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P R O F . F E R N A N D A L I M A
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P R O C E S S O SAÚ D E - D O E N ÇA

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MEDICINA PREVENTIVA Prof. Fernanda Lima | Processo Saúde - Doença 2

APRESENTAÇÃO:

PROF. FERNANDA
LIMA
Olá, Estrategista!
Neste resumo, abordaremos um assunto que tem relevância

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considerável para grande parte das bancas de todo o Brasil: o
processo saúde-doença. Maiores detalhes sobre informações da

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engenharia reversa desse tema podem ser encontrados no livro.
Caso você deseje tirar qualquer dúvida, adianto que pode
me procurar nas redes sociais através do Instagram: @prof.
fernandalima.
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Não se preocupe! Nossa função aqui é servir de apoio para
promoção de seu melhor desempenho, prevenindo que você
perca pontos em questões de Medicina Preventiva.

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Agora, chega de
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trocadilhos sobre esse tema


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e vamos à luta! Já alerto que


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algumas partes serão até mais


fáceis, mas não subestime
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este assunto e não se engane;


a rapadura é doce, mas não é


mole!
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@prof.fernandalima @estrategiamed

/estrategiamed @estrategiamed

t.me/estrategiamed Estratégia MED

Estratégia
MED
MEDICINA PREVENTIVA Processo Saúde - Doença Estratégia
MED

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4
1.0 CONCEITOS GERAIS DE SAÚDE E DOENÇA 4
1.1 CONCEITO DE SAÚDE 4

1.2 CONCEITO DE DOENÇA 4

2.0 MODELOS EXPLICATIVOS HISTÓRICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 5

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2.1 MODELO PROCESSUAL/HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 6

2.1.1 NÍVEIS DE PREVENÇÃO EM SAÚDE (LEAVELL & CLARK) 7

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2.1.1.1 PREVENÇÃO PRIMÁRIA 8

2.1.1.2 PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 9

2.1.1.3 PREVENÇÃO TERCIÁRIA 10


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2.1.2 PREVENÇÃO QUATERNÁRIA 12

2.1.3 OUTROS NÍVEIS DE PREVENÇÃO EM SAÚDE 14

2.1.4 TODOS OS NÍVEIS DE PREVENÇÃO EM SAÚDE (RESUMO VISUAL) 15



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2.2 DETERMINAÇÃO SOCIAL EM SAÚDE (DSS) 16


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3.0 LISTA DE QUESTÕES 19


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4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20


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5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 23


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INTRODUÇÃO
Foi tentando elucidar dúvidas básicas sobre a “saúde” e a “doença” que os estudiosos começaram a sugerir definições para esses
termos, que descreveremos neste resumo. Em seguida, evoluiremos nossos estudos para a exposição de alguns modelos propostos ao longo
dos anos para explicar o processo de adoecimento e dos níveis de prevenção em saúde.

CAPÍTULO

1.0 CONCEITOS GERAIS DE SAÚDE E DOENÇA

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1.1 CONCEITO DE SAÚDE

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a


saúde é conceituada como "um estado de completo bem- co Por mais simples que possa parecer, esse conceito já foi
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questão de prova, apesar de não ser um questionamento frequente.
estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doença
ou enfermidade."

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1.2 CONCEITO DE DOENÇA


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Não pretendemos discorrer sobre os diversos conceitos de doença, pois isso não costuma ser questionado em provas. Assim, citaremos
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apenas o conceito de doença proposto por Vianna em material sobre Processo saúde-doença da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). A
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autora propõe que a doença “não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da
doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim, os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece”.
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CAPÍTULO

2.0 MODELOS EXPLICATIVOS HISTÓRICOS DO


PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

Quando falamos de processo saúde-doença, precisamos ter em mente que houve uma evolução da concepção de algumas teorias
na tentativa de compreender os fatores determinantes do adoecimento e da morte. Almeida Filho e Rouquayrol destacam cinco principais
modelos explicativos históricos, que estão resumidos a seguir:

1. Modelo biomédico 4. Modelo mágico-religioso

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• Privilegia o diagnóstico e a cura, não contemplando as medidas • Segundo ele, os deuses definem o estado de cura e
de prevenção ou práticas de tratamento não tradicionais. Assim, é adoecimento das pessoas, sendo o modelo baseado na noção

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caracterizado como: individual, especialista, fragmentado, de pecado-doença e redenção-cura.
hospitalocêntrico, curativo e centrado na figura do médico.

2. Modelo processual 5. Modelo de


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determinação social
• Considera que os estímulos do meio ambiente desencadeiam
• No Brasil, o modelo mais estudado é o proposto por Dahlgren
uma resposta do corpo, que terá como desenlace a cura ou o
e Whitehead, que estabelece diferentes níveis de determinantes,
defeito ou a invalidez ou a morte. É baseado no modelo de
desde o individual até o macro social.
História Natural da Doença, proposto por Leavell e Clark.

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3. Modelo sistêmico
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• Admite que diversos elementos (políticos e socioeconômicos,


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culturais, ambientais e agentes patogênicos) estão relacionados


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sinergicamente entre si, de modo que, quando modificamos


qualquer um deles, afetaremos os demais.
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Esquema 1: Resumo dos cinco principais modelos explicativos históricos de determinantes do adoecimento e da morte.
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Aproveito para ressaltar que não existem limites temporais Neste resumo, focaremos apenas nos modelos mais

precisos que caracterizem cada um dos modelos citados. Por questionados em prova: o modelo processual e o de determinação
exemplo, o modelo mágico-religioso ainda é aceito até hoje por social da doença. Entretanto, o Anexo I do livro completo traz
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diversas comunidades que adotam, por exemplo, rituais de cura. mais detalhes sobre os outros modelos listados (mais raramente
Entretanto, o modelo de determinação social é, atualmente, o cobrados).
mais aceito.

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2.1 MODELO PROCESSUAL/HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

Em 1953, Leavell e Clark propõem o Modelo da História Natural da Doença, que é dividido em dois períodos:

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PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO

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ou Período de pré-patogênese ou Período de patogênese
(pré = antes; pathos = doença; génesis=origem). (pathos = doença; génesis=origem)
Quando a doença ainda não existe no organismo, Quando o organismo já adoeceu, sendo o
havendo somente uma suscetibilidade a período referente às possibilidades
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poder desenvolvê-la. da evolução da doença.

SAUDÁVEL processo de adoecimento DOENTE



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Esquema 2: Comparação entre o período pré-patogênico e o período patogênico. Figura 1: Homem e filho saudáveis (fonte: Shutterstock/por: Fizkes).
Figura 2: Homem doente (fonte: Shutterstock/por: Prostock-studio).
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O período pré-patogênico abrange três grupos de fatores determinantes, conhecidos como tríade ecológica de fatores relativos ao:
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HOSPEDEIRO

• Refere-se às características do indivíduo que podem


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deixá-lo suscetível a algum agente. Exemplo: carga


genética, gênero, faixa etária, hábitos alimentares,

condicionamento físico, lazer, vida sexual, hábito de


fumar, uso e abuso de álcool ou outras substâncias,
etc.
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MEIO

AGENTE Fatores • Compreende o ambiente que possibilita o contato


determinantes dos agentes agressores com seus futuros
• Envolve os elementos externos que podem interagir do processo hospedeiros. Exemplo: clima, topografia, domicílio,
com o organismo humano causando-lhe algum dano. saúde-doença condições sanitárias e sociais, desenvolvimento
econômico, padrões culturais, modo de vida (urbano,
rural), condições de trabalho, etc.

Esquema 3: Tríade ecológica (fatores relativos ao agente, meio e hospedeiro).

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Precisamos conhecer alguns termos utilizados no primeiro modelo de Leavell e Clark (vide figura a seguir) para responder às questões
que aparecem nas provas.

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Figura 3: Modelo de história natural da doença adaptado do livro traduzido de Medicina Preventiva dos autores Hugh Rodney Leavell e Edwin Gurney

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Clark (1976).
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No início do período patogênico, temos o chamado período inicial, quando é possível discernir clinicamente que estamos diante
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de patogênese precoce (ou fase pré-clínica), em que o indivíduo de alguma doença. Mais adiante, existe a “doença avançada”, que
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já tem a doença, mas está assintomático. Note que esse período seria a etapa em que a doença já progrediu. Por fim, resta-nos saber
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está abaixo da linha do chamado “horizonte clínico”. Quando o como o paciente vai finalmente evoluir (qual é o desfecho?), ou seja,

indivíduo passa a desenvolver o quadro clínico (sinais e sintomas), como foi resolvido ou estabilizado o processo de adoecimento.
ele já atravessa a linha do “horizonte clínico”. A partir desse ponto, Veremos mais adiante a mistura desses elementos da História
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estamos na fase clínica da doença, que é iniciada pela “doença Natural da Doença com a noção sobre os níveis de prevenção em

precoce discernível”. Esse estágio compreende o estado patológico saúde.


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2.1.1 NÍVEIS DE PREVENÇÃO EM SAÚDE (LEAVELL & CLARK)

Muita atenção! Chegamos em um dos tópicos que mais caem nas provas!
Leavell e Clark sistematizaram diferentes possibilidades de prevenção em cada momento específico do modelo
da História Natural da Doença, propondo três níveis de prevenção: primária, secundária e terciária. Dentro desses
níveis, observaremos que há ainda algumas subdivisões, totalizando cinco subníveis.

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Se o examinador pedir no enunciado os níveis de prevenção propostos por Leavell e Clark, restarão as
alternativas que contemplam a prevenção primária, secundária e terciária. Os demais níveis foram propostos
por outros autores.

No estudo dos níveis de prevenção, você perceberá a importância de conhecer as bases do modelo da história natural da doença.

2.1.1.1 PREVENÇÃO PRIMÁRIA

A prevenção primária contempla as ações direcionadas para todos os fatores que determinam a ocorrência das doenças ou agravos

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que acometem o indivíduo ou a comunidade, no sentido de interromper os processos patogênicos antes de seu início. Logo, esse nível de
prevenção está relacionado ao período pré-patogênico e age no controle das causas e dos fatores de risco da doença.

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Há ainda uma divisão em dois subníveis: (1) a promoção da saúde e (2) a proteção específica. Vamos observar algumas características
desses níveis no esquema a seguir.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE PROTEÇÃO ESPECÍFICA


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• Ações voltadas para melhoria geral nas condições • Ações direcionadas para evitar a ocorrência de um
agravo ou um grupo específico de agravos.

de vida dos indivíduos e da população.


• Foco em beneficiar a saúde e a qualidade de vida • Ex.: vacinação (imunização contra agentes
de modo geral, impedindo a ocorrência de inúmeros infecciosos); controle de Aedes aegypti (reduzir casos
processos patogênicos diferentes. de dengue); distribuir camisinha (evitar as DSTs*);
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• Ex.: melhoria na habitação; trabalho; lazer; quimioprofilaxia (em contactante de tuberculose ou


segurança; prática de atividade física; educação; RN* de mãe com HIV*); cinto de segurança (diminuir os
transporte; saneamento básico; coleta de lixo; danos de acidentes de trânsito); aconselhamento
alimentação e nutrição; controle da qualidade da água, genético (para evitar doenças específicas); legislação
etc. mais rígida contra violência (a fim de coibir atos
violentos), etc.

*DST = Doença Sexualmente Transmissível. / RN = recém-nascido. / HIV = Vírus da Imunodeficiência Humana.


Esquema 4: Características e exemplos das subdivisões da prevenção primária: promoção da saúde e proteção específica. Figura 4: Familiares com
alimentação adequada (fonte: Shutterstock / por: Oksana Kuzmina). Figura 5: Mulher na academia (fonte: Shutterstock / por: Bojan Milinkov). Figura
6: Sala de aula representando a educação (fonte: Shutterstock / por: Cherries). Figura 7: Vacinação em criança (fonte: Shutterstock / por: Yuganov
Konstantin), Figura 8: Profissional de saúde usando equipamentos de proteção individuais (fonte: Shutterstock / por: German Pozo Villalta). Figura 9:
Cadeira para automóvel e cinto de segurança (fonte: Shutterstock / por: Africa Studio).

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Note que as medidas de promoção à saúde são mais agravo ou grupo de agravos afins.
generalizadas, o que significa dizer que uma ação envolve o bem- Na prova, os examinadores costumam pedir para você dar
estar geral da população, evitando inúmeros processos patológicos exemplos de ações em determinado nível de prevenção ou o inverso,
distintos. Em contrapartida, a proteção específica, como o próprio eles dão exemplos de medidas e pedem para você classificar o nível
nome sugere, engloba uma ação que previne especificamente um de prevenção.

2.1.1.2 PREVENÇÃO SECUNDÁRIA

Chegamos no período patogênico e passamos a encarar o bloqueio de sua disseminação para outras pessoas, uma evolução
agora um indivíduo que já tem a doença. A partir desse ponto, mais favorável, entre outros.
inicia-se a aplicação das medidas de prevenção secundária. Bem como ocorreu no nível primário, a prevenção secundária

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Esse nível de prevenção tem a finalidade básica de melhorar divide-se em dois subníveis: (1) Diagnóstico Precoce e Tratamento
o prognóstico do paciente em busca de melhores desfechos para Imediato e (2) Limitação de Incapacidade. Vamos observar algumas

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seu agravo. Nesse sentido, as medidas de prevenção secundária características desses níveis no esquema a seguir.
podem objetivar a cura da doença, a redução de sua sintomatologia,
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• Ações que visam detectar e tratar o mais rápido • Ações voltadas para os estados patológicos
possível os processos patogênicos já instaurados; plenamente instalados que ultrapassaram o horizonte
• Inclui ainda diagnosticar os assintomáticos (que não clínico (condições crônicas ou cronificadas).
ultrapassaram o horizonte clínico), através de • O objetivo maior é promover um cuidado

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rastreamentos ou screening, além da busca ativa de adequado, de modo que o paciente possa evoluir com
casos ou suscetíveis. cura, ou, ainda, retardar ou reduzir as
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• Ex: teste rápido de HIV*, rastreamento de câncer de complicações (incluindo as sequelas).


mama, busca ativa de casos de hanseníase. • Ex.: tratamento de esquizofrenia e diabetes.
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DIAGNÓSTICO PRECOCE E LIMITAÇÃO DE


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TRATAMENTO IMEDIATO INCAPACIDADE


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*DST = Doença Sexualmente Transmissível. / RN = recém-nascidos. / HIV = Vírus da Imunodeficiência Humana.


Esquema 5: Características e exemplos das subdivisões da prevenção secundária: (1) diagnóstico precoce e tratamento imediato e (2) limitação da
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incapacidade. Figura 10: Médico investigando queixas em região cervical com ultrassom (fonte: Shutterstock / por: Pixel-Shot). Figura 11: Controle
glicêmico de paciente com doença crônica (fonte: Shutterstock / por: Proxima Studio).

Atenção para palavras relacionadas à prevenção secundária que podemos encontrar:

Rastreamento, Rastreio ou “Screening” são termos que denotam a execução de exames utilizados em
pacientes assintomáticos com a finalidade de detectar precocemente uma doença, por isso fazem parte da
prevenção secundária.

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Os conceitos dos níveis de prevenção podem ficar confusos caso você não se atente para o que o examinador está pedindo! Então,
preste atenção no quadro a seguir para não vacilar!

“Todo ponto de vista é a vista de um ponto”. Portanto, quando o examinador pedir para você classificar qual é o nível de prevenção,
avalie o ponto de vista da pergunta. Ele está questionando sobre que agravo exatamente? Para facilitar, utilizaremos dois exemplos da
mesma ação (controle de hipertensão), mas sob óticas diferentes.

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Situação 1: Em relação à doença hipertensiva, o uso de medicação para controle da pressão arterial em pacientes hipertensos é
uma medida de prevenção secundária, pois estamos tratando uma doença que já existe nesses pacientes (período patogênico).

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Situação 2: Em relação a evitar o infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, o controle da pressão arterial em
hipertensos é uma medida de prevenção primária, pois estaríamos evitando a ocorrência desses eventos (período pré-patogênico).
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2.1.1.3 PREVENÇÃO TERCIÁRIA
A prevenção terciária atua no momento em que o processo de adoecimento alcançou a longo prazo uma forma relativamente estável,

resultando em um estado de cura com sequelas ou de cronificação do agravo. Nesse ponto, o objetivo principal é reduzir os impactos das
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sequelas provocadas pelo agravo no cotidiano das pessoas, melhorando a qualidade de vida.
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Como exemplos de ações de prevenção terciária, podemos citar:


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REABILITAÇÃO FÍSICA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL


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• para sequelas neuromotoras, incluindo a fisioterapia • para os trabalhadores que apresentam uma
motora, uso de próteses, fisioterapia respiratória, incapacidade para o trabalho devido a alguma lesão
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reabilitação com fonoaudiólogo, etc. permanente.


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READAPTAÇÕES NO DOMICÍLIO, NAS VIAS PÚBLICAS, TRANSPORTES OU NO AMBIENTE DE TRABALHO


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• para facilitar a acessibilidade de cadeirante, entre outras pessoas com deficiência.

SUPORTE PSICOSSOCIAL

• para as pessoas que sofreram mutilações, sobreviventes de guerra, vítimas de eventos traumáticos (físicos e/ou
psicológicos, a exemplo da violência sexual), entre outras.

Esquema 6: Exemplos de ações para prevenção terciária.

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Alerta para casca de banana! Fumar e beber são considerados fatores de risco para várias doenças, mas sabemos que o tabagismo e o
alcoolismo também são estados patológicos!

Atente-se sobre que ótica de prevenção o examinador está perguntando, porque é aí


que mora o perigo. No entanto, como você é Coruja, vai dar um voo rasante nessas questões,
sem cair nessa casca de banana!

Para esclarecer de vez esse ponto, os programas voltados para prevenção de tabagismo ou do uso e abuso de outras substâncias, como

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álcool e outras drogas, podem ocorrer nos três níveis detalhados a seguir.

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PROGRAMAS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA

Público-alvo: Objetivo: evitar que essas Ex.: as ações educativas na



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população geral. pessoas iniciem o uso das comunidade (como palestra


substâncias. sobre drogas em escolas).
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PROGRAMAS DE PREVENÇÃO SECUNDÁRIA


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Público-alvo: populações mais Objetivo: impedir que a iniciação Ex.: seguimento de jovens
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vulneráveis (maior risco para o evolua para o uso continuado e que iniciaram o uso ocasional
uso regular das substâncias). prejudicial. de cigarro nas baladas.
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PROGRAMAS DE PREVENÇÃO TERCIÁRIA

Público-alvo: abusadores ou de Objetivo: evitar as consequências Ex.: seguimento regular


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uso regular da substância (uso mórbidas desse hábito. de dependente químico.


nocivo ou dependentes).

Esquema 7: Ações em diferentes níveis voltadas para programas de prevenção de tabagismo ou de uso e abuso de outras substâncias, como álcool e
outras drogas.

Agora sim! Estamos prontos para conhecer outros níveis de prevenção que surgiram posteriormente ao modelo de Leavell e Clark!

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2.1.2 PREVENÇÃO QUATERNÁRIA

Isso mesmo! Precisei convocar nossa


esquadrilha Coruja para chamar sua atenção, pois
esse nível de prevenção é disparado o que mais cai
nas provas.

A noção da prevenção quaternária foi proposta por Marc outros exemplos.

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Jamoulle e Michel Roland. A prevenção quaternária surge justamente para lembrar os
Primeiramente, devemos lembrar que as intervenções médicos de que o intervencionismo médico excessivo é prejudicial.

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médicas não estão isentas de riscos. Os medicamentos possuem Algumas noções acerca desse nível de prevenção estão descritas a
efeitos colaterais, a retossigmoidoscopia pode gerar perfuração do seguir. Observe as palavras-chave que podem estar nas questões.
cólon, a radiografia expõe o paciente à radiação ionizante, entre
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Consiste em detectar indivíduos
Visa evitar ou atenuar o excesso de em risco de sobretratamento ou
intervencionismo médico associado sobrediagnóstico ou

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a procedimentos desnecessários ou sobrerrastreamento para


injustificados. protegê-los de intervenções
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médicas inapropriadas.
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Ação feita para identificar um paciente em risco de supermedicalização, para


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protegê-lo de uma nova invasão médica e sugerir a ele intervenções eticamente


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aceitáveis. (dicionário da WONCA).



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Esquema 8: Algumas noções que podem aparecer associadas ao conceito de prevenção quaternária.
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Saiba ainda que, em alguns casos, a melhor opção é não fazer nada! Só aguardar! Em doenças de evolução sabidamente mais lenta
e progressiva, quando a espera é uma ação mais acertada que o início do tratamento, o médico pode valer-se da demora permitida. Por
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exemplo, as dores musculares após a prática de exercícios físicos tendem a cessar espontaneamente em alguns dias. Portanto, não haveria
necessidade de tratamento medicamentoso ou solicitação de exames para casos como esse.
Confira alguns termos associados à não aplicação da prevenção quaternária que podem aparecer em sua prova:

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IATROGENIA SOBREDIAGNÓSTICO

• Ocorre devido a uma intervenção médica • Diagnostica-se um agravo que não geraria sintomas ou
que resulta em algum dano à saúde do provocaria a morte do paciente. O sobrediagnóstico transforma
indivíduo. uma pessoa em paciente sem necessidade, conduzindo esse
Ex.: a colonoscopia pode resultar em uma indivíduo a tratamentos que não geram qualquer benefício. Ex.:
perfuração intestinal. na mamografia, é detectada uma lesão na mama, mas que não
evoluiria para nenhum quadro clínico ou risco de morte.

SOBRERRASTREAMENTO SOBRETRATAMENTO

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• Procede-se o rastreio desnecessário de uma condição clínica em • Refere-se a duas situações: (1) tratar agravos
um indivíduo ou grupo de indivíduos que não atendem aos que não evoluiriam para algum estado de
critérios de rastreamento. Ex.: médico decide rastrear câncer de adoecimento significativo ou (2) optar por

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mama em jovens de 20 anos através da ultrassonografia, mas não tratamento mais prolongado ou complexo do
há evidência científica para o rastreamento nessa idade, nem com que o necessário. Ex.: tratar lesões mal
esse exame. Nesse caso, corre-se o risco de detectar alterações definidas na mamografia que não evoluiriam
que não gerariam qualquer transtorno à saúde das pacientes, o para um câncer de mama ou prorrogar uma
que poderia conduzir a planos terapêuticos desnecessários. radioterapia em paciente que já não necessita.
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MEDICALIZAÇÃO

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• Quando situações normais da existência humana passam a ser objeto de abordagem médica desnecessária. Ex.: usar
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antidepressivos para auxiliar uma pessoa a lidar com o luto. Sabemos que a perda de um parente naturalmente leva a
SAUDÁVEL
As palavras supermedicalização ou hipermedicalização também DOENTE
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um estado de tristeza. já foram encontradas em


questões.
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Esquema 9: Alguns termos associados à não aplicação da prevenção quaternária.


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Perceba que os prefixos “sobre”, “super” ou “hiper” trazem a ideia de que algo é realizado além do normal, ou seja, além do que seria

esperado (necessário) para o caso.


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Em suma, a Prevenção Quaternária objetiva evitar danos associados a intervenções (exames,


medicamentos, cirurgias, etc.) desnecessárias, ou seja, quando elas não trazem mais nenhum valor
adicional ao quadro do paciente, evitando a ocorrência de iatrogenias e otimizando os recursos em saúde.
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Adicionalmente, esse nível de prevenção está intimamente relacionado a um dos quatro princípios da
Bioética: o da não maleficência. Esse princípio é baseado no “primum non nocere”, que significa “acima de
tudo, não causar danos”.

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Além de cobrar os conceitos relacionados à prevenção quaternária, as bancas também podem fornecer casos clínicos. Vamos a algumas
situações que o examinador pode trazer de aplicação da prevenção quaternária.

Maria pede por um check up geral, João quer ser submetido a


mas o médico, após avaliar a paciente, eletrocardiograma antes de começar a
orientou não haver necessidade. academia, mas o médico explicou que
não havia indicação para seu perfil.

Adriene, 22 anos, busca pedido de A filha de Adolfo queria


mamografia, porque a tia morreu de que o pai fosse investigado por meio de

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câncer de mama, mas foi orientada ressonância de crânio, mas foi orientada
que não atendia aos critérios de que ele estava com metástase avançada,

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rastreamento. sendo recomendado apenas cuidados
paliativos.
Esquema 10: Exemplos de aplicação da prevenção quaternária.
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Ponto comum entre eles: evita-se recomendar uma intervenção inapropriada para o caso.

2.1.3 OUTROS NÍVEIS DE PREVENÇÃO EM SAÚDE



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Discutiremos aqui dois níveis de prevenção em saúde de espaços verdes nas cidades, legislação para restrição do fumo
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infinitamente menos prevalentes nas provas: prevenção primordial em espaços fechados, regulamentação para segurança alimentar,
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e prevenção quinquenária. implementação de medidas de higiene em bares e restaurantes,


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A prevenção primordial abrange o desenvolvimento medidas contra os efeitos da poluição do ar, do solo e das águas.
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de políticas e programas de promoção de “determinantes Vamos agora à Prevenção Quinquenária! As definições das

positivos” de saúde, com a finalidade de evitar o surgimento ou atividades preventivas nos níveis de atenção primário, secundário,
estabelecimento de padrões sociais, econômicos e/ou culturais terciário e quaternário partem, precipitadamente, do pressuposto
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que possam contribuir para um aumento do risco da doença. de que o médico é um elemento estável, desde que atue de acordo

Tanto as ações de prevenção primordial quanto as ações de com a melhor evidência científica e dentro dos princípios éticos.
promoção da saúde (prevenção primária) são focadas nos fatores (Santos, 2014)
de risco. Dessa forma, esses conceitos de prevenção se confundem, Entretanto, sabemos que o médico não é um super-herói
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apesar de serem complementares. Nesse sentido, Duncan descreve inatingível e está sujeito a situações estressantes no ambiente de
que a prevenção primordial objetiva evitar a instalação dos fatores trabalho que podem levá-lo a um esgotamento físico e mental. A
de risco da doença, já a prevenção primária, extinguir os fatores síndrome do esgotamento profissional é conhecida pelo nome de
de risco da doença em questão. A diferença entre esses conceitos burnout e será mais aprofundada nos módulos de Psiquiatria.
é muito sutil, pois, no caso da prevenção primordial, o fator de Nesse contexto, a prevenção quinquenária objetiva evitar
risco ou o comportamento de risco ainda não estaria inteiramente as “disfunções” nos profissionais de saúde, como o burnout, sendo
estabelecido na população. crucial na prevenção de problemas de saúde dos pacientes.
Observe alguns exemplos de prevenção primordial: criação

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Certo, Fernanda, então


eu posso concluir que o objetivo
Perfeito!
da prevenção quinquenária é
prevenir o dano para o paciente,
mas atuando no médico?

Esse nível de prevenção ainda não costuma ser alvo de questões, mas já apareceu nas alternativas. Portanto, há chances de que ele
passe a ser cobrado, principalmente quando consideramos o esgotamento físico e mental que ficou bem destacado em meio ao contexto da

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pandemia pela Covid-19, que ocasionou a sobrecarga dos sistemas e profissionais de saúde.

2.1.4 TODOS OS NÍVEIS DE PREVENÇÃO EM SAÚDE (RESUMO VISUAL)

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Observe a figura a seguir com um resumo dos dados sobre os níveis de prevenção em saúde para que você possa compilar em seu “HD
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cerebral”!

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Figura 12: Esquema com a base conceitual de todos os níveis de prevenção em saúde. Ideia base adaptada do livro “Medicina
ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências”, de Duncan (2013), sobre os diferentes tipos de prevenção ao
longo da história natural da doença.

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2.2 DETERMINAÇÃO SOCIAL EM SAÚDE (DSS)

A Determinação Social em Saúde (DSS) é o modelo explicativo de processo saúde-doença mais aceito atualmente. Por essa razão,
observa-se mais recentemente uma tendência de cobrança desse tema nas provas.
Vamos iniciar com as duas definições mais conhecidas sobre esses determinantes:

COMISSÃO NACIONAL SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE DO BRASIL

• Para comissão brasileira, os DSS “são características socioeconômicas, culturais e ambientais de uma sociedade, que
influenciam as condições de vida e trabalho de todos os seus integrantes.”

COMISSÃO NACIONAL SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)

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• A OMS conceitua de modo bem mais simples e direto os DSS como as condições sociais em que as pessoas vivem
e trabalham.

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Esquema 11: Conceitos de DSS conforme a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde do Brasil e da OMS (Buss e Pellegrini Filho,
2007/Ministério da Saúde e Fiocruz).
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Existem diversos modelos sobre esses determinantes, mas focaremos no adotado no Brasil: o modelo de Dahlgren e Whitehead. Veja
abaixo uma adaptação dele:

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Figura 13: Adaptação do Modelo de DSS proposto por Dahlgren e Whitehead.

O modelo de Dahlgren e Whitehead compreende os DSS dispostos em diferentes camadas, desde as mais próximas aos determinantes
individuais até as mais distantes, onde estão situados os macrodeterminantes. Vamos citar rapidamente cada camada:

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Figura 14: Resumo descritivo das camadas contempladas no modelo de DSS proposto por Dahlgren e Whitehead.

Após levantar os determinantes sociais do adoecimento das o meio como os fatores contextuais originam as posições

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pessoas, é preciso viabilizar ações de melhoria da situação de saúde socioeconômicas, que são determinadas por outros fatores (renda,
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nas populações, sendo necessário reduzir: a exposição a fatores de educação, ocupação, classe social, etnia e gênero), aproximando-se
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risco; a vulnerabilidade de determinados grupos; as iniquidades do conceito de macrodeterminantes ou determinantes distais do


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sociais; e os potenciais danos ou consequências gerados por esses modelo de Dahlgren e Whitehead. Por outro lado, os determinantes
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determinantes. intermediários englobam as circunstâncias materiais, os fatores


o

Em 2010, a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais comportamentais e biológicos, os fatores psicossociais e o sistema
da Saúde da OMS reuniu todos os modelos anteriores, sintetizando- de saúde. Assim, os determinantes estruturais impactam na
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os em um modelo criado por Solar e Irwin que busca resumir dois saúde e no bem-estar das pessoas por meio de sua influência nos

conjuntos de determinantes: os estruturais e os intermediários. determinantes intermediários.


Resumidamente, os determinantes estruturais representam
me

Para não confundir essa divisão de determinantes, você pode associar os determinantes intermediários
com seu arrependimento de ter sido o cupido (intermediário da ficada) de seu amigo, porque ele vai logo se
apaixonando. Memorize os 3P da paixão pelo ficante (Penso na Pessoa que Peguei).
• Penso: “minha mente”, fatores psicossociais.
• Pessoa: “o que a pessoa é”, seja porque escolheu ser (fatores comportamentais) ou por ter nascido ou
evoluído assim (fatores biológicos).
• Peguei: “pego o que é concreto”, circunstâncias materiais (moradia, alimento, etc.).

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No modelo de Solar e Irwin, a coesão social e o capital social são os elos de ligação desses dois tipos de determinantes. Observe o
referido modelo a seguir:

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Figura 15: Modelo dos Determinantes Sociais da Saúde proposto por Solar e Irwin (adaptado de Garbois et al., 2017).
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A visão ampliada do processo saúde-doença proporcionada pelo modelo de DSS permite a operacionalização de um cuidado mais
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integral, com o reforço da importância da atuação interdisciplinar de modo que seja possível atender as necessidades físicas, emocionais
e sociais dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Portanto, lembre-se de avaliar esses determinantes na sua prática clínica para
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construção de um plano terapêutico mais efetivo!


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Recadinho para quem resolveu estudar somente pelo resumo


Algumas provas abordam conceitos mais aprofundados sobre noções da evolução do termo “Promoção da Saúde”, a exemplo de sua
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origem e outros marcos históricos, como o Informe Lalonde e a Carta de Ottawa. Constatamos ainda questões sobre a diferença entre os
termos “Promoção da Saúde” e “Prevenção de Doenças”, as estratégias de prevenção discutidas por Geoffrey Rose, além das dimensões
de vulnerabilidade. Esses e outros temas foram discutidos somente no livro completo por serem mais raramente cobrados de modo geral!
Entretanto, saiba que já foram abordados por bancas como SUS-SP, Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (ES), além das
universidades federais de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo e, claro, poderão ser questionados por outras
bancas. Lembre-se, Estrategista, cada ponto pode fazer a diferença na sua aprovação e o atalho não é a certeza da vitória.

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CAPÍTULO

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
2. ALMEIDA, Lúcio Meneses de. Da prevenção primordial à prevenção quaternária = “From primordial to quaternary prevention”. Revista
Portuguesa de Saúde Pública. ISSN 0870-9025. Vol. 23, Nº. 1 (Janeiro/Junho 2005), p. 91-96. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/
pluginfile.php/2996950/mod_resource/content/1/texto%20sobre%20niveis%20de%20preven-epi%20graduac%C3%A3o.pdf>. Acesso em:
11 mar. 2021.
3. ARANTES, Rosalba Cassuci; MARTINS, Joice L. Appelt; LIMA, Michelle Faria; ROCHA, Rosangela Malard; SILVA, Rosalina Carvalho; VILLELA,

m
Wilza Vieira. Processo saúde-doença e promoção da saúde: aspectos históricos e conceituais / Health-illness process and health promotion:
conceptual and theoretical aspects. Rev. APS; 11(2)abr.-jun. 2008. Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: lil-564397.

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Biblioteca responsável: BR378.1
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FT, Alves VAF, Castilho EA, Cerri GG, Wen CC (Eds) Clinica Médica, vol I Barueri: Manole, 2009. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/
pluginfile.php/5149317/mod_resource/content/1/AULA%202%20-%20texto%20leitura_AYRES%20-%20Preven%C3%A7%C3%A3o%2C%20
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Promo%C3%A7%C3%A3o%20da%20Sa%C3%BAde%20e%20Vulnerabilidade.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2021.
5. AYRES, José Ricardo de Carvalho Mesquita; CALAZANS Gabriela Junqueira; SALETTI FILHO Haraldo César, FRANÇA JR, Ivan. Risco,
vulnerabilidade e práticas de prevenção e promoção da saúde. In: Campos G, Minayo MCS, Akerman M, Drumond Jr M, Carvalho YM,
organizadores. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Editora Fiocruz; 2006. p. 375-417. Disponível em: <https://renasf.fiocruz.br/sites/renasf.

eo

fiocruz.br/files/artigos/Tratado%20de%20Saude%20Coletiva.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2021.


o
ub

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde / Ministério
ro

da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Projeto Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
7. BRASIL. Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. Disponível em:
id
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<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/10006001341.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2021.


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8. BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p. 163-177, 2000. Disponível

em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232000000100014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 mar. 2021.


a
dv

9. BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A saúde e seus determinantes sociais. Physis, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 77-93, Apr.
pi

2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312007000100006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em:


28 abr. 2021.
10. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa; MINAYO, Maria Cecília de Souza; AKERMAN, Marco; DRUMOND JUNIOR, Marcos; CARVALHO, Yara
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Maria de. Tratado de saúde coletiva. [S.l: s.n.], 2006. Disponível em: <https://renasf.fiocruz.br/sites/renasf.fiocruz.br/files/artigos/Tratado%20
de%20Saude%20Coletiva.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2021.
11. CARVALHO, Antonio Ivo de.; BUSS, Paulo Marchiori. Determinantes Sociais na Saúde, na Doença e na Intervenção. In: GIOVANELLA, Lígia
(Org.) Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008.
12. CEBALLOS, Albanita Gomes da Costa de. Modelos conceituais de saúde, determinação social do processo saúde e doença, promoção
da saúde / Albanita Gomes da Costa Ceballos. – Recife: [s.n.], 2015. 20 p. Disponível em: <https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/
ARES/3332/1/2mod_conc_saude_2016.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2021.
13. CRUZ, Marly Marques da. Concepção de saúde-doença e o cuidado em saúde. Disponível em: <http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/

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dados/txt_14423743.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2021.


14. DUNCAN, Bruce Bartholow et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2013.
15. DEMARZO, Marcelo Marcos Piva. Reorganização dos sistemas de saúde: promoção da saúde e Atenção Primária à Saúde. Coleções: Bases
de dados nacionais / Brasil / Recursos educacionais. Base de dados: CVSP – Brasil. Ano de publicação: 2011. Tipo de documento: Recurso
educacional aberto. Disponível em <https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/167>. Acesso em: 11 mar. 2021.
16. ENGEL, George Libman. The need for a new medical model: a challenge for biomedicine. Science. 1977;196(4286):129-36.
17. GARBOIS, Júlia Arêas; SODRE, Francis e DALBELLO-ARAUJO, Maristela. Da noção de determinação social à de determinantes sociais da
saúde. Saúde debate [online]. 2017, vol.41, n.112, pp.63-76. ISSN 2358-2898. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-1104201711206>.
Acesso em: 22 mar. 2021.
18. GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. 2ª edição.

m
Porto Alegre: Artmed, 2019.
19. JAMOULLE, Marc; ROLAND, Michel. Prévention quaternaire De Wonca world Hong Kong 1995 à Wonca world Prague 2013. Wonca world

co
Prague [Internet]. 2013. Poster. Disponível em: <http://www.ph3c.org/PH3C/docs/27/000284/0000440.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2021.
20. JAMOULLE, Marc. Quaternary prevention: prevention as you never heard before (definitions for the four prevention fields as quoted in
the WONCA international dictionary for general/family practice). Atualização: 12 Jul. 2000. Disponível em: <http://www.ulb.ac.be/esp/mfsp/
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21. LAFRAMBOISE, HL. Health policy: breaking the problem down into more manageable segments. Canadian Medical Association Journal.
1973 Feb;108(3):388-91 passim. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1941185/pdf/canmedaj01661-0123.pdf>.
Acesso em: 23 mar. 2021.

22. LEAVELL, Hugh Rodney; CLARK, Edwin Gurney. Medicina preventiva., São Paulo: McGraw-Hill do Brasil; 1976. Disponível em: <https://
eo
o

edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5540760/mod_resource/content/1/Leavell%20%20Clark-niveis%20preven%C3%A7%C3%A3o.pdf>.
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Acesso em: 8 mar. 2021.


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id
é

saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 512 p.: il. ISBN: 978-85-7967-078-7. Disponível em: <https://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2021.
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edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4924375/mod_resource/content/1/Epidemiologia%20-%20exercicios%20indisciplinados.pdf>. Acesso
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em: 27 mar. 2021.


25. MUNOZ SANCHEZ, Alba Idaly; BERTOLOZZI, Maria Rita. Pode o conceito de vulnerabilidade apoiar a construção do conhecimento em Saúde
Coletiva? Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 319-324, Apr. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1413-81232007000200007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 4 de jan. de 2021.
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26. NORMAN, Armando Henrique. Estratégias da medicina preventiva de Geoffrey Rose. Revista brasileira de medicina de família e comunidade.
V. 10 N. 34 (2015): janeiro-março. Disponível em: <https://doi.org/10.5712/rbmfc10(34)1092>. Acesso em: 27 mar. 2021.
27. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo
6: controle de enfermidades na população / Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério
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28. PUTTINI, Rodolfo Franco; PEREIRA JUNIOR, Alfredo; OLIVEIRA, Luiz Roberto de. Modelos explicativos em saúde coletiva: abordagem
biopsicossocial e auto-organização. Physis, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 753-767, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.

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php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000300004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 7 mar. 2021.


29. ROCHA, Patrícia Rodrigues da; DAVID, Helena Maria Scherlowski Leal. Determinação ou Determinantes? Uma discussão com base na Teoria
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30. RODRIGUES, Natália Oliveira; NERI, Anita Liberalesso. Vulnerabilidade social, individual e programática em idosos da comunidade: dados
do estudo FIBRA, Campinas, SP, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 8, p. 2129-2139, Aug. 2012. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000800023&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 4 de jan. de 2021.
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35. TEDESCO Solange, LIBERMAN Flávia. O que fazemos quando falamos em Vulnerabilidade? / “¿Qué hacemos cuando hablamos de
Vulnerabilidad?” / “What do we do when we talk about Vulnerability?” Mundo saúde (1995); 32(2): 254-260, abr.-jun. 2008. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/mundo_saude_artigos/fazemos_vulnerabilidade.pdf>. Acesso em: 4 de jan. de 2021.
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36. VERDI, Marta Inez Machado; DA ROS, Marco Aurélio; CULOTO, Luiz Roberto Agea; SOUZA, Thaís Titon de. Saúde e Sociedade - 2ª edição.
Eixo I - Reconhecimento da Realidade. Material de especialização multiprofissional da atenção Básica do UNA-SUS. Disponível em <https://
unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33307/mod_resource/content/1/Unidade%201/top1_1.html>. Acesso em: 19 mar. 2021.

37. VIANNA, Lucila Amaral Carneiro. Processo Saúde-Doença. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Módulo Político gestor. Disponível
eo
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em: <https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_6.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2021.


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CAPÍTULO

5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Parabéns! Chegamos ao final de mais um resumo. Merece uma dancinha comemorativa por mais um trabalho concluído! Espero
ansiosamente pelo seu contato avisando que acertou as questões sobre os assuntos explanados neste livro!
Não se esqueça de que sua aprovação também é a minha realização! Então, conte comigo para facilitar seus estudos e mande notícias
sobre sua evolução.
Você também poderá me acompanhar nas Redes Sociais através do Instagram @prof.fernandalima.
Um grande cheiro e até a próxima!

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