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Laringe

Prof. Dr. Orlando Armelin Jr.


2023
Doenças da Laringe
Laringite
É a inflamação da laringite que pode ser causada por vírus, bactérias ou
fungos, além das formas crônicas secundárias a agentes químicos,
físicos dentre outros. As comuns são as virais. As queixas mais
freqüentes são rouquidão, dor de garganta, tosse, febre, dificuldade
para deglutir ou respirar. As laringites bacterianas geralmente são
evoluções das laringites virais ou infecções das vias áreas inferiores. A
infecção fúngica está freqüentemente ligada à baixa de imunidade geral
ou local e podem ser vistas nos pacientes em tratamento de asma
brônquica com uso de corticóides inalados. O refluxo gastroesofágico
leva inicialmente a uma laringite química que tende a durar longo
período. Os pacientes podem reclamar de rouquidão, tosse, “pigarro” e
sensação de bola “presa” na garganta.
Laringite

Viral Bacteriana Fúngica


Nódulos Vocais
Comuns em mulheres, crianças e profissionais da voz, como professores,
cantores, locutores, religiosos, entre outros.
Devem-se geralmente ao trauma local decorrente do uso inadequado da
voz. Os nódulos vocais são caracteristicamente presentes em ambas
pregas vocais, com aspecto simétrico.
Quanto maiores os nódulos vocais, maior será o espaço entre as pregas
vocais ao se tocarem durante a fonação, são as chamadas fendas glóticas
e quanto maior a fenda, maior o escape de ar, piorando a qualidade vocal.
São lesões benignas que costumam responder bem a exercícios de
fonoterapia. O tratamento cirúrgico pode ser indicado em casos
específicos.
Nódulos Vocais
Pólipos Vocais

Os pólipos das pregas vocais são lesões benignas, geralmente secundárias a


processos inflamatórios, trauma local por uso inadequado da voz,
tabagismo, refluxo gastroesofágico e como conseqüência de lesões pré-
existentes na prega vocal.
Podem ter aspecto pequeno, grande, largos ou pediculados, transparentes,
gelatinosos ou hemorrágicos, acometendo uma ou as duas pregas vocais,
geralmente assimétricos. O impacto na voz é muito variável, porém sempre
maior que nos nódulos vocais. A maioria dos casos requer tratamento
cirúrgico associado a fonoterapia.
Pólipos Vocais

Edematoso Angiomatoso
Edema de Reinke
Lesão de aspecto gelatinoso difuso, ocupa todo espaço de Reink da prega
vocal e que geralmente acomete os dois lados. É mais comum em
mulheres de meia idade e tabagistas. A voz fica mais grave e pode chegar
a causar dificuldade para respirar em casos mais avançados com
dimensões grandes.
Cistos Intra-Cordais e Sulcos Vocais
São lesões das pregas vocais que, junto com outras três lesões, o micro-diafragma
de comissura anterior, as vasculodisgenesias e a ponte de mucosa, são
classificadas como alterações estruturais mínimas.
São lesões congênitas, que apresentam como principal manifestação clínica o
grande comprometimento da voz e isso se deve ao fato de se localizarem nas
camadas mais profundas das pregas vocais, região muito importante para a
produção da voz. O tratamento microcirúrgico é o indicado na maior parte dos
casos.
Os cistos podem ser abertos ou fechados e os sulcos se apresentam em formas
também diferentes, decorrente dos graus da penetração do sulco para o interior
das pregas vocais.
Os pseudocistos da prega vocal se localizam na camada mais superficial (epitelial)
das pregas vocais, sendo esse um dado importante para os diferenciar dos
verdadeiros.
Cistos Intra-Cordais e Sulcos Vocais

Cisto intracordal Sulco Vocal Sulco Vocal


Vasculodisgenesia
Leucoplasias
As leucoplasias são lesões brancas, espessas, vistas na superfície das pregas
vocais, embora possa acometer toda mucosa das vias respiratórias superiores,
decorrentes de irritação crônica, continuada e intensa. São consideradas lesões
pré-malignas devendo ser monitorizadas e removidas em casos específicos, sob o
risco de evoluir para o câncer de laringe.
Paralisias
A laringe recebe inervações motora e sensitiva. O acometimento dessa inervação
em situações específicas, como trauma cirúrgico, principalmente da glândula
tireóide, em infecções virais, em tumores, dentre outras, pode levar à paralisia da
laringe.
Antes de se iniciar qualquer terapia, é importante que se procure causas
específicas para a paralisia e estas causas podem estar no cérebro, no tronco
encefálico, na região cervical ou até mesmo no tórax.
O tratamento vai variar conforme o do tipo da paralisia, uni ou bilateral, bem
como a posição da prega vocal paralisada, podendo ser indicado: fonoterapia,
cirurgias endoscópicas e ainda cirurgias no pescoço chamadas tireoplastias, que
visam a reposicionar a prega vocal paralisada na linha média, assim restaurando
a qualidade vocal.
Paralisias
Papilomatose da Laringe
Embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, ela é mais freqüente em crianças.
Por isso se fala em duas formas clínicas: a papilomatose juvenil, via de regra mais
grave e a papilomatose do adulto.
A papilomatose é uma lesão benigna, causada pelo vírus do grupo do HPV,
podendo ser adquirida na hora do parto, através do sangue, bem como através de
relações sexuais, ou ainda ser transmitida por via placentária da mãe para a
criança. Localiza-se na mucosa da laringe, formando lesões descritas como cachos
de uva.
É o tumor benigno mais comum na laringe, causa alteração progressiva da voz,
chegando a afonia (perda total da voz) e obstrução respiratória nos casos mais
graves. O tratamento é complexo e envolve cirurgia.
Papilomatose da Laringe
Neoplasias
Os tumores malignos da laringe são comuns e têm como principais causas o
tabagismo e o consumo de álcool. A sua detecção em estágios iniciais permite a
cura. Mais de 90% das neoplasias de laringe são representadas pelo carcinoma
espinocelular. As queixas mais comuns desses pacientes são voz rouca e dor no
ouvido. Com a progressão da doença ocorre dificuldade para respirar.
Quanto maiores as lesões, maior a probabilidade de se precisar de cirurgias
abertas a fim de se retirar parcial ou totalmente a laringe. Nos casos de
laringectomia total, a possibilidade de desenvolvimento por meio de treinamento
fonoterápico de voz esofágica ou a implantação de válvula fonatória permitem a
recuperação da fonação, geralmente com seqüelas.
Neoplasias

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