Você está na página 1de 32

1

CÂNCER
DE
PULMÃO
Elaine de Souza Lomba
Kailane Lorrany Esteves Lessa
INTRODUÇÃO

O câncer de pulmão é um dos tipos mais comuns de câncer no


mundo, afetando milhões de pessoas a cada ano. É uma doença grave
que pode ser fatal se não for tratada adequadamente.

2
OBJETIVO E JUSTIFICATIVA
O objetivo deste trabalho é fornecer informações precisas e
atualizadas sobre o câncer de pulmão, ajudando as pessoas a
entender melhor essa doença e suas implicações.

A justificativa para este trabalho é a importância de conscientizar a


população sobre os riscos do câncer de pulmão e a necessidade de
prevenção e detecção precoce da doença.

3
Para realizar este trabalho, foram
METODOL realizadas pesquisas em artigos
OGIA científicos e sites especializados
em saúde.

4
O QUE É?
Câncer de pulmão é um grupo de doenças que abrange diversas
neoplasias pulmonares, podendo ter diferentes manifestações,
tratamentos e prognósticos. É o tipo de neoplasia mais prevalente em
homens e é o câncer que mais mata no mundo todo, sendo
responsável por quase 20% dos óbitos por câncer.

Os dados no Brasil também são expressivos e, segundo o INCA, em


2014 a estimativa foi de mais de 16.000 casos novos.

5
FATORES DE RISCO
O principal fator de risco para o desenvolvimento de
câncer de pulmão, certamente, é o hábito tabágico,
responsável por mais de 80% de todos os casos de
manifestação da doença. Além disso, outros fatores de
risco que estão frequentemente associados são:

 Fibroses pulmonares;
 Variações na concentração de vitamina A;
 Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
 Inalação de substâncias como asbestos e metais, o que ocorre em
trabalhadores que atuam na mineração, por exemplo; 6
 Exposição a substâncias como radônio, benzopireno, urânio e sílica;
 Ativação do oncogene ras;
 Infecções pulmonares de repetição;
 Ingestão reduzida de vegetais e frutas;
 Irradiação prévia do tórax;
 Concentração de radicais livres;
 Fumo passivo, quando um não fumante inala a fumaça do cigarro de
terceiros; e
 Fatores genéticos, já que a hereditariedade é descrita como importante fator
de risco, sendo uma doença que apresenta recorrência familiar.

7
TIPOS DE CÂNCER
DE PULMÃO
Existem variadas manifestações
clínicas e fisiopatológicas desse
câncer, a Organização Mundial da
Saúde propôs, em 1998, uma
classificação resumida das
neoplasias de pulmão. Os principais
tipos são:

8
CARCINOMA EPIDERMÓIDE
Também chamado de carcinoma
de células escamosas é o tipo
mais fortemente associado ao
tabagismo. Sua localização é,
preferencialmente, central já que
em 75% dos casos há
acometimento dos brônquios
hilares. É um tipo mais comum
no sexo masculino.
9
Apresenta bom prognóstico, com crescimento lento, disseminação por via
hematogênica bastante tardia e metástase possível para a cadeia linfonodal
regional. Normalmente, se apresenta como carcinoma in situ sendo
considerado pouco invasivo. Em alguns casos pode haver obstrução da luz
por conta do espessamento da mucosa.

10
ADENOCARCINOMA

Sua manifestação é vista mais frequentemente em mulheres e a relação


causal com o fumo é menos relevante, já que é o tipo de câncer de pulmão
mais comum em pacientes não fumantes. O aparecimento dos
adenocarcinomas costuma ser de padrão periférico, inclusive com
possibilidade de retração pleural e está associado com cicatrizes prévias no
pulmão. Sua origem se dá a partir de pneumócitos do tipo II ou a partir de
células de Clara. 11
Na histopatologia ele apresenta padrão maligno e pode ser subdividido nas
seguintes classificações:

 Acinar, que cursa com proliferação glandular;

 Lepídico, que apresenta o melhor prognóstico e, normalmente manifesta-se


como carcinoma in situ. Quando a invasão não supera os 5mm, é considerado
minimamente invasivo;

 Papilífero, que apresenta papilas com eixos conjuntivos;

 Sólido, com prognóstico bastante reservado.


12
CARCINOMA DE
GRANDES
CÉLULAS
É a apresentação de câncer de pulmão
mais rara, com aproximadamente 1,3%
dos casos apenas. Seu diagnóstico é
feito por exclusão, já que a
histoarquitetura não é semelhante a de
nenhum outro tipo e não possui
marcadores específicos para sua
visualização. É altamente agressivo e,
normalmente, apresenta evolução
rápida para desfecho desfavorável.

13
CARCINOMA DE
PEQUENAS CÉLULAS
Sua apresentação se dá predominantemente em
homens, fumantes e com localização central. Faz
parte dos tumores neuro-endócrinos e apresenta
prognóstico muito reservado sendo, portanto, uma
neoplasia bastante agressiva. Pode apresentar
metástases hematogênicas principalmente para
cérebro, adrenal e medula óssea. Também pode ser
chamado de carcinoma indiferenciado de pequenas
células ou carcinoma em ‘grãos de aveia’ já que, na
microscopia, as células estão pouco coesas. A
oclusão da luz do brônquio é comum, causando
comprometimento parenqui-matoso.

14
Por conta de ser uma neoplasia
neuroendócrina, é capaz de produzir
e secretar diversos hormônios, o que
pode desencadear manifestações
paraneoplásicas.

Vale ressaltar que há uma classificação que


divide os cânceres de pulmão entre pequenas
células e não pequenas células, categoria
esta que abriga adenocarcinoma, carcinoma
de grandes células e carcinoma epidermóide.
15
SINTOMAS
A apresentação clínica das neoplasias de pulmão é variada e pouco
específica, quase 20% dos doentes são assintomáticos e o restante
normalmente só mostra sinais quando o câncer já se encontra em
estágios avançados. Os principais sintomas são:

 Tosse, presente em 75% dos pacientes;


 Hemoptise, presente em 30% dos pacientes. É o sinal clínico que mais
frequentemente leva o paciente a procurar ajuda médica;
 Perda de peso, com manifestação tardia;
16
 Dor torácica;
 Queixa de cansaço ou fraqueza;
 Bronquite;
 Astenia;
 Pneumonia recorrente;
 Síndrome da veia cava superior;
 Dispneia; e
 Perda de apetite.

17
As metástases também podem
apresentar sintomas como dor ou
manifestações paraneoplásicas, no
caso de carcinoma de pequenas
células, cursando com osteoartrite,
baqueteamento digital e
hipercalcemia.

O tumor de Pancost localiza-se no


ápice do pulmão e possui sintomas
bastante característicos que podem ser
de origem neurológica como miose,
anidrose, ptose, síndrome de Horner,
fraqueza ou dor nos membros
superiores e rouquidão.
18
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do câncer de pulmão deve ser feito o mais precocemente possível


e pode ser realizado, principalmente, por exames de imagem. O raio-x de tórax é
o primeiro exame indicado e apresenta boa sensibilidade para tumores maiores
do que 2 cm. A tomografia computadorizada é o exame padrão-ouro e deve ser
indicada principalmente para pacientes que apresentam maior risco de
manifestação da neoplasia e para avaliar a evolução do doente.
19
Diante do diagnóstico de câncer de pulmão, o
próximo passo é avaliar e classificar o
estadiamento, o que irá determinar a abordagem
terapêutica do paciente. Para isso, a Sociedade
Fleischner recomenda que biópsias e o exame de
PET-CT sejam realizados apenas para tumores
maiores do que 1 cm. Outros exames podem ser
utilizados para a visualização de possíveis
metástases, como o caso da cintilografia óssea.
Além disso, a mediastinoscopia, a ecobroncoscopia,
a broncoscopia e a ressonância magnética, podem
ajudar.

20
O estadiamento do câncer de
pulmão é feito, normalmente, pela
classificação TNM que pode variar
de l, com melhor prognóstico, até
lV, quando o quadro apresenta
prognóstico reservado e já é
possível visualizar foco de
metástase.

21
SCREENING DO CÂNCER DE
PULMÃO
A US Preventive Services Task Force, ou USPSTF, atualizou em 2021 a
recomendação para a realização do screening do câncer de pulmão. A
tomografia computadorizada de baixa dose segue sendo o principal
exame indicado e os pacientes que devem ser submetidos à procura são
os adultos entre 50 e 80 anos, com histórico de tabagismo 20 maços/ano.
Mesmo pacientes que pararam de fumar nos últimos 15 anos, também
devem passar pelo screening.

22
Assim, o rastreamento deve ser
interrompido em pacientes que
já pararam de fumar há mais de
15 anos e em pacientes que
desenvolveram quadros com
redução significativa da
expectativa de vida ou que não
possam ser submetidos à
possível cirurgia pulmonar de
caráter curativo.
23
TRATAMENTOS

O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer de pulmão e seu


estadiamento. Para a neoplasia pulmonar de pequenas células, com
prognóstico muito reservado, o mais indicado é tratamento com
quimioterapia e radioterapia, muitas vezes, a abordagem passa a ter
caráter paliativo, o que deve ser explicado e conversado com o
doente. Quando está presente a doença extensa, a sobrevida é
estimada em menos de 1 ano.

24
Para os cânceres de pulmão não pequenas células, o tratamento varia
conforme o estadiamento:

 Estádio I: quando o tumor recebe


classificação N0 por não haver
comprometimento linfonodal, a opção
de tratamento mais indicada é a
cirurgia. Vale ressaltar que é um
procedimento bastante invasivo e deve
ser estudado com cuidado no pré-
operatório, levando em conta outras
características do paciente;

25
 Estádio II: com classificação N1, há
comprometimento linfonodal dentro
da pleura. O tratamento é variável,
mas a cirurgia, quando possível, é a
intervenção mais recomendada. Para
alguns pacientes, a associação de
quimioterapia com radioterapia no
pós-operatório pode ser indicada;

26
 Estádio IIIa: com classificação N2 e comprometimento linfonodal do
mediastino ipsilateral. A abordagem mais indicada é cirurgia junto a
quimioterapia e radioterapia;

 Estádio IIIb ou IV: quando há comprometimento linfonodal no


mediastino contralateral, N3, ou metástase, M1. A cirurgia deixa de ser a
principal indicação de tratamento, quando a abordagem é,
preferencialmente, feita com quimioterapia e radioterapia. Para alguns
casos, o tratamento neoadjuvante pode ser realizado.

27
PREVENÇÃO
A prevenção do câncer de pulmão é relevante, principalmente por
sua alta prevalência e morbimortalidade. Sem dúvida, a medida
profilática mais importante é parar de fumar. Além disso, a
diminuição da exposição a fatores de risco ajuda na prevenção da
doença. Vale ressaltar que, nesse contexto, o tabagismo passivo
também deve ser evitado, já que ele vem sendo cada vez mais
associado a manifestação do câncer de pulmão, assim como a
poluição atmosférica.

28
CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
Os cuidados de enfermagem para
pacientes com câncer de pulmão
incluem monitoramento regular dos
sinais vitais e da função respiratória,
fornecimento de suporte emocional e
psicossocial, educação sobre os efeitos
colaterais do tratamento e medidas para
promover a melhora da qualidade de
vida.
29
Além disso, os enfermeiros desempenham um papel fundamental no
manejo da dor, administração adequada de medicamentos, prevenção
e tratamento de complicações respiratórias, apoio na adesão ao
tratamento e encaminhamento para serviços de suporte, como
fisioterapia e assistência psicológica. Os cuidados de enfermagem
visam otimizar o conforto do paciente, fornecer informações e apoio,
bem como melhorar os resultados do tratamento e a adaptação à
doença.

30
CONCLUSÃO
O câncer de pulmão é uma doença grave que pode ser causada por
diversos fatores, como o tabagismo e a exposição a substâncias
químicas. O tratamento deve ser realizado de forma individualizada,
levando em conta as características do paciente e da doença.
A equipe de enfermagem deve estar preparada para identificar os
sintomas apresentados pelo paciente e agir rapidamente para aliviar o
desconforto.

31
REFERÊNCIAS

 https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/doencas/cancer-de-
pulmao/#Como-diagnosticar-o-cancer-de-pulmao
 https://www.pfizer.com.br/sua-saude/oncologia/cancer-de-pulmao
 https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/NnmgVRdvjbjhR4MysDgWfSD/?
format=pdf&lang=pt

32

Você também pode gostar