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REFERÊNCIAS
Medcurso 2020 +
EPIDEMIOLOGIA
Tumores mais frequentes são a partir dos 40 anos e no sexo masculino. São
também considerados fatores associados ao desenvolvimento de neoplasia as viroses
(HPV, vírus Epstein- Barr), a síndrome de Plummer-Vinson, hábitos alimentares,
mutações genéticas, exposição ao sol e exposição ocupacional a agentes carcinogênicos.
Em suma:
ESTADIAMENTO
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Devemos ficar atentos para dor, disfagia, tosse, rouquidão, trismo, obstrução nasal e de
via aérea, epistaxe, hemoptise e historia positiva de álcool e tabaco. A pesquisa pelo
HPV também é importante.
Para confirmação diagnóstica é fundamental análise histopatológica do tumor para
identificação de seu tipo através de biópsia incisional. Caso estivermos investigando
um linfonodo, não faz a biópsia incisional, faz a PAAF. Isso é o correto por que, caso
fizermos uma biópsia no linfonodo, corre um grande risco de extravazamento do
material, e isso por si só já aumentaria o estadiamento do paciente, o que é algo grave.
PADRÕES METASTÁTICOS
1 A = delimitado pelosventres anteriores dos músculos digástricos e osso hidoide
TRATAMENTO
TUMORES ESPECÍFICOS
CAVIDADE ORAL
LÁBIO
Sexo masculino; 50-80 anos de vida; mais comuns no lábio inferior; associado a
exposição solar e uso de cachimbo.
Queixa principal é lesão ulcerada no lábio. Parestesia indica lesão do nervo mentoniano.
O tratamento dos estágios iniciais 1 e 2 pode ser realizado com cirurgia ou radioterapia
exclusiva. A ressecção cirúrgica precisa de 3-5 mm de margens livres.
LÍNGUA ORAL
ASSOALHO DA BOCA
ALVÉOLOS
MUCOSA DA BOCA
Carcinoma epidermoide é o mais comum. Pode ser causado por traumatismo dentário
crônico, líquen plano, tabagismo e etilismo.
PALATO
Fumo, álcool, irritação crônica causada por próteses dentárias mal ajustadas. Tipo mais
comum é o carcinoma epidermoide.
Pode ocorrer também o melanoma, que manifesta-se com placa pigmentada não
ulcerada.
Tratamento é cirúrgico.
FARINGE
OROFARINGE
HIPOFARINGE
Início na porção inferior da orofaringe, estendendo-se, inferiormente, até a borda
inferior da cartilagem cricoide. Carcinoma epidermodie + comum.
Massa cervical, voz abafada ou rouca, otalgia reflexa e disfagia. Por conta da disfagia,
muitos pacientes procuram o médico já com perda de peso. O comprometimento da
laringe pode levar a paresia ou paralisia das cordas vocais, além de provocar dificuldade
respiratória por efeito de massa.
Por manifestarem sintomas apenas em estágios avançados, seu tratamento traz uma
sobrevida menor se comparado aos outros tumores do trato aerodigestivo superior.
Mais comum em homens com historia de uso do álcool e tabaco. Lesões nessa região
estão relacionadas à síndrome de Plummer-Vinson.
LARINGE
Carcinoma epidermoide.
Glote = rouquidão
Tumores em estágios iniciais de pequeno volume podem ser tratados com sucesso por
ablação a laser ou procedimento cirúrgico conservador. Tumores avançados podem
exigir laringectomia total e radioterapia complementar.
Tumores dos seios paranasais são diagnosticados tardiamente por conta da ausência de
sintomas nos estágios iniciais da doença. Os sintomas associados incluem obstrução
nasal crônica, cefaleia, dor facial, proptose, epistaxe e formigamento facial.
Metástases provenientes dos rins, das mamas, dos pulmões e da tireoide também podem
ser observadas. Pode também ser uma metástase de tumor intracraniano.
Tumores nasais são diagnosticados por endoscopia ou fibrotelescopio. Tumores dos
seios nasais são diagnosticados por estudos de imagem, como a TC contrastada e RM
com galonideo. Depois realiza-se biópsia.
Tumores de seios nasais irressecáveis são aqueles com comprometimento bilteral dos
nervos ópticos, seio cavernoso e/ou parênquima cerebral.
NASOFARINGE
Presença de infecção pelo vírus Epstein-Barr têm forte correlação com o surgimento de
câncer nessa região.
Quadro clínico é obstrução nasal, massa cervical epistaxe, secreção nasal, otite media
serosa com perda de audição e otalgia.
OUVIDO E ORELHA
Ouvido interno é mais carcinoma epidermoide (tal como já foi explicado que é o
principal para tumores acima de esôfago médio). Em tumores de ouvido externo é mais
comum o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular, nessa região tem muita
exposição ao sol.
TC E RM é fundamental.
GLÂNDULAS SALIVARES
A maioria dos tumores das parótidas são tumores benignos. Acontece que nas outras
glândulas menores a maioria tos tumores é maligno. Por isso quando trata-se de
glândulas temos de pensar que quanto menor glândula, maior a chance de malignidade.
Tumores benignos mais comuns das glândulas salivares são: adenoma pleomórfico,
tumor de warthin.
Tumores malignos mais comuns das glândulas salivares são: carcinoma
mucoepidermoide e adenocarcinoma.
Os tumores de glandlas salivares crescem aos poucos e são bem delimitados. Caso tenha
crescimento rápido, parestesias, fixação da pele na extremidade do mastoide, trismo e
fraqueza facial e acometimento de nervo facial, é sinal de malignidade.
O nervo facial é o sétimo par, ele apresenta 5 ramos: Temporal, Zigomático, Bucal,
Mandibular marginal e Cervical.
Para tratamento de neoplasia benigna basta fazer uma excisão da glândula afetada com
as margens livres. Na parótida fala-se em excisão do lobo superficial com dissecção e
preservação do nervo facial.
O tratamento das neoplasias malignas inclui excisão cirúrgica e pode até ter radio pós-
op. Na paratideoide em geral é tireoidectomia total, só faz a parcial se for um tumor de
lobo lateral. O esvaziamento linfonodal seletivo só é realizado se tumores em alto grau
histológico e com carcinoma mucoepidermoide.
Na população adulta, uma massa cervical de diâmetro > 2cm tem uma probabilidade
maior que 80% de ser maligna.