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da capacidade do paciente para realizar • Os derrames pleurais podem ser avaliados por
atividades da vida diária) devem ser meio de percussão dos campos pulmonares,
particularmente abordados. A maioria dos demonstrando uma macicez característica.
pacientes desenvolve metástase à distância
• Edema facial e dos membros superiores, veias
durante a evolução de suas doenças. Os sítios
jugulares distendidas e vasos colaterais dilatados
mais comuns de metástase à distância são:
no tórax ou na parede abdominal podem indicar
▪ Pulmões; compressão da veia cava superior.
▪ Fígado;
→ Exames Complementares:
▪ Cérebro
▪ Ossos e, • Radiografia torácica posteroanterior (PA): é
▪ Glândulas adrenais. uma etapa inicial simples e de baixo custo para
avaliar tosse, dor torácica e/ou hemoptise. Em
• Os sintomas dependem dos sítios e da extensão
alguns centros, uma radiografia torácica lateral
do comprometimento. Podem ocorrer dor ou
também pode ser realizada.
fraturas como consequência da metástase
óssea. • TC torácica com contraste: realizada quando
há anormalidades na radiografia. Deve ser feita
• O câncer pulmonar é a causa mais comum de
em pacientes fumantes, que apresentem
metástase cerebral. Sintomas comuns incluem
sintomas preocupantes e uma radiografia
confusão mental, alteração de personalidade,
torácica normal. Realizada em pacientes com
convulsões, fraqueza, déficits neurológicos
hemoptise persistente.
focais, náuseas e vômitos, e cefaleia.
• TC com contraste da região cervical inferior,
→ Exame Físico: A aparência geral do paciente
tórax e do abdome superior é padrão e ajuda a
é importante. Ele pode estar debilitado e com
definir o tumor primário e avaliar a disseminação
dispneia e apresentar evidências de recente
regional.
perda de peso. O pescoço e a fossa
supraclavicular devem ser cuidadosamente → Confirmação patológica: é de grande
examinados à procura de linfadenopatia (a importância antes de se iniciar o tratamento,
ultrassonografia da região cervical pode ser embora em alguns casos isso só seja
usada se estiver disponível). Baqueteamento definitivamente estabelecido quando a lesão é
digital e osteoartropatia hipertrófica podem estar removida cirurgicamente. A escolha do exame a
presentes. Embora o exame pulmonar esteja ser utilizado para obtenção de amostra de
frequentemente normal em pacientes com tecido depende do local da lesão. O objetivo
câncer pulmonar inicial, muitos apresentam um deve ser obter um diagnóstico adequado e
ou mais achados durante a auscultação. Os informações de estadiamento para orientar o
seguintes sintomas são comuns: tratamento com o mínimo de dano e sofrimento
ao paciente.
▪ Sibilância decorrente de doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou ❖ O método mais simples é a citologia do
obstrução brônquica subjacente; escarro, possui alta especificidade, porém
▪ Estertores devido a pneumonia pós- baixa sensibilidade e alto custo. Possui
obstrutiva ou atelectasia; maior probabilidade de confirmar o
▪ Murmúrios vesiculares reduzidos em diagnóstico em lesões centrais do que em
decorrência de obstrução brônquica, lesões periféricas.
derrame pleural e/ou DPOC. ❖ Procedimentos mais invasivos incluem USG
endobrônquica, USG endoscópica e
biópsia por aspiração transtorácica com
agulha.
Geovana Baier
≠ Estadiamento: ≠ Tratamento:
→ CPCNP em estágio IIIA – adequado para caracterizada por dispneia, tosse seca e febre,
tratamento não cirúrgico com objetivo de cura: a ocorrendo de 1 a 6 meses após a conclusão do
radioterapia por feixe externo deve ser tratamento.
administrada em conjunto com a quimioterapia
→ CPCNP em estágio IIIB e IIIC: a maioria dos
combinada à base de platina em uma dose
pacientes nunca será candidata a ressecção
radical, onde a aptidão do paciente e o volume
cirúrgica ou quimioterapia combinada, e seu
e distribuição do tumor permitirem. Em pacientes
tratamento é basicamente o mesmo que o
que não estão sendo considerados para
estágio IV. Para pacientes em boa forma física e
consolidação cirúrgica, a quimiorradioterapia
com lesões ressecáveis e nenhum linfonodo
concomitante é ligeiramente mais eficaz do que
contralateral, a quimioterapia pré-operatória
a quimiorradioterapia sequencial, embora a
deve ser seguida por cirurgia, de preferência
administração de radiação e quimioterapia
realizada por um cirurgião torácico oncológico.
juntas (concomitantemente) também seja mais
Em pacientes com reserva pulmonar suficiente,
tóxica do que administrá-las sequencialmente.
prefere-se lobectomia ou pneumonectomia.
Os efeitos colaterais mais comuns são fadiga,
Quimioterapia pós-operatória é recomendada
eritema/descamação da pele e esofagite. A
se não administrada no pré-operatório. A maioria
maioria dos pacientes desenvolve algum grau de
dos pacientes terá doença inoperável.
esofagite durante o tratamento. A complicação
tardia mais comum é a pneumonite,
Geovana Baier
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