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HARDTOPICS nódulo e câncer de pulmão

O QUE CAI?
Síndromes associadas às neoplasias pulmonares, avaliação do nódulo.

CÂNCER DE PULMÃO

tabagismo. Principal fator de risco, presente em mais de 90% dos casos.


tipos histológicos. Atenção às peculiaridades do adenocarcinoma, carcinoma de células pequenas,
carcinoma de células grandes.
adenocarcinoma. É o mais comum; costuma ser periférico e é o que apresenta menor relação
com história de tabagismo. Atenção. Existe um subtipo especial de adenocarcinoma que possui
crescimento muito lento, com evolução de 6-8 anos – carcinoma in situ (antigo bronquíolo-
alveolar); o interessante é que o paciente pode apresentar broncorreia e o aspecto na imagem é de
consolidação (similar a pneumonia).
carcinoma epidermoide. Segundo mais comum; geralmente é central e tem maior tendência a
cavitação..
carcinoma de células pequenas. É o mais agressivo e o mais associado ao tabagismo;
geralmente é central e se associa frequentemente a síndromes paraneoplásicas. carcinoma de
células grande. É diagnóstico histológico de exclusão; costuma ser periférico.
manifestações clínicas. Os sintomas são tardios e variáveis, e o que chama atenção habitualmente é a
presença de uma massa em exame de imagem. No entanto, é comum as provas abordarem manifestações
clássicas.
síndrome de Claude-Bernard-Horner. Ou síndrome de Horner...Compressão do simpático
cervical por tumor localizado no lobo superior, especificamente no sulco superior (impressão da
primeira costela no pulmão), conhecido como tumor de pancoast. O quadro é de ptose palpebral,
enoftalmia, miose e anidrose do mesmo lado da lesão.
sindrome de Pancoast. Pode ser causada também pelo tumor de pancoast, e denota
compressão do plexo braquial, com dor no ombro, fraqueza muscular e parestesias; às vezes
ocorre concomitante à síndrome de horner.
síndrome de veia cava superior. Compressão da veia cava por tumor de pulmão (ou linfoma
não-hodgkin – outras causas são menos comuns), com edema de face e tronco, pletora facial,
turgência jugular, circulação colateral no tórax, dispneia, tosse...Na abordagem é importante
definir a histologia da lesão! Nos casos de estridor/insuficiência respiratória, radioterapia de
urgência ou procedimentos endovasculares podem ser necessários.
síndromes paraneoplásicas. Várias, como hipercalcemia (mais comum com o epidermoide),
miastenia, cushing...A maioria se relaciona ao tumor de células pequenas.
estadiamento e tratamento. Não costuma ser explorado nas provas. Rastreamento. Recomendado para
pacientes com idade de 55-75 anos e carga tabágica maior ou igual a 30 maços/ano (atual ou prévia até
15 anos atrás); é feita com tomografia de tórax com baixa dose de radiação anualmente.

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HARDTOPICS nódulo e câncer de pulmão

O QUE CAI?
NÓDULO DE PULMÃO

definição. Lesão pulmonar com menos de 3cm, completamente cercada por parênquima, excluindo-se
linfonodo intrapulmonar, atelectasia e pneumonia pós obstrutiva.
maligno vs benigno. Diversos parâmetros podem auxiliar no diferencial, mas nenhum deles é definitivo;
na prática a conduta sempre será individualizada.
tamanho. Lesões menores que 6mm têm risco muito baixo; as maiores que 2 cm risco mais
elevado.
duplicação. As neoplasias malignas duplicam num tempo intermediário, de 30 dias a 1,5 ano;
duplicação mais rápida ou mais lenta sugere lesão benigna.
margens. Margens espiculadas representam o fator isolado com maior risco de malignidade
calcificação. Padrão central e homogêneo denota lesão benigna; calcificação em pipoca sugere
hamartoma, o tumor benigno mais comum do pulmão; calcificação excêntrica sugere
malignidade.
localização. Localização em lobo superior traz mais risco de lesão maligna.
tabagismo. Principal fator de risco para câncer...Fácil entender sua importância. Idade. Quanto
maior, maior o risco de neoplasia maligna.
abordagem. É muito variável, com diversos protolocos sugeridos; na prova, o examinador tem de
ser muito claro ao demonstrar fatores que sugiram fortemente lesão maligna ou não; a conduta
precisará ser definida entre alta, seguimento com tomografia ou abordagem invasiva.
exame prévio. Informação muito relevante – se houver exame anterior de mais de 1,5 ano com
imagem idêntica, provavelmente a lesão é benigna.
protocolo da Sociedade Fleischner. Recomenda dividir os pacientes com nódulos sólidos em risco
baixo ou alto (idade avançada, espicular, tabagismo, lobo superior), e definir a conduta conforme o
tamanho.
<6mm. Risco muito baixo; considerar seguimento apenas nos pacientes com risco elevado –
avaliar individualmente.
6-8mm. Seguimento com tomografia seriada a cada 6-12 meses, por 2 anos no risco alto
(considerar cessar com 1 ano no risco baixo).
>8mm. Considerar seguimento por tomografia já em 3 meses, PET/CT ou biópsia – a definição é
individualizada.

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