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Rotinas de
Aleitamento Materno
UASCA/DGC/GAS/HUPAA/UFAL
UMI/DGC/GAS/HUPAA/UFAL
GEP/HUPAA/UFAL
MACEIÓ
2020
MANUAL DE NORMAS E
ROTINAS DE ALEITAMENTO
MATERNO
Maceió
2020
1
Célio Fernando de Sousa Rodrigues
Superintendente do HUPAA/UFAL
ELABORAÇÃO
Ana Maria Cavalcante Melo
Anne Laura Costa Ferreira
Annie Karoline Feijó Costa
Maria Cristina Simões Barbosa
Maria da Conceição Carneiro Pessoa de Santana
Maristela Honório de Oliveira
Mirna de Araújo Costa
Mônica Lopes Assunção
Rosângela Simões Gonçalves
Sarah Gonçalves Soares
Vanessa Ferry de Oliveira Soares
ORGANIZAÇÃO
Ana Maria Cavalcante Melo
Gabriela Tenório Silva Cavalcante (ad hoc)
Geisa Gabriella Rodrigues de Oliveira
2
PREFÁCIO
3
seguindo os eixos estratégicos que o organizam, observamos que a IHAC é a primeira
ação contemplada para incentivo ao aleitamento materno e a alimentação
complementar saudável.
A cada dois anos teremos nossas Normas e Rotinas revisadas para que se
adequem a futuras resoluções e normativas alusivas à IHAC, ou mesmo a novas
abordagens no manejo do Aleitamento Materno. Esperamos que possam subsidiar as
capacitações da comunidade interna do HUPAA e orientar os profissionais de saúde.
Mantido o apoio de gestão, muito em breve poderemos oferecer nossa experiência
em IHAC como pólo de treinamento para outros hospitais, como uma referência.
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SUMÁRIO
5
5 O PAPEL DA SALA DE APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO NO
ALOJAMENTO CONJUNTO......................................................................................36 .
6 ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO..........................................................37
6
9.2.2 Circunstâncias clínicas em que o leite materno é contraindicado permanente-
mente e há que se prescrever fórmulas lácteas especiais...........................................59
9.3 Manejo da Hipoglicemia Neonatal.........................................................................59
9.3.1 Critérios diagnósticos.........................................................................................59
9.3.2 Recém-nascidos com risco para hipoglicemia...................................................60
9.3.3 Indicações para rastreamento de hipoglicemia...................................................61
9.3.4 Investigação diagnóstica....................................................................................63
9.4 Os aditivos do leite humano (AdLH)......................................................................65
9.4.1 Indicações..........................................................................................................65
9.4.2 Considerações............................................................................................ .......65
.
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13 AMAMENTAÇÃO E USO DE DROGAS...............................................................88
13.1 Drogas lícitas.......................................................................................... .............88
13.1.1 Uso do álcool entre as mulheres lactantes......................................................88
13.1.2 Uso do tabaco entre as mulheres gestantes e lactantes..................................90
13.2 Drogas ilícitas......................................................................................................91
13.2.1 Proposta de intervenção..................................................................................92
13.2.2 Acolhimento da parturiente na dependência química.......................................93
REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................101
ANEXOS...................................................................................................................104
ANEXO 1 Modelo de orientação alimentar para o lactente........................................105
ANEXO 2 Formulário de monitoramento do Aleitamento Materno (AM)...................106
ANEXO 3 Índices avaliativos para monitoramento da IHAC.....................................108
ANEXO 4 Orientações para fumantes na maternidade do HUPAA..........................110
ANEXO 5 COVID-19 e amamentação.......................................................................111
ANEXO 6 Teste da Linguinha...................................................................................117
ANEXO 7 Protocolo Martinelli...................................................................................123
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1 SUPORTE LEGAL PARA POLÍTICAS DE ALEITAMENTO MATERNO
9
de pilates, bola de trabalho de parto, compressas quentes e frias,
técnicas que devem ser informadas à mulher durante o pré-natal;
f) Assegurar cuidados que reduzam procedimentos invasivos, tais
como rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou
indução do parto, partos;
g) Possuir comitê de investigação de óbitos maternos, infantis e
fetais, implantado e atuante.
Os critérios gerais e de habilitação, avaliação, monitoramento, reavaliação e
incrementos financeiros aos valores de procedimentos realizados nos
estabelecimentos de saúde habilitados na IHAC são definidos na Portaria n. 1.153, de
22 de maio de 2014. Consta ainda nesse instrumento legal que os Hospitais Amigos
da Criança devem adotar ações educativas articuladas com a Atenção Básica, de
modo a informar à mulher sobre a assistência que lhe é devida, do pré-natal ao
puerpério, visando ao estímulo das "Boas Práticas de Atenção ao Parto e ao
Nascimento”, na forma da Recomendação da OMS no Atendimento ao Parto Normal,
e a vinculação da gestante, no último trimestre de gestação, ao estabelecimento
hospitalar em que será realizado o parto.
1. Dispor de uma política por escrito sobre aleitamento materno, que deve ser
rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde.
1b. Ter uma política de alimentação infantil por escrito que seja rotineiramente
comunicada à equipe de saúde (Anexo 1).
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2. Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta
norma através de conhecimentos, competências e habilidades suficientes, com carga
horária de 18 horas, prática clínica supervisionada e metodologia referenciada.
6. Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno,
a não ser que tal procedimento tenha indicação clínica.
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Art. 1º Ficam instituídas diretrizes para a organização da atenção integral e
humanizada ao recém-nascido (RN) no momento do nascimento em
estabelecimentos de saúde que realizam partos.
Parágrafo único. O atendimento ao RN consiste na assistência por profissional
capacitado, médico (preferencialmente pediatra ou neonatologista) ou
profissional de enfermagem (preferencialmente enfermeiro obstetra ou
neonatologista), desde o período imediatamente anterior ao parto, até que o
RN seja encaminhado ao Alojamento Conjunto com sua mãe, ou à Unidade
Neonatal (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Unidade de Cuidado
Intermediário Neonatal Convencional ou da Unidade de Cuidado Intermediário
Neonatal Canguru), ou ainda, no caso de nascimento em quarto de pré-parto,
parto e puerpério (PPP) seja mantido junto à sua mãe, sob supervisão da
própria equipe profissional responsável pelo PPP.
Art. 4º Para o RN a termo com ritmo respiratório normal, tônus normal e sem
líquido meconeal, recomenda-se:
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II - proceder ao clampeamento do cordão umbilical, após cessadas suas
pulsações (aproximadamente de 1 a 3 minutos), exceto em casos de
mães isoimunizadas ou HIV HTLV positivas, nesses casos o
clampeamento deve ser imediato;
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Procedimento: ATENDIMENTO AO RECEM NASCIDO NO MOMENTO
03.10.01.002-0 DO NASCIMENTO
Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos
operacionais nos sistemas de informação para competência seguinte à sua
publicação.
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1.4 NORMAS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL E HUMANIZADA À MULHER E AO
RECÉM-NASCIDO NO ALOJAMENTO CONJUNTO
1.4.1 VANTAGENS
1.4.2 CONSIDERAÇÕES
A gestão dos leitos do Alojamento Conjunto deverá ser eficiente de forma que
mulheres em situação de perda gestacional ou que não possam amamentar, não
permaneçam na mesma enfermaria com puérperas e recém-nascidos saudáveis.
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c) Em caso de intercorrências com as mamas, o Banco de Leite Humano
poderá oferecer a assistência referente às boas práticas da amamentação, e
orientações sobre a doação de leite humano;
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b) RESOLUÇÃO 222, DE 5 DE AGOSTO DE 2002 – Regulamento Técnico
para Promoção Comercial dos Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira
Infância.
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CRITÉRIOS GLOBAIS – CONFORME O CÓDIGO
O responsável/diretor do serviço de maternidade deve mencionar que:
A revisão dos registros e recibos deve indicar que nenhum substituto de leite
materno, incluindo fórmulas infantis para lactentes e outros, é comprado pela
unidade de saúde pelo preço de venda no atacado ou menos.
19
2 NORMAS E ROTINAS PARA ALEITAMENTO MATERNO POR SETOR
2.1 PRÉ-NATAL
20
7. Alertar para procedimentos, orientações inadequadas ou atitudes contrárias à
amamentação;
10. Após exame clínico e anamnese, atentar para situações em que a amamentação
é contraindicada, para evitar o constrangimento de encorajar o aleitamento materno
quando não é possível realizá-lo.
b) Não realizar pressão sobre a mama para verificar se está saindo leite;
21
2.2 PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO NO CENTRO OBSTÉTRICO/PPP
6. Colocar o recém-nascido junto à mãe para propiciar contato pele a pele o mais
precocemente possível (primeira meia hora de vida).
10. Levar o recém-nascido junto com a mãe para o Alojamento Conjunto, sempre que
suas condições clínicas permitirem.
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sobre o tórax ou abdômen desnudo da mãe. O RN deve ser coberto com uma manta
aquecida e, se possível, mantido nesta posição pelo menos na primeira hora de vida,
postergando todos os procedimentos de rotina e realizando supervisão frequente, a
fim de detectar qualquer possível complicação. Isso ajuda na adaptação da criança à
vida extra-uterina e precipita os fenômenos fisiológicos da lactação. A temperatura
precisa ser monitorada e mantida cuidadosamente durante esse período para prevenir
o estresse por frio, que pode favorecer a hipotermia e consequente hipoglicemia.
3. Ensinar às mães como extrair o leite, armazenar, conservar, aquecer e oferecer por
copinho, assim mantendo a lactação, quando for necessária alguma ausência;
5. Usar técnicas alternativas para administrar a alimentação enquanto não for possível
a amamentação plena no peito. Contraindicar o uso de bicos (chupetas, mamadeiras
e chucas);
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6. Auxiliar as mães a posicionarem corretamente seus recém-nascidos no seio e
conversar sobre os vários aspectos da amamentação;
9. Informar aos pais sobre o estado clínico de seu filho, orientando-os também sobre
o estabelecimento e manutenção da lactação; já orientar quanto a métodos
anticoncepcionais que não interfiram na lactação.
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5. Usar copinhos para administrar a alimentação enquanto não for possível a
amamentação plena no peito. Contraindicar o uso de bicos (chupetas, mamadeiras e
chucas);
9. Informar aos pais sobre o estado clínico de seu filho, orientando-os também sobre
o estabelecimento e manutenção da lactação. Facilitar sua permanência na Unidade
Neonatal junto com a mãe;
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5. Usar técnicas alternativas para administrar a alimentação enquanto não for possível
a amamentação plena no peito. Contraindicar o uso de bicos (chupetas, mamadeiras
e chucas);
9. Informar aos pais sobre o estado clínico de seu filho, orientando-os também sobre
o estabelecimento e manutenção da lactação. Facilitar a permanência paterna junto
com a mãe durante a visita hospitalar;
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4. Encaminhar as mães para o Banco de Leite Humano para reforço de orientações,
ordenha e conservação do excedente de seu leite, ou doação;
5. Usar técnicas alternativas para administrar a alimentação enquanto não for possível
a amamentação plena no peito. Contraindicar o uso de bicos (chupetas, mamadeiras);
9. Informar aos pais sobre o estado clínico de seu filho, orientando-os também sobre
o estabelecimento e manutenção da lactação. Facilitar a permanência paterna junto
com a mãe, flexibilizando os horários de visita hospitalar;
2.7 PUERICULTURA
3. Ensinar às mães como extrair o leite, armazenar, conservar, aquecer e oferecer por
copinho, assim mantendo a lactação, quando for necessária alguma ausência.
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5. Orientar quanto a usar técnicas alternativas para administrar o leite materno
enquanto não for possível a amamentação no peito, em caso de ausência provisória
da mãe. Contraindicar o uso de bicos (chupetas, mamadeiras e chucas).
8. Informar aos pais sobre o estado clínico de seu filho, orientando-os também sobre
o estabelecimento e manutenção da lactação. Informar sobre métodos
anticoncepcionais que não interferem na amamentação;
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3 INTERFACE DO BANCO DE LEITE HUMANO (BLH)
COM A MATERNIDADE
3.1 ATRIBUIÇÕES
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3.2 FLUXO DE DOAÇÃO DE LEITE HUMANO
As nutrizes que desejam ser doadoras, mesmo que não tenham dado à luz no
HUPAA, podem se encaminhar ao BLH para orientações de ordenha manual,
cuidados de higiene e como conservar o leite ordenhado. Nessa primeira visita é
realizado o preenchimento de um formulário de cadastro, e é necessário a caderneta
da gestante para coletar os resultados de exames laboratoriais realizados durante o
pré-natal. A leitura do cadastro permite que o médico assistente do BLH confirme a
seleção da doadora, como também os seguintes requisitos:
Ser saudável;
Se fumante, que não ultrapasse 10 cigarros por dia, não use álcool nem drogas
ilícitas;
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3.2.3 ACOMPANHAMENTO DAS DOADORAS
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3.4 PRÉ-ESTOCAGEM, TRANSPORTE, RECEPÇÃO E ESTOCAGEM
Em caso de acidente com o sistema central de energia e/ou freezer que resulte
no descongelamento do leite, deve ser avaliada a possibilidade de pasteurização
imediata. Caso não haja registros de temperatura nas últimas 24 horas, ou registro
que acuse temperatura acima de 5°C, o leite deve ser desprezado.
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4 SUPORTE NUTRICIONAL DA MULHER QUE AMAMENTA
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leite está diretamente associada à frequência das mamadas e permanência da criança
no seio materno.
VI. Oferecer alta segura e articulada com a atenção básica para garantia de
seguimento.
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5 O PAPEL DA SALA DE APOIO AO ALEITAMENTO
MATERNO NO ALOJAMENTO CONJUNTO
Além do espaço necessário, a sala contém um freezer exclusivo para leite cru
com termômetro para monitoramento diário da temperatura. A rotina de uso de EPIs,
escuta, acolhimento, identificação de materiais, ordenha e estocagem do leite humano
segue as mesmas recomendações do BLH, e caberá ao BLH realizar o transporte
desse leite para pasteurização, com as medidas de segurança preconizadas.
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6 ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO
d) Dar espaço para a mulher falar. Para isso, é necessário dedicar tempo para
ouvir, prestando atenção no que a mãe está dizendo e no significado de suas
falas. Como sinal de interesse, podem ser utilizadas expressões como: “Ah é?
Humm... Aha!” Algumas mulheres têm dificuldade de se expressar. Nesse caso,
algumas técnicas são úteis, tais como fazer perguntas abertas, dando mais
espaço para a mulher se expressar. Essas perguntas em geral começam por:
Como? O quê? Quando? Onde? Por quê? Por exemplo, em vez de perguntar
se o bebê está sendo amamentado, perguntar como ela está alimentando o
bebê. Outra técnica que pode incentivar as mulheres a falarem mais é devolver
o que a mãe diz. Por exemplo, se a mãe relata que a criança chora muito à
noite, o profissional pode fazer a mãe falar mais sobre isso perguntando: “O
seu bebê faz você ficar acordada à noite porque chora muito?”;
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e) Demonstrar empatia, ou seja, mostrar à mãe que os seus sentimentos são
compreendidos, colocando-a no centro da situação e da atenção do
profissional. Por exemplo, quando a mãe diz que está muito cansada porque o
bebê quer mamar com muita frequência, o profissional pode comentar que
entende por que a mãe está se sentindo tão cansada;
f) Evitar palavras que soam como julgamentos, como, por exemplo, certo,
errado, bem, mal etc. Por exemplo, em vez de perguntar se o bebê mama bem,
seria mais apropriado perguntar como o bebê mama; Aceitar e respeitar os
sentimentos e as opiniões das mães, sem, no entanto, precisar concordar ou
discordar do que ela pensa. Por exemplo, se uma mãe afirma que o seu leite é
fraco, o profissional pode responder dizendo que entende a sua preocupação.
E pode complementar dizendo que o leite materno pode parecer ralo no
começo da mamada, mas contém muitos nutrientes;
g) Reconhecer e elogiar aquilo em que a mãe e o bebê estão indo bem, por
exemplo, quando o bebê está ganhando peso ou sugando bem, ou mesmo
elogiá-la por ter vindo à consulta, se for o caso. Essa atitude aumenta a
confiança da mãe, encoraja-a a manter práticas saudáveis e facilita sua
aceitação a sugestões;
i) Oferecer ajuda prática como, por exemplo, segurar o bebê por alguns minutos
e ajudá-la a encontrar uma posição confortável para amamentar;
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7 OBSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO DA MAMADA
Desprezar as luvas;
Lavar as mãos;
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7.1 POSICIONAMENTO DA MÃE, DO BEBÊ E PEGA
O corpo do bebê deve estar inteiramente de frente para a mãe e bem próximo
(barriga do bebê voltada para o corpo da mãe); mas outras posições podem
ser usadas a partir das peculiaridades clínicas de cada bebê;
Aproximar a boca do bebê de frente para a mama, para que ele possa
abocanhá-la, ou seja, colocar a maior parte da aréola, apoiar o braço que
segura o bebê com uma almofada;
Manter a cabeça do bebê apoiada sobre o cotovelo e o braço que está embaixo
em leve rotação externa e abdução de ombro.
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7.2. OUTRAS POSIÇÕES DE AMAMENTAR
41
7.2.3 DEITADA DE LADO
- Apoios para o corpo: Escolher uma poltrona ou cadeira com apoio para os
braços e usar almofadas ou travesseiros para apoiar os cotovelos. Os apoios
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da poltrona sozinhos não serão suficientes. Usar também um apoio para os
pés, mesmo que improvisado;
- Apoio para o seio: Como as mamas estarão mais pesadas, pois ficarão cheias
de leite, é útil apoiá-las com as mãos enquanto amamenta. Se tiver seios
grandes, pode tentar colocar uma toalha enrolada ou cobertor sob o seio que
usará para amamentar, de modo que o mamilo fique em um ângulo reto em
relação à boca do bebê, ou mesmo fazer uma tipoia para apoiar cada mama no
momento da mamada;
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7.3 FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA MAMADA
Formulário de Observação e Avaliação da mamada
Nome da Mãe: Nome do bebê:
Situação Marital: Idade gestacional:
Número de consultas de Pré Natal: Peso ao nascer:
Data do parto: Apgar 1º e 5º min de vida:
Tipo de parto: Data da observação:
Sinais favoráveis à amamentação Sinais de possível dificuldade
Observação geral da Mãe
( ) Mãe parece saudável ( ) Mãe parece doente ou deprimida
( ) Mãe relaxada e confortável ( ) Mãe parece tensa e desconfortável
( ) Mamas parecem saudáveis ( ) Mamas avermelhadas, inchadas e/ou doloridas
( ) Mama bem apoiada, com dedos fora do mamilo ( ) Mama segurada com dedos na aréola
Posição do bebê
( ) A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados ( ) Pescoço/cabeça do bebê girados ao mamar
( ) Bebê seguro próximo ao corpo da mãe ( ) Bebê não é seguro próximo ao corpo da mãe
( ) Bebê de frente para a mama, nariz para o mamilo ( ) Queixo e lábio inferior opostos ao mamilo
( ) Bebê apoiado ( ) Bebê sem estar apoiado
Observação geral da Mãe
( ) Mãe parece saudável ( ) Mãe parece doente ou deprimida
( ) Mãe relaxada e confortável ( ) Mãe parece tensa e desconfortável
( ) Mamas parecem saudáveis ( ) Mamas avermelhadas, inchadas e/ou doloridas
( ) Mama bem apoiada, com dedos fora do mamilo ( ) Mama segurada com dedos na aréola
Posição do bebê
( ) A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados ( ) Pescoço/cabeça do bebê girados ao mamar
( ) Bebê seguro próximo ao corpo da mãe ( ) Bebê não é seguro próximo ao corpo da mãe
( ) Bebê de frente para a mama, nariz para o mamilo ( ) Queixo e lábio inferior opostos ao mamilo
( ) Bebê apoiado ( ) Bebê sem estar apoiado
Pega
( ) Mais aréola é vista acima do lábio superior do bebê ( ) Mais aréola é vista abaixo do lábio inferior do bebê
( ) A boca do bebê está bem aberta ( ) A boca do bebê não está bem aberta
( ) O lábio inferior esta virado para fora ( ) Lábios voltados para frente ou virados para dentro
( ) O queixo do bebê toca a mama ( ) O queixo do bebê não toca a mama
Sucção
( ) Sucções lentas e profundas com pausas ( ) Sucções rápidas e superficiais
( ) Bebê solta mama quando termina ( ) Mãe tira o bebê da mama
( ) Mãe percebe sinais do reflexo da ocitocina ( ) Sinais do reflexo da ocitocina não são percebidos
percebidos
( ) Mamas parecem mais leves após a mamada ( ) Mamas parecem duras e brilhantes
Fonte: adaptado de WHO
Critérios para classificações dos escores empregados de acordo com o nº de comportamentos
desfavoráveis a amamentação (sinais de possível dificuldade)
Classificação dos escores por nº de comportamentos
Nº de comportamentos
Aspecto avaliado observados
desfavoráveis observados
Bom Regular Ruim
Observação Geral da Mãe 4 0-1 2 3-4
Posição do bebê 4 0-1 2 3-4
Pega 4 0-1 2 3-4
Sucção 4 0-1 2 3-4
Adaptação de Carvalhaes e Corrêa
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8 ORDENHA E ADMINISTRAÇÃO DE LEITE
A ordenha é útil para aliviar o desconforto provocado por uma mama muito
cheia, manter a produção de leite quando o bebê não suga ou tem sucção inadequada,
retirar leite para ser oferecido à criança na ausência da mãe ou para ser doado ao
BLH.
45
8.2.1 COMO REALIZAR A ORDENHA MANUAL DO LEITE MATERNO
ORIENTAÇÕES À NUTRIZ PARA ORDENHA MANUAL
Utilize touca e máscara. Evite falar, espirrar ou tossir durante a ordenha;
Procure uma posição confortável. Pensar no bebê pode auxiliar na ejeção do leite;
Mantenha o tórax curvado sobre o abdome, para facilitar a saída do leite e aumentar o
seu fluxo;
Massageie delicadamente a mama com a ponta dos dedos ou com a base da mão, com
movimentos circulares, da aréola em direção à base da mama;
Posicione os dedos da mão em forma de “C”, com o polegar na aréola ACIMA do mamilo
e o dedo indicador ABAIXO do mamilo na transição aréola-mama, em oposição ao
polegar, sustentando o seio com os outros dedos;
Após a pressão, solte. Repita essa manobra tantas vezes quanto necessárias. A
princípio o leite pode não fluir, mas depois de pressionar algumas vezes, o leite começa
a pingar e pode fluir em jorros se o reflexo de ocitocina for ativado;
Despreze os primeiros jatos. Assim, melhora a qualidade do leite pela redução dos
contaminantes microbianos;
Mude a posição dos dedos ao redor da aréola para que todas as áreas da mama sejam
esvaziadas;
Inicie a ordenha da outra mama quando o fluxo de leite diminuir. Alterne a mama e
repetir a massagem e o ciclo várias vezes. Lembre-se de que ordenhar leite de peito
adequadamente leva 20 a 30 minutos, em cada mama, especialmente nos primeiros
dias, quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser produzida;
Caso o leite ordenhado não seja ofertado imediatamente ao bebê, guarde o frasco na
geladeira ou freezer, em posição vertical.
46
8.3 ORDENHA DE ALÍVIO
É utilizada quando por algum motivo o RN não suga o seio materno e a mãe
precisa estimular e manter a produção láctea através do esvaziamento da mama.
Consiste, portanto, em simular a dinâmica da sucção do recém-nascido, com
movimentação correta dos dedos, frequência das extrações e bom esvaziamento das
mamas. É sempre bom que o profissional ofereça ajuda e incorpore o companheiro
juntamente com outros familiares aos momentos de ordenha, para que se habituem a
apoiá-la em casa.
Lavar as mãos e os braços até os cotovelos com água e sabão. As unhas devem estar
limpas e, de preferência, curtas; não usar adornos;
Lavar as mamas apenas com água; sabonetes devem ser evitados, pois ressecam os
mamilos e os predispõem a fissuras;
47
8.5 CONSERVAÇÃO E PREPARO DO LEITE ORDENHADO
a) Em relação à mãe:
- Não fumar mais que 10 cigarros por dia nem ter fumado nas últimas 2 horas;
b) Em relação ao ambiente:
- O profissional deve usar EPI e a ordenha deve ser conduzida com rigor
higiênico-sanitário capaz de impedir que contaminantes ambientais entrem em
contato com o leite e causem prejuízo a sua qualidade.
d) Considerações:
- A ordenha poderá ser realizada trinta minutos antes da dieta, sendo o leite
administrado imediatamente;
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- Não será acondicionado leite no Setor, sendo desprezado o excedente;
- Forre uma mesa com pano limpo para colocar o frasco e a tampa;
49
d) Conservação e descongelamento do leite:
- Leite humano ordenhado e refrigerado para ser oferecido pela mãe ao seu
bebê, pode ser estocado por um período de até 12 horas, se guardado em
temperatura máxima de 5 °C. Deve ficar, idealmente, na primeira prateleira e
nunca na porta do refrigerador.
Se precisar sair de casa, pedir que o leite seja oferecido por copinho.
50
8.6 TÉCNICAS OPERACIONAIS PARA DIFERENTES FORMAS DE
ADMINISTRAÇÃO DO LEITE
8.6.1 GAVAGEM
- Lavar as mãos;
- Calçar luvas;
- Lavar as mãos;
51
8.6.2 TRANSLACTAÇÃO/RELACTAÇÃO
- Lavar as mãos;
- Calçar as luvas;
- Lavar as mãos;
8.6.3 SONDA-PEITO
- Conferir a dieta de acordo com a prescrição;
- Lavar as mãos;
52
- Separar os materiais necessários (seringa de 10 ou 20mL, água destilada,
luvas de procedimentos);
- Calçar as luvas.
- Lavar as mãos;
8.6.4 SONDA-DEDO
- Conferir a dieta de acordo com a prescrição, para bebês sonolentos, com
menor prontidão;
- Lavar as mãos;
- Calçar as luvas;
- Lavar as mãos;
- Lavar as mãos;
- Calçar as luvas;
- Atentar para as pausas respiratórias, não sendo indicado para bebês que
sofreram hipóxia grave ou que apresentem displasia broncopulmonar;
- Lavar as mãos;
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9 RAZÕES ACEITÁVEIS PARA USO DE SUBSTITUTOS
DO LEITE MATERNO
Amamentação não indicada: quando há uma condição materna ou fetal que contraindique o
aleitamento materno. Conduta: acolher, fazer escuta e assegurar-se de que a parturiente
compreendeu os motivos de não amamentar, garantir o apoio da psicologia e serviço social.
55
9.1 CONDIÇÕES MATERNAS
a) Doença grave que impede a mãe de cuidar de seu filho, por exemplo, sepse,
permanência em UTI e complicação operatória;
d) Uso de medicamentos:
d.2) Iodo: a mãe pode voltar a amamentar cerca de dois meses após ter
recebido Iodo-131 radioativo (esta substância deve ser evitada já que
existem alternativas mais seguras);
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eletrolíticas ou supressão da tireoide no bebê amamentado, portanto
deve ser evitado;
b) Mastite: se a amamentação for muito dolorosa, o leite deve ser removido por
ordenha para prevenir a persistência da mastite e deve ser prescrito analgésico;
c) Psicose puerperal;
e) Morte materna;
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9.2.2 CIRCUNSTÂNCIAS CLÍNICAS EM QUE O LEITE MATERNO É
CONTRAINDICADO PERMANENTEMENTE E HÁ QUE SE PRESCREVER
FÓRMULAS LÁCTEAS ESPECIAIS
59
primeiras 1 a 2 horas, alcançando aproximadamente 45 mg/dL nas primeiras 4 a 6
horas de vida, nível que se mantém nas primeiras 12 horas de vida.
60
RN a termo quando estes apresentam manifestações clinicas ou estejam sob risco
conhecido.
61
SINAIS E SINTOMAS DA HIPOGLICEMIA NO PERÍODO NEONATAL
Irritabilidade, tremores; Cianose;
Hipotermia;
Eritroblastose fetal;
Síndrome de Beckwith‐Wiedemann;
Suspeita de infecção;
Desconforto respiratório;
Quando não for possível manter a glicemia maior que 45mg/dL após 24 horas
usando infusão de glicose endovenosa, considerar a possibilidade do diagnóstico de
Hipoglicemia Hiperinsulinêmica, a qual é a causa mais comum de hipoglicemia severa
e persistente no período neonatal.
Hipocortisolismo primário;
Galactosemia;
Glicogenoses.
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ROTEIRO PARA MANEJO DE HIPOGLICEMIA NEONATAL NO HUPAA
64
9.4 OS ADITIVOS DE LEITE HUMANO (AdLH)
Antes de lançar mão do AdLH, o aporte nutricional pode ser realizado com o
leite da própria mãe cru ou leite humano pasteurizado hipercalórico (80 Kcal/100 ml),
como também é preciso atenção para perda de peso excessiva nos primeiros dias de
vida (< 10% PN);
9.4.1 INDICAÇÕES
- Necessidades energeticocalóricas aumentadas (cardiopatias, displasia
broncopulmonar);
- Recém-nascidos < 1500g com taxa hídrica mínima 80ml/Kg/dia e calórica 90-
100Kcal/Kg;
9.4.2 CONSIDERAÇÕES
65
10 CONDUTA NAS COMPLICAÇÕES DA MAMA PUERPERAL
66
10.2 INGURGITAMENTO MAMÁRIO PATOLÓGICO
Conduta:
O bloqueio dos ductos lactíferos ocorre quando o leite produzido não é drenado
adequadamente, seja por uso de sutiã apertado, uso de cremes que obstruem o
mamilo, a amamentação é infrequente, há má pega e a criança não consegue remover
o leite.
A conduta é:
67
b) Utilização de posições distintas para amamentar, oferecendo primeiro a
mama obstruída, com o queixo do bebê direcionado para a área afetada,
facilitando a retirada do leite nesse local;
10.4 MASTITE
Tipos:
MASTITE EPIDÊMICA IV
Clindamicina ou Cefazolina 600mg 6/6 horas ou 2,0g 8/8 horas
+ +
Metronidazol ou Levofloxacino 500mg 8/8 horas ou 500mg/dia
MASTITE ENDÊMICA VO
Cefalexina 500mg 6/6 horas
Clindamicina 600mg 6/6 horas
69
Além de dor intensa, o quadro clínico infeccioso pode cursar com prostração e
queda importante do estado geral.
Conduta:
a) Esvaziamento das lojas, que pode ser por meio de punção guiada por US
(para abscessos < 5cm), ou drenagem cirúrgica e remoção de áreas
necróticas, quando mais extenso, sendo recomendada colocação de dreno
por 24 h.
70
início da mamada geralmente indolor. Alterações cutâneas no mamilo e/ou na aréola
(pele brilhante, escamosa, eritematosa, pruriginosa, edemaciada, ou com placas
brancas) podem estar presentes (candidíase cutânea da mama), assim como sinais
de infeção fúngica no bebê (orais ou perineais), recusa alimentar, choro, ou sinais de
candidíase vaginal na mãe. Pode haver ausência de sintomas. O companheiro
também pode apresentar um sobrecrescimento fúngico no pênis (balanite por
Candida), sintomático ou não.
- Bebê: Nistatina em suspensão oral (100.000 UI, quatro vezes por dia, após
as mamadas), durante duas semanas ou até ausência de sintomas há uma
semana.
10.7 GALACTOCELE
A galactocele é uma lesão benigna da mama, definida como uma coleção
cística de conteúdo lácteo, revestida por epitélio cúbico achatado. Pode ser única ou
múltipla, unilateral ou bilateral. A obstrução de um dos ductos lactíferos, idiopática ou
por acúmulo e estase de leite, leva ao bloqueio da excreção láctea desse ducto e
consequente a formação do cisto de retenção. Além da lactação, a passagem
transplacentária de prolactina, contraceptivos orais e lesões da mama que resultam
em obstrução ductal local ou generalizadas, como cirurgia de mama, podem criar os
fatores necessários para o desenvolvimento de galactocele.
71
O quadro clínico é de um nódulo ou cordão fibroelástico mamário,
discretamente doloroso. Em casos duvidosos e/ou sintomáticos, pode ser realizada,
preferencialmente sob visualização ultrassonográfica, a punção aspirativa por agulha
fina (PAAF) do cisto, que além de demonstrar o aspecto lácteo do conteúdo, pode
aliviar os sintomas da paciente.
A mãe poderá ser encaminhada para o BLH para cadastrar-se doadora de leite
materno, assim o desejar.
72
10.9 HIPOGALACTIA
Uma baixa produção láctea não pode ser confundida com a percepção errônea
da mãe, alimentada pela insegurança quanto à sua capacidade de nutrir plenamente
seu filho, desconhecimento do comportamento normal de um bebê, que costuma
mamar com frequência, e opiniões negativas de pessoas próximas. Em alguns casos,
a dor ao amamentar, o cansaço, o estresse, a ansiedade e o medo podem inibir o
reflexo de ejeção do leite, prejudicando a lactação.
73
- Promover o esvaziamento adequado da mama;
- Mães adotivas ou mães que aguardam seus filhos nascerem de uma barriga
de aluguel: indução da lactação em mulheres que não estavam grávidas;
74
Mesmo pequeno aumento no volume de leite pode resultar em benefícios
significativos para recém-nascidos prematuros e de muito baixo peso. Os princípios
básicos para a prescrição dos galactagogos são mostrados no quadro abaixo:
A nutriz deve ser informada a respeito da eficácia, segurança e tempo de uso dos
galactogogos.
Não há estudos que autorizem o uso destes fármacos por período maior que 3
semanas.
Fonte: Adaptado de The Academy of Breastfeeding Medicine.
75
manejo, que se torna mais desafiador quando a elas se associa uma disfunção oral
ou a prematuridade.
As medidas são:
76
11 CONDIÇÕES ESPECIAIS EM ALEITAMENTO MATERNO
Ressalta-se que uma disfunção oral, quando não abordada corretamente, pode
implicar no desmame precoce. Essas disfunções podem também gerar traumas
mamilares e pouco ganho de peso do bebê.
- Língua retraída;
77
- Língua elevada;
- Lábios invertidos;
- Padrão mordedor;
78
primordial entender que se pode deparar com algumas dificuldades, como as
disfunções orais citadas no ítem 11.1.
- Pressionar o palato duro contra com a polpa do dedo (unha para baixo), de
forma a estimular o reflexo de sucção;
11.3 GEMELARIDADE
80
- Alternar bebês e mamas a cada 24 horas. Nesse caso, os bebês iniciam a
mamada na mesma mama em todas as mamadas daquele e dia e, no dia
seguinte, trocam de mama;
- Evitar que cada bebê tenha uma mama só para ele, pois alternar as mamas é
bom para a produção do leite;
81
apresentar refluxo de leite pelas narinas; e as fendas bilaterais comprometem o
vedamento anterior durante a amamentação. Essas dificuldades são amenizadas com
a ordenha manual do leite para amaciar mamilo e aréola, oclusão da fenda com o
dedo da mãe, durante a mamada, posicionamento do mamilo em direção ao lado
oposto da fenda, e utilização da posição semi-sentada “em cavalinho”, para evitar o
refluxo de leite pelas narinas. A utilização de bicos especiais e complementação com
fórmulas para garantir o crescimento e desenvolvimento até as cirurgias corretivas
podem ser consideradas após consenso da equipe, em especial da enfermagem,
fonoaudiologia e pediatria, quando necessário.
Todas as crianças com fissuras orofacias devem ser encaminhadas para o
Projeto de Fendas Orofaciais coordenado pelo Setor de Genética do HUPAA, para
seguimento.
82
11.5.2 ORIENTAÇÃO PARA O PROCEDIMENTO NO ALOJAMENTO CONJUNTO
- Registro no Prontuário.
Suporte emocional.
84
11.6.2 DESMAME NATURAL E SEU MANEJO
Muitas vezes também a mulher se depara com a situação de querer ou ter que
desmamar antes de a criança estar pronta. Nesses casos, o profissional de saúde
deve orientar, mas sempre respeitando o desejo materno e ajudar nesse processo.
Para orientar a mãe, existem alguns sinais que sugerem que a criança já estaria
pronta para o desmame ou não:
85
A técnica utilizada para fazer a criança desmamar varia de acordo com a idade
da mesma. Se a criança for maior, como seria o mais indicado, é interessante que o
desmame seja planejado com ela. Pode‐se propor uma data, oferecer uma
recompensa e até mesmo uma festa. A mãe pode começar não oferecendo o seio,
mas também não se recusando a oferece-lo. Pode também encurtar as mamadas e
adiá‐las. Mamadas podem ser suprimidas distraindo a criança com brincadeiras,
chamando amiguinhos, entretendo a criança com algo que lhe prenda a atenção. A
participação do pai no processo, sempre que possível, é importante. A mãe pode
também evitar certas atitudes que estimulam a criança a mamar, por exemplo, não
sentar no local onde costuma amamentar.
86
12 USO DE MEDICAMENTOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO
87
13 AMAMENTAÇÃO E USO DE DROGAS
88
Dessa forma, em um esforço para reduzir esses riscos e continuar a consumir
álcool, elas podem voluntariamente parar de amamentar. Finalmente, deve-se con-
siderar a possibilidade de que as mães que bebem em níveis elevados são geralmente
mais propensas a fazer piores escolhas sobre a saúde e estilo de vida.
Apesar dos riscos da exposição infantil ao álcool via leite materno, baixas doses de
álcool não devem contraindicar a amamentação. Aconselhamento breve e assertivo
pode evitar que mulheres lactantes deixem de amamentar desnecessariamente por
desconhecimento.
89
13.1.2 USO DO TABACO ENTRE AS MULHERES GESTANTES E LACTANTES
90
Na gestante, o tratamento fica restrito ao acolhimento e abordagem cognitivo-
comportamental, sendo o uso de adesivos ou gomas de mascar de nicotina só
prescritos se o risco de continuar fumando for maior que o uso da nicotina. Mas é
preciso que a paciente se determine a não fumar quando iniciar o uso da nicotina.
TRIAGEM MÍNIMA
PARA USO DE
SUBSTÂNCIAS
92
13.2.2 ACOLHIMENTO DA PARTURIENTE NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Uma vez classificado o risco com visualização por cores vermelha (urgentíssimo), laranja
(muito urgente), amarela (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente) sinalizado
na pulseira, o atendimento é agilizado de acordo com o caso.
AVALIAÇÃO MÉDICA
A avaliação médica é um momento de acolhimento qualificado, escuta subjetiva, com
ambiência adequada e empatia, sendo realizada uma avaliação preliminar da severidade
dos sintomas e possibilidades de redução dos efeitos da droga no RN.
93
O PAPEL DO PEDIATRA
Avaliação clínica/ proposta terapêutica singular;
PSICOLOGIA
Intervenção breve;
Entrevista motivacional;
NUTRICIONISTA
Avaliação nutricional , Aconselhamento, Encaminhamentos;
SERVIÇO SOCIAL
Detecção de redes de apoio, referência e contrarreferência;
SAÚDE BUCAL
Avaliação, intervenções breves, orientações, encaminhamentos.
94
14 FUNCIONAMENTO DO GRUPO DE APOIO PARA ALEITAMENTO
MATERNO EXCLUSIVO (GAME)
95
15 INSTRUMENTOS LEGAIS DE PROTEÇÃO AO
ALEITAMENTO MATERNO
De acordo com a Nova Lei Trabalhista de 2017, a gestante tem o direito de:
Vale ressaltar que esse período de cinco dias corridos, definido para os pais
que trabalham nas empresas que não aderiram ao Programa Empresa Cidadã, pode
ser ampliado por meio de convenção ou acordo coletivo.
97
15.3 LEI DO PREMATURO
Após o retorno ao trabalho, a mulher terá direito a dois descansos de meia hora
cada um, para amamentar seu filho, até que este complete seis meses de idade. Pode
haver negociação para que chegue uma hora mais tarde ou saia uma hora mais cedo,
se não for possível usar os dois descansos.
Quando assim exigir sua saúde, o período de seis meses poderá ser
expandido a critério da autoridade competente e apresentação de um relatório do
médico responsável pela criança.
98
15.6 ALEITAMENTO MATERNO E NOVOS ARRANJOS FAMILIARES
O Biodireito não é uma ciência jurídica mas, diante de qualquer modelo familiar,
fundamenta-se no Direito Constitucional, Direito Civil, Código de Ética do Conselho
Federal de Medicina (novas regras a partir de 2015), a Declaração Universal sobre
Bioética e Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO) de 2006, e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
100
REFERENCIAL TEÓRICO
101
11. JANSON, Lauren Melissa; VELEZ, Martha. Lactation and the substance-exposed
mother-infant dyad. The Journal of Perinatal & Neonatal Nursing, United States,
v.4, n.29, p. 277-286, 2015.
12. LIMA, Isabel Maria Sampaio Oliveira; LEÂO, Thiago Marques; ALCÂNTARA, Miriã
Alves Ramos. Proteção Legal à amamentação, na perspectiva da
responsabilidade da família e do Estado no Brasil. Revista de Direito Sanitário,
v. 14, n.3, p.66-90, 2014.
13. MARTÍN-IGLESIAS, Susana et al. Effectiveness of an educacional group
intervention in primary healthcare for continued exclusive breastfeeding:
PROLACT study. BMC Pregnancy Childbirth, London v.59, n.18, 2018.
14. REDE BRASILEIRA DE BANCOS DE LEITE HUMANO. Doação de Leite
Humano. Disponível em:
http://www.redeblh.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=360. Acesso em: 5
jun. 2020.
15. SANTANA, Maria da Conceição Carneiro Pessoa de. Aleitamento materno em
prematuros: um convite à prática colaborativa. Maceió: Edufal, 2017.
16. SBP, Sociedade Brasileira de Pediatria. Amamentar gêmeos: Um desafio
possível. Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-
familias/nutricao/amamentar-gemeos-um-desafio-possivel/. Acesso em: 4 jun.
2020.
17. SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Pneumologia.
Tabagismo: o papel do pediatra. Documento Científico. Sociedade Brasileira
de Pediatria, Porto Alegre, n. 2, abr. 2017.
18. SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria. Diretrizes – Hipoglicemia no período
neonatal. 2014. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02diretrizessbp-
hipoglicemia2014.pdf. Acesso em: 2 jun. 2020.
19. UFTM, Núcleo de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais. Protocolo clínico:
hipoglicemia neonatal - condutas médicas. Uberaba: EBSERH, 2019.
20. VALENZUELA, Patricia Maria. MATUS, Maria Soledad, ARAYA, Gabriela.
Pediatria Ambiental: um tema emergente. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro, v.
77,n.2, p.89-99, 2011.
102
21. VICTORA, César Gomes et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology,
mechanisms, and lifelong effect. Lancet. London, v.387, n. 10017, p.475-490,
2016.
22. WARD, Trina Salm et al. Evaluation of a Crib Distribution and Safe Sleep
Educational Program to reduce risk of sleep- related infant death. Journal of
Community Health, Netherlands, n.43, p.848 – 855, 2018.
103
ANEXOS
104
ANEXO 1
MODELO DE ORIENTAÇÃO ALIMENTAR PARA O LACTENTE
105
ANEXO 2
Tipo de alimentação
Alta
Disponibilidade para AM
( ) Favorável ( ) Favorável a trabalhar ( ) Não favorável ( ) Não indicado
Problemas de AM
Tipo de alimentação
UCINCo
Admissão
Disponibilidade para AM
( ) Favorável ( ) Favorável a trabalhar ( ) Não favorável ( ) Não indicado
Problemas de AM
Tipo de alimentação
Alta
Disponibilidade para AM
( ) Favorável ( ) Favorável a trabalhar ( ) Não favorável ( ) Não indicado
Problemas de AM
Tipo de alimentação
106
UCINCa
Admissão
Disponibilidade para AM
( ) Favorável ( ) Favorável a trabalhar ( ) Não favorável ( ) Não indicado
Problemas de AM
Tipo de alimentação
Alta
Disponibilidade para AM
( ) Favorável ( ) Favorável a trabalhar ( ) Não favorável ( ) Não indicado
Problemas de AM
Tipo de alimentação
ALCON
Admissão
Disponibilidade para AM
( ) Favorável ( ) Favorável a trabalhar ( ) Não favorável ( ) Não indicado
Problemas de AM
Tipo de alimentação
Alta
Disponibilidade para AM
( ) Favorável ( ) Favorável a trabalhar ( ) Não favorável ( ) Não indicado
Problemas de AM
Tipo de alimentação
AME ( ) AMM ( ) FÓRMULA ( )
Desfecho
( ) Alta ( ) Transferência ( ) Óbito
Conduta final
( ) BLH ( ) Ambulatória de AM ( ) Grupo de apoio AM ( ) Atenção Básica
Disponibilidade favorável: quando a parturiente demonstra vontade e entende a importância de amamentar.
Disponibilidade favorável, a trabalhar: quando a parturiente entende a importância do aleitamento materno, quer
amamentar, mas possui história de traumas, insucesso anterior, quadro clínico que inspira cuidados ou não possui
apoio familiar.
Disponibilidade não favorável: quando a parturiente, apesar da compreensão de seu papel social como mulher,
mãe e nutriz, não demonstra interesse em amamentar ou não possui apoio familiar.
Amamentação não indicada: quando há uma condição materna ou fetal que contraindique o aleitamento
materno.
107
ANEXO 3
- Taxa de cesárea
Relação entre o número total de partos cesáreos e o total de partos ( normais e
cesáreos) realizados na Unidade Hospitalar, por ano.
Percentuais elevados podem significar, entre outros fatores, concentração de partos
considerados de alto risco. Mesmo assim, metas devem ser estabelecidas e
acompanhadas para direcionamento das políticas de saúde voltadas para a
assistência à saúde reprodutiva feminina.
109
ANEXO 4
ORIENTAÇÕES PARA FUMANTES NA MATERNIDADE DO HUPAA
2. O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses e, a partir daí, complementado
até a vontade da criança e da mãe. Esta ação previne doenças respiratórias e ajuda a manter
o vínculo, o cuidado e a proteção no seio da família.
3. O leite materno é tão importante que a mãe, mesmo sem ter deixado ainda o vício de fumar,
pode amamentar; desde que diminua o número de cigarros por dia e fume somente logo após
as mamadas, longe do bebê e fora dos cômodos da casa. Deve esperar ao menos duas horas
para uma próxima mamada. Mas a fumaça de cigarro de outras pessoas também prejudica a
saúde do bebê, que passa a ser fumante passivo.
4. A conscientização de que o bebê pode ter cólicas, náuseas, vômitos e não ganhar peso
suficiente quando a mãe fuma ou permanece em ambiente com fumaça de cigarro é
importante.
5. Uma rede de suporte principal (pai do bebê, avós, tios etc que não fumem) deve ser
identificada para dar apoio, pelas características de estresse e ansiedade inerentes a uma
pessoa fumante.
7. É excelente que o período da amamentação seja aproveitado para que a mãe abandone o
vício de fumar. Ela pode fazer uso de adesivos de nicotina se for indicado como tratamento,
de acordo com a avaliação clínica. Mas não pode fumar e usar os adesivos ao mesmo tempo!
8. Quando o bebê é exposto ao cigarro desde a gravidez, pode acontecer a morte súbita no
berço. Para prevenir esta situação coloca-se o bebê para dormir sempre de barriga para cima.
10. A mãe e/ou familiar fumante podem ser encaminhados para o Programa de Controle de
Tabagismo do Hospital Universitário, ou a um núcleo de apoio ao fumante na unidade de
saúde mais próxima de sua casa. Há centro de apoio no Posto Maravilha no Poço, Escola de
Ciências Médicas e no Posto de Saúde Dr Aliomar Lins no Bairro Benedito Bentes, em Maceió.
110
ANEXO 5
111
seguir as normas de distanciamento preconizadas pelas autoridades
sanitárias de 2 metros entre as pessoas e intensificar a higienização das
mãos após o contato com indivíduos, objetos e superfícies.
- Outras ações importantes são: evitar a aglomeração de indivíduos, reduzir
o número de agendamentos e não disponibilizar assentos em grande
quantidade na recepção, em alguns casos solicitar que a paciente não traga
acompanhantes. Acessórios e carrinhos devem permanecer fora do BLH.
- Durante os atendimentos, sejam eles: aconselhamento, consultas, manejo
clínico, extração, armazenamento de leite e/ou puericultura, todos os
profissionais devem utilizar os EPI recomendados pela norma técnica já
citada.
- Após o atendimento, solicitar que a equipe realize a desinfecção com álcool
70% da cadeira onde ocorreu o procedimento e caso tenha sido utilizado,
também desinfectar o berço, com posterior troca de lençol.
- Os acessórios da bomba elétrica ou manual devem ser direcionados para
lavagem e esterilização imediatamente após o uso, caso não seja possível,
devem ser submersos em solução detergente indicado pela CCIH ou
ANVISA, até o momento de serem enviados para lavagem e esterilização.
- Quando realizada a extração de leite, ao fim do processo realizar a
desinfecção da superfície externa dos frascos com álcool 70% antes de
armazená-los no freezer.
- Suspender os grupos educativos e rodas de conversa, conforme
recomendação do Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde.
Promover o aleitamento materno na gestação, destacando seus benefícios,
recomendações e cuidados por tele consulta segundo as Resoluções de
cada conselho profissional.
112
precaução de contato para gotículas, procurando manter distanciamento de outros
indivíduos que coabitam a residência.
O profissional de saúde deverá também recomendar que a amamentação seja
mantida em caso de infecção pelo COVID-19, seguindo os devidos cuidados: uso de
máscaras no momento da amamentação, intensificar a lavagem das mãos ou uso do
álcool gel antes de tocar a criança.
Caso a mãe não esteja em condições clínicas adequadas para amamentar,
informar que ela pode realizar extração do seu leite para que o responsável pelos
cuidados do RN possa oferecer pelo copinho ou colher. Em caso de utilizar acessórios
para a extração do seu leite, desinfectar as superfícies com álcool 70%. Acopladores
e outros acessórios devem ser lavados e fervidos por 15 min a contar do momento de
ebulição da água.
Na NOTA TÉCNICA Nº 5/2020-COCAM/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS
ASSUNTO: Condutas para a doação de leite materno aos Bancos de Leite Humano e
Postos de Coleta de Leite Humano no contexto da infecção pelo Coronavírus (SARS-
CoV-2), reforça a seguinte orientação: é contraindicada a doação por mulheres com
sintomas compatíveis com síndrome gripal, infecção respiratória ou confirmação de
caso de SARS-Cov-2. A contraindicação é estendida a mulheres que entram em
contatos domiciliares com pacientes de síndrome gripal ou casos confirmados de
SARS-Cov-2.
As mães-doadoras sintomáticas ou confirmadas para COVID-19 terão sua
doação interrompida por 15 dias, período de infecção. A mulher deverá ser informada
que, após este período, o BLH retornará o contato para dar seguimento as doações e
se colocar disponível para qualquer dúvida em relação a saúde da mãe e da criança.
113
Quando solicitado, o profissional de saúde do Banco de Leite Humano realizará
acolhimento e manejo clínico em aleitamento materno ao binômio em isolamento
internados no Alojamento Conjunto/Quarto de isolamento.
Antes de dar início ao atendimento, higienizar as mãos com água e sabão, e
seguir protocolo estabelecido pelo CCIH para paramentação especial de EPI para o
atendimento. A mãe deverá higienizar as mãos e usar máscara cirúrgica para
amamentar.
Caso a mulher não se sinta segura ou não tenha condições de amamentar,
recomenda-se que seu leite seja retirado e ofertado cru para criança, com uso de
copinho ou colher.
Ao final do atendimento, o profissional deverá retirar todo o EPI, seguindo
protocolo estabelecido pela CCIH e proceder a higienização das mãos com água e
sabão. Caso tenha feito uso de pastas, pranchetas e/ou canetas fazer a desinfecção
destes objetos com álcool 70%.
114
Transportar o leite humano cru até o BLH, seguindo as orientações das
seguintes normas técnicas BLH-IFF/NT- 17.11 Rotulagem do Leite Humano
Ordenhado Cru, BLH-IFF/NT- 19.11 Transporte do Leite Humano Ordenhado, para
que este leite seja pasteurizado antes de ofertado exclusivamente a criança.
A criança hospitalizada na Unidade Neonatal será alimentada com o leite
humano pasteurizado (LHOP) fornecido pelo Banco de Leite. Após o período de 15
dias da doença, a mãe poderá extrair seu leite para oferecer diretamente ao seu filho,
segundo a NT BLH-IFF/NT 47.18 - Uso do Leite Humano Cru Exclusivo em Ambiente
Hospitalar e/ou doar a produção excedente para o BLH.
115
Da mesma forma, mães sintomáticas ou contactantes não poderão ser
encaminhadas ao Banco de Leite Humano até que se tornem assintomáticas e tenham
passado o período de transmissibilidade da COVID-19 (cerca de 14 dias).
A equipe de profissionais do hospital deve notificar a equipe do Banco de Leite
Humano que a mulher permanecerá em isolamento domiciliar e RN em Unidade
Neonatal. A equipe de profissionais da saúde de nível superior do Banco de Leite
Humano deverá realizar acolhimento a esta mulher e orientar a manutenção da
lactação por tele consulta e tele orientação, no período em que o binômio estiver
separado.
Reforçar a necessidade de massagear e extrair o leite 6 a 8 vezes ao dia, se
for o desejo da mãe amamentar e/ou apresentar condições clínicas para fazê-lo.
Os profissionais dos Bancos de Leite Humano devem orientar também, quanto
aos cuidados para extração, armazenamento na residência e transporte do leite
humano ordenhado, respeitando as seguintes normas técnicas: BLH-IFF/NT- 12.11
Higiene e Conduta: Doadoras, BLH-IFF/NT- 16.11 Ordenha: Procedimentos
Higiênicos-Sanitários, BLH-IFF/NT- 17.11 Rotulagem do Leite Humano Ordenhado
Cru, BLH-IFF/NT- 18.11 Pré-estocagem do Leite Humano Ordenhado Cru.
O médico e/ou a nutricionista da UTI Neonatal poderão solicitar LHOp ao Banco
de Leite Humano para a dieta da criança enquanto permanecer internada.
116
ANEXO 6
TESTE DA LINGUINHA
O Projeto de Lei nº 4.832/12 de autoria do Deputado Federal Onofre Santo
Agostini, que “obriga a realização do protocolo de avaliação do frênulo da língua em
bebês, em todos os hospitais e maternidades do Brasil”, foi sancionado pela
Presidência da República e se converteu na Lei nº 13.002, de 20 de junho de 2014.
Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 dias de sua publicação oficial. O
protocolo de avaliação do frênulo da língua para bebês foi desenvolvido durante o
mestrado da Fonoaudióloga Roberta Lopes de Castro Martinelli na Faculdade de
Odontologia de Bauru da Universidade de Sã Paulo. Com a aplicação desse protocolo
é possível identificar se o frênulo lingual limita os movimentos da língua, que são
importantes para sugar, mastigar, engolir e falar.
Pesquisas em todo o mundo têm comprovado a importância do diagnóstico e
intervenção precoce dessa alteração. Com a aprovação dessa lei, o Brasil torna-se o
primeiro país a oferecer esse teste em todas as maternidades, abrindo mais um campo
de atuação para os profissionais da saúde e beneficiando a população.
Para realização do teste – Orientações gerais
1. Posicionamento do bebê: Para posicionar adequadamente o bebê, é solicitado que
a mãe ou responsável apoie a nuca do bebê no espaço entre o braço e o antebraço.
Em seguida é solicitado que ela segure as mãos do bebê.
2. Elevação da língua do bebê: Para elevar a língua do bebê é utilizada uma manobra
específica onde são introduzidos os dedos indicadores enluvados embaixo da língua,
pelas margens laterais, para que se possa fazer a elevação. É preciso tomar muito
cuidado para não abrir exageradamente a boca do bebê e eventualmente, prejudicar
a articulação temporomandibular.
Para realização da triagem neonatal
Para a triagem neonatal (realizada nas primeiras 48 horas após o nascimento)
é realizada somente a avaliação anatomofuncional do bebê, considerando que o bebê
demora de 15 a 20 dias para se adaptar às novas condições de vida. Esta avaliação
inicial permite diagnosticar os casos mais severos e indicar a frenotomia lingual (pique
na língua) já na maternidade. Se a soma total dos escores da avaliação
anatomofuncional do protocolo for igual ou maior que 7, pode-se considerar a
interferência do frênulo nos movimentos da língua e orientar a família sobre a
117
necessidade da cirurgia. A única parte do protocolo que pode ser aplicada, e os seus
escores considerados de forma isolada, é a avaliação anatomofuncional.
Nos casos onde houver dúvida, (normalmente quando o escore total da
avaliação anatomofuncional for entre 5 e 6), ou não for possível visualizar o frênulo
lingual, o bebê é encaminhado para reteste com 30 dias de vida, sendo que os pais
devem ser orientados sobre possíveis dificuldades na amamentação, para que não
ocorra o desmame precoce nesse período.
Para realização do reteste
O reteste é realizado após 30 dias de vida. No reteste é aplicado o protocolo
completo. Esse protocolo contém escores que podem ser analisados a cada etapa de
sua aplicação, portanto, as respostas da história clínica podem ser desconsideradas,
caso seja observada inconsistência nas respostas dadas pela mãe ou pelo
responsável.
Para o reteste é necessário que o bebê esteja bem acordado e com fome
(próximo à hora da mamada), para que possa ser realizada a avaliação da sucção
nutritiva. É importante que o avaliador tenha conhecimento das orientações
recomendadas pela UNICEF, referentes ao aleitamento materno
(http://www.unicef.org/brazil/pt/aleitamento.pdf).
Se a soma total dos escores da história clínica e do exame clínico (avaliação
anatomofuncional e avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva) for igual ou maior
que 13, pode-se considerar a interferência do frênulo lingual nos movimentos da língua
e encaminhar para cirurgia.
Se for realizado apenas o exame clínico (avaliação anatomofuncional e
avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva) e a soma total dos escores for igual ou
maior que 9, pode-se considerar a interferência do frênulo nos movimentos da língua
e encaminhar para cirurgia.
Para realização da cirurgia
A cirurgia para liberação do frênulo lingual pode ser realizada por Odontólogos
e Médicos. Os procedimentos utilizados podem ser a frenectomia, a frenuloplastia e a
frenotomia. Na frenectomia, o cirurgião remove o frênulo lingual; na frenuloplastia, é
feita uma reposição cirúrgica do frênulo; e na frenotomia, é realizado o corte e divulsão
do frênulo lingual. A literatura refere que, em bebês, a frenotomia é o procedimento
mais indicado.
118
119
120
121
122
ANEXO 7
PROTOCOLO MARTINELLI
123
124
125