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P R O F . C A M I L O R A M O S
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AT E N ÇÃO P R I M Á R I A À

SAÚ D E N O B R AS I L
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MEDICINA PREVENTIVA Prof. Camilo Ramos | Atenção Primária à Saúde 2

APRESENTAÇÃO:

m
PROF. CAMILO

co
RAMOS
Estrategista, bem-vindo(a)! Sou o professor Camilo Ramos,
s.
especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem e Mestre
em Clínica das Doenças Tropicais. Seu sonho de ser especialista e
ter seu RQE (Registro de Qualificação de Especialista) ficará mais

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perto agora!
o

A Atenção Primária à Saúde (APS), ou Atenção Básica, é


ub

um dos principais temas da Medicina Preventiva e, isoladamente,


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costuma ser mais cobrada do que subespecialidades inteiras das


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clínicas médica e cirúrgica!


Nosso estudo será guiado principalmente pela Política
o

Nacional da Atenção Básica de 2017 (a grande referência dessa


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@camilo.f.ramos @estrategiamed

Estratégia MED /estrategiamed

@estrategiamed t.me/estrategiamed

Estratégia
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MEDICINA PREVENTIVA Prof. Camilo Ramos | Atenção Primária à Saúde 3

área) e pelos ensinamentos da Professora Barbara Starfield Já atuei na Atenção Primária à Saúde em grandes
(estudiosa em atenção primária, ela criou os atributos da APS). centros e também no interior da Amazônia, então quero unir essa

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Quero caminhar com você nas trilhas da Atenção Primária experiência com as normativas técnicas para oferecer a você uma
à Saúde até sua aprovação, então fique à vontade para adicionar visão completa da Atenção Básica, a principal porta de entrada

co
meu perfil nas redes sociais e tirar eventuais dúvidas. Para que das Redes de Atenção à Saúde.
você conheça mais minha trajetória, vou falar um pouco sobre ela.
Minha graduação foi na Universidade do Estado do
Sinta-se fortalecido(a) em seu estudo, pois eu conheço
Pará (2007-2012), minha Residência Médica em Radiologia e
s.
os temores, as ansiedades e o nervosismo da pré-Residência,
Diagnóstico por Imagem foi na Santa Casa do Pará (Belém-PA),
e irei oferecer a você, neste resumo, as ferramentas para um
realizei Residência Médica incompleta em Clínica Médica no
ótimo desempenho na instituição dos seus sonhos.
Hospital Regional da Asa Norte (Brasília-DF) e possuo mestrado
em Clínica das Doenças Tropicais na Universidade Federal do Pará

eo

(Belém-PA). Também fui aprovado em diversas outras seleções de


o

Sem me prolongar mais, vamos agora mergulhar na Atenção


ub

Residência Médica em vários estados, bem como em concursos


Primária à Saúde do Brasil!
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públicos (federal, estadual e municipal) para o cargo de médico.


Com os melhores votos de sucesso,
Atualmente, sou Perito Oficial em Saúde do Serviço Público
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Prof. Camilo Ramos.


Federal, no Instituto Federal do Pará e o principal: seu professor
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de Medicina Preventiva no ESTRATÉGIA MED.


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Estratégia
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MEDICINA PREVENTIVA Atenção Primária à Saúde no Brasil Estratégia
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SUMÁRIO

ENGENHARIA REVERSA 6
1.0 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – CONCEITOS 7
2.0 A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO BRASIL 10
2.1 PROGRAMA MAIS MÉDICOS 11

2.2 PROGRAMA MÉDICOS PELO BRASIL 12

3.0 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (2017) 13

m
3.1 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA (AB) 13

co
3.2 A ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) 15

3.3 FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA 15


s.
3.3.1 TIPOS DE EQUIPES NA UBS 16

3.3.2 HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO E POPULAÇÃO ADSCRITA 18

3.3.3 ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA 19



eo

3.4 O PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA 21


o

4.0 CONCEITOS RELACIONADOS À ATENÇÃO BÁSICA 23


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4.1 MATRICIAMENTO 23
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4.2 ACESSO AVANÇADO 23


o

4.3 ABORDAGENS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) 24


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5.0 LISTA DE QUESTÕES 25


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6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26


7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27


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ENGENHARIA REVERSA

Estrategista, a Engenharia Reversa é a técnica vitoriosa do Grupo Estratégia para ser o maior
aprovador em concursos no Brasil. Partimos das provas, realizando estatísticas do que mais cai (e como cai)
para oferecer um ensino totalmente direcionado para a prova, para fazer você acertar e ser aprovado no
concurso de Residência Médica.
Veja o histórico da frequência das questões de Preventiva nas provas recentes de Residência Médica:

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ENGENHARIA REVERSA DA A Atenção Primária à Saúde (APS) alcança cerca de 21%
MEDICINA PREVENTIVA das questões relacionadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e,
você sabe, é difícil haver uma prova que não traga questões sobre
o SUS (podendo representar o maior percentual, a depender da
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banca).

12%

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32%
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21%
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47%
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9%
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Outros tópicos da Epidemiologia Sistema Único de Saúde

Vigilância em Saúde Restante dos temas


APS Outros temas
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Assim, estamos diante de um tema prevalente, dentro de uma área já preponderante, como a APS.
A boa notícia é que este resumo trará os pontos fundamentais para ganhar os pontos quando surgirem essas questões
frequentes!

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CAPÍTULO

1.0 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – CONCEITOS


Não poderíamos iniciar nosso estudo de outra forma, a não ser nos perguntando: o que é Atenção Primária à Saúde? Antes de
apresentar a definição do Ministério da Saúde, vamos primeiro “enxergar a ideia”:

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Figura 1: A Atenção Primária à Saúde atua como um filtro da Rede de Atenção à Saúde: recebe as demandas, exercendo papel resolutivo para a maioria delas e
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referenciando as demais aos outros pontos da Rede.


A Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal porta de entrada no Sistema Único de Saúde, organizando o fluxo dos usuários na
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rede de saúde – ou resolve os casos, ou referencia a outro ponto da rede que for necessário. É esperado que a APS seja capaz de resolver pelo
menos 80 % das necessidades dos usuários, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Veja agora como o Ministério da Saúde conceitua a APS:

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“A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto
de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de
desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades.”

As provas de Residência Médica também utilizam bastante a referência da Professora Barbara Starfield, que destaca o conceito

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de APS como o primeiro contato do usuário com os cuidados de saúde, havendo uma responsabilidade longitudinal com o usuário,
independentemente de ele estar doente ou não, além da valorização de aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde na capacitação da

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equipe.

Barbara Starfield propôs uma lista de características fundamentais para o exercício da Atenção Primária
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à Saúde (APS), os chamados atributos da APS.
Inicialmente, foram descritos quatro atributos, que ficaram conhecidos como atributos essenciais:

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Acesso de Disponibilidade do serviço


id

primeiro contato a cada nova necessidade.


é
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Vínculo entre o serviço de


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Longitudinalidade saúde e o usuário ao


longo do tempo.
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Oferta de serviço que


Integralidade atendam todas as
necessidades.

A APS deve
Coordenação da
atenção responsabilizar-se pelo
usuário.
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Alguns autores chamam a “Coordenação da atenção” de “Coordenação do cuidado”, ou simplesmente


“Coordenação”. Não se surpreenda, todos representam o conceito demonstrado.

Starfield definiu, ainda, os chamados atributos derivados da APS. Vamos conhecê-los:

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Orientação Participação da família
familiar na construção do cuidado.

Orientação co Valorização da participação


s.
da comunidade na
comunitária prestação dos serviços.

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Capacidade da APS de
o

Competência
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absorver os aspectos culturais


cultural
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da população atendida.
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CAPÍTULO

2.0 A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO BRASIL

A partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei Orgânica das pessoas.


do SUS (Lei 8.080/1990), abre-se espaço para a oferta de serviços Seguindo a necessidade de priorizar ações primárias em
de saúde aos moldes da atenção primária em larga escala no Brasil, saúde, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF) foi criado
promovendo uma reorientação do modelo assistencial de saúde, buscando ter uma visão ampliada do processo saúde-doença
reduzindo o foco curativo do modelo biomédico e valorizando da população, fornecendo cuidados integrais e tendo na família,
a promoção da saúde, prevenção de doenças e a construção de em seu local de moradia, o foco da atenção, atuando em uma
cuidados de saúde no nível local, de acordo com as necessidades localidade específica e para uma determinada população.

m
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A Saúde da Família representa um modelo de cuidados que objetiva ser a porta de entrada dos serviços de

saúde, alcançando todos os brasileiros, cuidando dos indivíduos, famílias e coletividades com respeito a cada realidade

em seus diversos aspectos culturais, socioeconômicos e de qualquer outra natureza.


s.

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A Atenção Primária utiliza ferramentas de baixa densidade tecnológica, no entanto utiliza técnicas
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complexas de cuidados, já que é uma atenção altamente resolutiva. As provas gostam de abordar esse aspecto
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da APS.
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O PSF expandiu-se progressivamente, ainda mais após para o Brasil. Apesar da expansão, a cobertura da ESF no Brasil não
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a implementação do Projeto de Expansão e Consolidação da é homogênea, motivada por fatores como limitações pela extensão

Saúde da Família (PROESF), em 2003, e da mudança do Programa territorial, desigualdades regionais e particularidades de gestão em
Saúde da Família para Estratégia Saúde da Família, em 2006, cada região.
reconhecendo a saúde da família como modelo de atenção básica
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2.1 PROGRAMA MAIS MÉDICOS

Em 2013, foi lançado o “Programa Mais Médicos” (Lei a vinda de muitos profissionais de Cuba. A grande polêmica do
12.871/2013) com a finalidade de formar recursos humanos na área Projeto foi a dispensa da revalidação do diploma e da inscrição no
médica para o Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como primeiro Conselho Regional de Medicina. Os médicos participantes recebiam
objetivo diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias um aperfeiçoamento durante 3 anos a respeito da atenção básica
para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades regionais na saúde. oferecido por instituições públicas.
Assim, o “Projeto Mais Médicos para o Brasil” apresentou o Podiam participar do Mais Médicos:
mais conhecido aspecto da Lei: o intercâmbio de médicos com a • Médicos graduados no Brasil, ou revalidados;
finalidade de atuarem na atenção básica. • Médicos graduados no exterior, por meio de intercâmbio

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médico internacional.
Esse projeto recrutou médicos brasileiros e estrangeiros
Para participar do Mais Médicos, a Lei estabeleceu a seguinte
para atuarem na atenção básica, em um acordo entre o Brasil e

co
priorização:
a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o que ocasionou
s.
1) Médicos formados em instituições
de educação superior brasileiras ou com
diploma revalidado no País;

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2) Médicos brasileiros formados em


a

instituições estrangeiras com habilitação


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para exercício da Medicina no exterior;



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3) Médicos estrangeiros com habilitação


para exercício da Medicina no exterior.

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O médico intercambista poderia exercer a Medicina por 3 anos com a dispensa de revalidação do diploma, podendo ser renovado por
igual período. Ele recebia um número de registro único do Ministério da Saúde para atuação exclusiva no Mais Médicos.

O Projeto chegou a contar com mais de 15 mil médicos em todo o país, tendo como um de seus atrativos para os profissionais o bônus
de 10% em provas de Residência Médica.

2.2 PROGRAMA MÉDICOS PELO BRASIL

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Em agosto de 2019, foi criado o “Programa Médicos pelo ser inscrito no CRM.

co
Brasil”, após atritos políticos que motivaram a saída de grande parte 2. Tutor: pré-requisito - ser especialista em Medicina de
dos profissionais de Cuba do Programa Mais Médicos, que não foi Família e Comunidade ou em Clínica Médica.

imediatamente extinto, esperando-se uma gradual substituição Ao aderir ao Médicos pelo Brasil, o médico ingressa em um

pelo Médicos pelo Brasil. Seu objetivo foi “incrementar a prestação curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade
s.
de serviços médicos em locais de difícil provimento ou de alta (2 anos), período em que recebe uma bolsa e não possui vínculo

vulnerabilidade e de fomentar a formação de médicos especialistas empregatício. Ao final, pode ser contratado por meio das regras da

em medicina de família e comunidade, no âmbito da atenção Consolidação das Leis do Trabalho (carteira assinada).

primária à saúde no SUS”. Diferentemente do Mais Médicos, o A Lei 13.958 também tratou da situação dos profissionais

eo

Médicos pelo Brasil não prevê bônus nas provas de Residência cubanos que já estavam vinculados ao Mais Médicos, prevendo
o
ub

Médica. que: pode voltar ao Mais Médicos, mesmo sem a revalidação, o


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Para o novo Programa Médicos pelo Brasil, a lei prevê que intercambista que permaneceu no Brasil (naturalizado, residente

os profissionais contratados (por processo seletivo) atuarão como: ou refugiado) e estava atuando quando Cuba rompeu o contrato.
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1. Médico de Família e Comunidade: pré-requisito - apenas


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CAPÍTULO

3.0 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (2017)

Estrategista, agora chegou o momento de conversarmos sobre a famosa Política Nacional de Atenção Básica, a PNAB. Ela estabelece
diretrizes para a organização da Atenção Básica (ou Atenção Primária, são termos equivalentes), e encontra-se em sua terceira revisão – já
tivemos a PNAB 2006, a PNAB 2010 e agora a PNAB 2017 (falaremos sobre ela).
Assim, vamos tratar da PNAB 2017, falando sobre o que cai nas provas! Veja o conceito:

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A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que
envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de

co
danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado
integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em
território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.
Política Nacional de Atenção Básica, 2017
s.

3.1 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA (AB)


eo
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Estrategista, uma boa notícia: os nomes dos princípios da Atenção Básica são iguais aos princípios doutrinários do Sistema Único
de Saúde.
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Universalidade

Principios AB
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Integralidade

Equidade

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Em relação às diretrizes, são nove. Vamos conhecê-las:

Regionalização e hierarquização.

Participação da comunidade.

m
População adscrita.
Diretrizes da Atenção Básica

co
Territorialização e adstrição.
s.
Cuidado centrado na pessoa.

eo
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Resolutividade.
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Longitudinalidade.
a
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Coordernar o cuidado.
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Ordenar as redes.

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3.2 A ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS)

Em uma RAS, a Atenção Básica exerce a função de principal porta de entrada para o acesso aos serviços de saúde e,
ainda, coordena o cuidado dos usuários.

A PNAB caracteriza a Atenção Básica como o primeiro ponto de atenção e a principal porta de entrada do
sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado e
atendendo às necessidades de saúde das pessoas do seu território.

m
3.3 FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA
co
s.
Para o funcionamento, uma Unidade Básica de Saúde e de relações interpessoais, de modo que a recepção não deve
(UBS) não tem um padrão de construção homogêneo e pré- possuir grades – o que poderia intimidar os usuários ou dificultar a
determinado, ela deve ter sua infraestrutura adequada ao comunicação.

eo

quantitativo da população atendida e às suas especificidades. Há três tipos de unidades de saúde na Atenção Básica:
o
ub

Destaco a previsão de que haja um local destinado à atividade de Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade Básica de Saúde Fluvial
formação de estudantes e trabalhadores de nível médio e superior. e Unidade Odontológica Móvel.
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O ambiente da UBS deve ser visto como um lugar social, profissional


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3.3.1 TIPOS DE EQUIPES NA UBS

Equipe de Saúde da Família (eSF)

 Estratégia prioritária da Atenção Básica.


 Composição mínima: médico (preferencialmente, médico de Família e
Comunidade), enfermeiro (preferencialmente, especialista em saúde da família);
auxiliar e/ou técnico de enfermagem e Agente Comunitário de Saúde (ACS).
Adicionalmente, podem fazer parte da equipe o Agente de Combate às Endemias
(ACE) e os profissionais de saúde bucal: dentista e auxiliar ou técnico em saúde bucal.

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 É obrigatória a carga horária de 40 horas/semanais para todos.

co
 No máximo, 750 pessoas por ACS.
s.
Equipe de Atenção Primária (eAP)

 A gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Primária (eAP),


originalmente equipes de Atenção Básica (eAB) na PNAB 2017. Como o modelo

eo

prioritário é a eSF, as eAP podem transformar-se em eSF depois.


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 Composição mínima: médico (preferencialmente Médico de Família e


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Comunidade), enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde da Família) e


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auxiliar e/ou técnico de Enfermagem. Podem ser agregados outros profissionais,


é

como os da saúde bucal, ACE e ACS. Não há ACS como nas eSF.
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Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB)


 Equipe multiprofissional complementar à Atenção Básica integrada para dar


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suporte à eSF e à eAB.


 Profissionais que poderão compor o Nasf-AB: médico (acupunturista,
ginecologista, homeopata, pediatra, psiquiatra, do trabalho, geriatra, internista),
assistente social; profissional/professor de Educação Física; farmacêutico;
fisioterapeuta; fonoaudiólogo; nutricionista; psicólogo; terapeuta ocupacional;
médico veterinário, profissional com formação em Arte e Educação (arte-educador)
e profissional de saúde sanitarista.

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A respeito do Nasf-AB, ele faz parte da Atenção Primária à Saúde, e pode atuar de diversas formas, segundo a PNAB. Veja:

Atuação do Nasf-AB: “Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção conjunta
de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos
de vida, e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das
equipes dentre outros, no território.”

O Nasf-AB não é um local ou serviço independente, sua equipe é parte da UBS e não possui acesso de livre demanda, ela recebe

m
casos referenciados pelas demais equipes, a fim de atuar aumentando a resolutividade da Atenção Primária à Saúde.

co
Profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf-AB)

Médicos Outros profissionais


s.
• Assistente Social
• Professor de Educação Física
• Acupunturista

Farmacêutico
eo


• Geriatra
o

• Fisioterapeuta
Ginecologista-Obstetra
ub


• Fonoaudiólogo
Internista (Clínica Médica)
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• Nutricionista
• Homeopata
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• Psicólogo
é

• Pediatra
• Terapeuta Ocupacional
o

• Psiquiatra
Veterinário


• Médico do Trabalho
• Arte-educador
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Profissional de Saúde Sanitarista


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Tabela 1 – Profissionais que integram o Nasf-AB. Fonte: Política Nacional de Atenção Básica (2017).
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3.3.2 HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO E POPULAÇÃO ADSCRITA

As UBS devem funcionar com carga horária mínima de 40 horas semanais, no mínimo 5 dias por semana
e nos 12 meses do ano. Os horários em si não são obrigatoriamente padronizados, pois, a partir da participação
social, podem ser pactuados horários alternativos (por exemplo, em uma área geográfica que pela manhã esteja
inundada e sem acesso, o funcionamento poderá incluir as tardes do final de semana ou mesmo o período noturno).

Fonte: Shutterstock.

A respeito da capacidade de atendimento de uma UBS, a PNAB

m
estabelece entre 2.000-3.500 pessoas por equipe de Atenção Básica e de
Saúde da Família (é a “população adscrita” da equipe). No entanto, por

co
critérios locais – especialmente por vulnerabilidades, é permitido ao gestor
municipal estabelecer outro arranjo populacional.
Fonte: Shutterstock.
s.
Embora a PNAB (2017) fale desse quantitativo que vimos, com o lançamento do Programa Previne Brasil (2019), o novo modelo de
financiamento da Atenção Básica, o cálculo dos repasses do critério capacitação ponderada (valor repassado de acordo com a população
cadastrada na Atenção Básica) apresentou uma tabela onde a população coberta por uma equipe de Saúde da Família (eSF) varia de acordo

eo

com a localidade (urbana ou rural) e com a carga horária da equipe.


o

Veja esta tabela, porque isso já caiu em prova! ;)


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Quantitativo potencial Quantitativo potencial


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Quantitativo potencial
de pessoas cadastradas de pessoas cadastradas
o

Classificação do município pelo de pessoas cadastradas


por equipe de Atenção por equipe de Atenção


IBGE por equipe de Saúde
Primária modalidade I Primária modalidade II -
a

da Família
dv
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-20h 30 h

1 – Urbano 4.000 pessoas 2.000 pessoas 3.000 pessoas


me

2- Intermediário adjacente
2.750 pessoas 1.375 pessoas 2.063 pessoas
3 - Rural adjacente

4 - Intermediário remoto
2.000 pessoas 1.000 pessoas 1.500 pessoas
5 - Rural remoto
Tabela 2. População abrangida por uma equipe de Saúde da Família (eSF) de acordo com a localidade e a carga horária da equipe. Fonte: adaptado da Portaria MS/GM
2.979/2019.

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3.3.3 ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA

Estrategista, a PNAB descreve as atribuições comuns a todos os profissionais da Atenção Básica e também as específicas de cada
trabalhador. Vamos ver um resumo das atribuições mais destacadas de cada profissional.

Principais atribuições comuns a todos os profissionais da Atenção Básica

¾ Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe.


¾ Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de
informação da Atenção Básica vigente.

m
¾ Participar do acolhimento dos usuários.
¾ Contribuir para o processo de regulação do acesso a partir da Atenção Básica.

co
¾ Realizar a gestão das filas de espera.
Tabela 3. Atribuições comuns a todos os profissionais da Atenção Básica. Fonte: adaptado da Política Nacional de Atenção Básica (2017).
s.
Atribuições do Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem na Atenção Básica (AB)

¾ Participar das atividades de atenção à saúde realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão

eo

na UBS.
o

¾ Realizar procedimentos de enfermagem, como curativos, administração de medicamentos, vacinas, coleta de


ub

material para exames, lavagem, preparação e esterilização de materiais, entre outras atividades delegadas pelo
ro

enfermeiro, de acordo com sua área de atuação e regulamentação.


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é

Tabela 4. Atribuições do Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem na Atenção Básica. Fonte: adaptado da Política Nacional de Atenção Básica (2017).
o

a

Principais atribuições do Médico na Atenção Básica (AB)


dv
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¾ Realizar consultas clínicas e pequenos procedimentos cirúrgicos.


¾ Realizar estratificação de risco e elaborar, junto aos demais membros da equipe, plano de cuidados para as pessoas
no território que possuem condições crônicas.
me

¾ Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção.


¾ Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar.
Tabela 5. Atribuições do Médico na Atenção Básica. Fonte: adaptado da Política Nacional de Atenção Básica (2017).

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Principais atribuições do Gerente de Atenção Básica

¾ Conhecer e divulgar, junto aos demais profissionais, as diretrizes e normas.


¾ Participar e orientar sobre: processo de territorialização, diagnóstico situacional, planejamento e programação das
equipes, além de avaliar resultados e propor estratégias para metas.
¾ Mitigar a cultura em que as equipes (incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores) assumem
responsabilidades pela sua própria segurança, de seus colegas, pacientes e familiares, encorajando a identificação,
a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança.
¾ Assegurar a adequada alimentação de dados nos sistemas de informação.
¾ Identificar as necessidades de formação/qualificação dos profissionais.
¾ Tomar as providências cabíveis, no menor prazo possível, quanto a ocorrências que interfiram no funcionamento

m
da unidade.
Tabela 6. Atribuições do Gerente de Atenção Básica. Fonte: adaptado da Política Nacional de Atenção Básica (2017).

co
Atribuições do Agente Comunitário de Saúde na Atenção Básica (AB)
s.
¾ Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias.
¾ Utilizar instrumentos para a coleta de informações.
¾ Registrar os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde.

Informar aos usuários sobre as datas e os horários de consultas e exames agendados.


eo

¾
o

¾ Participar dos processos de regulação, a partir da Atenção Básica, para acompanhamento das necessidades dos
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usuários (agendamentos ou desistências de consultas e exames solicitados).


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Tabela 7. Atribuições do Agente Comunitário de Saúde. Fonte: adaptado da Política Nacional de Atenção Básica (2017).
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3.4 O PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA

Estrategista, este é o nosso último tópico sobre a PNAB e • Responsabilização sanitária


consiste em entendermos como ocorre a atuação da Atenção Básica As equipes de saúde devem assumir a responsabilidade
propriamente dita – desde a implantação do serviço de saúde até o por questões sanitárias, ambientais (qualidade da água, do ar),
acolhimento dos usuários. Vamos conhecer as principais etapas. epidemiológicas (notificações, surtos), culturais e socioeconômicas
em seu território de referência (adstrição).
• Definição do território e territorialização
Quando a gestão municipal decide implantar uma Unidade • Porta de entrada preferencial
Básica de Saúde (UBS) em um local, é fundamental, primeiramente, A responsabilidade assumida permite que a população

m
conhecer o território, já que não há como planejar sem conhecer. efetive a Atenção Básica como a porta de entrada da Rede de
Temos de considerar, então, que o território não é apenas o Atenção à Saúde. A UBS deve assumir atividades como: primeiro

co
espaço, mas as interações sociais, os aspectos socioeconômicos, atendimento, urgências e emergências, acolhimento, organização
epidemiológicos e outros que nele ocorrem. Quando o serviço de da oferta de ações e serviços (a depender das necessidades da
saúde em implantação conhece essa realidade (territorialização), população) e referenciar o usuário (quando necessário), sempre
fica então apto a oferecer serviços que atendam às verdadeiras mantendo o acompanhamento e a continuidade do cuidado.
s.
necessidades da população.

eo
o
ub

• Adscrição de usuários
ro

Muito além de um cadastramento, a adscrição desenvolve vínculo e


id
é

senso de responsabilização entre a equipe e a população do seu território de


o

atuação, facilitando a adesão aos cuidados.



a
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Figura 2. A adscrição dos usuários reflete a confiança e o vínculo


com a equipe. Fonte: Shutterstock.
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• Acesso
A UBS deve acolher todas as pessoas do seu território de • Acolhimento
referência, de modo universal. A PNAB enfatiza que o acesso não Está relacionado a receber as pessoas, escutá-las, reconhecer
é apenas a oferta de um serviço de saúde, mas uma estratégia que os problemas e vulnerabilidades, avaliar riscos. Quanto maiores os
permita sua utilização pela população (garantia do acesso), por riscos e as vulnerabilidades, menor deverá ser a quantidade de
exemplo, por meio de horários diferenciados de funcionamento e pessoas cobertas por equipe.
evitando fechar a unidade no horário de almoço ou nas férias.

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A PNAB prevê que o acolhimento tenha atenção especial para as doenças crônicas.

A equipe deve atender todas as pessoas que buscarem saúde, ciclos de vida, gênero e patologias, dificultando o acesso
o atendimento na UBS, sem fragmentar por faixa etária ou por dos usuários.
determinadas doenças (por exemplo, realizar um evento chamado

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“Dia da Hipertensão” não poderia restringir o acesso somente aos • Promoção da saúde como um princípio para o cuidado
hipertensos). O acolhimento deve obrigatoriamente contemplar A promoção da saúde considera a determinação social da

co
a demanda espontânea e a vulnerabilidade do usuário pode saúde para o planejamento das intervenções em equipe, “atacando”
determinar a priorização do atendimento. As ações programáticas os pontos de maior necessidade da população adscrita.
(aquelas direcionadas a determinadas vulnerabilidades ou riscos
conhecidos, como Saúde do Idoso e da Mulher) são importantes, • Outros fundamentos do processo de trabalho na Atenção
s.
Básica
mas não devem impedir a demanda espontânea ou o atendimento
օ Desenvolvimento de ações em Vigilância em Saúde e em
a urgências.
todos os níveis de prevenção.
A avaliação de riscos e vulnerabilidades pode ser desenvolvida
օ Realização de ações de atenção domiciliar destinadas
por meio da Classificação de Risco e da Estratificação de Risco.

eo

aos usuários que possuam problemas de saúde controlados/


o

compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de


ub

• Atenção integral locomoção até uma Unidade Básica de Saúde.


ro

As equipes de saúde devem buscar ofertar à população um օ Trabalho em equipe multiprofissional.


cuidado integral de qualidade, contínuo e organizado, promovendo օ Desenvolvimento de ações educativas.
id
é

a autonomia do usuário. O papel da equipe multidisciplinar é օ Desenvolvimento de ações intersetoriais.


o

օ Implementação de diretrizes de qualificação dos modelos


reforçado e é estimulado que sejam promovidas ações em outros


de atenção e gestão.
ambientes do território (praças, escolas, salões comunitários).
օ Participação do planejamento local de saúde.
a
dv
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օ Implantação de estratégias de segurança do paciente.


• Implementação das ações

օ Apoio às estratégias de fortalecimento da gestão local e do


Deve ocorrer priorização de ações de saúde seguindo critérios controle social.
como prevalência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Recomenda- օ Formação e educação permanente em saúde.
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se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de

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CAPÍTULO

4.0 CONCEITOS RELACIONADOS À ATENÇÃO BÁSICA

Guardei para você, neste último capítulo, alguns conceitos que têm sido cobrados em prova e que merecem destaque.

4.1 MATRICIAMENTO

O matriciamento, ou apoio matricial, consiste em um família ou uma comunidade, uma vez que reúne competências
trabalho conjunto entre equipes: uma equipe de referência da de diferentes equipes, contribuindo para a resolutividade. Pode

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Estratégia Saúde da Família (como as equipes de Atenção Básica ocorrer, por exemplo, por meio de discussão de casos entre
e de Saúde da Família) com outra equipe de apoio (especializada, as equipes, atendimentos compartilhados, visitas domiciliares

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como o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – conjuntas e ações coletivas no território. É uma relação horizontal
Nasf-AB ou o Centro de Atenção Psicossocial - CAPS). entre equipes, sem subordinação.
O matriciamento otimiza o cuidado a um indivíduo, uma
s.
4.2 ACESSO AVANÇADO

eo
o

Tradicionalmente, a organização da agenda de atendimentos acesso avançado. Essa forma moderna abre oportunidade para a
ub

(acesso) na Atenção Básica ocorre por meio de agendamentos de busca de atendimento por qualquer motivo e prevê que ele ocorra
ro

consultas. Todas as vagas da agenda médica são preenchidas por imediatamente ou em até 48 horas, o que reduz as faltas e as filas.
id
é

agendamentos prévios, estando quase sempre cheia (saturada) A organização do trabalho considera as necessidades da população
o

e isso prejudica o cuidado às demandas de urgência. Acrescento do território, possibilitando que a demanda espontânea tenha a

que o elevado tempo de espera facilita com que ocorram faltas dos mesma relevância que a programática (vagas “temáticas”, como
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pacientes. hiperdia).
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Para buscar garantir o acesso aos usuários, foi proposto o



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O acesso avançado tem um lema: “fazer o trabalho de hoje, hoje”.

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4.3 ABORDAGENS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)

Estrategista, já conversamos bastante sobre a APS,


sobre como ela se preocupa em ser a porta de entrada
do Sistema de Saúde, oferecendo cuidados integrais e
valorizando a promoção da saúde e a prevenção de doenças.

m
Bem, essa é a forma brasileira de fazer Atenção Primária, mas
ela pode ter outras características a respeito de como pautar

co
os cuidados, e bancas grandes têm trazido esse tema, então
venha conhecê-lo comigo.
São duas as principais formas de abordagem da APS:
s.
abrangente ou seletiva.
• A abordagem abrangente prevê que a APS se organize
de modo a praticar a integralidade, ou seja, para cuidar de
todas as necessidades do indivíduo. Esse modelo é o seguido

pelo nosso Sistema Único de Saúde (SUS).


eo

• A abordagem seletiva defende que a APS atue


o
ub

com base em programas de saúde específicos e focados,


ro

oferecendo uma cesta restrita de serviços. Geralmente,


são ações direcionadas a grupos populacionais pobres e
id
é

vulneráveis e sem possibilidade de acesso aos demais níveis


o

de atenção, ocasionando baixa resolutividade.


A abordagem abrangente favorece a longitudinalidade


a

e a resolutividade do cuidado, de modo que é dita mais custo-


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efetiva do que a abordagem seletiva.



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Figura 3. Um serviço de Atenção Primária de abordagem abrangente oferece acesso


a todas as necessidades de sua população, enquanto aquele de abordagem seletiva
limita as condições atendidas, causando descontentamento e baixa resolutividade
dos problemas da população.

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CAPÍTULO

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Barros JO, Gonçalves RMA, Kaltner RP, Lancman S. Estratégia do apoio matricial: a experiência de duas equipes do Núcleo de Apoio à Saúde
da Família (NASF) da cidade de São Paulo, Brasil. Ciência e Saúde Coletiva. 2015;20(9):2847-56.
2. Brasil. Portaria GM/MS 2.436/2017 (Política Nacional de Atenção Básica). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2017/prt2436_22_09_2017.html
3. Brasil. Portaria GM/MS 492/2020 (Brasil Conta Comigo – Alunos). Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-492-
de-23-de-marco-de-2020-249317442
4. Brasil. Portaria GM/MS 580/2020 (Brasil Conta Comigo – Residentes). Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-

m
580-de-27-de-marco-de-2020-250191376
5. Brasil. Portaria GM/MS 639/2020 (Brasil Conta Comigo – Profissionais). Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-

co
639-de-31-de-marco-de-2020-250847738
6. Coelho FLG, Savassi LCM. Aplicação de Escala de Risco Familiar como instrumento de priorização das Visitas Domiciliares. Revista Brasileira
de Medicina de Família e Comunidade. 2004;2:19-26.
7. Filgueiras AS, Silva ALA. Agente Comunitário de Saúde: um novo ator no cenário da saúde do Brasil. Revista de Saúde Coletiva. 2011;21(3):899-
s.
915.
8. Guia de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. 3ed. 2019.
9. Gusso G, Ceratti JML. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Ed. Artmed. 2018.

10.Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm


eo

11.Lei 13.958 (Programa Médicos pelo Brasil). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12871.htm


o
ub

12.Lei 12.871 (Programa Mais Médicos). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13958.htm#art34


ro

13.Ministério da Saúde. Sistema de Informação da Secretaria de Atenção Primária em Saúde. Painéis de Indicadores da APS. Disponível em:
id

https://sisaps.saude.gov.br/painelsaps/saude-familia
é

14.Neves RG et al. Tendência temporal da cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil, regiões e Unidades da Federação, 2006-
o

2016. Epidemiol. Serv. Saúde. 2018;27(3): e2017170.


15.Portela GZ. Atenção Primária à Saúde: um ensaio sobre conceitos aplicados aos estudos nacionais. Revista de Saúde Coletiva. 2017;27(2):255-
a
dv
pi

76.

16.Shi L, Starfield B, Xu J. Validating the Adult Primary Care Assessment Tool. Journal of Family Practice. 2001;50(2):161-164.
17.World Health Organization (Organização Mundial da Saúde). Primary health care: report of the International Conference on Primary Health
Care. WHO. 1978.
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CAPÍTULO

7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estrategista, este resumo trouxe para você os principais aspectos de um dos mais frequentes temas da Medicina Preventiva nas
provas: a Atenção Primária à Saúde. Espero que tenha desfrutado da leitura. Sei que aprender leis e normas nunca é simples para nós,
médicos, por isso utilizamos recursos visuais para facilitar a lembrança.
Nossos outros materiais de Preventiva do ESTRATÉGIA MED complementarão seu estudo e deixarão você pronto(a) para obter
excelentes resultados.
Um grande abraço, vejo você no Sistema de Questões do ESTRATÉGIA MED – treine sempre!
Prof. Camilo Ramos

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https://www.instagram.com/camilo.f.ramos/

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