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22/02/2023 15:05 lddkls221_cie_mor_sis_imu_hem

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO

NEOPLASIAS

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Aline Coelho Quezadas

se õ ç a t o n a re V
SEM MEDO DE ERRAR
Vamos retomar o caso clínico apresentado no início da seção?

Pense em um contexto em que você é estagiário de um grande hospital oncológico de sua cidade
e recebeu em seu atendimento o seguinte caso clínico: F.S.L, sexo feminino; 18 anos, chegou ao
hospital para avaliação após convulsão e contou ao médico que possuía o diagnóstico de um
tumor cerebral benigno desde que tinha apenas seis meses de idade. Ela relatou que ao longo de
sua vida lutava contra uma vontade constante de comer, além disso, ela já havia apresentado
outros episódios de convulsões e puberdade precoce. A paciente fazia uso de terapia hormonal e
tratamento para o ganho de peso com o nutricionista. O médico prescreveu algumas medicações
para a convulsão e saiu do consultório por um instante. Enquanto estava sozinha com você, a
paciente fez algumas perguntas: “Se o tumor é benigno por que traz consequências tão ruins?”
“Quais as diferenças entre um tumor benigno e maligno?”

Você acredita que consegue responder essas questões à paciente?

Para responder a essas perguntas você deve considerar as características de tumores benignos e
malignos, assim, o fato da palavra “benigno” estar associada a um tumor não quer dizer que ele
seja do bem. O tumor apenas é chamado de benigno pois ele tem baixa capacidade de invasão
de tecidos próximos e não gera metástase. Entretanto em alguns casos, o tumor benigno pode
levar a uma obstrução ou compressão de estruturas, gerando uma série de manifestações
clínicas, como no caso da paciente que apresentava hiperfagia, convulsões e puberdade
precoce.

Existem muitas diferenças entre tumores benignos e malignos. Os tumores benignos têm
crescimento lento, limite bem delimitado, não invadem tecidos adjacentes, não geram metástase
e, na maior parte das vezes, possuem fácil ressecção por cirurgia. Em contrapartida, os tumores
malignos têm crescimento rápido e progressivo, invadem tecidos adjacentes, não possuem
limites facilmente visualizados, geram metástase e não são facilmente tratados.

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22/02/2023 15:05 lddkls221_cie_mor_sis_imu_hem

AVANÇANDO NA PRÁTICA

METÁSTASE

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Imagine que você está em seu segundo dia de estágio no hospital oncológico e hoje está

se õ ç a t o n a re V
acompanhando o seguinte caso clínico, cuja entrada foi dada há cerca de um mês. Hoje será o
retorno da paciente.

Há cerca de um mês, M.F.G.L, 69 anos, sexo feminino, com história pregressa de câncer na
tireoide, compareceu ao hospital relatando um deslocamento do olho direito inferiormente,
entretanto sem alterações visuais. Foi realizada uma tomografia computadorizada da órbita que
evidenciou um tumor sólido expansivo na região superior da órbita. Os médicos imediatamente
encaminharam a paciente para cirurgia, seguido de um processo de biópsia para análise
histopatológica.

O exame mostrou cortes com cobertura de folículo tireoidiano. O médico explicou à paciente
que o tumor localizado no olho direito era derivado do tumor na glândula tireóide.

Imediatamente a paciente fez a seguinte pergunta: “Como um câncer localizado na tireóide foi
parar no olho?”

Você poderia ajudá-la e responder a essa pergunta?

RESOLUÇÃO 

Os tumores malignos são assim denominados devido à sua capacidade de invadir tecidos
adjacentes e de atingir áreas distantes. Assim, por meio de um processo chamado metástase,
células originárias de um tumor inicial podem se desprender da massa tumoral e viajar pelo
sangue ou por meio de estruturas do sistema linfático a outras estruturas mais distantes e se
multiplicar nessa nova região.

Dessa forma, o tumor maligno primário inicial da paciente sofreu metástase e alcançou a
região do olho direito, gerando um outro foco da doença. O novo tumor metastático
apresenta as mesmas células do tumor original ou primário, por isso a análise histopatológica
revelou folículos tireoidianos presentes na amostra.

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