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7ª AULA Clinica Cirúrgica Veterinária I 08/04/2021

Patologias Cirúrgica
Neoplasias e cirurgias Oncológica

Profa. Camila Utrera Zanoni

Cirurgião Oncológico

Entendemos a oncologia como


medicina dos cânceres. Não há como separar o tratamento médico do cirurgião. Quando se
fala em tratamento multidisciplinar, isto não significa que o quimioterapeuta, ou o
radioterapeuta, ou o cirurgião vai decidir isoladamente o que lhe complete como
especialista na conduta. Portanto é necessário que haja treinamento específico nas diversas
áreas e que o processo de tomada de decisões envolva o compromisso com a escolha da
melhor conduta. Processos de decisão, em todos os setores nos quais existam mais de uma
opção, devem ser discutimos com base em conhecimentos estabelecidos. O processo de
votação de como tratar um paciente é pouco cientifico e não garante o sucesso. Na
oncólogia existem subespecialidades e, eventualmente, surgem opiniões diferentes, porém
não devemos esquecer que o paciente tem necessidade de ter um médico principalmente
como referencia.

Cirurgia

Ainda é a principal terapia no tratamento do câncer.

Exceções:

Linfomas;
 Linfoma esplênico = Esplenectomia
 de um único linfonodo = pode retirar o linfonodo
Leucemias
Mieloma múltiplo

Dar vida aos dias do que dar dias a vida”


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O paciente é a nossa razão de Existir

A Oncologia, O paciente nem sempre devera esta moribundo e com aparência decaida, ele
muitas vezes com a aparência agradável e confortável.

A Cirurgia Oncológica

 Técnica Cirúrgica minuciosa


 Ressecção em bloco
 Margens de ressecção adequadas

 Operabilidade: conceito inerente ao paciente


 Ressecabilidade: conceito inerente ao tumor (é o não passível de ressecção cirúrgica)

Tumores Oncologicos mais responsivos a cirurgias (em cães)

1. Sarcomas de tecidos moles


2. Osteossarcomas
3. Mastocitomas
4. Tumores de Fígado e Tumores Esplênicos.

Principios básicos no tratamento do câncer

 Cura
 Aumentar a sobrevida
 Melhorar a qualidade de vida

Maior chance de cura é na primeira cirurgia

 Pode ser curativa em casos de doenças localizadas

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 Não tem efeitos carcinogênicos


 Não causa resistência biólogica
 Avaliação local
 Auxiliar no estadiamento.

 Não atua de forma específica em tecidos comprometidos, com aderência em outras


estruturas ou ausência de margens de segurança.
 Riscos e morbidade
 Pode levar á perda das funções orgânicas
 Não curativa em casos de doenças metastáticas.

Causas do diagnostico Tardio

 Ausência de sintomas
 Falta de informação
 Dificuldade de acesso ao tratamento
 Despreparo do médico veterinário
 Menores taxas de cura e sobrevida
 Maior morbidade
 Aumento dos custos

Cancer

 Maior causa de morte em cães e gatos


 Paientes idosos são os mais acometidos
 Quanto mais se vive, maior a exposição aos agentes carcinogênicos do meio ambiente ou
a combinação de fatores intrínsecos
 Aumento da probabilidade do organismo acumular alterações moleculares responsáveis
pela multiplicação celular deserdenada

Conceitos

 Neoplasia: Novo crescimento; crescimento excedente e não é coordenado com o do


tecido normal;
 Tumor: aumento de volume, não se restringe á neoplasia;
 Câncer: forma maligna de neoplasias; (metástase)
 Hiperplasia: Aumento do número de células;
 Hipertrofia: aumento do tamanho das células;
 Metaplasia: quando uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por
outra de outo tipo celular.

 Neoplasia: NOVO CRESCIMENTO


 Célula normal
o Equlibrio entre proliferação celular, diferenciação e apoptose (morte celular
programada)
 Célula neoplásica

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o Alteração entre:
 Proliferação
 Diferenciação
 Apoptose

Cancêr: Origem em uma única célula

 Múltiplas mutações no DNA


 Crescimento celular desordenado
 Diminuição da apoptose
 Capacidade de metástase

Neoplasias Malignas

 Neoplasias Mamárias

Epidemiologia

Cadelas
 mais comum (aproximadamente 52% de todas as neoplasias);
 Média: 7 – 12 anos; raro em animais com menos de 4 anos.
 Literatura: 60% são malignos.

Gatas
 3º Tumor mais comum;
 média: 10 – 12 anos;
 > 80% são malignos, com alto potencial metastático

Fatores de Risco

 Idade

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 Meia-idade a mais velhos


 Tumores malignos X tumores benignos
 Raças grandes X raças pequenas

 Exposição Hormonal
 OSH precoce (antes do 1º CIO)
 Efeito carcinogênico – Tumores em várias glândulas
 Estrógenos e progestágenos exógenos (risco 2,3 vezes maior que cadela e 3,4 vezes
maior em gatas)

Etiologia

 Exposição hormonal
 Estrógeno e progesterona
 Induzem desenvolvimento e maturação da glândula mamária
 Efeito mitogênico sobre o epitélio das glândulas, induzindo proliferação do epitélio
ductal e desenvolvimento dos ductos e lóbulos – crescimento da glândula mamária
 Influência na carcinogênese.

Cadelas

 Influência hormonal
 Diminui com a OSH (expressão de estrógeno e progesterona) – Cadelas
Prevenção de 99,5% antes do 1º cio
Prevenção de 92% após o 1º cio
Prevenção de 74% após o 2º cio
 Aumenta a chance com o uso de contraceptivos.

Gatas

 Influência hormonal
 Diminui com a OSH
Prevenção de 91% antes dos 6 meses
Prevenção de 86% entre 7 – 12 meses
Prevenção de 11% entre 13 – 24 meses
SEM BENEFÍCIO APÓS OS 2 ANOS NA PREVENÇÃO DE TUMORES DE
MAMA.
 85 – 95% são malignos (crescimento rápido, alta velocidade de proliferação e
capacidade de faze metástase em linfonodos regionais e á distância)
 Exposição a hormônios ovarianos
 Gatas intactas possuem 7 vezes mais risco que gatas castradas
 Aumento a chance com o uso de contraceptivos – 3,4X mais chance

Anamnese

 Há quanto tempo observou?


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 Crescimento lento ou rápido?


 Medicações Utilizadas?
 Mastectómias/nodulectomias previas?
 Histórico reprodutivo SEMPRE
 OSH?
 Regularidade dos cios
 Número de partos (nulipara, primípara, pluripara)
 Uso de anticoncepcionais – quantas vezes?
 Pseudociese

Exame Físico

 Localização
 M1, M2, M3, M4, M5 – uma ou ambas as cadeias.
 Quantos nódulos?
 Único X múltiplo?
 70% das cadelas inteiras possuem mais de um tumor no diagnostico
 Aderência?
 Aderidos X não Aderidos
 Ulceração?
 Ulcerados X não Ulcerados
 Secreção?
 Serosa/ serosanguinolenta/purulenta
 Tecido necrótico?
 Odor?
 Consistência?
 Firme X macia X flutuante
 Palpar todas as mamas
 Nódulos únicos
 Múltiplos (maioria)
 Mais de um nódulo na mesma mama
 Avaliar linfonodos
 Tamanho e consistência
 Avaliar cicatrizes anteriores

Citologia Aspirativa – CAAF

 Auxilia a diferenciação de:


 Processos inflamatórios
 Neoplasias benignas
 Neoplasias malignas
 Outras neoplasias
 Avaliar linfonodos

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Neoplasias Malignas

Metástase

Cadeias

 Metástases para pulmão e linfonodos


 fígado, baço, pele, ossos.

Gatas

 Metástases para pulmão e linfonodos

Drenagem linfática

 O padrão de drenagem linfática existe desde que não exista neoplasia (Tumor –
linfangiogênese)
 M1. M2,e M3 – drenagem para o linfonodo axilar
 M4 e M5 – drenam para o linfonodo inguinal
 M3 e M4 – Drenagem linfpatica incosnstante

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Linfonodo Sentinela

azul patente

Linfonodo sentinela

Cadelas

 Sem metástases em linfonodo: 21% morrem em decorrência da doença


 Com metástase em linfonodo: 86% morrem em decorrência da doença em menos de 2
anos

Gatas

 Metástase em linfonodo é mais frequente que em cadelas


 Com metástase em linfonodo: sobrevida menor que 9 meses.

Exames complementares

 Avaliação pré-operatória
 Diagnóstico de síndromes paraneoplásica
 Hemograma completo
 Perfil de coagulação
 Perfil de coagulação
 Perfil hepático
 ALT, FA, albumina.
 Perfil renal
 Uréia, creatinina
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 Rastreamento de metástase
o RX tórax (SEMPRE 3 PROJEÇÕES)
 Nódulos >0,6 cm
 Ultrassom abdominal
 Fígado
 Baço
 Linfonodos abdominais
 Rastreamento de metástase
 Tomografia computadorizada
 CAAF (citologia aspirativa por agulha fina)
 Linfonodo regional
 Nódulos

Estadiamento clínico – TNM – Cadelas

Estadiamento clínico – TNM – Gatas

Tratamento

 Tratamento cirúrgico sempre


 Excessão: CARCINOMA INFLAMATÓRIO, media de sobrevida 2 meses
 Escolha do procedimento
 Tamanho do Tumor
 Número de nódulos
 Metástases

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 Localização

 Gatas: Mastectomias radical/ Unilateral.

Carcinoma Inflamatorio – N Ã O tem indicação cirúrgica.

 Apresentação clõnica única


 Crescimento muito rápido
 Envolvimento de linfonodos
 Evolução agressiva
 Metástase no diagnostico
 Acometimento de múltiplas glândulas + pele
 Edema, eritema, DOR
 Linfedema membros
 Literatura: 7,6% das neoplasias mámarias.
 Sem tipo histológico característico
 Prognóstico desfavorável
 Qualquer carcinoma pode virar inflamatório
 Metástase linfonodos inguinais e ílíacos, pulmão...
 Embolização em vasos linfáticos da derme
 Primário
 Pós-mastectomia anterios

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Termo Anatopalologico utilizado para descrever a invasão linfática de um tumor promovendo


quadro clinico indicado como carcinoma inflamatório. (quadro clinico)

Tratamento

 Tratamento paliativo
 Analgesia
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 Eletroquimioterapoa
 Quimioterapia
 Doxorrubicina 30mg/m2 ou 1mg/kg
 Carboplatina 300mg/m2
 AINE – Inibidores de COX-2
 Piroxicam 0,3/kg SID

Técnicas Cirúrgicas

 A extensão da exérese depende do número e tamanho dos tumores(?)


 Pensar sempre em ressecção amplas (?)
 Ser ou não ser mais radical (?)
 Qual a localização da neoplasia?
 Acompanhamento?
 Posso acompanhar tumores pequenos?
 Teoria da Evolução Clonal
 Epitélio Normal
 Hiperplasia
 Carcinoma in situ
 Carcinoma invasivo
 Carcinoma metastático

Nodulectomia

 Dissecção do nódulo
 < 0,5cm
 Firmes

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 Superficiais
 Benignas
 CAAF

Lumpectomia

 Remoção de apenas 1 glândula


 <1,0cm
 Sem aderência

Mastectomia Regional/ Mactectomia unilateral total

 Remoção de mais de 1 glândula


 Se baseia na drenagem linfática e venosa
 Blocos
o M1, M2 e M3
o M3, M4 e M5

Mastectomia unilateral

 Remoção das 4 glândulas (gatas)


 Remoção das 5 glândulas (cadelas)
 Múltiplos tumores
 Tumores grandes
 Crescimento rápido
 Recidiva de cirurgias anteriores

Mastectomia Bilateral

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 Remoção das 8 glândulas (gatas)


 Tremoção das 10 glãndulas (cadelas)
 Múltiplos tumores
 Tumores grandes
 Crescimento rápido
 Recidiva de cirurgias anteriores
 Nódulos acomentendo ambas cadeias sem separação entre elas

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