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Candidíase

Alunas:
Ana Betriz
Cátia Cilene
Leticia Dantas
Sumário
1. Candidíase pseudomembranosa:...............................................................................5
2. Multifocal crônica:....................................................................................................7
3. Queilite angular:.......................................................................................................7
4. Estomatite protética:.................................................................................................7
5. Candidíase crônica hiperplásica:................................................................................8
6. Diagnóstico:..............................................................................................................8
7. Diagnóstico:............................................................................................................10
8. Candidíase muco cutânea:.......................................................................................10
9. Distúrbios:...............................................................................................................11
10. Candidíase eritematosa:......................................................................................11
11. Síndrome de candidíase endócrina......................................................................12
12. Candidíase endócrina:.........................................................................................13
13. Tratamento:........................................................................................................14
Tratamento.....................................................................................................................14
14. Orientação ao paciente:......................................................................................18
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Introdução
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de pesquisa e
obtenção de conhecimento sobre doença de origem fúngica Candidíase
oral, bem como conhecer os tipos clínicos, características, sintomas,
exames e tratamentos para serem aplicados nos pacientes na clínica
odontológica do IESB.
A doença estudada é causada por uma infecção através do
fungo de levedura cândida Albicans denominada candidíase e apresenta
várias manifestações clínicas sendo a principal causa de micose em
humanos.
Acredita-se que a forma de levedura do organismo, seja
inócua, mas a forma de hifa está associada à invasão do tecido
hospedeiro.
Conhecida por C.tropicalis, C.krusei, C.parapsilosis e
C.Guilliermondii , o nome antigo para a doença é monilíase e é encontrada
na cavidade oral, mas raramente causam doença.
Há três fatores que evidenciam a infecção clinicamente:
 O estado imune do hospedeiro,
 O ambiente da mucosa oral,e
 A cepa da C.Albicans.
Antigamente a cândida era considerada a única infecção
oportunista afetando indivíduos debilitados e hoje os clínicos dizem que
ela acomete também indivíduos.
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Formas clínicas da Candidíase Oral:

Tabela -1. Neville et al, 2016, pág.2


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1. Candidíase pseudomembranosa:
Conhecida popularmente: sapinho.

Características:
• Presença de placas brancas
Aderentes parecida com queijo
Cottage.
• Forma assintomática ou pode causar dor de
garganta em queimação e dificuldade em alimentar-se.

Fig 1- Candidíase Pseudomembranosa livro


Neville .Pág .192.

Pode Ocorrer por:


• Antibiótico;
• Comprometimento do sistema imune.

Composição:

• Massas e maranhadas de hifas,


• Leveduras,
• Células epiteliais descamadas; e
• Detritos.
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Placa com levedura mais de urina:

Fig 2 levedura do vídeo


https://www.youtube.com/watch?v=WrHCF_HLkV4

Sintomas:
• Brandos;
• Queimação da mucosa oral;
• Gosto desagradável na boca salgado ou amargo,
• Há sensação de vesículas na boca, mas são placas
elevadas no palato, mucosa jugal, dorso da língua.

Remoção:
Pode ser feita com espátula ou esfregando uma gaze
seca.
A mucosa subjacente pode parecer normal ou
eritematosa.

Dica: Ao raspar se houver sangramento a mucosa


provavelmente foi afetada por outro processo como o líquen plano
erosivo ou tratamento quimioterápico.
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2. Multifocal crônica:
Pacientes com atrofia papilar central podem exibir sinais de
infecção da mucosa por cândida eritematosa e posteriormente apresentar
candidíase multifocal crônica.
As regiões:
• Dorso da língua,
• Palato duro,
• Mole,
• Comissura bucal.

3. Queilite angular:
Devido a proximidade das áreas envolvidas surge a queilite
angular que envolve a comissura bucal.
Características:
• Eritema,
• Fissuras,
• Descamação.

Fig 3. Queilite angular Livro Neville et Al, 2016, Pág 194 cap.6

4. Estomatite protética:
Características:
• Eritematosa;
• Pode vir acompanhado de hemorragia petequial na
região de prótese.
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Fig 4. Estomatite protética Livro Neville et Al, 2016 . Pág 218.

5. Candidíase crônica hiperplásica:

• Lesão hiperqueratótica,
• Mucosa vestibular anterior,
• Mescla de áreas vermelhas e brancas,
• Frequente na displasia epitelial em termos
histopatológicos.

6. Diagnóstico:
 Presença de Hifas de cândida ;e
 Remissão da cândida após a terapia antifúngica.
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Fig 5. Candidíase hiperplásica livro Neville et Al, 2016 , 2016 .Pág 196.

Histológico Candidíase Oral:

Fig 6. Candidíase Livro Neville et Al, 2016 Pág 198


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Rifas Tubulares de Cândida Albicans

Fig 7. microfotografia Hifas Tubulares de Cândida Albicans


Livro Neville et Al, 2016 .Pág 198

7. Diagnóstico:
 Anamnese,
 Exame intraoral,
 Sinais clínicos associado a citologia esfoliativa.

8. Candidíase muco cutânea:


 Grupo de desordens imunológicas raras.
 As condições imunológicas distintas que foram
identificadas, e a intensidade da candidíase está relacionada à
gravidade do defeito imunológico.

Que defeito é esse?


 O padrão de herança autossômica recessiva
tenha sido identificado em algumas famílias como mutações no
gene regulador da autoimunidade (AIRE) têm sido documentadas,
com a consequente formação de autoanticorpos direcionados
contra tecidos próprios do indivíduo.
 O ataque imunológico é direcionado contra as
glândulas endócrinas;
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 Os pacientes jovens com candidíase


mucocutânea devem ser avaliados periodicamente porque qualquer
uma de diversas anormalidades endócrinas.

9. Distúrbios:

• Os distúrbios endócrinos:
• O hipotireoidismo,
• O hipoparatireoidismo,
• O hipoadrenocorticismo (doença de Addison) e
• O diabetes melito.
Em geral, a alteração endócrina desenvolve-se meses ou até
anos

• Forma mais comum de infecção nos seres humanos


• Acomete mucosa oral, canal vaginal e região do pênis.
1-Candidíase Orofaríngea
2-Esofagite
3-Candidíase Vulvovaginal

10. Candidíase eritematosa:

Características:
• São assintomáticas e crônicas, conhecida como atrofia
papilar central da língua ou glossite romboidal mediana.
• Essa lesão aparece eritematosa e demarcada a linha
média, o dorso posterior da língua e é assintomática.
• É possível observar variações clinicas como perda difusa
das papilas filiformes do dorso da língua.
Manifestação:
Paciente sente a sensação de língua queimada, mas é normal devido
a condição.
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Fig 8. Neville et Al,


2016 .Pág 193
11. Síndrome de candidíase endócrina.

Características:
• Manchas vermelhas com sensação de queimação, que
ocorrem comumente na região posterior do palato,
• Dorso da língua e mucosa jugal e está associada a
antibioticoterapia, xerostomia.
• Imunossupressão ou ser de causa idiopática. Outras
formas de candidíase eritematosa podem ser encontradas,
como a glossite romboide mediana e a candidíase multifocal
crônica.

Fig 9. Candidíase Eritematosa livro Neville et Al, 2016 Pág. 194.


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12. Candidíase endócrina:

Fig 10. Hipoparatireoidismo livro Patologia Oral e maxilo facial Neville


DAMM ALLEN BOUQUOT Pág 840

São características:
• Redução PTH
• (hipoparatireoidismo).

13. Tratamento:
Os pacientes com hipoparatireoidismo usualmente são
tratados com doses orais:
• Vitamina D ( ergocalciferol, vitamina D2)
• Suplementos adicionais para o cálcio obtido com a
dieta, é importante manter níveis adequados de cálcio sérico. Desta forma
os pacientes podem, com frequência, ter uma vida relativamente normal.
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Tabela 2 Neville et al, 2016 .Pág. 200 cap.6

Tratamento:

O tratamento sugerido é feito com bochechos de nistatina 4


mL 4 vezes/dia. Em caso de não haver resposta ou quadro extenso, indica-
se:
• Fluconazol 100 mg/dia por 14 dias;
• Itraconazol 200 mg/dia por 14 dias;
• Cetoconazol 200 mg/dia por 14 dias.
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Caso 1- Revista Científica

https://assets.unitpac.com.br/arquivos/revista/vol-13-num-2-ago-
2020/07.pdf

Paciente do sexo feminino, 29 anos de idade, leucoderma, casada,


manicure e tabagista compareceu à Clinica Odontológica do ITPAC
( Instituto Tocantinense Presidente Ântonio Carlos) por motivos estéticos,
porém ao exame clinico observou-se que havia duas lesões localizadas na
cavidade oral, uma em língua e outra em palato.
A lesão lingual apresentava-se como uma área com perda das papilas
filiformes, de coloração normal, superfície lobulada, medindo cerca de 2
cm de diâmetro, margens definidas, localizada na região posterior do
dorso da língua. No palato, a lesão apresentava-se como uma erosão
eritematosa, com margens definidas, superfície lisa, medindo cerca de
3cm de diâmetro, localizada na região posterior do palato duro.
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Fig 11 Livro Neville Candidíase eritematosa localizada no Palato

Durante a anamnese a paciente relatou que tinha o hábito de chupar dedo


(onicofagia), que já teve onicomicose (infecção fúngica nos dedos/unhas),
que não tinha qualquer desordem sistêmica assim como não fazia uso de
medicamentos.
Foram realizados, então, exames micológico e citológico da língua, palato,
pé e raspado de unha, bem como a solicitação de exames hematológicos
(hemograma completo, glicemia de jejum, coagulograma, lipograma e
creatinina).

Os exames micológicos da língua, palato e pé foram realizados utilizando-


se :
• Swab estéril embebido em 2 ml de solução salina estéril (um para
cada lesão),
• As amostras foram semeadas em placas de Petri previamente
identificadas e contendo meio de cultura CRHOMagar Candida®.
• As placas foram incubadas em estufa BOD a 37ºC por 48 horas.
• O raspado de unha da mão foi coletado utilizando lâmina de bisturi
estéril;
• O material foi posto em uma placa de Petri e logo após foi
acrescentado nesta placa o meio CRHOMagar Candida® liquefeito e
homogeneizado; a placa foi incubada a 37ºC por 48 horas.
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Fig. 12 Swab https://www.splabor.com.br/blog/50-materiais-de-laborato

Exames citológicos:

Uso de escova ginecológica: foi esfregada sobre a lesão no palato e na


língua, e no pé, entre a unha e o dedo.
Cada escova foi passada sobre uma lâmina de vidro identificada, fixada
com spray, seca ao ar e corada através da coloração de Gram.

Os exames hematológicos:
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Os valores estavam dentro dos padrões normais. Uma semana após a


primeira consulta, a lesão da língua estava ausente e a do palato tinha
regredido.

Fig 13 . Gossite Romboide Mediana livro Neville

14.Orientação ao paciente:

Sem ser instituído qualquer tratamento antifúngico, a língua e o palato


foram fotografados.
Três semanas depois as lesões apareceram novamente, estas foram então
documentadas.
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A importância do paciente ir ao dentista e o profissional realizar uma boa


anamnese, além do exame intraoral e extraoral.
Desse modo, o profissional poderá avaliar a situação e, se necessário,
recomendar o uso do antifúngico para dar início ao tratamento.
Fazer uso do medicamento adequado e com a orientação correta é de
extrema importância para o sucesso do tratamento.

Tratar um caso de candidíase na cavidade bucal é de extrema importância,


pois a doença pode evoluir e se tornar ainda mais grave. Uma possível
consequência é a chegada da infecção ao esôfago.

Como utilizar a Nistatina?

• O paciente deve realizar a limpeza bucal;


• Utilizar escova de dente com cerdas macias e creme dental
adequado.
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• Fazer uso da nistatina em suspensão oral entra em ação através de


bochechos. E antes de engolir a substância, é importante que o
paciente a mantenha na boca por minutos.
• O bochecho deve ser feito quatro vezes ao dia, com doses que
variam entre 1 e 6 ml do remédio, dependendo das indicações
médicas.

15.Conclusão:

A candidíase multifocal crônica:


Apresenta placas eritematosas em dois ou mais sítios da boca; e Pacientes
com atrofia papilar central que são infectados com Cândida:
• Região dorsal da língua,
• A junção entre o palato duro e mole e comissuras labiais.

Os pacientes acometidos pela glossite romboide mediana no dorso da


língua e manifestação no palato são designados como portadores da
“lesão beijada”, em referência ao contato da candidíase lingual, a qual
transporta os fungos que acabam por colonizar o palato. Normalmente, o
paciente é do sexo masculino, fumante e de idade mais avançada (PLAS,
2016).
Para o diagnóstico da candidíase deve-se considerar os sinais clínicos
aliados aos exames laboratoriais. (SCALERCIO et al.,2007).

O diagnóstico clínico:
• Exames laboratoriais de citologia, e
• cultivo microbiológico.

A citologia realizada demonstrou a presença de hifas entre as células


epiteliais. Lazarde e Añez (2003).
No caso de candidíase multifocal crônica, observaram a presença de
numerosos blastosporos. Terai e Shimahara (2009)
Encontraram pseudohifas de fungos no exame direto em 57,5% dos
pacientes com candidíase atrófica em língua, assim como os achados de
Lemos, Miranda e Souza (2003), que analisando esfregaços da mucosa
palatina, evidenciaram positividade para estruturas de Candida na minoria
dos casos.
Para as análises microbiológicas: Por meio de cultura CHROMagar
Cândida®, o qual contém um substrato cromogênico, conforme diversos
autores Este é hidrolisado por enzimas espécie-específicas, possibilitando
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a identificação presuntiva macroscópica de espécies de Cândida, com base


nas cores das colônias (OLIVEIRA et al., 2006).
A cultura da mucosa oral foi positiva para C. albicans, que se apresentou
de cor verde no meio de cultura CHROMagar Candida®, representada
através da figura 15, assim como descreve ARAÚJO et al., 2005. Este
resultado corrobora os estudos de Guillarte et al. (2005) e Terai e
Shimahara (2009).
Estes, analisando casos de candidíase eritematosa em língua, observaram
que 75% das amostras foram positivas para Candida (Streptococcus),
sendo que a maioria foi confirmada como Candida Albicans. Já Guillarte et
al. (2005) encontraram, dentre os 551 casos de candidíase bucal, 40,7% do
cultivo positivo

Fig 15. Placas de Petri demonstrando as colônias de C.


Albicans – à direita a cultura da língua e à esquerda a cultura
do palato.
Fonte: https://assets.unitpac.com.br/arquivos/revista/vol-13-
num-2-ago-2020/07.pdf

Todas as amostras de raspado de unha no estudo de Furlaneto-Maia et al.


(2007) apresentaram crescimento de espécies de Candida, sendo que as
espécies não-albicans foram mais prevalentes. Segundo Miranda et al.
(2005), analisando amostras de pele e raspado de unha com sinal de
infecção, as espécies de Candida foram mais frequentemente observadas
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nas unhas e a Candida Albicans foi o agente etiológico mais comumente


envolvido. Porém, neste caso a paciente não demonstrava sinais de
onicomicose e a cultura feita com o material coletado da mão e do pé não
apresentou crescimento de espécies de Candida, discordando do estudo
de Darwazeh, AlRefai e Al-Mojaiwel (2001) que encontraram em 66,7%
dos pacientes analisados com candidíase oral, colonização concomitante
na boca e nas unhas.

Caso 2
Paciente 58 anos, apareceu na clínica do IESB queixando se da sua prótese
e que estava machucando a mucosa é fumante e costuma beber aos finais
de semana. Informou que sente palpitação no peito. Devidos as condições
financeiras buscava a confecção de uma nova.
Durante a consulta (anamnese) o paciente relatou problemas de saúde:
• Hipertensão,
• Artrite,
• Artrose,
• Hipertireoidismo,
A paciente toma tanderalgin contínuo devido fortes dores nas articulações
e não retorna ao médico há mais de 4 anos.
No exame extra oral , junto com os professores dentistas da clinica
observou tensão na musculatura do plastima, alteração no movimento do
côndilo durante a abertura da boca .
No exame Intra oral: observou-se uma candidíase no palato e na língua e
hiperplasia gengival. Além de uma mancha na gengiva.
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Fig.16 .Imagem concedida pelo paciente


clinica IESB.
Tratamento:

• A estudante de odontologia realizou a higiene da prótese com a


escova de Robson , hipoclorito, também foi orientado a paciente como
realizar a higiene e escovação da prótese com creme dental;
• Deixar a prótese de resina acrílica imersa numa solução de 15 ml de
hipoclorito de sódio com concentração de 2-3% (água sanitária
convencional) diluídos em 300 ml de água durante, no máximo, 15 a 20
minutos diários.
• Foi orientado a evitar ficar com a prótese normalizar a hiperplasia.
• Foi realizado a prescrição de nistatina suspenção oral 100.000
UI/mL 50 mL no receituário do IESB como orientação dos professores da
clínica para bochecho por 10 dias.
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Conclusão:
A Paciente está em observação e foi encaminhada as turmas de prótese
para ser confeccionado uma prótese total. Tendo em vista que a clínica do
IESB está de recesso não foi mais possível ver a paciente.

Lúpus eritematoso sistêmico:

Descartar a hipótese de infecção por Cândida, pois a candidíase


pseudomembranosa é a expressão mais comum em pacientes
imunossuprimidos.
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Referência Bibliográfica

1. https://simpatio.com.br/nistatina/ acessado dia 20 de novembro as


19h 30.
2. Patologia oral & maxilofacial Neville ADAMM ALLEN CHI 4.a Ed. Rio
de Janeiro Editora Elsevier Ltda 2016.
3. Patologia Oral e maxilofacial Neville DAMM ALLEN BOUQUOT 3.a
Ed. Rio de Janeiro Editora Elsevier Ltda 2009.
4. https://assets.unitpac.com.br/arquivos/revista/vol-13-num-2-ago-
2020/07.pdf acessado 19 de novembro às 14h.
5. https://youtu.be/CM-b6MAxpkQ Acessado dia 29 de novembro as
20h 20.
6. https://www.youtube.com/watch?v=WrHCF_HLkV4 acessado dia 01
de Dezembro às 10h.
7. https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/2352/
terapia_antifungica.htm Acessado dia 18 de novembro às 18h.
8. https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/candidiase/
Acessado dia 01 de Dezembro às 10h 30.

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