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mortalidade
• Nódulos tireoidianos:
90 a 95% são benignos, mas reduz nos extremos de idade (muito jovens e idosos). É mais comum nas
mulheres. O diagnóstico é feito pela palpação da tireoide, e a palpação do nódulo depende do seu tamanho
(palpável acima de 1 a 1,5cm), a ultrassonografia consegue ver nódulos acima de 0,2cm
O diagnostico vem aumentando com o decorrer do tempo
Aspectos clínicos e risco de malignidade:
- Extremos de idade <20 e >70 anos [mais comum de ser encontrado]
- Sexo masculino [estatisticamente tem maior risco de malignidade quando comparado a mulher. 1:6 de
mulher para homem, portanto o risco para homem é pior]
- Exposição a radiação ou radioterapia na região cervical [mulher com câncer de mama que recebe
radioterapia]
- Histórico familiar (1º grau) de CA de tireoide
- Nódulos endurecidos com sintomas compressivos de rápido crescimento com pouca mobilidade ou/e
presença de paralisia de corda vocal ipsilateral ao nódulo suspeito
Nódulo na sua maioria apresenta função normal. Nódulos grandes >3cm tem maior risco de se tornar tóxico
(doença de Plummer [nódulo único] ou BMN tóxico [múltiplos nodulos]: produção autônoma de HT).
Sempre solicitar função tireoidianas na presença de nódulos. Antes de qualquer coisa SEMPRE avaliar a
função tireoidiano do paciente, porque se tireotoxicose precisa de uma cintilografia, se normal ou
hipotireoidismo segue avaliação do nódulo.
Quando pedir cintilografia? Nodulo +TSH baixo (T3 e T4 sobe e TSH desce)
Nódulos podem ser hipocaptantes (frio) ou hipercaptantes (doença de Plummer)
O exame de escolha para avaliação de nódulos é a US preferencialmente com doppler para analise de
circulação tireoidianas. Detecta vários tipos de nodulos e se há calcificação, formato, regularidade, padrão de
circulação de nódulos e avalia também outras estruturas (linfonodos)
Ultrassom avalia:
- Tamanho
- Regular ou irregular
- Calcificação ou não
- Nódulo sólido: hiperecoido, isoecoido ou hipoecoido OU liquido (cisto): nodulo anecoico. O nodulo mais
preocupante é o nódulo hipoecoico
- Classificação de Chammas/US com doppler: circulação quanto mais centralizada, mais malignidade
I: não tem circulação
II: circulação na periferia do nodulo
III: circulação periferica e pouco central
IV: circulação central maior que periférica
V: circulação central apenas
Punção: PAAF - punção aspirativa com agulha fina: US + agulha -> lâmina
Classificação de Bethsda
I - insatisfatório
II - benigno
III - atipia folicular
IV - tu folicular ou suspeita
V e VI - cirurgia imediata; malignidade
Conduta x Bethsda
Bethsda II: lesão benigna, acompanhamento com US novo a cada 6 a 24 meses para avaliar crescimento, se
crescimento ou mudança (30 a 50%) nova PAAF
Lesões benignas: granulomas, tireoidite
Bethsda I, III e IV: opções de acordo com características clinicas e US. Novo PAAF a cada 3 a 6 meses.
Nodulectomia ou tireoidectomia. Se III e IV: painel genético [precisa de nova PAAF e alto custo de
aproximadamente 5 mil reais]
Bethsda V e VI: extensão de cirurgia depende do achado. Há baixa possibilidade de falso positivo com alto
risco de malignidade. O diagnostico SEMPRE confirmar com anatomopatológico
Sistema TNM:
T: lesão primaria -> na tireoide T1A (ate 1cm), T3 qualquer tamanho que saia da tireoide, T4A: encosta no
vaso, T4B: invade vaso sanguíneo
N: relação com linfonodos. N0: sem linfonodos,; N1: linfonodos acometidos
M: metastase à distancia
Quanto maior o número, maior o estadio do ca de tireoide e maior gravidade. O fator idade de 55 anos é um
pior prognóstico no TNM
Tipos celulares
Células foliculares: delimitam o liquido coloide. Responsavas ao TSH, captam iodo e formam iodo para
formação de T3 e T4. Secretam tireoglobulina
Células parafoliculares: derivadas da crista neural. Não capta iodo, secreta calcitonina.
Ca folicular
Segundo tipo mais comum. Atinge idade mais avançada. Tumor encapsulado. Prognostico pouco mais
desfavorável do que o ca papilífero. Disseminação a distancia é mais comum (pulmao, osso, SNC e fígado)
Ca anaplástico
5% e é um ca desdiferenciado das celulas foliculares que antes captavam iodo. A célula passa a ser mais
agressiva/invasiva. Desdiferenciação de um ca papilífero/folicular não diagnosticado. Lesão agressiva com
importante invasão local + metástase a distância. Taxa de mortalidade alta
Ca medular
Carcinoma de celulas paraneoplásica com produção de calcitonina e CEA (marcador tumoral). Tumor
agressivo com invasão linfocitica e a distância. Está relacionado com mutação genética do gene RET que
pode ser esporádica (80%) pode ou não ter relação familiar. Pode estar associado com outros tumores
neuroendócrinos.
Forma esporádica é mais tardia.
As formas familiares acontecem de forma precoce:
NEM1: raro
NEM2A: neuropatia endócrina múltipla: ca medular de tireoide com 100% de penetrância, feocromocitoma e
hiperparatireoidismo primário
NEM2B: menos frequente e apresenta ca de tireoide, feocromocitoma, hábitos marfanoides e
ganglioneoromas em toda mucosa gástrica (da boca até ânus)
A mutação no gene RET depende de seu grau para conduta. Ex: algumas mutações pedem tireoidectomia de
profilaxia
Tratamento do CA tireoide de forma geral é indicado tireoidectomia, porque o risco de lesão em lobo
contrario é de 33% ou 1/3 dos pacientes. Em casos de carcinomas com potencial mais invasivo (ca
anaplástico ou medular): tireoidectomia e esvaziamento ganglionar
Anatomopatológico: informação do tamanho do tumor (T) e extensão para linfonodos (N) e confirmam
classificação de Bethsda da PAAF
Complicação:
Hipoparatireoidismo pós cirúrgico (lesão indireta ou retirada da glândula) pode ser transitória (6 a 12 meses)
ou permanente
Nervo laringorecorrente se lesionado pode deixar paciente com rouquidão/afonia
Dor, infecção e sangramento
Radioiodo: I131 é utilizado para limpeza do leito cervical e nos tumores que captam iodo (papilífero e
parafolicular) é utilizado I131 em doses de 100 a 150mCi para diagnóstico de metástase local ou à distancia
e utilizado para fins terapêuticos.
A partir do momento que o I131 entra na celula folicular inicia um processo de tireoidite actínia
Depois da cirurgia não entra com a reposição de levotireoxina (hipotireoidismo) para que o TSH fique
aproximadamente em 30 (TSH alto) para que aconteça uma boa captação de iodo pelas celulas foliculares
Radio/quimio terapia não é utilizado no ca de tireoide!
Mulheres em idade fértil antes de receber iodo deve dosar BHCG e recomendado engravidar após 6 a 12
meses. Homens após 3 meses
Doses muito altas de iodo (100-150mCi) paciente deve ficar isolado/internado
O radioiodo pode acumular em glândulas salivares levado a xerostomia, xeroftalmia, sialadenite
Após iodo: PCI (pesquisa de corpo inteiro): avaliação de N e M (presença de manifestação no pulmão)->
diagnostico e terapêutico
Reposição hormonal: suprir ausência da glândula, serve para todo tipo de câncer. Usa-se doses ligeiramente
suprafisiológicas nos primeiros anos para que o TSH fique mais suprimido. TSH mais baixo diminui risco de
crescimento de algum tipo remanescente celular (normal ou cancerigena). 3 a 5 anos são risco de recorrência
tumoral.
Marcadores tumorais:
Tireoglobulina: produzida pelas celulas foliculares
Após cirurgia, iodo terapia, níveis de TSH baixo é esperado que a tireoglobulina esteja ausente
Se tireoglobulina começa a subir, restante de célula folicular -> recidiva tumoral
Anticorpo anti tireoglobulina: se positivo necessario de outros exames, negativo é o esperado
Calcitonina: celulas parafoliculares - ca medular
Presença de calcitonina -> recidiva tumoral
Seguimento: função tireoidiana, marcadores tumorais, US cervical (recorrencia), exame de sangue (tsh, t4
livre, tg e ac anti-tg)
Se metastase:
- linfonodo: radioiodo ou ressecção cirúrgica
- A distancia:
Pulmão
Osso: radioiodo cirurgia
Fígado: cirurgia ou radioiodo
SNC: cirurgia