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O guia

DO PARTO HUMANIZADO

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. REPRODUÇÃO PROIBIDA.


QUEM SOU EU
Meu nome é Brena Limoel, educadora perinatal, doula, terapeuta e
fundadora do Bora Parir.

Nos últimos anos, ajudei milhares de mulheres a se prepararem para o parto e atendi
centenas de mulheres através do Programa Bora Parir, o meu programa de
educação perinatal e preparo físico e emocional para o parto.

O Bora Parir é muito mais que um movimento sobre parto, e sim sobre respeito ao
corpo, as escolhas da mulher baseado em evidências, empatia e acolhimento
Mais do que falar sobre partos, minha missão de vida
é informar e inspirar mulheres a para que elas sejam
respeitadas e possam trazer ao mundo seu filho de
uma forma generosa, acolhedora e gentil.
Independentemente da via de nascimento.

Sou mãe de duas meninas, ambas nascidas de parto


humanizado, sendo no primeiro eu completamente
desinformada e disparada emocionalmente para parir,
o que resultou em uma depressão pós parto. Já o segundo
após muitos estudos e diversas formações, me possibilitou
uma experiência transformadora.

Você não tem todo o tempo do mundo, hoje meu trabalho


é ajudar mulheres como você a serem respeitadas.
#boraparir
O QUE É O BORA PARIR
O Bora Parir nasceu de uma necessidade de cura e mudança.

Por muito tempo eu achei que a mudança no sistema precisaria vir apenas do
congresso, das políticas, dos médicos ou, dos planos de saúde.

Eu estava errada!⠀
Nesses 6 anos estudando sobre partos, comportamentos, e emoções eu descobri
que as maiores mudanças precisam acontecer primeiro dentro da gente.

A única maneira de mudar o sistema é PARINDO!
Cada mulher que consegue ser respeitada em seu parto ela se fortalece e encoraja
outras mulheres a conseguirem o mesmo.
E assim um movimento grande, forte e intenso começa.

Mulheres reivindicando seus direitos.
Mulheres tomando posse dos seus corpos.
Mulheres exigindo respeito.
Mulheres com seus planos de parto em mãos.
Mulheres denunciando, brigando, lutando.

Não apenas por elas, mas por outras que virão.


Esse é o objetivo do Bora Parir. Encorajar mulheres para que elas sejam respeitadas
em seus partos e replicadoras desse movimento.

Vamos começar esta mudança? #boraparir

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. REPRODUÇÃO PROIBIDA.


SUMÁRIO
01 O projeto bebê

02 Reflexão

03 Como foi o seu parto

04 Tipos de assistência

05 Sinais de alerta

06 A doula

07 Protocolos hospitalares

08 Como preparar o acompanhante

09 A dor

10 O plano de parto

11 Violência Obstétrica

12 O que levar pra maternidade

13 Enxoval

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. REPRODUÇÃO PROIBIDA.


O PROJETO BEBÊ

Objetivo
Nascimento do/a: ___________________________________________________________
Nesse dia já terei no braços: __________________________________________________
( data 42 semanas)
Estabelecendo seus limites
Se não nascer até a data: _____________________________________________________
( ) vou induzir / ( ) prefiro cesárea (geralmente 41+2)

Local
Onde nascerá: _______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Quais as referências que tenho desse local?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Investimento
Quanto estou disposta a investir nesse momento que será um dos mais especiais da
minha vida? _________________________________________________________________
Vou contratar
( ) curso ( ) equipe particular ( ) enfermeira obstetra ( ) doula
( ) fisioterapia pélvica ( ) _________________________________________
Tempo
Quanto tempo você está disposta a investir:
Vou estudar ( ) 1x na semana ( ) 2x na semana ( ) + de 2x na semana
( ) quando der eu assisto algo
Apoio
Quem são as pessoas que me apoiam: _________________________________________
____________________________________________________________________________

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. REPRODUÇÃO PROIBIDA.


Reflexão
ESTOU GRÁVIDA E AGORA?

Como você se sentiu ao descobrir a gravidez, coloque aqui como foi


receber essa notícia.
COMO FOI O SEU PARTO?

"Nem todos são pais, mas todos somos filhos. Todos nós
já estivemos em um nascimento. "

O que você sabe sobre o seu parto? Você conhece superficialmente ou profundamente
sobre ele? A psicologia comprovou que temos em nossa memória emoções e lembranças
intrauterinas. Tudo que sua mãe viveu, sentiu, experimentou enquanto estava grávida, você
também passou. Você estava lá.

Experimente conversar com a sua mãe, pai e/ou familiares sobre o seu nascimento:

Foi uma gravidez desejada?


Seus pais estavam felizes?
Como estava o casamento deles?
Ela teve apoio da família?
Como foi o parto?
Era como ela esperava?
Parto normal ou cesárea?
Ocorreu alguma violência obstétrica?
Como foi o parto dos seus irmãos?
Sua mãe estudou sobre parto?
Ela confiou no médico?
Ela acredita que tudo que aconteceu foi necessário?
Seu pai participou do parto?
Como foi o puerpério?
Ela teve apoio?
Se sinta livre para perguntar e tente apenas. Não é momento de criticar, comentar ou
julgar, apenas ouça. .

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. REPRODUÇÃO PROIBIDA.


ENCONTRANDO A EQUIPE CERTA

SUS
Pesquise se na sua cidade possui algum hospital referência em parto humanizado
Busque relatos de pessoas que já pariram no mesmo hospital (entre em grupos do
facebook sobre parto humanizado ou grupos de mães nas redes sociais, procure por
localização no facebook ou instagram).
Verifique se é possível agendar uma visita ao hospital
Faça seu plano de parto com todas suas escolhas, deixe impresso e junto com os
exames pré-natais
Converse com seu acompanhante sobre o plano de parto e peça que ele acompanhe
as ações e se responsabilize para que seus desejos sejam cumpridos.
Conheça seus direitos: Imprima a lei 11.108/2005 que garante às parturientes o direito à
presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
Em alguns estados é autorizado também a presença da doula em hospitais públicos
sem que conte como acompanhante.

EQUIPE PARTICULAR
Procure em grupos do facebook relatos de parto ou indicações de profissionais que
realizam parto normal.
Pesquise o hospital que seu plano de saúde tem cobertura e agende uma visita.
Verifique com o seu plano de saúde a taxa de cesariana dos médicos conveniados. E
agende consultas com médicos com taxas mais baixas.
Dificilmente encontrará um médico conveniado a plano de saúde que acompanhe
parto humanizado. Pode até acompanhar o parto mas normalmente cheio de
intervenções.
Agende quantas consultas achar necessário até encontrar um profissional em que se
sinta segura e confiante.
Seja honesta desde o início quanto aos seus desejos e escolha.
Não saia da consulta com dúvidas.
Verifique com seu plano de saúde os valores reembolsáveis em caso de equipe
particular. Existem planos com taxas altas de reembolso. Poderá incluir gastos médicos
também no Imposto de Renda e garantir uma restituição.
SINAIS DE ALERTA
COMO SABER SE SEU MÉDICO É CESARISTA?
Abaixo estão alguns exemplos de situações de alerta.

Pede muitos exames além do necessário para grávida de risco habitual;


Faz toque toda consulta;
Faz ultrassom toda consulta;
Condiciona exames à sua própria clínica;
Faz terrorismo com qualquer coisinha;
Recomenda que a mulher faça repouso a qualquer sinal de anormalidade;
Tem consultório lotado, agenda pacientes a cada 10 minutos, faz consultas
superficiais e nunca desmarca nenhuma por parto;
Não te fornece cartão de pré natal ou mal o preenche;
Não explica intervenções com detalhes (com seus riscos e benefícios);
Não explica sobre gestação prolongada e diz que depois das 40 semanas (ou 39
e até 38), agenda a cesárea;
Fica magoado quando a mulher fala sobre ou apresenta plano de parto;
Fala que está cedo para falar sobre parto (a qualquer momento do pré-natal);
Diz que acha que você não vai parir não porque ___ (complete com qualquer
motivo que não seja uma indicação absoluta de cesariana );
Acha que Enfermeira Obstetra não pode atender parto;
Não aceita doula ou só trabalha com doula da equipe;
Cobra taxa de disponibilidade para partos, mesmo sendo médico conveniado;
Diz que FAZ parto normal (quem faz é a mulher);
Diz que até faz o parto normal mas que é muito sofrido;
Só acompanha parto normal com episio/anestesia/mulher deitada;
Diz que trabalho de parto tem limite de tempo;
Agenda cesariana de emergência para uma semana depois (cadê a
emergência?!);
Tenta minar a confiança da mulher em qualquer período do pré-natal ou parto.
SUGESTÕES DE PERGUNTAS

Abaixo estão alguns exemplos de situações de alerta.

“Você pratica cuidados baseados em evidências e acompanha estudos? ”


"Há quanto tempo você acompanha partos?"
"Quando foi o último parto normal que você já acompanhou?"
"O que acha da episiotomia?"
"Qual foi a última complicação de parto que atendeu?"
"Você usa fórceps ou vácuo extrator? Quando foi a última vez que usou e por
que"?
"Qual é a sua filosofia sobre o nascimento?"
"Qual é a sua taxa de cesariana?"
“Como você se sente sobre eu escolher a posição?"
"Você acompanha as diretrizes da OMS?"
“Como você se sente em ter um parto natural com pouca ou nenhuma
intervenção? ”
"Como você se sente com as doulas?"
“Gostaria que respeitasse meu plano de parto e qualquer procedimento precisará
ser informado antes de concordar ou recusar. Como você se sente sobre isso?"
“Minhas preferências de nascimento são XYZ etc etc, tudo bem pra você?

ATENÇÃO
Nunca sinta-se constrangida ou intimidada em se posicionar ou fazer qualquer tipo de
pergunta relacionada ao seu parto. Lembre-se: o médico é um prestador de serviços
e não tem que se sentir ofendido por você, como cliente, quiser saber o
posicionamento dele em relação ao parto e tirar suas dúvidas. É o seu direito como
cliente e consumidora de um serviço.

Ouça como o médico responde a essas perguntas e seu tom.


Confie nos seus instintos.
Comunique claramente seus desejos a todos, inclusive parceiros ou acompanhantes.
Não há nada errado em querer viver uma experiência de parto respeitosa.
CONTRATANDO UMA DOULA
QUEM É A DOULA?
A doula é uma pessoa que apoia seus desejos e escolhas. Ela entende todos os
aspectos físicos e emocionais do parto e pode lhe dar as informações que você
precisa enquanto seu parto avança. Ela tranquiliza e conforta, e é versada em técnicas
que podem ajudar a facilitar a dor e o desconforto do parto. Por exemplo, ela pode
sugerir uma nova posição, oferecer uma massagem ou lhe conduzir por uma técnica
especial de relaxamento, como

É importante entender que uma doula não é uma profissional médica treinada; ela não
prescreve medicamentos ou toma decisões médicas. Porém, ela é parte da equipe de
parto e pode lhe oferecer atenção individual e o apoio que você precisa durante o
parto. Ela também pode ajudá-la com a amamentação depois de o bebê nascer, e
pode visitar sua casa, depois que você sair do hospital, para ver como você e o bebê
estão.

MOTIVOS PARA CONTRATAR UMA DOULA


diminui as chances de cesáreas
diminui as chances de aplicação de remédios ou outras intervenções
redução da duração do trabalho de parto
Vai ajudar a planejar seu parto
Vai ensinar sobre o processo do parto
Ensinará sobre os ricos x benefícios de cada procedimento
te ajudará a se sentir mais confiante
te ajudará com o parceiro dizendo como poderá ajudar no processo além de
substituí-lo quando necessário
maior chance de uma experiência mais satisfatória
diminui as chances de depressão pós parto
ajudará com a ansiedade sobre o parto
se o plano de parto mudar a doula poderá ajudar
Conhece bem as fases do trabalho de parto e poderá ajudá-la a tomar decisões
poderá apoiar com massagens, óleos e outras técnicas de alívio da dor
ajudará a saber a melhor hora de ir para o hospital
SUGESTÕES DE PERGUNTAS PARA A DOULA

Onde se formou?
Há quanto tempo é doula?
Quantos nascimentos já acompanhou?
Quantos clientes acompanha por mês?
Possui referências?
Trabalha como doula em tempo integral ou tem outro emprego?
Por quê escolheu ser doula?
Quais são os procedimentos que sabe fazer durante o parto para ajudá-la?
(massagem, acupressão, apertos de quadril, uso de aromaterapia, verbal
encorajamento, mudanças de posição etc).
Como envolver mais o parceiro?
Qual é o preço e a forma de pagamento?
Quantas visitas pré-natais são oferecidas?
Ligações, mensagens de texto e email são ilimitados?
Possui uma outra doula de backup em caso de emergência?
Quanto tempo ficam depois do parto e se ajudam na amamentação?
O que acontece no caso de um parto longo? ficam o tempo todo, faz pausas,
ligam para o backup?
Quantas visitas pós-parto oferecem?
PROTOCOLOS

Sugestões de perguntas em visitas a maternidade

Posso enviar meu plano de parto com antecedência?


Em caso de dúvidas sobre procedimentos com quem posso entrar em contato para
esclarecer?
Aceita doula / enfermeira obstétrica / acompanhante?
Posso trazer algum item da minha casa para o hospital?
Posso usar minhas próprias roupas durante o trabalho de parto ou sou obrigada a usar a
camisola do hospital?
Posso parir em qualquer posição ou sou obrigada a ficar deitada?
Tenho liberdade de movimento antes do expulsivo?
Qual é a frequência do toque vaginal? Posso me negar a receber?
E usado a ocitocina como rotina, posso me negar a aceitar a ocitocina?
Em caso de cesárea, posso ficar com meus braços livres?
Caso o bebê nasça bem, pode vir direto pros meus braços, seja em PN ou cesárea?
Posso levar a placenta pra casa?
Caso eu não entre em trabalho de parto espontâneo, a indução é recomendada com
quantas semanas?
Quais os métodos de indução?
Posso pedir analgesia caso não suporte a dor?
Caso eu não tenha gonorreia, posso negar o colírio no meu bebê?
O bebê pode ficar direto comigo ao invés de ir pro berçário?
Posso levar alguns lanchinhos para que eu tenha mais força e energia durante o Trabalho de
parto?
Tem UTI neonatal disponível? Caso não tenha, qual é o hospital de transferência?
Qual é o procedimento para entrada da doula?
Qual é o procedimento para entrada do acompanhante?
Quero saber quais os documentos da admissão para lê-los com calma antes. Como acessá-
los?
Possui salas de parto individuais ou compartilhadas?
Que tipo de instrumento há disponível, fórceps ou vácuo extrator?
Em caso de cesárea, é possível a presença do acompanhante durante todo o tempo,
inclusive no momento da anestesia?
COMO PREPARAR O SEU
ACOMPANHANTE

"Enquanto a gestação da mãe é no ventre, a do pai é no


coração"

Em uma cenário em que o acompanhante escolhido para o dia do parto seja o parceiro
existem algumas questões bem mais profundas que apenas o parto.
O casamento é uma relação entre duas pessoas onde geralmente há o equilíbrio entre
dar e receber. Com a chegada do bebê essa relação torna-se uma relação a três e essa
balança na maioria das vezes perde o equilíbrio. Se antes havia igualdade onde um
cuidava do outro, em níveis quase que 50-50, de repente tudo muda.

Para te ajudar a se preparar para esse momento é importante que seja estabelecida
uma comunicação clara para estabelecer as bases da relação do casal e acima de tudo
é preciso alinhar as expectativas

Passo 1
Quais são as referências paternas do seu parceiro?
Converse com ele sobre o pai que tinha e o pai que ele gostaria de ser.
Erros e acertos.
Paternidade ativa é um movimento novo e a presença do pai durante o trabalho de
parto também.
A lei do acompanhante é de 2005. Antes disso as mulheres ficavam absoltamente
sozinhas e o trabalho de parto era um episódio exclusivamente feminino.
Muitos homens não tem referências paternas e estão construindo um movimento de
paternar completamente novo.
EXPECTATIVAS

Deixe claro quais são as suas expectativas e o que você gostaria que ele fizesse de
forma objetiva. Ambos podem preencher essa lista.

Durante a gestação eu gostaria que você ....

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- ________________________________________________________________________________
- ________________________________________________________________________________
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Durante o parto eu gostaria que você ....

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- ________________________________________________________________________________
- ________________________________________________________________________________
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No puerpério eu gostaria que você ...

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PERGUNTAS PARA O CASAL
Respondam as perguntas abaixo separadamente e depois comparem as respostas
e conversem para se prepararem para essa grande transformação que está por
vir.

Como você costuma agir quando está estressada/o?


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Como seu parceiro/a costuma agir quando está estressado/a?


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O que te deixa mais calma/o?


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O que deixa seu parceiro ou parceira mais calmo/a?


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Como vocês podem ajudar um ao outro quando isso acontecer?


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DICAS PRÁTICAS PARA O TRABALHO DE PARTO

COMO LIDAR COM A DOR?


antes do trabalho de parto

Meditar poderá te ajudar a se concentrar na respiração


Assista a muitos vídeos de nascimento e familiarize-se com a visão e sons de
nascimento.
Evite ouvir histórias traumáticas de nascimento.

durante o trabalho de parto

Se sua gestação é de baixo risco, fique em casa o máximo possível. Correr para o
hospital porque a bolsa estourou é coisa de filme e novela. O trabalho de parto
pode demorar horas, principalmente na primeira vez. O ideal é chegar ao hospital
apenas em trabalho de parto ativo, isso evitará intervenções desnecessárias.
O trabalho ativo exigirá maior concentração nas contrações, que podem
acontecer em intervalos de 5 minutos. As contrações precisam estar
acontecendo de forma consistente e ritmadas.
Leve roupas confortáveis para o hospital.
Não dependa da alimentação do hospital, leve lanches com proteínas disponíveis
além de muito líquido.
A fase inicial tende a ser a parte mais longa do parto. Esta é a hora de descansar,
hidratar e comer antes do trabalho de parto se intensificar e exigir mais a energia
do nascimento. Descansar ajudará a combater a exaustão mais tarde.
Mantenha as luzes baixas, as vozes suaves e poucos sons. Isto será muito
importante no hospital. Crie um ambiente tranquilo, muita agitação pode paralisar
o trabalho de parto. Já viu algum animal de estimação parindo? Ela normalmente
se isola em um ambiente escuro e acolhedor. É a mesma coisa.
Músicas suaves e relaxantes podem ajudar.
Solicite massagem nos ombros, quadris, costas e pernas.
Uma bolsa de água quente no inferior das costas pode ajudar bastante a
minimizar a dor. Caso não tenha, pode fazer em casa mesmo. Encha uma meia
com arroz e seco e amarre. Coloque no microondas para aquecê-la e use
enquanto aguarda em casa.
Tenha por perto apenas pessoas que você se sente confortável e segura. Pessoas
que intimidem poderá atrapalhar a progressão. Lembre-se o parto é seu, você é a
protagonista. Isso serve tanto para familiares quanto profissionais de saúde. Se tiver
alguém que traga desconforto avise alguém para que o profissional que atende seja
substituído.
Converse com seu/sua acompanhante antes para falar palavras de motivação
como:
- "Você está indo muito bem."
-"Estou tão orgulhoso de você."
- "Você é tão forte."
-"Você consegue."
- "Estou aqui ao seu lado."
- "Você está completamente segura."
Movimente-se. Ande, dance, abaixe sinta seu corpo e busque posições e maneiras
de aliviar a dor.
Durante o Trabalho de parto pode haver medo, perda de controle, náusea e
sensação de “eu não consigo.” Isto é normal e vai passar. Tente se manter o mais
calma possível.
Renda-se à contração. Quanto mais você luta contra a contração, mais dolorosa
será. Concentre-se em relaxar os quadris e o corpo inteiro.
Tente vocalizar, emitir sons. Sinta-se a vontade para gritar, vocalizar, gemer. O que
se sentir confortável pra fazer. Não se reprima.
Tome um banho quente e tente relaxar e descansar entre as contrações.
Se estiver deitada e quiser descansar, coloque alguns travesseiros entre as pernas
para manter a pélvis aberta para o bebê descer.
Viva uma contração por vez. Não pense nas outras que virão. Um minuto de cada
vez.
Caso esteja doloroso demais, peça anestesia peridural. Não sofra.

itens para levar para o hospital que pode contribuir


Playlist do parto (prepare no spotify músicas que gostaria de ouvir)
Bola de exercícios (caso o hospital não tenha)
Roupas confortáveis
Lanche, caso permitido pelo hospital
Itens de casa, caso seja permitido no hospital (colcha, travesseiro, outros itens que te
façam sentir-se confortável e segura)
Bolsa de água quente
O PLANO DE PARTO
Plano de parto é uma forma de comunicação entre o casal e os profissionais de saúde,
incluindo obstetrizes e médicos, que irão assistir a gestante durante o trabalho de parto
e parto.
É um documento onde você esclarece as suas vontades
Nada mais é que um documento de alinhamento de expectativas e o que gostaria de
evitar
É levado em consideração que as coisas podem mudar.
É um documento personalíssimo que constitui o livre exercício da autonomia prevista
na constituição Federal de 1988, além da dignidade da pessoa humana. Princípio básico
jurídico.
Caracteriza-se por uma diretiva antecipada de vontade prevista na resolução 1995/12
do Conselho Federal de Medicina, onde a mulher pode expressar dentro de
embasamentos suas vontades para o trabalho de parto e parto.
Além de fundamentar-se no princípio bioético da autonomia do paciente.
Ele substitui o termo de consentimento genérico assinado nos ingressos das
maternidades (por estarmos tratando de direitos da personalidade).

O QUE PODE SER INCLUSO NO PLANO DE PARTO


O que você não quer de forma alguma
Suas escolhas relacionadas ao parto normal
Suas escolhas relacionadas a indução
Suas escolhas em caso de uma cesárea necessária
Suas escolhas relacionadas aos cuidados neonatais
Suas escolhas em caso de perda.
REFERÊNCIAS
Documentos que podem te ajudar na elaboração do plano de parto.

 Portaria nº 569, de 01º de junho de 2000, do Ministério da Saúde (Programa de


Humanização no Pré-natal e Nascimento).
 Recomendações da OMS sobre atendimento pré-natal para uma experiência gestacional
positiva. Geneva: World Health Organization; 2018.
 Portaria nº 353, de 14 de fevereiro de 2017, do Ministério da Saúde (Diretrizes Nacionais
de Assistênciaao Parto Normal).
 Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal: relatório. Brasília. Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS, CONITEC; 2016._
 Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação Cesariana. relatório. Brasília. Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, CONITEC; 2016._
 Portaria nº 306, de 28 de março de 2016 (Aprova as Diretrizes de Atenção à Gestante: a
operação cesariana).
 Portaria nº. 371, de 07 de maio de 2014 (Institui diretrizes para a organização da atenção
integral e humanizada ao recém nascido).
 Resolução nº. 36, de 03 de junho de 2008 (Dispõe sobre Regulamento Técnico para
Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal).
 Lei nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007 (Direito da gestante ao conhecimento e a
vinculação à maternidade onde receberá assistência).
 Lei nº 11.108, de 07 de abril de 2005 (Garante às parturientes o direito à presença de
acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato).
 E demais publicações e normas correlatas.
COMO EVITAR VIOLÊNCIA
OBSTÉTRICA

O que é violência obstétrica


Violência Obstétrica é um termo utilizado para caracterizar abusos sofridos por
mulheres, sendo caracterizado como violência de gênero. Tais abusos podem ser
apresentados como violência física ou psicológica e são responsáveis por tornar um
dos momentos mais importantes na vida de uma mulher em um momento traumático.

Diariamente mulheres são desrespeitadas, abusadas e impedidas de serem


protagonistas do próprio parto. Com palavras ofensivas, desrespeitosas e manobras
invasivas e desnecessárias, muitas vezes somos silenciadas.

O mais triste é quando você conversa com alguma mulher e ela acredita que isso é
“normal”, que parto normal é assim mesmo. NÃO É!

Violência obstétrica é uma violência de gênero. Machuca, traumatiza, dói. E muitas


vezes somos silenciadas ao ouvir: “aaah o importante é que o seu bebê está bem”

Não! O bebê não pode estar bem porque a mãe não está bem e mãe e bebê são um
só. A saúde mental da mãe é tão importante quanto a saúde física do bebê.

Pesquisa "Nascer no Brasil" identificou que 1 a cada 4 mulheres sofrem


Violência Obstétrica no Brasil. Estima-se que esse número seja muito
maior. >>> pesquisa
O QUE É VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

- Impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência, familiar de seu
círculo social;

- Tratar uma mulher em trabalho de parto de forma agressiva, não empática, grosseira,
zombeteira, ou de qualquer forma que a faça se sentir mal pelo tratamento recebido;

- Tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe comandos e nomes infantilizados e


diminutivos, tratando-a como incapaz;

- Submeter a mulher a procedimentos dolorosos desnecessários ou humilhantes, como


lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição ginecológica com portas abertas;

- Impedir a mulher de se comunicar com o "mundo exterior", tirando-lhe a liberdade de


telefonar, usar celular, caminhar até a sala de espera, etc;

- Fazer graça ou recriminar por qualquer característica, ou ato físico como, por exemplo
obesidade, pelos, estrias, evacuação, etc;

- Fazer graça ou recriminar por qualquer comportamento como gritar, chorar, ter medo,
vergonha, etc;

- Dar bronca, ameaçar, chantagear ou cometer assédio moral em qualquer mulher/casal por
qualquer decisão que ela possa ter tomado, quando essa decisão for contra as crenças, fé ou
valores morais de qualquer pessoa da equipe, por exemplo: não ter feito ou ter feito
inadequadamente o pré-natal, ter muitos filhos, ser mãe jovem (ou o contrário), ter tido ou
tentado um parto em casa, ter tido ou tentado um parto desassistido, ter tentado ou ter
efetuado um aborto, ter atrasado a ida ao hospital, não ter informado qualquer dado, seja
intencional, seja involuntariamente;

- Fazer qualquer procedimento sem explicar antes o que é, por que está sendo oferecido e
acima de tudo, SEM PEDIR PERMISSÃO;
O QUE É VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

- Submeter a mulher a exames de toque, especialmente por mais de um profissional, e sem o


consentimento, mesmo que para ensino e treinamento de alunos;

- Dar hormônios para acelerar e intensificar um trabalho de parto que está evoluindo
normalmente;

- Cortar a vagina da mulher (episiotomia)

- Dar um ponto na sutura final da vagina de forma a deixá-la menor e mais apertada para
aumentar o prazer do cônjuge ("ponto do marido");

- Subir na barriga da mulher para expulsar o feto (manobra de Kristeller);

- Permitir a entrada de pessoas estranhas ao atendimento para "ver o parto", quer sejam
estudantes, residentes ou profissionais de saúde, principalmente sem o consentimento
prévio da mulher e de seu acompanhante com a chance clara e justa de dizer não;

- Fazer uma mulher acreditar que precisa de uma cesariana quando ela não precisa, utilizando
de riscos imaginários ou hipotéticos não comprovados (o bebê é grande, a bacia é pequena,
o cordão está enrolado);

- Submeter uma mulher a uma cesariana desnecessária, sem a devida explicação dos riscos
que ela e seu bebê estão correndo (complicações da cesárea, da gravidez subsequente,
risco de prematuridade do bebê, complicações a médio e longo prazo para mãe e bebê);

- Submeter bebês saudáveis a aspiração de rotina, injeções e procedimentos na primeira


hora de vida, antes que tenham sido colocados em contato pele a pele e de terem tido a
chance de mamar;

- Separar bebês saudáveis de suas mães sem necessidade clínica


COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Se você, mulher, foi ou for submetida a qualquer um desses atos de violência, denuncie.
Não permita que a violência se perpetue. Será necessário que milhares de mulheres se ergam e digam
basta, até que as mulheres parem de sofrer.
O parto é um momento de alegria, de prazer. A dor fisiológica é suportável. Mas a dor da violência, essa
pode se tornar insuportável e deixar profundas marcas.
Muitas pessoas dirão: “o importante é que deu tudo certo e o bebê está bem e saudável”
Mas a saúde emocional da mãe é tão importante quanto a saúde física do bebê.
Você também precisa estar bem, não se cale! Denunciar pode não mudar o passado, mas pode mudar
a vida de mulheres no futuro.

1
Solicite o seu prontuário médico
Todo paciente ou seu representante legal tem o direito de solicitar e receber
cópia do respectivo prontuário médico. Esse direito está previsto no Código
de Ética Médica, no Código de Defesa do Consumidor. O prontuário médico
é a união de tudo que aconteceu. Todos os exames, intervenções precisam
estar registrados.

2
Faça o seu relato
Estruture seu relato de parto, mesmo que isso seja doloroso, é também um
passo importante para ressignificar esse trauma. Escreva e identifique as
práticas de violência obstétrica.

3
Conte o que aconteceu
Importante ligar nas ouvidorias e relatar o que aconteceu. O disque 136 é a
ouvidoria do SUS, o disque 180 o da violência contra a mulher e além disso,
a ouvidoria da própria maternidade

4 Denuncie no Ministério Público


O Ministério Público Federal tem a função os direitos sociais e individuais
indisponíveis (ou seja direito social de proteção a maternidade, direito a vida
em sua ampla concepção), investigando as condutas e práticas das quais
receberem denúncias.
Coloque no navegador: MPF junto do Estado em que você se encontra e depois "sala de atendimento
ao cidadão", clice no link, e vá direto ao: "Representação Inicial (denúncias)" e disponha ali o seu relato.
5
Denuncie nos órgãos municipais
Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal de saúde e Conselho
Municipal em defesa dos Direitos das Mulheres (se tiver)
As secretarias têm a função de fortalecer o SUS, garantindo atenção integral
à saúde da população, por meio de ações de prevenção, promoção,
assistência e reabilitação (art. 9°, III, L. 8.080/90 e art 198, I CF/88).

6
Faça boletim de ocorrência
Sempre que a conduta configurar um crime, deve ser feito o registro
na Delegacia (ideal buscar as delegacias especializadas em direito da
mulher).
Episiotomia como lesão corporal (art. 129 CP)
Constranger a parturiente a realizar ou fazer determinada conduta sem
sua vontade (frases como: assim seu filho vai morrer, você não ajuda,
você vai matar seu filho, entre outras) - (constrangimento ilegal, art 146
CP);
Crimes contra a honra: injúria, difamação e calúnia ( art. 138, 139 e 140 do
CP);
Omissão de Socorro (art. 135 CP)
Cárcere privado (proibir uso de celular, comunicação com outras pessoas
dentro da maternidade (art. 148 CP)

7
Conselhos de classe
As denúncias contra condutas que violam os códigos de ética podem
ser feitas ao Conselho Regional de Medicina do Estado bem como ao
Conselho Regional de Enfermagem do Estado, para que seja apurada
a investigação da denúncia.
Essa denúncia poderá ser feita também através do processo cível, pedindo
que sejam oficiados os respectivos órgãos e instaurada a sindicância (análise
anterior
a instauração do processo)
COMO PROCESSAR E SOLICITAR
REPARAÇÕES?

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Processo judicial esfera cível
Além do boletim de ocorrência que poderá instaurar um processo criminal
para averiguação da conduta como crime, há também a possibilidade de
ingressar com uma ação de indenização pela violência sofrida. Existem
jurisprudências favoráveis, e as mulheres só querem minimamente JUSTIÇA!
Importante procurar alguma advogada especialista no tema, por ter diversas
peculiaridades que precisam ser observadas, ou a defensoria pública da
sua cidade.

9
Provas e consentimento
Qualquer conduta que incide no corpo da mulher deve obter seu
consentimento livre e esclarecido, ou seja, deve ser explicado o
procedimento e a mesma consentir com a sua prática. O consentimento está
disposto no Código de Ética Médica nos artgs 22, 24, 31 e 32 e no Código de
Ética da Enfermagem nos artgs 50 e 77. Além de ser um princípio bioético, o
da autonomia do paciente bem como uma garantia fundamental prevista na
CF/88.

Seu prontuário e sua palavra são suas maiores provas.


Também podem ser usadas testemunhas (mesmo sendo o acompanhante),
fotos, vídeos, documentos, e o PLANO DE PARTO!
Documentos que embazam o plano de parto:
Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto
Normal - Portaria 353 de 2017;
Portaria 569/2000;
Portaria 2.068 de 2016 - Institui diretrizes para a organização da atenção
integral e humanizada à mulher e ao recém-nascido
no Alojamento Conjunto;
Lei 11.108/05;
Art. 8o do ECA;
RDC 36/08;
Código Civil (art 11 e 13);
Portaria 971/06
Portaria 371 de 2014;
Portaria 930/2012;
O que ar pra
lev aternidade
m
Para o bebê Para o parto
1 pacote fraldas RN plano de parto em 4 vias
3 macacões fone de ouvido sem fio
3 kits de roupa (body + calça + meia) lanchinhos
2 manta / cueiro objeto especial
3 fraldinhas de boca óleo essencial
1 touca tapa olhos
escova de cabelo carregador do celular
toalha fralda ou comum frases positivas
acessório pra sair da maternidade óleo / hidratante
meias
prendedor de cabelo
Para a mãe playlist
top
camisola
folha para carimbar placenta
chinelo
sutiã amamentação
calcinhas altas
absorvente modelo calcinha Outros
roupa confortável pra sair da maternidade
enfeite da porta
itens de higiente (escova/pasta de dente,
cadeirinha / bebê conforto
escova de cabelo, desodorante, etc)
______________________________________
______________________________________
Para o acompanhante ______________________________________
______________________________________
muda de roupa
itens de higiene
chinelo
O ENXOVAL
Qual é a necessidade de fazer o enxoval do bebê com antecedência?

Antigamente após dar a luz a mulher ficava muitos meses em casa, sem a possibilidade de
realizar compras. Sendo assim, durante a gestação era necessário se antecipar a todas as
possíveis necessidades do bebê.

Atualmente percebemos que fazer o enxoval, ou seja, antecipar-se as compras, é muito


mais uma questão cultural do que uma necessidade. Afinal com a facilidade da internet,
deliveries e entregas rápidas, a maioria das coisas podem ser adquiridas quando houver a
real necessidade de comprá-las, exceto quando há uma oportunidade.

BORA REFLETIR
Faz sentido comprar 100 pacotes de fraldas com antecedência quando você não terá
nem mesmo onde armazenar essas fraldas (e fraldas possuem validade)?
Todo lugar existe um mercado, uma farmácia onde fraldas podem ser compradas. Ou seja,
vale a pena estocar fraldas quando aparece uma oportunidade ou quando são presentes.

Faz sentido comprar roupas tamanho M, G, GG?


Não seria melhor comprar as roupas a medida que o bebê for crescendo? Não é assim que
fazemos?

Faz sentido comprar mamadeiras e chupetas?


Não seria melhor o bebê nascer e se você entender que será necessário, compra. E nem
estou levando em consideração os prejuízos que esses itens podem trazer.

Vou contar o que acho que na minha opinião são itens importantes e itens desnecessários
pro seu enxoval.
O QUE NÃO RECOMENDO

Perfumes
O cheirinho de sabonete é o suficiente. Perfumes podem
ser alérgicos. A pele do seu bebê é sensível.

Travesseiros
Seu bebê não precisa. Em caso de refluxos converse com
seu pediatra.

Malas de maternidade
Você não precisa dessas malas de maternidade
personalizadas que nem são práticas. Use qualquer mala
de mão que você tenha e se não tiver, peça emprestada.
Ter uma boa mala de mão pode ser um investimento muito
melhor que essas malas de maternidade.
Shampoo e condicionador
Bebês usam sabonete líquido no corpo todo e não precisa
comprar muita quantidade. Muitas vezes uma embalagem
dura meses pois nem é recomendado usar sempre. Apenas
uma vez ao dia.
Remédios
Não compre nenhum remédio sem prescrição ou
necessidade. Não antecipe-se em compras desnecessárias
com farmácias tão próximas.
O QUE NÃO RECOMENDO

Comprar roupas em grandes quantidades e caras.


Bebês crescem muito rápido e passam a maior parte do
tempo em casa. Não vale a pena investir em itens muito
caros
Sapatos
Bebês não andam, são carregados por muitos meses.
Invista em meinhas bonitinhas.

Roupas com capuz


São desconfortáveis pro bebê principalmente na hora de
dormir, quando ele ficará deitado sobre o capuz

Cobertas / Edredons
São perigosos para o bebê. Uma roupa que o mantenha
bem aquecido são suficientes para as noites. Bebês não se
cobrem.
Protetores de berço
São perigosos pelo risco de asfixia e não recomendados
pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
Dica: berço seguro é berço sem nada!
O QUE PODE AJUDAR MUITO

Bebê conforto / cadeirinha


Obrigatório para saídas de carro. É uma necessidade por
questão de segurança.
Mochila para a mãe
Esqueça aquelas bolsas enfeitadas, personalizadas de um
ombro só. Você vai precisar dos dois braços disponíveis
para o seu bebê. Uma boa mochila atenderá muito melhor
as suas necessidades maternas.
Sling
Não são todas as pessoas que se adaptam ao sling. Na
maioria das vezes é muito mais um desconforto pra mãe
do que por bebê. Se a mãe se sentir segura, ela passará
essa segurança pro bebê e conseguirá slingar. Esse é um
item que faz toda a diferença pois manterá o bebê no colo
(onde ele deve estar se não já nasceria andando como os
outros animais ) e permite que a mãe tenha os braços
livres para fazer outras coisas.
O QUE PODE AJUDAR MUITO

Almofada para amamentação


Você é capaz de amamentar com ou sem almofada. Mas a
almofada pode contribuir principalmente nos primeiros
meses onde tudo é novidade e você ainda não se sente
completamente segura. Principalmente se você é mãe de
primeira viagem. Não é um item indispensável pois pode
ser substituída por edredons ou travesseiros mas pode ser
utilizada depois pro bebê sentar.

bomba de tirar leite


Se você quer ir ao salão, fazer alguma coisa na rua e
precisa deixar o bebê com alguém, a bombinha pode fazer
toda a diferença. Além disso, facilita também na
amamentação nos primeiros dias. Não é um item
imprescindível pois você também pode fazer a ordenha
manual mas certamente a bomba é facilitadora.

Coletor de leite
É comum vazar leite enquanto amamenta. Com o coletor,
enquanto você amamenta de um lado, o coletor recolhe o
leite do outro seio que pode ser congelador e oferecido ao
bebê em alguma situação de necessidade.
IMPORTANTE!
Bebês precisam ser amados, alimentados e
aquecidos. Essas são as necessidades
fundamentais e bebês não precisam de nada além
disso.
A maioria dos itens de enxoval não são para
atender as necessidades dos bebês e sim as
necessidades das mães.

O quartinho fofo é uma necessidade materna, o


carrinho caro não é uma necessidade do bebê.

Com isso em mente pergunte-se:


Quem precisa desse item, meu bebê ou eu?
Por que esse item é importante
Qual é o benefício desse item
Preciso realmente comprar com antecedência
Consigo comprar depois com facilidade

Responder essas perguntas te ajudará a


economizar e fazer um enxoval bem mais
minimalista com o foco no que realmente é
importante.
Nunca esqueça

Você não vai ter um


parto, você terá um

BEBÊ
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