interpretation of
anthropometry in infants. Bull World Health Organ. 1995
Fonte: WORLD Health Organization. An evaluation of infant growth: the use and interpretation of
anthropometry in infants. Bull World Health Organ. 1995
Fonte: WORLD Health Organization. An evaluation of infant growth: the use and interpretation of
anthropometry in infants. Bull World Health Organ. 1995
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade
≥ Percentil 0,1 e ≥ Escore-z -3 e
Baixo peso para a idade
< Percentil 3 < Escore-z -2
≥ Percentil 3 ≥ Escore-z -2 ≤ Escore-z -2 Peso adequado para a idade
*Observação para relatório: esse não é o índice antropométrico mais recomendado para a
avaliação do excesso de peso entre crianças. Avalie essa situação pela interpretação dos índices
de peso para estatura ou IMC para idade.
FONTE: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
Passo 1: Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer
outro alimento.
Dica: Rever se as orientações sobre aleitamento materno são fornecidas desde o acompanhamento pré-natal
até a época da alimentação complementar.
Passo 2: A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo
o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Dica: Antes de dar a orientação desse passo, perguntar à mãe/cuidador como imagina ser a alimentação correta
da criança e, a seguir, convidá-la a complementar seus conhecimentos, de forma elogiosa e incentivadora.
Passo 3: Após seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, legumi-
nosas, frutas, legumes) três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao
dia, se estiver desmamada.
Dica: Sugerir receitas de papas, tentando dar ideia de proporcionalidade, de forma prática e com linguagem
simples.
Dica: Uma visita domiciliar pode ser uma estratégia interessante para aumentar o vínculo e orientar toda a
família sobre alimentação saudável.
Passo 5: A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher;
começar com consistência pastosa (papas/purês) gradativamente, aumentar a consistência até
chegar à alimentação da família.
Passo 6: Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimen-
tação colorida.
Dica: Conversar sobre a estimulação dos sentidos enfocando que a alimentação deve ser um momento de
troca afetuosa entre a criança e a família.
Dica: Pedir à mãe que faça uma lista das hortaliças mais utilizadas. Depois, aumentar essa lista acrescentando
outras opções não lembradas, destacando alimentos regionais e típicos da estação.
Passo 8: Não oferecer açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras
guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Dica: Articular um trabalho em conjunto de todos os integrantes da família da criança sobre alimentação
saudável.
Passo 9: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos: garantir o seu armazenamento
e conservação adequados.
Dica: Realizar orientações aos pais, avós e crianças sobre cuidados de higiene geral, alimentar e bucal.
Passo 10: Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimenta-
ção habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Dica: Avaliar o apetite da criança, mas nunca oferecer guloseimas como recompensa.
“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”.
Cada vez mais a ciência comprova a relação estreita entre o hábito alimentar e saúde ou doença. O
Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos publicado em 2014 traz recomendações e
informações sobre alimentação de crianças nos dois primeiros anos de vida. Deixo abaixo para vocês um
link para leitura, pesquisa e impressão de um manual e atuação recomendado.
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria à Saúde. Departamento de Promoção
da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção Primaria à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
Disponível em: https://www.svb.org.br/images/guia_da_crianca_2019.pdf Acesso em: 10 jan. 2023.
Um forte abraço!
Fonte: MELLO, E. D.; LUFT, V. C.; MEYER, F. Obesidade Infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria - Vol.
80, Nº3, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/GftqBGnnCyhvZ89C9M4Pqsv/ Acesso em: 10 jan. 2023.
LIVRO
• Título: Nutrição e saúde da criança
• Autores: Sylvia do Carmo Castro Franceschini; Sarah Aparecida
Vieira Ribeiro; Silvia Eloíza Priore; Juliana Farias de Novaes.
• Editora: RUBIO-2019.
• Sinopse: Esse livro aborda a nutrição infantil, e tem como principal
objetivo a qualificação de estudantes de ensino superior e profissio-
nais da Saúde comprometidos com um atendimento de excelência
à criança. É referência certa para aqueles que sabem que uma boa
nutrição na infância oferece menos chances de adolescentes, adul-
tos e idosos propensos a doenças. Excelente leitura de apoio a você.
FILME/VÍDEO
• Título: O cardápio das crianças (The Kids Menu): a obesidade na
infância.
• Ano: 2015.
• Sinopse: O documentário retrata a importância sobre o investi-
mento financeiro e principalmente, de tempo para conscientização
da alimentação saudável e tem o objetivo despertar nas crianças
hábitos mais saudáveis de alimentação. Aproveite!
92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS (AAP). Committee on Infectious Diseases. Red
book 2000. [S.l.]: Elk Grove Village, 2000.
BRASIL. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministé-
rio da Saúde, 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimen-
tar para crianças menores de 2 anos: um guia para o profissional da saúde na atenção
básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
93
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de
Promoção da Saúde. Relatório de Gestão 2019: Coordenação-Geral de Alimentação e
Nutrição [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde,
Departamento de Promoção da Saúde. - Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
DREWNOWSKI, A.; SPECTER, S. E. Poverty and obesity: the role of energy den-sity
and energy costs. American Journal Clinical of Nutrition, 2004.
HALE, T. W. Drug theraphy and breastfeeding. In: RIORDAN, J. (Ed.). Breastfeeding and
human lactation. 3. ed. Boston: Jones and Bartlett Publishers, 2005.
94
KRAEMER, K.; ZIMMERMANN, M. B. Nutritional anemia. Sight and Life Press. Basel,
Switzerland, 2007.
SULLIVAN, S. A.; BIRCH, L. L. Infant dietary experience and acceptance of solid foods.
Pediatrics, [S.l.], v. 93, p. 271-277, 1994.
95
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Collaborative Study Team on the Role of
Breastfeeding on the Prevention of Infant Mortality. Effect of breastfeeding on infant and
child mortality due to infectious diseases in less developed countries: a pooled analysis,
2003.
WORLD Health Organization. An evaluation of infant growth: the use and interpretation
of anthropometry in infants. Bull World Health Organ, 1995.
96
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