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MAMÍFEROS II

Prof. Dr. Atilio Sersun Calefi


17/05/2021

FELIDAE
Doenças
Semelhantes aos animais
domésticos.
Dentição mantida.
Placentação mantida.

17/05/2021
Doenças não ionfecciosas

◦Malformações cranianas
◦Animais com menos de 2 anos
◦Ataxia, head tilt e opistótono
◦Espessamento dos ossos do crânio
◦Possível envolvimento genético

17/05/2021
Leão

17/05/2021
Alterações
congênitas
Defeitos de septos atriais
Criptorquidismo
Coloboma – defeito em
uma ou mais estruturas
oculares
Doenças renais
policísticas

17/05/2021
Doenças
degenerativas
Espondilose
Doença degenerativa
vertebral
Geralmente ocorre em
animais grandes

Discopatias, herniação
e esclerose vertebral.

Dano axonal –
degeneração
walleriana

17/05/2021
Degeneração intervertebral e
espondilose

17/05/2021
Causas não infecciosas inflamatórias

◦Glomerulonefrite membranosa progressiva


◦ Lesão associada a idade

◦ Proteínúria, hiperfosfatemia e azotemia podem ser


observados.
◦ Pode estar assocaiada a deposição de complexos
de IgG e IgM.

17/05/2021
Doença hepática veno-oclusiva

◦ Acúmulo de colágeno no espaço de Disse e veias


centrais.
◦ Colapso vascular e fibrose com cirrose.
◦ Hipoproteinemia, efusão serosa ou quilo peritoneal.
◦ Encefalopatia hepática em casos graves

17/05/2021
Doença hepatica veno-oclusiva

17/05/2021
Amiloidose
Depósitos renais
Depósitos em sistema
nervoso central

17/05/2021
Glomeruloesclerose
Possível processo
inflamatório como base.
Causa pouco conhecida.

17/05/2021
Ocorrência espontânea
Hiperplasia
endometrial

Pode ser induzida por


medicamentos

Pode estar associada a


formações císticas ou
espessamento endometrial..

17/05/2021
Neoplasias - cistoadenoma

17/05/2021
Doenças
infecciosas
Herpesvírus felino
Descarga nasal, lesão
ocular, perda de
apetite, espirro.
Pode desenvolver
lesões cutâneas.

17/05/2021
Parvovírus

Vírus da panleucopenia felina

Parvovírus canino do tipo 2

Depleção linfóide, redução de ninhada, enterite


necrohemorrágica.

17/05/2021
Vírus da panleucopenia felina

17/05/2021
Papilomavírus
Desenvolvimento de
papiloma oral e cutâneo
Pode desenvolver
carcinoma de células
escamosas e sarcóide

17/05/2021
Cinomose

Similar ao casos de outros carnívoros.

Encefalite e pneumonia broncointersticial.

Pode se apresentar com co-infecção

17/05/2021
Cinomose

17/05/2021
Coronavírus entérico felino

Enterite discreta

Peritonite infecciosa

Redução no polimorfismo de MHC – perigo.

17/05/2021
Infecção autolimitante
Calicivírus felino

Vesículas e úlceras em
língua, mucosa nasal e oral.

Pode ser posterior a


vacinação.

17/05/2021
Vírus da Imunodeficiência felina (FIV)

Raros relatos Depleção


associada a de linfócitos
linfomas. T CD4+
17/05/2021
Vírus da leucemia felina (FeLV)

Ocorrência por Anemia,


contato com linfopenia e
animais ferais. sepse.

17/05/2021
Infecções
bacterianas
Micobacteriose
M. bovis

17/05/2021
Micobacteriose
Co-infecção com FIV.

Úlceras de decúbito, alopecia,


opacidade de córnea,
emaciação, linfadenite,
granulomas.

17/05/2021
Carbúnculo

◦Bacillus anthracis
◦Ingestão de presa contaminada.
◦Geralmente lesão localizada em face.
◦Diferencial para mordida de serpente.

17/05/2021
Cabúnculo

17/05/2021
Helicobacteriose
Geralmente achado
incidental.
Pode estar associada a
gastrite crônica.
Vomito crônico e
regurgitação.

17/05/2021
Associado com casos de
enterite.
Samonelose

Pode ser isolada de animais


assintomáticos.

Salmonella Typhimurium

17/05/2021
Micoplasmose

Doença com associações pouco claras.

Pode sobressair em casos de co-infecção.

17/05/2021
Leptospirose

◦Animais resistentes
◦Portadores de diversos sorovares.

17/05/2021
Doenças fúngicas

◦Criptococose
◦ Cryptococcus gattii

◦Inalação dos basidiosporos com


ocorrência de pneumonia.
◦Leões cutâneas nodulares com
envolvimento de face.
17/05/2021
Dermatofitose

◦Trichophyton mentagrophytes e Microsporum spp.

◦ Alopecia, piodermite e hiperqueratose.


◦ Griseofulvina possui efeitos colaterais graves.

17/05/2021
Parasitos

◦Sarcoptes scabeii
◦ Semelhante ao que ocorre nas demais espécies.

◦Toxoplasma gondii
◦ Infecção presente sem sinais.
◦ Lesões em neonatos – pneumonia, encefalite e
hepatite.
17/05/2021
Encefalopatia espongiforme felina

◦Depósito de PrPsc
◦Mesencéfalo, tálamo e hipotálamo.

17/05/2021
17/05/2021
17/05/2021

CASO 1
Histórico clínico

◦ Um porquinho-da-índia de 3 anos de idade (Cavia porcellus) foi

encaminhada para a clínica com histórico de sangue na urina

há um mês; este foi tratado com antibióticos por 6 dias com bom

sucesso. Por dois dias, o proprietário notou polidipsia e,

novamente, sangue na urina, com perda de apetite por 1 dia.

17/05/2021
Exame clínico

◦ PDI estava ativo durante a investigação clínica. O peso corporal

era de 980 g e os dentes eram normais. À palpação abdominal,

duas ampliações redondas, cerca de 2,5–3 cm, de cada lado

próximo aos rins podem ser palpados. A cobaia mostrou dor

durante a palpação.

17/05/2021
17/05/2021

1. QUAIS TESTES
DIAGNÓSTICOS PODEM E / OU
DEVEM SER CONSIDERADOS?
1. Quais testes diagnósticos podem e / ou
devem ser considerados?
◦Ultrassom
◦Raio-x
◦Tomografia computadorizada

17/05/2021
17/05/2021

2. QUAIS SÃO AS VANTAGENS E


DESVANTAGENS DE CADA UM
DELES NESTE
CASO PARTICULAR?
2. Quais são as vantagens e desvantagens de
cada um deles neste
caso particular?
◦ Radiologia: boas informações sobre mineralização, problemas dentários e

possíveis fraturas, tecidos moles dentro do abdômen podem ser difíceis de

identificar, cálculos no o trato urinário pode ser visto

◦ Ultrassom: boas informações sobre tecidos moles e órgãos dentro do

abdômen

◦ Tomografia computadorizada: cara e anestesia necessária

17/05/2021
17/05/2021

3. QUAL SERIA A PRÓXIMA ETAPA DE


DIAGNÓSTICO QUANDO APENAS UM
PROCEDIMENTO É PERMITIDO PELO
O DONO?
◦Recomendamos ultrassom para

identificação das estruturas do abdome.

17/05/2021
◦ A vesícula urinária era muito pequena e uma grande estrutura hiperecoica de 1,2 cm extinção da

visão distal do ultrassom; craniodorsal da vesícula urinária, uma pequena estrutura com uma parede

hiperecóica de 1 mm de espessura e lúmen hiporecóico com um diâmetro total de 6 mm pôde ser

identificado e seguido craniolateral em ambos os lados até a região dos rins; lateralmente aos rins

uma forma redonda hipoecóica a oval com uma pequena parede hiperecóica e alguns fechos

hiperecóicos dentro, a direita um medindo 2,5 × 2,3 cm e o esquerdo medindo 3,2 × 2,8 cm.

◦ No ultrassom, é essencial sempre ter pelo menos duas visualizações como nas radiografias – a

longitudinal e transversal. Em cobaias e coelhos, o ultrassom não é fácil para realizar quando o trato

GI está cheio de gás.


17/05/2021
17/05/2021

4. QUAL É A SUA
INTERPRETAÇÃO DO
ULTRASSOM?
◦Cálculo na vesícula urinária, suspeita de
pio-hidrometra e cistos ovarianos

17/05/2021
17/05/2021

5. O QUE VOCÊ
RECOMENDARIA PARA O
TRATAMENTO?
1. Antibióticos, fluidos, mudança na dieta, nenhuma cirurgia necessária
2. Controle da dor, fluidos, antibióticos, cirurgia para remover o cálculo
3. Tratamento da dor, fluidos, antibióticos, cirurgia com ovario-histerectomia e
remoção do cálculo

◦ Tratamento da dor com meloxicam 1 mg / kg e fluidoterapia, antibióticos


(enrofloxacina 5 mg / kg) antes da cirurgia com ovario-histerectomia e
remoção de cálculo.

17/05/2021
17/05/2021

6. É NECESSÁRIO
ANALISAR O
CÁLCULO?
◦ Sim. Porquinhos-da-índia com mais de três anos parecem ter
predisposição para cistite e cálculos císticos. A maioria dos
cálculos contém carbonato de cálcio, fosfato de cálcio e, às
vezes, oxalato de cálcio. A maioria dos cálculos da uretra
contém estruvita devido a bactérias produtoras de urease.

◦ Análise de urolitíase: carbonato de cálcio


17/05/2021
17/05/2021

7. PODE SER FEITO ALGO


PARA EVITAR A
PRODUÇÃO DO
CÁLCULO?
◦ Verifique se o proprietário fornece suplemento mineral e, em caso
afirmativo, é preciso tomar cuidado para que o cálcio e o fosfato não
seja muito alto. Além disso, o suplemento vitamínico (muito alto em
vitamina D) pode ser um problema. Alimente com dietas leves como
cenouras e salada para aumentar a produção urinária. A análise do
conteúdo de alfafa é recomendada, pois é rica em cálcio.
◦ Suplementação extra de cálcio, como muitas vezes sugerida em lojas
de animais e alimentos secos, deve ser evitado. Incentive o consumo
de mais água.

17/05/2021
17/05/2021
17/05/2021

8. É NECESSÁRIO
REAVALIAR O ANIMAL?
◦ Como os urólitos são frequentemente recorrentes,
sugere-se verificar novamente a cobaia com
◦ ultrassonografia 6 meses após a cirurgia.

17/05/2021
17/05/2021

9. É COMUM EM COBAIAS QUE


TAMBÉM OCORRA ALTERAÇÕES
EM OVÁRIOS E ÚTERO?
◦Na idade de três anos ou mais, a
incidência de cistos ovarianos e tumores
da útero aumenta. Neste caso, ao lado
dos cistos ovarianos uma piometra e
endometrite também foi diagnosticada.

17/05/2021
Considerações

◦ Em porquinhos-da-índia (e coelhos) com histórico de sangue na


urina, sempre deve estar em mente que nem sempre existe
infecção, sendo a urolitíase a causa primária.
◦ Sempre considere problemas concomitantes.
◦ Sangue na urina, portanto, pode ser um problema do trato
genitourinário.
◦ Portanto, é sempre recomendado investigue todo o animal e
não apenas o sinal que é significativo!

17/05/2021
17/05/2021

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