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LEIOMIOMAS E SARCOMAS UTERINOS

LEIOMIOMAS
O leiomioma (tumor do miométrio) é o tumor uterino mais comum. Ocorre em cerca de 25% das mulheres com
mais de 30 anos de idade. É um tumor benigno, constituído por células musculares lisas e colágeno. As células
musculares lisas respondem ao estrógeno, por isso esse é um tumor que tende a crescer muito na gestação. No
entanto, após a menopausa, regride e calcifica. Muitas vezes são tumores assintomáticos, mas em alguns casos
podem causar hemorragia, dor pélvica, poliúria, sensação de peso e etc. Geralmente se localizam no corpo
uterino (muito raramente, em 5% dos casos, podem se localizar no colo uterino), como nódulos múltiplos, bem
delimitados, ou como um único nódulo.

Microscopicamente, as células dos leiomiomas são muito semelhantes às células do miométrio adjacente. Os
limites são compressivos, mas não existe uma cápsula verdadeira. As células se dispõem em aspecto de feixes
em diversas direções, que comprimem o miométrio adjacente.

LEIOMIOSSARCOMA

O correspondente maligno do leiomioma é o leiomiossarcoma. O leiomiossarcoma é um tumor raro que


correspondem apenas 1% das neoplasias malignas do útero. Acomete principalmente mulheres mais velhas, com
mais de 50 anos de idade. Diferente dos leiomiomas, a apresentação macroscópia dos leiomiossarcomas é de
um nódulo único, com limite impreciso. Há necrose e hemorragia, o que faz com que o tecido fique amolecido e
esbranquiçado, semelhante à carne de peixe. Na microscopia, caracteriza-se por muitas atipias celulares, nicrose
e um alto índice mitótico (10 FM/ 10 campos de grande aumento).
SARCOMA DO ESTROMA ENDOMETRIAL

O sarcoma do estroma endometrial é um tumor raro, que corresponde a menos de 1% dos tumores uterinos
malignos. Acomete principalmente mulheres entre 40 e 55 anos. Leva ao aumento do volume uterino, que pode
ser assintomático ou causar sangramento. Possui uma capacidade infiltrativa muito grande, o que explica o fato
de que, em 1/3 dos casos, o sarcoma é diagnosticado além do útero, em um estágio no qual a doença já se
encontra mais avançada. Macroscopicamente pode se apresentar como um pólipo na cavidade endometrial ou
como um nódulo de limites infiltrativos, cor amarelada e com invasão vascular. Microscopicamente, as células
do sarcoma lembram as células do estroma endometrial na fase proliferativa do ciclo menstrual, com atipias que
podem ser leves (baixo grau) ou acentuadas (alto grau). O sarcoma do estroma endometrial de baixo grau é o
mais frequente.

TUMOR MÜLLERIANO MISTO

Tumor Mülleriano Misto é o nome dado a um conjunto de tumores constituidos por células com capacidade de
se diferenciar tanto em epitélio como em tecidos mesenquimatosos. De acordo com a benignidade e malignada
desses dois componentes, podemos analisar os três tipos desses tumores:

▪ Adenofibroma: tanto o componente epitelial como o componente mesenquimatoso são benignos.


▪ Adenossarcoma: o componente epitelial é benigno, mas o componente mesenquimatoso é maligno. Está
mais relacionado com recidivas do que com metástases.
▪ Carcinossarcoma ou Tumor Mülleriano Misto Maligno (TMMM): tanto o componente epitelial como o
componente mesenquimatoso são malignos. Pode ser classificado, ainda, em homólogo (os componentes
são encontrados no tecido do útero) ou heterólogo (os componentes encontrados são de tecidos diferentes
do útero, como cartilagem, músculo esquelético, osso e etc).

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