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Material criado por Shirlei Negreiros │ 1ª Edição – Ano 2021


Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
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O objetivo deste curso é ensinar de maneira clara e objetiva o design de sobrancelha,


com base no visagismo e principalmente compartilharei com vocês toda a minha
experiência em atendimento.

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SUMÁRIO

A pele 4
Epiderme 4
Derme 5
Colágeno 7
Tipos de fibras 9
Camada subcutânea ou hipoderme 10
Funções da pele 10
O que ocorre quando a pele está danificada? 10
Fototipo da pele 11
Tipo de pele 12
Regiões e áreas faciais 13
Microagulhamento 13
Objetivo 13
Principio fundamental do microagulhamento 13
Histórico 13
Estudos sobre microagulhamento 14
Dupla funcionalidade 14
Terapia de indução de colágeno x procedimentos ablativos 14
Microagulhamento x peeling x laser 15
Fundamentos da terapia indução de colágeno 15
Fatores que aceleram a cicatrização 16
Fatores que podem interferir no processo de cicatrização 17
Efeitos do microagulhamento na epiderme 19
Efeitos do microagulhamento na derme 21
Características do microagulhamento 22
Dispositivos terapêutico 23
Caneta de microagulhas/dermapen 23
Indicações do microagulhamento 24
Vantagens do microagulhamento 24
Desvantagens do microagulhamento 24
Diferenças entre os danos provocados pelas agulhas 25
Objetivo 25
Rugas e flacidez 25
Como terapia indução de colágeno pode ajudar? 25
Hiperpigmentação 25
Ação dos raios uv 26
Melasma 26
Como terapia de indução de colágeno pode ajudar? 26
Estrias 26
Como terapia de indução de colágeno pode ajudar? 27
Cicatrizes de acne 27
Cicatrizes atróficas 28
Funcionalidades clínicas 29
Cicatrizes cirúrgicas 30
Drug delivery 30
Ativos para drug delivery 31
Home care 34
Anestésico tópico 36
Excelência no atendimento 36
Documentação fotográfica 39
Biossegurança e vigilância sanitária 40
Preparo da pele para o microagulhamento 41
O tratamento 41
O que pode ser associado ao tratamento de microagulhamento 41
Como associar 41
Recomendações após o microagulhamento 42
Protocolo de atendimento 42

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A PELE
A pele é considerada um dos órgãos mais complexos,
sendo o maior órgão do corpo humano. É através dela
que nos comunicamos com o meio externo, além de
muitas outras funções essenciais como: Proteção,
regulação da temperatura do nosso organismo, resposta
aos estímulos imunológicos, percepção sensorial (calor,
frio, pressão, dor e tato), produção de vitamina D, dentre
outros...

É o único órgão que apresenta dois tipos de


envelhecimento: O cronológico comum a todos os outros
órgãos, relacionado com a idade; e o envelhecimento
causado por fatores externos (ambientais),
principalmente pelo sol, chamado de foto-
envelhecimento. Ambos serão explicados mais pra frente.
A pele humana pode variar de 0,5 a 6 mm de espessura, a
média mundial da espessura da pele é de 2 mm
(Epiderme + Derme), sendo que a Epiderme tem a
espessura média de 75 a 150 mícrons (μm) e não possui
vasos sanguíneos.

A pele é formada por duas camadas:


Epiderme, Derme que repousam na Hipoderme (tela subcutânea),
da mais externa para a mais profunda, respectivamente.

EPIDERME
A epiderme é composta por epitélio de revestimento que é um tecido estratificado, pavimentoso e queratinizado, ou
seja, formado por várias camadas de células com diferentes formas e funções. As células superficiais são achatadas
como se fossem escamas e possuem queratina. A epiderme não possui vasos nem nervos; tem espessura variada,
sendo mais grossa nas regiões de atrito como solas dos pés e palmas das mãos e mais fina sobre as pálpebras e
próximo dos genitais.
As células, chamadas queratinócitos ou ceratinócitos, produzidas na camada basal vão sendo “empurradas” para
cima e modificam sua estrutura. Elas se unem por junções (os desmossomos, que são especializações da superfície) e
prolongamentos, se achatam e produzem queratina. Os ceratinócitos perdem o núcleo e morrem, na superfície do
corpo são eliminadas por descamação.

As funções da epiderme são:


 Servir como uma barreira de proteção do organismo;
 Absorção de raios ultravioletas provenientes da radiação solar;
 Evitar a perda de água;
 Promover a sensação de tato.
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Camadas da epiderme e os diferentes tipos celulares:
Camada Córnea: o estrato córneo fica na superfície do corpo. Formado por células mortas, sem núcleo, achatadas e
queratinizadas. A sua parte mais externa sofre descamação, sendo constantemente substituída (em períodos de 1 a
3 meses).
Camada Granulosa: à medida que sobem, os ceratinócitos vão sendo achatados. Na camada granulosa possuem
forma cúbica e estão cheios de grânulos de queratina, que passa a ocupar os espaços intercelulares;
Camada Espinhosa: possui células com desmossomos e prolongamentos que ajudam a mantê-las bem unidas, o que
lhes confere aparência espinhosa. As células de Langerhans se encontram espalhadas pela camada e ajudam a
detectar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico para defender o corpo;
Camada Basal ou Germinativa: essa camada está sempre produzindo novas células, que se dividem por mitose.
Estão presentes as células de Merkel são mecanorreceptoras, ou seja, percebem estímulos mecânicos do exterior e
os encaminham para as fibras nervosas. Em cada 1 cm² da camada basal temos cerca de 2.000 melanócitos, que
produzem as células de defesa imunológica (células de Langerhans) e no interior do melanócitos produz o pigmento
que dá cor à pele, aos olhos e pelos e protegem contra a radiação ultravioleta – RUV, chamado de melanina. Os
melanócitos juntamente com os queratinócitos e as células de Langerhans formam a unidade melanocitária, onde
ocorre a melanogênese (síntese da melanina). A melanogênese é controlada pelo hormônio estimulador do
melanócitos (MSH), além do estrógeno e progesterona e pela enzima tirosinase. Quando algum fator externo ou
interno desregula o processo normal da melanogênese é onde ocorre a formação de manchas.
A epiderme, com função hemostática (atua na cicatrização de ferimentos junto com o sistema de coagulação
sanguínea) e propriedade de auto renovarão celular, requer um nível de hidratação ideal para que as células
epidérmicas possam se multiplicar e se diferenciar, possibilitando que tenhamos uma pele saudável, capaz de
exercer as funções citadas acima. A hidratação protege a pele da irritação, dos efeitos da poluição, do
envelhecimento precoce, das infecções e, obviamente, do ressecamento.
Procedimentos estéticos podem auxiliar na manutenção da hidratação da pele, pois a hidratação mantém a pele
saudável.

Os níveis de hidratação da pele dependem de vários fatores, incluindo:


 A presença de moléculas que retêm água, conhecidas como Fator Natural de Hidratação ou Natural
MoisturizingFactor (NMF) junto ás células da epiderme;
 A presença de glicerol e ácido hialurônico endógeno como umectantes naturais da pele;
 O arranjo dos lipídios ou gorduras intracelulares organizados em lamelas no estrato córneo, funcionando como
barreira à perda de água;
 A presença e funcionamento das aquaporinas-3, canais presentes na membrana das células epidérmicas,
responsáveis por regular o transporte de água, glicerol e ureia para a célula. colágenas e elásticas. O ácido
hialurônico tem funções de grande importância em numerosos fenômenos do organismo e as suas funções
biológicas dependem do seu peso molecular que interfere na sua interação com determinadas proteínas.
O (AH) é um polissacarídeo de elevado peso molecular e componente essencial da matriz extracelular da derme
estando diretamente envolvido na reparação de tecidos.

DERME
A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras proteicas, vasos
sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos,
responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos
dérmicos estão mergulhados.
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Os folículos
pilosos as glândulas sebáceas responsáveis pela produção de sebo e as glândulas sudoríparas, responsáveis pela
produção de suor.

As glândulas anexas – sudoríparas e sebáceas – encontram-se mergulhadas na derme, embora tenham origem
epidérmica. O suor (composto de água, sais e um pouco de ureia) é drenado pelo ducto das glândulas sudoríparas,

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enquanto a secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pelos) sai pelos poros de onde
emergem os pelos.
A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há elevação da temperatura ambiental ou
quando a temperatura interna do corpo sobe, devido, por exemplo, ao aumento da atividade física.
Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pelo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência),
vasos sanguíneos e nervos.

Esses nervos através de várias ramificações (terminações nervosas), recebem os estímulos do meio ambiente e os
transmitem ao cérebro. Estes estímulos são traduzidos em sensações, como: Calor, frio, dor, pressão, vibração,
prazer e etc.

A derme é essencial para a sobrevivência da epiderme, e essas camadas adjacentes mantêm muitas relações
funcionais e estruturais importantes. Com base na sua estrutura tecidual, a derme é dividida por um limite indistinto
em uma região papilar superficial fina e uma região reticular mais profunda espessa.

A região papilar consiste em fibras elásticas e colágenas finas e sua área de superfície é extremamente aumentada
por pequenas estruturas digitiformes que se projetam na superfície inferior da epiderme, chamadas papilas
dérmicas, as quais aumentam em muito o contato de superfície entre a região papilar e a epiderme.
As papilas dérmicas variam muito de tamanho e número em diferentes partes da derme; é mais altas e numerosas
em regiões sensíveis da pele submetidas a mais estresse mecânico. Na pele fina que recobre a maior parte do corpo
as papilas dérmicas são relativamente poucas, pequenas e irregularmente dispersas. Ao contrário, na pele espessa
das palmas e plantas, as papilas são relativamente numerosas, altas, e dispostas em fileiras padronizadas.
A região reticular da derme, fixada à tela subcutânea (hipoderme), consiste em feixes de fibras colágenas espessas,
fibroblastos dispersos, diversas células migratórias (como os macrófagos) e algumas fibras elásticas espessas. Além
disso, existem alguns adipócitos na parte mais profunda da camada. As fibras colágenas na região reticular estão
dispostas em forma de malha e em uma formação mais regular do que na região papilar. A orientação mais regular
das grandes fibras colágenas alinha-se com as forças de tração locais, para ajudar a pele a resistir ao estiramento.
Vasos sanguíneos, nervos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas ocupam os espaços entre as
fibras.

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A derme está fortemente irrigada pelos vasos e, para além do seu papel de apoio (assegurados pelas fibras de
colágeno e de elastina), desempenha um papel nutritivo importante. Está também relacionada com a
termorregulação, a cicatrização e também com a eliminação dos dejetos (através do suor que contém ureia).
Na derme está presente naturalmente o ácido hialurônico que é um polissacarídeo, da família das
Glicosaminoglicanas (GAG’s). O ácido hialurônico da pele é produzido principalmente pelos fibroblastos.
Na camada dérmica, o ácido hialurônico aparece especialmente relacionado com as microfibrilas de colágeno, fibras
colágenas e elásticas. O ácido hialurônico tem funções de grande importância em numerosos fenômenos do
organismo e as suas funções biológicas dependem do seu peso molecular que interfere na sua interação com
determinadas proteínas.
O (AH) é um polissacarídeo de elevado peso molecular e componente essencial da matriz extracelular da derme
estando diretamente envolvido na reparação de tecidos.

COLÁGENO
Na pele, o colágeno encontra-se organizado em camadas laminares de fibrilas, trançado em diversos ângulos.
A síntese do colágeno depende da produção do pró-colágeno, um percursor insolúvel secretado pelos fibroblastos
no meio intracelular.

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TIPOS DE FIBRAS

Fibras Colágenas - São constituídas de colágeno. São grossas e resistentes,


distendendo-se pouco quando tensionadas. As fibras colágenas presentes na
derme conferem resistência a nossa pele, evitando que ela se rasgue, quando
esticada.

Fibras Elásticas - São longos fios de uma proteína chamada elastina. Elas conferem
elasticidade ao tecido conjuntivo frouxo, completando a resistência das fibras
colágenas. Quando você puxa e solta a pele da parte de cima da mão, são as fibras
elásticas que rapidamente devolvem a pele sua forma original.

Fibras Reticulares – São ramificadas e formam um trançado firme que liga o tecido
conjuntivo aos tecidos vizinhos.

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Na pele humana, as fibras de colágeno formam uma grande massa de matriz extracelular e constituem de 70 a 80%
do peso na derme.
A família dos colágenos é constituída por mais de 12 tipos; os da pele são os tipos I,III,IV,V,VI e VII.

CAMADA SUBCUTÂNEA OU HIPODERME


A camada mais interna da nossa pele armazena energia enquanto acolchoa e isola
o corpo. Ela é composta principalmente de:
 Células adiposas (adipócitos): agregadas entre si em grupos formando uma
almofada, também chamadas de coxins.
 Fibras especiais de colágeno (chamadas de septos tissulares): tecidos
conjuntivos soltos e esponjosos que mantem as células adiposas juntas.
 Vasos sanguíneos.

O número de células adiposas que contém a subcutânea difere nas diferente partes
do corpo. Além do mais, a distribuição de células adiposas também difere entre
homens e mulheres, assim como a estrutura de outras partes da pele. A pele muda
durante a vida de uma pessoa.

FUNÇÕES DA PELE
A pele é essencial à nossa saúde e bem-estar geral. A pele saudável atua como uma barreira entre o mundo exterior
e o interior do corpo e é nossa melhor e primeira defesa contra:

O QUE OCORRE QUANDO A PELE ESTÁ DANIFICADA?


A pele saudável e sem problemas possui uma cor uniforme, a textura é
lisa, bem hidratada e adequadamente sensível ao toque, pressão e
temperatura. Quando a barreira natural da pele é alterada, sua função
protetora e aparência saudável ficam comprometidas:
 Ela perde umidade, elasticidade e pode ficar seca, áspera, com
rachaduras e/ ou flácida.
 Ela torna-se cada vez mais sensível a influências externas (tais
como sol e mudanças térmicas) e fica particularmente propensa à
infecção.
A pele infeccionada pode se inflamar, pois as células imunes se movem
tentando reparar a barreira danificada e curar a infecção.
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A pele tem vários mecanismos de regeneração e reparação. A camada basal assegura uma renovação constante da
epiderme, através da divisão celular contínua:

 Se uma lesão é confinada na camada cutânea superior, dominante de pele, o dano (conhecido como erosão)
pode curar sem retração cicatricial.
 Se o dano alcança a derme e se a membrana basal está afetada (por exemplo, uma úlcera), daí normalmente
ocorre retração cicatricial.

FOTOTIPO DA PELE
Por que as pessoas têm tons de pele diferentes?
A cor da pele está relacionada a uma série de fatores, a cor natural da pele pode ser classificada de duas formas:

 A cor constitutiva da pele é herdada geneticamente, sem interferência da radiação solar, portanto, constante.
Nesse caso, os fatores genéticos determinam e atuam em todas as etapas da melanogênese, fornecendo as
características específicas aos melanossomos pelos genes de pigmentação. Assim, dois componentes de
pigmentação constituem a cor da pele. A cor constitutiva da pele é a melanina básica herdada geneticamente e
sem interferência da radiação solar – e, portanto, constante. A síntese deste tipo de pigmentação é controlada
pela tirosinase.
 A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida. Ela resulta da exposição solar, pode ser por
bronzeamento imediato ou tardio e inclusive pode alterar a cor constitutiva da pele.

FOTOTIPOS DE PELE – CLASSIFICAÇÃO DE FITZPATRICK


A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo médico norte-
americano Thomas B. Fitzpatrick. Ele classificou a pele em fototipos de um a seis, a partir da capacidade de cada
pessoa em se bronzear, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol, sendo:

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TIPOS DE PELE
Apesar de todas as peles parecerem semelhantes do ponto de vista anatômico, funcional e bioquímico, existem
grandes variações entre elas, que necessariamente têm de ser levadas em conta na formulação de produtos
cosméticos, nos resultados e durabilidade da Micropigmentação.
Os principais fatores determinantes do tipo de pele são: a quantidade de água (que influencia a elasticidade), a
quantidade de lipídeos (que influencia a nutrição e a suavidade) e o nível de sensibilidade (que influencia a
resistência da pele). Os tipos de pele mais comuns são:

PELE NORMAL OU EUDÉRMICA


Tem superfície lisa, flexível, lubrificada e umedecida, apresenta poros pouco visíveis e
aspecto rosado. Há um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo lipídico, que
resulta em uma pele sem imperfeições e com um nível adequado de sensibilidade.
Nesse tipo de pele, o aparecimento de rugas é variável e estas são mais intensas na
região dos olhos.

PELE SECA OU ALÍPICA


Devido a fatores genéticos, hormonais ou ambientais, como vento ou radiação solar,
esse tipo de pele apresenta secreção sebácea insuficiente, tem poros praticamente
invisíveis e nenhuma luminosidade, além de a pele ser áspera e sem flexibilidade. É
uma pele sensível e, não raro, apresenta manchas avermelhadas. Tem maior
tendência ao aparecimento de rugas. Uma pele extremamente seca pode descamar
principalmente nas costas da mão e no lado exterior dos braços, dos antebraços e das
pernas.

PELE OLEOSA OU GRAXA


Por causa do aumento da secreção sebácea, esse tipo de pele apresenta aspecto
lustroso ou engordurado, poros dilatados, textura mais espessa e tendência a formar
acnes e comedões. A oleosidade é variável, sendo causada pela hiperatividade das
glândulas sebáceas, que produzem mais sebo do que o necessário em decorrência de
fatores hormonais (puberdade e alterações hormonais) ou externos, como estresse, o
uso de determinados medicamentos e exposição ao calor ou à umidade excessiva.
Apresenta menor tendência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão.

PELE MISTA
É uma combinação de pele oleosa na zona central do rosto e pele seca nas
bochechas. Apresenta normalmente poros dilatados no nariz, na testa e no mento,
tendo uma oleosidade mais intensa com tendência a formar cravos nessa área (zona
T). Na região das bochechas, há pele normal ou seca, com aparecimento de rugas
variável.

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REGIÕES E ÁREAS FACIAIS

MICROAGULHAMENTO
A técnica de microagulhamento, também conhecida como indução percutânea de colágeno (IPC) ou Microneedling,
é um procedimento no qual se utilizam microagulhas com a finalidade de provocar micropunturas na pele e
estimular um processo inflamatório com consequente produção de colágeno sem danificar totalmente a epiderme
como em outras técnicas ablativas (DODDABALLAPUR, 2009; FABBROCINI et al., 2009; GARG; BAVEJA, 2014;
KALLURI; KOLLI; BANGA, 2011; LIMA, 2015; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015; PARK et al., 2010).
A técnica mais popular é a minimamente invasiva, na qual o procedimento é realizado apenas com creme
anestésico.
Técnica que consiste em produzir furos minúsculos na pele com o objetivo de estimular os fibroblastos, as células
responsáveis pela produção de colágeno, para restaurar a pele que foi danificada.
 O microagulhamento é um sistema de rolamento que contém inúmeras microagulhas que geram centenas de
microlesões na pele.
 Esta ação desencadeia mediadores químicos que estimulam os fibroblastos a produzirem mais colágeno e
elastina para restaurar a pele danificada.
 Com este aumento na produção dessas substâncias, toda a pele é reestruturada e beneficiada com a
reorganização das fibras internas, o que leva à diminuição das rugas, das cicatrizes de acne, resultando em uma
pele mais firme e com mais viço.
 Associar a entrega A forma de ação principal do transdérmica de ativos selecionados (microagulhamento é
mecânica drug delivery).

OBJETIVO
Induzir microlesões na pele iniciando o processo de reparo da lesão (reparo tecidual: ativação do processo
cicatricial).

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL MICROAGULHAMENTO


A lesão tem que ser apenas grave o suficiente para desencadear os processos de cura, mas não é grave o suficiente
para causar danos permanentes na pele. (BAL; CAUSSIAN; PAVEL; BOUWSTRA, 2008).
 MODULAÇÃO DO PROCESSO CICATRICIAL

HISTÓRICO
 1995 – Dr. Desmond Fernandes: iniciou os estudos com indução de colágeno por meio da técnica de subcisão.
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 1997 – Dr. André Camirand: realizou avaliação em manchas e cicatrizes que melhoraram com o uso de
microagulhas - equipamento de tatuagem.
 2004: desenvolvimento do primeiro equipamento com 200 agulhas com o aspecto de rolo atualmente
conhecido.
 2006 – Dr. Desmond Fernandes: desenvolve um aparelho especial para a TIC (Terapia de Indução de Colágeno).

ESTUDOS SOBRE MICROAGULHAMENTO


Microagulhamento foi investigado em cenários experimentais por seus efeitos nas cicatrizes de acne atrófica,
rejuvenescimento da pele, cicatrizes hipertróficas, queloides, estrias, alopecia androgenética, melasma e acne
vulgar. Vários ensaios clínicos usaram randomização e single-blindation para fortalecer a validade do resultado do
estudo.
O microagulhamento mostrou resultados notáveis quando utilizado isoladamente e quando combinado com
produtos tópicos ou radiofrequência. Quando comparado com outros tratamentos, mostrou resultados
semelhantes, mas foi preferível devido a efeitos colaterais mínimos e menor tempo de inatividade.
Estudo randomizado, aberto e comparativo de microinjeções de ácido tranexâmico e ácido tranexâmico com
Microneedling em pacientes com Melasma.
No grupo de microinjeção, houve melhora de 35,72% no escore MASI comparado a 44,41% no grupo de
microagulhamento, ao final da terceira visita de acompanhamento. Seis pacientes (26,09%) no grupo de
microinjeções, em comparação com 12 pacientes (41,38%) no grupo de microagulhamento, apresentaram mais de
50% de melhora. No entanto, não houve eventos adversos importantes observados em ambos os grupos de
tratamento.
Estudo randomizado, aberto e comparativo de microinjeções de ácido tranexâmico e ácido tranexâmico com
Microneedling em pacientes com Melasma.
No grupo de microinjeção, houve melhora de 35,72% no escore MASI comparado a 44,41% no grupo de
microagulhamento, ao final da terceira visita de acompanhamento. Seis pacientes (26,09%) no grupo de
microinjeções, em comparação com 12 pacientes (41,38%) no grupo de microagulhamento, apresentaram mais de
50% de melhora. No entanto, não houve eventos adversos importantes observados em ambos os grupos de
tratamento.

 Uma alternativa ao Delivery System


 Uma alternativa aos peelings, microdermoabrasão e lasers ablativos
 Uma alternativa para peles de fototipos elevados
 Uma alternativa para peles sensíveis

DUPLA FUNCIONALIDADE
 Aumentar a permeação de ativos na pele “drug delivery” (Microagulhamento transdérmico);
 Estimular o processo de renovação da pele = neocolagênese e angiogênese (Microagulhamento tradicional);

TERAPIA DE INDUÇÃO DE COLÁGENO X PROCEDIMENTOS ABLATIVOS


A remoção da Epiderme realizada de maneira mecânica ou química favorece a liberação de citocinas e migração de
células inflamatórias que culminam na substituição do tecido danificado por um tecido cicatricial.
Peelings Químicos médios e profundos, como exemplos de tratamentos ablativos, são bem difundidos, pelo
incontestável estímulo a produção de colágeno, o que resulta na atenuação de rugas, flacidez, melhoria da textura,
brilho e coloração da superfície cutânea, atenuação substancial do fotodano, além do potencial para melhoria
cosmética de cicatrizes.
Em contrapartida, a recuperação desses procedimentos é longa e resulta em um tecido mais sensível à luz, sujeito a
hiperpigmentação pós-inflamatória e fotossensbilidade, somado ao risco de complicações como formação de
cicatrizes hipertróficas, eritema persistente e discromias.

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MICROAGULHAMENTO X PEELING X LASER
Microagulhamento: ação mecânica e mantém a epiderme integra, menor chance de desidratação, manchas. Mais
seguro que os demais para fototipos mais altos.
Laser e peeling: maior risco para fototipos altos, maior chance de desidratação e hiperpigmentação pós inflamatória.
Laser: ação térmica e destrói a epiderme
Peelings: ação química e destrói a epiderme

FUNDAMENTOS DA TERAPIA INDUÇÃO DE COLÁGENO


Essa intervenção inicia-se com a perda da integridade da barreira cutânea, tendo como alvo a dissociação dos
queratinócitos, que resulta na liberação de citocinas como interleucina-1 alfa, predominantemente, além de
interleucina-8, interleucina-6, TNF-alfa e fator estimulador de colônias granulócitos e macrófagos (GM-CSF), que
resulta em vasodilatação dérmica e migração de queratinócitos para restaurar o dano epidérmico. LIMA (2016)

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Injúria- 1° Fase: Ocorre a liberação de plaquetas e neutrófilos responsáveis por
disponibilização de fatores de crescimento, que atuam sobre os queratinócitos e os
fibroblastos como fatores de crescimento tecidual alfa e beta (TGF-alfa e TGF-beta), o
fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), a proteína III ativadora do tecido
conjuntivo e fator de crescimento do tecido conjuntivo.

Cicatrização – 2° Fase: Os neutrófilos são substituídos por monócitos e ocorrem a


angiogênese, epitelização e proliferação de fibroblastos, seguidas da produção de
colágeno tipo III, elastina, glicosaminoglicanos e proteoglicanos. Paralelamente, o fator
de crescimento dos fibroblastos, o TGF-alfa e o TGF-beta são secretados por monócitos.
Aproximadamente 5 dias depois da injúria a matriz de fibronectina está formada, o que
possibilita o depósito de colágeno logo abaixo da camada basal.

Maturação - 3° Fase: O colágeno tipo III, predominante na fase inicial do processo de


cicatrização, é lenta substituída pelo colágeno tipo I, mais duradouro. Fase longa
perdurando por anos.

FATORES QUE ACELERAM A CICATRIZAÇÃO

O processo cicatricial – que engloba as três fases citadas acima – pode ser acelerado se algumas medidas forem
tomadas.

Manter o organismo hidratado, bebendo, no mínimo, 2 litros de água por dia, é fator fundamental para a boa
cicatrização. Uma dieta equilibrada, com proteínas, carboidratos e gorduras, também ajuda a acelerar a regeneração
da pele.

A utilização dos cuidados e produtos indicados no pós, acelera a cicatrização da região lesionada, pois promove o
ambiente ideal para o desenvolvimento do tecido de granulação. Além disso, a membrana mantém a umidade
natural na região e promovem as trocas gasosas, fatores que auxiliam a acelerar a cicatrização.

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FATORES QUE PODEM INTERFERIR NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Alguns fatores podem prejudicar a cicatrização da pele, tornando o processo mais demorado e podendo causar
complicações e prejuízos estéticos e funcionais.

Esses fatores são definidos como fatores locais (1) e fatores sistêmicos (2).

1 – Fatores locais (aqueles relacionados diretamente à ferida):

 Características da ferida: dimensão, profundidade, aspecto da secreção, hematomas, edemas e presença de


corpo estranho.
 Cuidados: higienização, material e curativos utilizados.
 Isquemia tecidual: a falta de oxigenação dificulta a proliferação das células.
 Infecção local: quando o processo de cicatrização é retardado por conta de contaminação bacteriana.

2 – Fatores sistêmicos (que dizem respeito ao indivíduo):


 Faixa etária: a idade avançada dificulta a resposta da fase inflamatória.
 Estado nutricional: uma dieta pobre em proteínas e vitaminas interfere em todas as fases da cicatrização. A
má nutrição diminui a resposta imunológica e a síntese de colágeno. O resultado disso, além da demora na
cicatrização, pode resultar em deiscência de suturas.
 Doenças crônicas: diabetes mellitus, obesidade, hipertensão, entre outras.
 Terapia medicamentosa: antiinflamatórios, antibióticos e quimioterápicos podem interferir no processo
cicatricial.
 Tratamento tópico inadequado: utilização de produtos inapropriados, como sabão comum.
 Distúrbios cicatriciais: distúrbios na cicatrização, como atrofia cicatricial, cicatriz hipertrófica e queloides.

Esse fatores são importantes, principalmente no pós procedimento, pois alguns clientes terão a
regeneração da pele mais rápida do que outros.

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Segundo Badram, Kuntscher e Fahr, duas horas após o microagulhamento os orifícios diminuíram seu tamanho de
forma considerável. A agulha de 0,5 mm é mais eficaz para aumentar a absorção do que agulhas de 1,5 mm de
comprimento.
Segundo mesmos autores, eles acreditam que isso ocorre porque as agulhas de 0,5 mm de comprimento entregam
as substâncias à profundidade ideal para permitir a máxima absorção pelos capilares menores.
Verificou-se a formação de microcanais e o tempo necessário para a pele recuperar a função barreira por meio da
medição de perda de água transepidermal (agulhas de 0,37 a 0,75 mm).
 Após a perfuração TWEL aumentou consideravelmente.
 Recuperação foi em torno de 3 a 5 horas após a formação dos microcanais.
 Gupta el al., quantificaram o aumento da permeabilidade da pele pela ação do microagulhamento, com o uso de
espectroscopia de impedância, e verificaram que a permeabilidade da pele pode diminuir totalmente em duas
horas.

São criadas centenas de microlesões que resultam em colunas hemáticas na derme, acompanhada de edema da área
tratada e hemostasia imediata.
A intensidade das reações é proporcional ao comprimento da agulha utilizada no procedimento.

Visão esquemática da penetração da agulha durante o procedimento.

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Da direita para esquerda, áreas demarcadas tratadas com diferentes comprimentos de agulha

EFEITOS DO MICROAGULHAMENTO NA EPIDERME


A perfuração da pele com as agulhas do roller ou dermapen, mesmo as curtas, podem influenciar a comunicação
celular por sinais elétricos, especialmente na membrana basal epidérmica.
Isso estimula a liberação de Fatores de Crescimento Epidérmico (EGF) e acelera a proliferação celular dos
queratinócitos e células basais, resultando em um aumento de 30% da camada de queratina.

Segundo Setterfield, a epiderme é influenciada pelo roller das seguintes maneiras:


A microlesão leva a liberação de diversos fatores de crescimento, como fator de crescimento epidérmico (EGF).
A ligação celular entre os queratinócitos saudáveis e melanócitos é melhorada, resultando uma melhor distribuição
do pigmento de melanina.
Aumento na entrega dos ingredientes cosméticos para a profundidade dos queratinócitos e melanócitos.
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Neutrófilos e Monócitos liberam Fatores de Crescimento

TGF-B e FGF
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EFEITOS DO MICROAGULHAMENTO NA DERME
A derme é influenciada pelo microagulhamento das seguintes maneiras:
 Aumento na entrega de princípios ativos cosméticos para os fibroblastos.
 Por sinalização celular a partir dos queratinócitos, através de vários fatores de crescimento e outras moléculas,
que governam a resposta de fibroblastos na produção de colágeno.

CARACTERÍSTICAS DO MICROAGULHAMENTO
O acessório mais utilizado para realizar a técnica de microagulhamento é composto por um rolo de polietileno ou
policarbonato e acrilonitrilo-butadieno-estireno (ABS) encravado com agulhas de aço inoxidável ou titânio e estéreis
por irradiação gama, dispostas simetricamente em fileiras. A quantidade de agulhas varia de 190 a 540 unidades de
acordo com o fabricante, já o comprimento se mantém e pode ser encontrado de 0,2 mm até 3,0 mm conforme o
modelo (DODDABALLAPUR, 2009; KALIL et. al., 2015b; LIMA, 2015; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; MOETAZ EL-
DOMYATI et al., 2015; NEGRÃO, 2015). Os rolos são de utilização única conforme determinados pelos seus
fabricantes e pela própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), na resolução número 2.605 de 11 de
agosto de 2006, uma vez que se enquadram como agulhas com componentes plásticos não desmontáveis, portanto,
proibidos de serem reprocessados e devem ser descartados em recipientes específicos para materiais
perfurocortantes (BRASIL, 2006; NEGRÃO, 2015).
O procedimento com agulhas de até 1 mm consegue ser efetuado sem bloqueio anestésico ou com anestesia tópica,
porém acima desse tamanho já é necessário um bloqueio complementado por anestesia infiltrativa ou anestesia
tópica mais forte (LIMA, 2015; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015). A utilização do creme anestésico Emla
pode ajudar no alívio da dor e na realização do procedimento (DODDABALLAPUR, 2009).
O resultado final da terapia dependerá do domínio da técnica por parte do profissional e da manipulação do
aparelho (LIMA, 2015; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013). Os autores Lima, Lima e Takano (2013, p. 112, grifo do autor)
aconselham que “A pressão vertical exercida sobre o roller não deve ultrapassar 6N, pois força superior poderá levar
a danos em 8 estruturas anatômicas mais profundas e mais dor que o esperado.” Deve-se, portanto, colocar o
aparelho entre os dedos indicador e polegar e administrar a força com o polegar (LIMA, 2015; LIMA; LIMA; TAKANO,
2013).
Os movimentos efetuados com o aparelho são de vai e vem em quadrantes, e devem ser feitas repetições entre 10
e 15 passadas com pelo menos quatro cruzamentos na área de rolagem (vertical, horizontal e diagonais esquerda e
direita). Esses movimentos são orientados por um padrão uniforme de aparecimento de petéquias que dependerá
do comprimento das agulhas e do biotipo (espessura) da pele (FABBROCINI et al., 2009; KALIL et. al., 2015b; LIMA,
2015; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015). Em algumas pesquisas pode ser encontrado que um dano de 250
a 300 punturas/cm2 pode ser provocado por 15 passadas (DODDABALLAPUR, 2009; FABBROCINI et al., 2009; LIMA,
2015; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013).
O microagulhamento, de uma forma geral, é bem tolerado pelos clientes, porém um eritema pode ser observado
após o procedimento, desaparecendo entre dois a três dias (DODDABALLAPUR, 2009; FABBROCINI et al., 2009; KALIL
et. al., 2015b; LIEBL; KLOTH, 2012). O eritema na pele caucasiana diminui em 50% após 4 a 6 horas do procedimento
realizado. Máscaras geladas com ácido hialurônico podem ser utilizadas para reduzir o edema em 50% em 30
minutos. Um edema visível após o microagulhamento é atípico, porém, um pequeno inchaço generalizado pode ser
observado, mas o mesmo some em 48 horas (LIEBL; KLOTH, 2012). O cliente pode retornar as suas atividades no dia
seguinte (DODDABALLAPUR, 2009; KALIL et. al., 2015b). O tempo de intervalo entre as sessões são em média de
quatro semanas, pois, as novas fibras de colágeno levam um tempo para maturarem (DODDABALLAPUR, 2009;
NEGRÃO, 2015).
Outras reações esperadas após a técnica são sensação de calor e queimação e repuxamento da pele. O tempo que
essas reações permanecem na pele depende de inúmeros fatores como a forma de aplicação, comprimento da
agulha, produtos e recursos elétricos associados à técnica, biotipo cutâneo e cuidados pós procedimentos (NEGRÃO,
2015).
Até o presente momento não há uma classificação que determine a relação entre o comprimento das agulhas com a
profundidade do dano causado pelo procedimento. Acredita-se que uma agulha de 3 mm de comprimento, por

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exemplo, penetre de 1,5 a 2 mm de sua extensão, logo, uma agulha de 1 mm atingiria somente a derme superficial
causando um processo inflamatório mais limitado que uma agulha maior (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013).
Em 2013, os pesquisadores Lima, Lima e Takano desenvolveram um estudo experimental com o escopo de
estabelecer a relação entre o comprimento das agulhas e a profundidade do dano gerado pelas mesmas, e chegaram
à seguinte classificação:
1) injúria leve: são utilizadas agulhas de 0,25 a 0,5 mm com intuito de melhorar o brilho e a textura da pele, tratar
rugas finas, e realizar a entrega de drogas;
2) injúria moderada: agulhas de 1,0 a 1,5 mm que tratam flacidez cutânea, rugas médias e rejuvenescimento global;
3) injúria profunda, que utiliza agulhas de 2,0 a 2,5 mm para tratar cicatrizes deprimidas distensíveis, cicatrizes
onduladas e retráteis e estrias.
Já Negrão (2015), em seu livro, classifica os equipamentos de acordo com o comprimento das agulhas e ainda
enfatiza que a aplicação da técnica e os objetivos pretendidos estão diretamente relacionados com o comprimento
das agulhas. Nessa classificação os equipamentos são divididos em roller cosmético (de até 0,3 mm), roller
terapêutico (de 0,5 mm a 1,5mm) e roller médico (acima de 2,0 mm).

Classificação dos equipamentos – NEGRÃO, 2015.

O microagulhamento é uma técnica bastante segura na qual os riscos e complicações pós-procedimentos são
mínimos. Entretanto, algumas intercorrências podem aparecer devido à escolha inadequada do comprimento das
agulhas bem como a velocidade e pressão exercida na execução da técnica juntamente com a reutilização do
equipamento, alergia a cosméticos, desrespeito a fisiologia e intervalo entre as sessões e associação com outros
tratamentos. São elas: cortes, arranhões, petéquias, hematomas, ativação de herpes e rosácea, acne, edemas,
contaminação, infecção, cicatrizes hipertróficas e quelóides (NEGRÃO, 2015).

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DISPOSITIVOS TERAPÊUTICO

CANETA DE MICROAGULHAS/DERMAPEN
Dispositivo que apresenta o formato de uma caneta de microagulhas, mais conhecido como Dermapen, apresenta
ponteiras com microagulhas individualmente esterilizadas, portáteis e descartáveis.
É um instrumento cirúrgico motorizado que utiliza uma ponteira acoplável descartável e de fácil manuseio.
A quantidade de agulhas nos refis pode variar de 1,2,3,7,12,36,42...), recomendo usar número maior para trauma
mais homogêneo (36 agulhas).
O dermapen é utilizado deslizando sobre a pele, passando várias vezes sobre mesmo local, com movimentos
circulares ou retilíneos, até se obter o aspecto lesional desejado de acordo com tamanho da agulha (hiperemia,
petéquia sanguínea ou sangramento).
Sistema elétrico faz com que as agulhas subam e desçam automaticamente, atingindo a profundidade desejada de
acordo com o ajuste realizado anteriormente na caneta, sem a necessidade de pressioná-la sobre a pele.
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Arora e Gupta relataram algumas vantagens do uso da caneta elétrica para microagulhamento:
1. Fácil de usar pelo fato do sistema ser automático de movimento perpendicular e proporcionar penetração com a
profundidade necessária.
2. Mais conveniente em tratamentos de áreas estreitas .
3. Permite na mesma sessão tratar diferentes regiões com ajuste no tamanho da agulha.
4. Econômica, pelo fato de compara aparelho uma única vez e apenas trocar o refil.

CONTROLE DE VELOCIDADE
Velocidade / segundo Profundidade da agulha Velocidade
Nível 1: 65-70 vezes/seg Abaixo de 0,5 mm 1-2
Nível 2: 75-80 vezes/seg 0,5mm a 1,0mm 2-3
Nível 3: 85-90 vezes/seg 1,0mm a 1,5mm 3-4
Nível 4: 95-100 vezes/seg 1,5mm a 2,0mm 4-5
Nível 5: 105-110 vezes/seg 2,0mm a 2,5mm 5

IMPORTANTE
A espessura da pele não apresenta variação decorrente da etnia, mas varia com a idade, local do corpo, uso de
medicamentos (corticóides), tabagismo, doenças sistêmicas e reposição hormonal.
O tempo de aparecimento das “petéquias” varia de acordo com a espessura da pele tratada e o comprimento da
agulha escolhida.
Sendo assim, a pele mais fina e frouxa, comumente fotoenvelhecida, apresentará padrão mais uniforme de
petéquias mais precocemente do que uma pele mais espessa e fibrosada.
Sempre a escolha do comprimento de agulha depende do tipo de pele a ser tratada e do objetivo final do
procedimento.

INDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO
 Como veiculador de Ativos: Drug Delivery
 Para estímulo a produção de colágeno isolado no rejuvenescimento da face, sem adição de ativos melhorando
coloração, textura e brilho da pele.
 Tratamento da Flacidez.
 Atenuação Rugas Estáticas.
 Correção Cicatrizes deprimidas, onduladas e retráteis.
 Estrias recentes e antigas.
 Estímulo Capilar - Alopecia.

VANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO
 Estímulo a produção de colágeno sem remover a epiderme.
 Tempo de regeneração mais curto.
 A pele se torna mais resistente e espessa.
 Tem sua indicação ampliada a todos os fototipos.
 Tem sua indicação a áreas com pequena quantidade de glândulas sebáceas.
 Baixo Custo.
 Possibilidade de diversos protocolos e associações.

DESVANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO
 Procedimento técnico-dependente e exige. treinamento especializado e conhecimento apurado da pele.
 Exige tempo de cuidado e recuperação, de acordo com a injúria.
 Exige avaliação criteriosa do paciente/cliente e proposta terapêutica compatível com resultados possíveis de
serem alcançados.
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DIFERENÇAS ENTRE OS DANOS PROVOCADOS PELAS AGULHAS
Existem alguns fatores que são decisivos na variação do dano provocado pelas agulhas:
Espessura da pele: quanto mais espessa, maior a resistência oferecidas às agulhas.
Flacidez: A pele flácida está mais sujeita ao trauma, consequentemente responde mais facilmente às agulhas.
Mesmo em agulhas menores, existe boa resposta a injúria provocada.
Espessura do Coxim adiposo: em áreas em que o tecido subcutâneo é mais espesso, como nádega, coxa e região
geniana da face, é observado um amortecimento do trauma provocado pelas agulhas, quando comparados a áreas
como fronte e colo.
Fibroses e Cicatrizes: oferecem resistência que, para ser vencida, exige maior comprimento de agulha.

OBJETIVO
Estabelecer qual o objetivo do tratamento: romper traves fibróticas, uniformizar a coloração da pele, melhorar sua
textura e brilho, tratar rugas superficiais, estrias recentes ou antigas, estimular colágeno em pele flácida ou
estruturar colágeno em pele rígida, utilizar T.I.C. como técnica isolada ou permear ativos.
Tudo isso irá influenciar na escolha do instrumental e no planejamento do tipo de trauma a ser provocado.

RUGAS E FLACIDEZ
 Dano no queratinócito - reduz a comunicação com os fibroblastos.
 Deterioração colágeno e elastina - Ação da MMPs.
 Perda da integridade estrutural.
 Aumento da elastina danificada (elastose solar).
 Perda de Glicosaminoglicanas.
 Perda de adesão dermoepidérmica.

COMO TERAPIA INDUÇÃO DE COLÁGENO PODE AJUDAR?


 Aumentando nutrientes e estimulando a cascata de cicatrização.
 Aumentando a comunicação celular ( liberação de citocinas e fatores de crescimento).
 Reepitelização rápida restaura a comunicação celular (Queratinócitos e Fibroblastos)
 Aumenta a produção de GAGs, colágeno e elastina.

HIPERPIGMENTAÇÃO
 Hormônios endócrinos exercem papel no estímulo da pigmentação: MSH, HGF, ACTH e hormônios tireoidianos
associados ao estrógeno)

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AÇÃO DOS RAIOS UV
 Falta de permeabilidade entre as membranas dos melanócitos e queratinócitos
 Encurtamento dos dendritos de melanócitos
 Dano da mitocôndria do melanócito
 Danos nos queratinócitos que não recebem melanossomos

MELASMA

 Patologia, distúrbio de pigmentação.


 Hiperpigmentação comum adquirida após exposição solar.
 Causada por aumento da expressão dos MSH liberado pelos queratinócitos.

COMO TERAPIA DE INDUÇÃO DE COLÁGENO PODE AJUDAR?


 Aumentando a disponibilidade de ativos clareadores cutâneos “Drug Delivery”
 Restaurando a junção queratinócito/melanócito.
 Normalizando a melanogênese.
 A terapia para o melasma consiste na aplicação tópica de agentes hipopigmentantes. Estes agentes incluem
hidroquinona, ácido retinóico e ácido azelaico. O resurfacing a laser tem sido usado no passado, mas os efeitos
colaterais incluem eritema persistente, hipo / hiperpigmentação e cicatrizes hipertróficas. O agulhamento
dérmico quando usado com soro despigmentante tópico tem mostrado melhorar significativamente a aparência
e os índices espectroscópicos (Fabbrocini et al., 2011).

CUIDADOS NO MELASMA
 Luz Visível
 Raios UVA e UVB
 Anticoncepcional
 Vascularização
 Manutenção da Barreira Cutânea

ESTRIAS

 Predisposição natural a uma maior fragilidade das fibras da derme.


 Expansão tecidual ou estiramento da pele causando fraturas nas fibras dérmicas
e tração intensa na membrana basal da junção D/E.
 Há sangramento e processo inflamatório mediado por mastócitos.
 Há dano no colágeno pré-existente e formação inadequada do neocolágeno.
 Hormônios Glicocorticóides.

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COMO O TERAPIA DE INDUÇÃO DE COLÁGENO PODE AJUDAR?
 Aumentando a densidade da epiderme pela ação do EGF.
 Induzindo a produção de Colágeno. A penetração das agulhas gera micropunturas nas estrias, modificando sua
superfície desestruturando colágeno anormal e favorecendo neovascularização e neoangiogênese.
 Efeitos limitados. Ambas respondem ao tratamento com T.I.C, porém as violáceas respondem mais rapidamente.
A tardia requer maior número de sessões e paciência.

CICATRIZES DE ACNE
A acne cística resulta em cicatrizes difíceis de tratar. O consumo da derme e
hipoderme, bem como a deterioração da epiderme resultante da ação destrutiva de
citocinas inflamatórias origina lesões deprimidas, distróficas, perda de pigmento,
hiperpigmentação, além de flacidez e o desenvolvimento de rítides superficiais e
profundas.
Todos os eventos citados anteriormente estimulam o processo inflamatório
infrainfundibular, a ruptura folicular e a formação de abscessos perifoliculares, que
estimulam o processo de cicatrização da ferida.
Lesão na pele inicia uma cascata de eventos de cicatrização de feridas.

A cicatrização de feridas é um dos processos biológicos mais complexos e envolve:


 Mediadores químicos solúveis;
 Componentes da matriz extracelular;
 Células como queratinócitos, fibroblastos, células endoteliais, células nervosas e linfócitos, monócitos e
neutrófilos.
 As cicatrizes são originadas no local da lesão tecidual e podem ser atróficas ou hipertróficas.
O processo de cicatrização de feridas avança por 3 estágios:
1. Inflamação
2. Formação de tecido de granulação
3. Remodelamento de matriz

1. INFLAMAÇÃO:
 Vasoconstrição por hemostasia
 vasodilatação e o eritema resultante substituem a vasoconstrição.
 A melanogênese também pode ser estimulada.
 Uma variedade de células sanguíneas, incluindo granulócitos, macrófagos, linfócitos neutrófilos, fibroblastos e
plaquetas, são ativadas e liberam mediadores inflamatórios, que preparam o local para formação de tecido de
granulação.

2. FORMAÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO:


 Tecidos danificados são reparados e novos capilares são formados.
 Os neutrófilos são substituídos por monócitos que se transformam em macrófagos e liberam vários fatores de
crescimento
 A nova produção de colágeno pelos fibroblastos começa aproximadamente 3 a 5 dias após a criação da ferida.
 No início, a nova composição da pele é dominada pelo colágeno tipo III, com uma pequena porcentagem (20%)
de colágeno tipo I.

3. REMODELAGEM:
 Os fibroblastos e queratinócitos produzem enzimas, incluindo aquelas que determinam a arquitetura das
metaloproteinases da matriz extracelular (MMPs) e os inibidores teciduais das MMPs.
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 Como consequência, um desequilíbrio na proporção de MMPs para inibidores teciduais de MMPs resulta no
desenvolvimento de cicatrizes atróficas ou hipertróficas.
 MMPs – Metalloproteinases
 TIMPs – Tissue inhibitor metalloproteinases
 Desequilíbrio na expressão das MMPs e das TIMPs = falha na remodelação da MEC.
 + MMPs = Cicatrizes atróficas
 - MMPs = Cicatrizes hipertróficas
 89% das pessoas com cicatrizes de acne apresentam cicatrizes associadas à perda de colágeno (cicatrizes
atróficas) em comparação a uma minoria que apresenta cicatrizes hipertróficas e queloides.

CICATRIZES ATRÓFICAS
 São mais comuns que as cicatrizes hipertróficas e queloides.
 São subclassificadas:
 Ice pick;
 Boxcar;
 Rolling scars.

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FUNCIONALIDADES CLÍNICAS

Icepick: as cicatrizes são estreitas (< 2mm), profundas. Se estendem


verticalmente à derme profunda ou tecido subcutâneo.

Rolling scars: geralmente são mais largas que 4 a 5 mm. Estas cicatrizes dão uma
aparência ondulante.

Boxcar: cicatrizes redondas ou ovais com bordas verticais bem estabelecidas são
conhecidas como cicatrizes de vagão.
Essas cicatrizes tendem a ser mais largas na superfície do que uma cicatriz de
gelo e não têm a forma em V afilada.
Em vez disso, eles podem ser visualizados em forma de “U” com uma base
ampla. As cicatrizes de vagões podem ser rasas ou profundas.

Cicatrizes hipertróficas: As cicatrizes hipertróficas são tipicamente rosadas,


elevadas e firmes, com grossos feixes de colágeno que permanecem dentro das
bordas do local original da lesão.
A histologia das cicatrizes hipertróficas é semelhante às de outras cicatrizes
dérmicas.

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Queloides: Os queloides se formam como pápulas e nódulos púrpura
avermelhados que proliferam além das bordas da ferida original.
Histologicamente são caracterizadas por feixes espessos de colágeno.
Cicatrizes hipertróficas e queloidais são mais comuns em indivíduos de pele mais
escura e ocorrem predominantemente no tronco.

CICATRIZES CIRÚRGICAS
Importante aguardar a estabilização da cicatriz antes da intervenção para corrigi-la.
Considerar um período de três meses.
Cuidados com exposição solar e FPS complementam o tratamento em paciente com maior probabilidade de HPI.

DRUG DELIVERY
A associação do microagulhamento com o Drug Delivery tem-se mostrado benéfica pois potencializa os resultados
de ambas as técnicas.

A técnica de drug delivery pode ser associada às diversas indicações do procedimento de microagulhamento para
otimizar os resultados.
Segundo Calil et a., o procedimento de microagulhamento produz múltiplas micropunturas, cujos pertuitos podem
ser utilizados como rotas para transporte de ativos nas membranas biológicas, dentre elas o estrato córneo. Para
isso as agulhas devem penetrar ao menos até a epiderme viável ou até a derme superficial.

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ATIVOS PARA DRUG DELIVERY

FATORES DE CRESCIMENTO
Fatores de Crescimento são citocinas, proteínas produzidas naturalmente pelas células e responsáveis pelo
fenômeno conhecido como “Comunicação Celular”.
Essa comunicação química é dinâmica e dependente do efeito complementar entre os diferentes tipos de fatores de
crescimento.
Em uma situação de equilíbrio as células produzem a quantidade adequada dessas citocinas garantindo o estímulo as
demais células e o perfeito funcionamento do tecido, mas uma patologia ou mesmo o envelhecimento podem
quebrar esse equilíbrio exigindo uma suplementação tópica para retomada da homeostasia tecidual.
Suplementar fatores de crescimento é estratégico.

Na pele os Fatores de Crescimento são responsáveis por:


 Estimular a produção de matriz extra celular (fibras e glicosaminoglicanas) e desta forma promover o
preenchimento da epiderme e derme;
 Iniciar o processo de cicatrização (remodelação), substituindo o tecido danificado por um tecido novo;
 Estimular a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese), contribuindo para oxigenação dos tecidos,
incluindo couro cabeludo e assim promover o seu crescimento;
 Clareamento de manchas e aceleração do turn over (renovação celular).

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Citocina Mecanismo de ação
NANOFACTOR® EGF Ação reepitalizante, estimula a diferenciação de queratinócitos. Diminui a
Fator de Crescimento pigmentação da pele em decorrência de processo inflamatório. Acelera a
Epidermal renovação celular (Turn Over).
NANOFACTOR® bFGF Importante sinalizador para fibroblasto na síntese de matriz extra celular de boa
Fator de Crescimento qualidade, especialmente Glicosaminoglicanas.
Fibroblástico Básico
NANOFACTOR® TGFß₃ Atua em sinergismo com o Fator de Crascimento Fibroblástico Básico no estímulo
Fator de Crescimento da produção de matriz extra celular. Princiapl sinalizador para fibroblasto na
Transformador síntese e maturação de colágeno.
NANOFACTOR® IGF Potente citocina eutrófica, acelera a remodelação do tecido na formação de
Fator de Crescimento insulínico tecido de granulação saudável. Preventivo de queloides.
NANOFACTOR® C Vitamina C estabilizada em nanolipossoma associada de PEPTÍDEO BIOIDÊNTICO®
Decapeptideo 4, Ascorbyl (fração ativa e concentrada do Fator de Crescimento Insulínico). Ação
Phosphate Sodium antioxidante simultânea a ação eutrófica e síntese de macromoléculas de
sustentação da derme.
IDP-2 PEPTÍDEO® Fração ativa e concentrada do Fator de Crescimento Insulínico (PEPTÍDEO
Decapeptídeo 4 BIOIDÊNTICO®). Potente cicatrizante e eutrófico. Especialmente indicado no pós
procedimento imediato.
TGP-2 PEPTÍDEO® Citocina com propriedade despigmentante potente, considerado
(Oligopeptídeo 34) DESPIGMENTANTE BIOINDÊNTICO. Seguro para todos os fototipos de pele. Não é
fotossensibilizante.
LIPOXYN® Citocina derivada do Fator de Crescimento Transformador, forte indutor da
(Tripeptídeo 41) lipólise com ação anti lipogênica. Indicada no tratamento da celulite e gordura
localizada.

NOPIGMERIM
Inibe o receptor de membrana dos queratinócitos responsáveis pela transferência dos melanossomas.

ÁCIDO TRANEXÂMICO
O ácido Tranexâmico bloqueia a conversão do plasminogênio (presente nas células basais epidérmicas) em plasmina,
por meio da inibição do ativador de plasminogênio.
A plasmina ativa a secreção de precursores da fosfolipase A2, que atuam na produção do ácido araquidônico e
induzem a liberação de fator de crescimento de fibroblasto (bFGF).
Trata-se de um potente fator de crescimento de melanócito. Já o ácido araquidônico é precursor de fatores
melanogênicos, como, por exemplo, prostaglandinas e leucotrienos.

MELATONINA
É um excelente reparador fisiológico.
10% dos genes do nosso organismo são regidos pelo bom funcionamento da síntese melatoninérgica.
A função melatonina é indispensável não apenas para descanso, memorização e cognição, mas principalmente para
a pele, o maior órgão do corpo humano.

DESPIGMENTANTES
Belides - inibe as proteínas envolvidas na diferenciação, migração, produtção de melanina e dendriticidade dos
melanócitos. Inibição da melanogênese via Endotelina -1
Wonderlight - inibidor da Granulocyte-macrophage colony-stimulating factor (GM-CSF), que é estimulado pelos
queratinócitos.
Brighlette - reduz a produção da melanina na epiderme em processo de reconstrução.

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SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES REJUVENESCIMENTO
 EGF 1%
 Nanofactor C 2%
 Nanofactor BFGF 1%
 Ac. Hialurônico 5%
 IGF 1%
 Serum q.s.p 5ml ou 20ml

CICATRIZ DE ACNE
 Vederine 2%
 EGF 2%
 Oligo AHA 0,3%
 Sérum q.s.p 5ml ou 20ml

SÉRUM PARA MELASMA


 Ac. Tranexâmico 0,5%
 TGP-2 2%
 Nopigmerin 5%
 EGF 1%
 Sérum q.s.p 5ml ou 20ml

SÉRUM FIRMADOR
 Coenzima Q10 3%
 Elastina 3%
 Tensine 3%
 Cafeisilane C 3%
 TGF-β3 1%
 Sérum q.s.p 5ml ou 20ml

SÉRUM ESTRIAS
 TGFβ 2,5%
 TGP-2 1,5%
 EGF 2,5%
 Oligo AHA 0,2%
 Sérum q.s.p 5ml ou 20ml

CICATRIZES HIPERTRÓFICAS
 EGF 3%
 IGF 3%
 TGF-β3 3%
 Sérum q.s.p 5ml ou 20ml

ESPUMA ANTISSÉPTICA
 Aquaporine 1%
 Clorexidina 2%
 Espuma Facial 120 ml

ANESTÉSICO
 Lidocaína 25%
 Benzocaína 10%

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 Base VersaPro – 15g

INDICAÇÕES DO TRATAMENTO DE MICROAGULHAMENTO ASSOCIADO AO DRUG DELIVERY


 Melasma e Manchas
 Rejuvenescimento
 Estrias
 Olheiras
 Cicatrizes de Acne e Traumáticas
 Tratamento de doenças dermatológicas
 Alopecia Androgenética

HOME CARE
Para o sucesso do tratamento, é fundamental que o cliente faça a rotina de home care adequadamente.

SUGESTÕES DE HOME CARE

INDICAÇÃO
Pra clareamento e estimulação de colágeno

Fatores de crescimento, começa a usar no dia seguinte do microagulhamento.

USO ORAL
 Cartidys 200mg
 Vitamina c 250mg
 Ácido hialurônico 50mg
 30 cap
Tomar à noite com suco cítrico.

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USO TÓPICO

 Iniciar no dia seguinte ao microagulhamento


Fórmula manipulada 1
 EGF - 1,5%
 b-FGF - 1,5 %
 IDP-2 Peptídeo - 4 %
 Renew Zyme – 8 %
 Serum qsp 30g
Usar manhã e noite, no quarto dia começa a usar à noite somente.

 Inicar no quarto dia após ao microagulhamento

 Vitamina C da Extratos da Terra


Aplicar de dia no quarto dia após o microagulhamento.

 Iniciar no décimo dia após o microagulhamento


Fórmula manipulada 2
 Hidroxiprolisilane 3%
 Ácido hialurônico 5%
 Nicotinamida 3%
 Tgp2 1%
 Inaclear 0.5%
 Gel fluido qsp 30 ml
Parar o uso da Fórmula 1 e iniciar a fórmula 2 no décimo dia após o microagulhamento à noite.

CONTRAINDICAÇÕES
 Acne Ativa.
 Gravidez e lactação.
 Neoplasias benignas e malignas.
 Doenças imunodepressoras (HIV, lúpus e outras).
 Afecções de pele (dermatites, psoríase, urticárias e outras).
 Cicatrizes de queloides (alta propensão a queloide).
 Dermatoses inflamatórias (rosácea e outras).
 Uso de isotretinoína (Aguardar no mínimo 4 a 6 meses após o término do tratamento).
 Anticoagulantes (Relativo).
 Corticoterapia crônica ou aguda.
 Diabetes (Relativo).

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ANESTÉSICO TÓPICO
Mecanismo de Ação: anestesia tópica bloqueia os canais de íons de sódio necessários para iniciação e condução de
impulsos nervosos, o que resulta em anestesia local.
Classificação dos anestésicos tópicos: anestésicos locais são classificados de acordo com sua composição química
em duas classes: amidas e ésteres.
Amidas: lidocaína, mepivicaína, bupivicaína, etidocaína, prilocaína.
Ésteres: procaína, tetracaína e benzocaína.
 Ação Inicial 20 minutos.
 Remover com gaze os resíduos.
 Cuidado com excesso de anestésico.

EXECELÊNCIA NO ATENDIMENTO
A qualidade no atendimento é um dos principais recursos para se fidelizar um cliente, mas também a falta desse
atendimento com excelência pode ser um motivo significativo para um cliente deixar de consumir o serviço que você
oferece.

Vamos melhorar esses atendimentos?


Mas para ser assertivo e realmente efetuar um atendimento de excelência, sempre indico analisar as seguintes
questões:
 Como seus clientes são recebidos em sua clínica ou espaço de atendimento?
 Quais os desejos e anseios deles que vão além da aplicação do protocolo e do tratamento estético?
 Como você gostaria de ser recebido em um ambiente assim se você estivesse no papel de cliente?
 Como é sua organização e dinâmica de trabalho desde o recebimento desse cliente quando ele chega para o
atendimento até o momento em que vai embora?
 O seu ambiente é adequado e foi preparado de acordo com o serviço que será prestado?
 Como fazer o cliente se sentir único? Quais aspectos técnicos são essenciais em meu negócio e que merecem
atenção especial?
 E, por fim, como você deseja ser lembrado pelo seu cliente?

RECEBENDO O CLIENTE
Mantenha uma equipe de atendimento bem treinada: telefonista, recepcionista, enfim, todos que estiverem
envolvidos com a permanência do cliente no seu local de atendimento e que de alguma forma terão algum contato
com ele durante esse período, bem como no que antecede, e que envolve o agendamento e prévia da chegada dele
ao seu estabelecimento.

Oriente que seus colaboradores e você também, claro, sejam cordiais, solícitos, disponíveis para esclarecer todo tipo
de dúvida que possa surgir.
Devem ser simpáticos, sem serem invasivos, a ponto de tirar a privacidade do cliente, como por exemplo, com
perguntas pessoais e indiscretas.

O cliente deve ser tratado sempre pelo nome, nunca por apelidos ou nomenclaturas generalizadas - aquele famoso
“oi querida” nem sempre cai bem para todos os clientes, por ser impessoal. Essas recomendações valem tanto para
o atendimento presencial quanto por telefone, e-mail, mensagens virtuais ou qualquer outra forma de contato que o
cliente possa vir a ter com você ou sua empresa.

Mostre que a dedicação é exclusiva a ele naquele momento e nunca demonstre privilégios entre um e outro
consumidor, todos merecem serem atendidos de maneira personalizada e com a mesma qualidade. Caso seja
necessário deixar o cliente aguardando, ou mesmo se você não tem uma equipe para fazer essa recepção e precisa

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você mesmo receber o cliente, sempre ofereça opções para que ele se mantenha entretido enquanto aguarda ser
chamado, tais como: wifi, TV ou revistas.

Também é preciso atenção com as conversas paralelas perto de clientes, nada de falar mal de alguém
(principalmente de outro cliente), nem de reclamações, críticas ou assuntos polêmicos que possam comprometer
sua empresa e sua imagem como profissional. Lembre-se: essas pessoas que fazem parte de sua equipe estão
representando a sua imagem enquanto você está ausente, por isso fique sempre alerta ao comportamento de todos,
até mesmo nos mais simples detalhes. Mais do que explicar, treinar e capacitar seus colaboradores, a busca por
oferecer um atendimento de excelência deve fazer parte da cultura de sua empresa, algo inerente a ela e aos seus
valores. Se houver outra sala separada para a espera, além da área de recepção, encaminhe o cliente para lá após
dar sequência aos procedimentos padrões de acolhida e só o direcione para o atendimento após ter certeza de que a
sala está devidamente preparada para o próximo atendimento.

PREPARANDO O AMBIENTE
A sala de atendimento deve estar limpa e preparada (climatizada, som ambiente e cheiro agradável) antes de o
cliente ser encaminhado para a aplicação do protocolo de tratamento, isso faz parte da prática básica de
biossegurança em cabine. Lembre-se de já deixar o lençol trocado e de preparar os materiais descartáveis e cubetas
no carrinho auxiliar, com fácil acesso. Se o protocolo contemplar o uso de aparelhos, eles devem estar previamente
instalados e testados, para garantir o correto funcionamento durante a realização do procedimento.

Outra sugestão que considero super importante, mas que poucos profissionais se atentam para esse detalhe é o de
ter um cabideiro ou ganchos para que a cliente possa acomodar seus pertences, como casacos e bolsas, ou algum
outro móvel apropriado para isso, evitando assim que ela entre e acabe soltando esses objetos em cima da maca de
atendimento. E por que essa preocupação? Porque esses materiais são muito propensos a causar contaminação no
ambiente que foi cuidadosamente preparado com base na biossegurança.

E, quando falamos em objetos, está incluso aqui o não uso do celular enquanto o profissional de saúde estética
aplica o protocolo. E pelas mesmas razões, o celular é um objeto considerado fortemente como foco de
contaminação por fungos e bactérias. Estudo realizado na Inglaterra mostrou que 92% dos aparelhos examinados
continham micro-organismos indesejados. Isso quer dizer que o aparelho concentra mais bactérias que a própria
pele, sendo que, entre elas, encontrou-se principalmente a Estafilococus áureos e a Salmonela.
No Brasil, pesquisa semelhante foi realizada pelo famoso biomédico Roberto Figueiredo, conhecido popularmente
como Dr. Bactéria. Em sua experiência, ele comparou amostras de celulares e de solas de sapato. Pasmem! Os
resultados comprovaram que o aparelho telefônico tem tanta bactéria quanto uma sola de sapato, a única questão
que os diferenciam é a fonte de origem.

Depois de tudo pronto, acolha o cliente para o atendimento e reforce a orientação para que ele não use o celular
durante o atendimento estético, de preferência que deixe o aparelho longe da maca. Ele pode ficar guardado na
bolsa ou em local apropriado junto aos pertences pessoais e objetos de valor, como brincos, colares e acessórios,
que devem todos ser retirados para a aplicação do protocolo. Reservar um espaço específico para isso também faz
parte de um atendimento com excelência.

Mas é importante que toda essa orientação seja feita com gentileza, pois é para o bem do cliente. Cuidado para não
passar uma imagem de profissional mal-educado.

AVALIAÇÃO DO CLIENTE
Para abordar sobre a avaliação do cliente, falaremos também sobre o conceito de estética humanizada. Cada ser
humano é único e merece ser tratado como tal, inclusive quando falamos de tratamentos estéticos, que devem ser
personalizados de acordo com as necessidades e características de cada indivíduo, levando em consideração
também o seu histórico relacionado à alteração inestética em questão, possibilitando ao profissional de saúde

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estética ser mais assertivo na escolha dos produtos e procedimentos a serem utilizados no tratamento, chegando a
resultados melhores e mais satisfatórios para seus clientes.
E como conhecer o cliente é fundamental, precisamos de um instrumento específico para fazer esse levantamento
de informações para uma avaliação precisa e um atendimento personalizado. Aí é que entra o Prontuário Estético
(nossa velha conhecida ficha de anamnese, como ainda é chamada por alguns profissionais da área). Cada alteração
estética tem suas especificidades, portanto, precisa de prontuários diferenciados, com perguntas específicas, para
que se chegue à personalização dos protocolos para cada cliente. O prontuário serve como um instrumento mais
qualificado na prática clínica para a coleta de dados, avaliação e condução do atendimento.

Com isso fica para trás o antigo conceito de “pacotes” de atendimento, muitas vezes determinados por regiões do
corpo, ou aqueles protocolos “engessados”, que não permitem variações, o que acaba sendo prejudicial para o
cliente e para o resultado do tratamento em si. Aplicando o prontuário estético e analisando cada caso, o
profissional poderá, a partir dessa avaliação precisa, oferecer um protocolo específico, adequado e adaptado para as
particularidades e necessidades de cada cliente.

PREPARANDO O ATENDIMENTO
Quem é o seu cliente? Nós já abordamos esse questionamento e, seguindo nosso roteiro, chegamos ao momento
em que você acabou de fazer o prontuário estético e levantou as principais características e necessidades de seu
cliente, então agora é hora de avaliar o contexto para o seu atendimento. Seu cliente precisa de algum recurso ou
acessório específico, como por exemplo, uma escada auxiliar para ajudar a subir na maca ou algum outro apoio para
ficar bem acomodado? Precisa de uma cunha ou um rolo de espuma durante o protocolo ou mesmo aquela forcinha
para se deitar e se levantar da maca? Tenha tudo à mão para não ter que sair da sala, deixando o cliente sozinho em
um momento que já é considerado de atendimento e que demanda atenção, cuidado e dedicação exclusiva a ele.

Lembre-se de usar o jaleco durante o atendimento e de não ficar circulando com ele em outros ambientes, como
cozinha, recepção e nada de sair dar uma voltinha na rua usando seu fiel companheiro. O jaleco é um Equipamento
de Proteção Individual e seu uso é restrito ao local de atendimento. Ele oferece uma importante barreira de
proteção para a roupa e para o profissional em si, reduzindo as possibilidades de transmissão de micro-organismos e
de contaminação.

Quando fizer a antissepsia da região a ser trabalhada durante o protocolo estético, é importante fazer o mesmo em
suas mãos e também nas mãos do cliente, pela questão de que ele estava em contato com objetos potencialmente
contamináveis e porque há grandes chances de que, ao finalizar o procedimento, ele rapidamente e por instinto,
confira com seu tato o resultado sensorial imediato que ficou do protocolo. Com a antissepsia, há uma garantia a
mais de que o cliente não vai transmitir agentes microbiológicos para a área que acabou de ser trabalhada.

No caso de estar utilizando luvas durante o procedimento e, por alguma razão, for preciso interromper o processo,
elas devem ser retiradas e descartadas no mesmo momento, sendo necessário aderir a uma nova luva para dar
continuidade à aplicação. Para o cosmético que será utilizado durante o protocolo, a dica é separar em uma cubeta a
quantidade ideal de produto a ser utilizado, com o auxílio de uma espátula descartável e, se necessário, repor
durante o procedimento. No caso de sobras, elas devem ser descartadas, nunca devolvidas à embalagem de origem.

E nada de espátula dentro do pote ou frascos abertos durante o atendimento.


Importante estar com os cabelos presos, se possível com touca descartável e utilizar máscaras descartáveis, a
máscara protege o seu cliente e você, principalmente nos dias de hoje, onde temos o COVID-19.

DESCARTANDO MATERIAIS
Jamais reutilize materiais descartáveis (o próprio nome já indica essa característica) e faça a correta antissepsia nos
que exigem esse cuidado. Objetos perfuro cortantes devem ser descartados separadamente, logo após o uso, em

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recipiente específico para essa finalidade, o que significa que deve ser de material rígido e resistente a vazamentos e
rupturas, bem como ao processo de esterilização.

Restos de produtos também precisam ser jogados em lixos específicos ou, no caso de serem biodegradáveis, podem
ser descartados na pia comum. Aqui deixo um alerta especial para estarem atentos à conscientização ambiental,
hein profissionais? Produtos cosméticos com óleo mineral e polietileno fazem mal para o meio ambiente, para a pele
e para o organismo, isso sem falar em outros xenobióticos, como o propilenoglicol e os conservantes parabenos e
liberadores de formol, que também são prejudiciais, então nada de ter esse tipo de produto em sua cabine.
Finalizando as dicas sobre os descartes de materiais, temos as máscaras do tipo plástica, peel-off, tensora,
hidroplástica e de gesso, que podem ser jogadas em lixo comum.

OUTROS CUIDADOS
 Deixe o algodão para remoção de resíduos de produtos, serão utilizados antes da assepsia da pele).
 Usar produtos específicos para Microagulhamento.
 Soro fisiológico;
 Borrifadores com água e álcool 70.
 Cubetas esterilizadas com álcool 70.
 Gazes estéreis para controle, limpeza de petéquias e possíveis curativos.
 Cuidado com as luvas. Devem ser previamente higienizadas ou estéreis.
 Degermante com Clorexidina 2% (tensoativo ou aquosa) indicada como antisséptico tópico, antissepsia da pele.
 Superfície de proteção.

DICAS PARA A GESTÃO DO NEGÓCIO


Analise sempre o custo x benefício de um produto a partir da formulação (dosagem dos ativos) e o rendimento, não
apenas a quantidade de produto que vem na embalagem, assim terá uma base de lucratividade, em vez de somente
comparar os preços finais entre os concorrentes.

Atendimento com excelência também está relacionado ao uso de produto de qualidade, com boa concentração e
sinergia de ativos e livres de xenobióticos, que são aqueles ingredientes que fazem mal ao nosso corpo, pois tudo
isso influencia no resultado, e que nosso cliente fique satisfeito com os resultados.

Outra dica bem significativa é com relação à utilização de material descartável. Use sempre na quantidade ideal,
evitando desperdício. O mesmo vale para o cosmético. Separe sempre o necessário para o protocolo em questão,
sem sobras e descartes. Tudo isso deve ser levado em consideração na hora de calcular os custos e despesas do
negócio. Isso é gestão. E com uma boa gestão, você conseguirá implantar um atendimento de excelência,
encantando e fidelizando clientes.

Importantíssimo para ter o controle de resultado, principalmente em tratamentos faciais, se deve ao ato de efetuar
a documentação fotográfica a cada atendimento, pois sabemos que nem sempre nós ou cliente temos a percepção
real do resultado, mas quando comparamos imagens, podemos ter certeza.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
O sucesso dos tratamentos não invasivos só pode ser documentado de forma convincente por meio de fotografias. É
por isso que as imagens padronizadas dos pacientes são muito importantes. Além de contribuir para a fidelidade dos
clientes no caso de tratamentos prolongados, já que o cliente acompanha a evolução do tratamento, as imagens
sequenciais do tratamento registradas fazem parte da qualidade do serviço e são úteis no caso de litígio,
circunstância que não deve ser desconsiderada.

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PASSO A PASSO PARA UMA DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA ADEQUADA:
Com o cliente com a pele limpa e seca, Fotografar o rosto com expressão facial neutra, nas posições: Frente, posição
oblíqua direita e esquerda, perfil direito e esquerdo, em todas as fotos o paciente deve ficar sentado com a coluna
ereta e os pés para fora da maca ou em local apropriado, de preferência com o fundo branco ou neutro, sendo o
cliente sentado ou em pé com a coluna ereta.
Recomenda-se definir um ambiente fixo, ou pelo menos parte dele, livre de iluminação solar direta, deve-se
padronizar a distância, o ajuste de luz, a localização e o ângulo selecionado.

Frente – expressão facial neutra

Posição oblíqua direita e esquerda. Perfil direito e esquerdo.

BIOSSEGURANÇA E VIGILÂNCIA SANITÁRIA


Trata-se de um assunto muito importante, mas que infelizmente ainda é desconhecido para alguns profissionais. A
biossegurança requer atenção e consciência para ações de prevenção de doenças no ambiente de trabalho. Diante
de uma realidade onde o mercado da beleza não para de crescer, devemos redobrar a atenção e cuidado nesse
sentido.
A limpeza e desinfecção do ambiente de trabalho devem ser diárias, alternando os produtos utilizados para que os
microrganismos não se proliferem e desenvolvam resistência.
Todo estabelecimento deve respeitar e se adequar à legislação sanitária vigente.

De acordo com o decreto no 23.915 da COVISA (Vigilância Sanitária Municipal), os profissionais de beleza devem
seguir as seguintes normas sanitárias:
 Deve ter lixeira com pedal e saco plástico para descarte de material contaminado, lavatório com sabonete
líquido e papel toalha.
 Maca com superfície lisa ou lavável, forrada de lençol TNT ou papel resistente. (Todos descartáveis e devem ser
trocados a cada atendimento);
 Mesa auxiliar (carrinho) com superfície lisa e lavável, forrada com papel descartável e deve ser descartado a
cada atendimento;
 Toucas, máscaras e luvas devem ser descartáveis;
 O profissional deve usar Sapato fechado e cabelos presos;
 O profissional deve fazer uso de jalecos para procedimentos;
 Uso de caixas descarpack para descarte de perfuro cortante de maneira adequada.

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PREPARO DA PELE PARA O MICROAGULHAMENTO
 Avaliação Detalhada conforme a excelência no atendimento.
 Diminuir a barreira cutânea do estrato córneo com o pré microagulhamento.
 Favorecer o processo de reepitelização e cicatrização minimizando efeitos rebote, com drug delivery e home
care.
 Evitar hipocromia e hipercromia residual pós-procedimento
 Reduzir o excesso de oleosidade ou desenvolvimento de lesões acneicas pós-procedimento.
 Conceito In Out

Etapa 1: Pré-microagulhamento
Etapa 2: Procedimento de microagulhamento
Etapa 3: Pós-microagulhamento

ETAPA 1: PRÉ-MICROAGULHAMENTO: COSMETOLOGIA HOME CARE/CREMES


 Cosmetologia tópica rejuvenescimento/cicatriz/estrias – ácido hialurônico, Vitamina c, fatores de crescimento
(FGF,EGF), retinol e derivados e outros;
 Cosmetologia oral rejuvenescimento/cicatriz/estrias – ácido hialurônico, Exynutriment, vitamina c, colágeno
hidrolizado ou precursores (prolina, hidroxiprolina, glicina e lisina) e outros.
 Cosmetologia tópica gerenciamento clareamento de pele/melasma – vitamina c, arbutin, alfa arbutin,
dipalmitato kójico, emblica, ácido tranexâmico, fatores de crescimento (FGF,EGF), ácido mandélico, niacinamida,
ácido kójico,synovea hr , alfa bisabolol.
 Gerenciamento clareamento de pele/melasma oral – melatonina,picnogenol, polypodim leucotonos, zinco,
nicotinamida, resveratrol.

ETAPA 2: PREPARO DA PELE


Procedimento em consultório pré-microagulhamento e posteriormente de microagulhamento.

ETAPA 3: PÓS-MICROAGULHAMENTO
 Aplicar cremes inertes após o procedimento (alta hidratação);
 Não aplicar maquiagem enquanto pele sensível e avermelhada;
 Após 7 dias – proceder a protocolos de fotobiomodulação.
 Após 14 dias - proceder a protocolos de fotobiomodulação.

O TRATAMENTO
 Agulhas medindo 0,2 a 0,3mm podem ser usadas de 1 a 2 vezes na semana.
 Agulhas com medidas de 0,5mm podem ser usados de 2 a 3 semanas (a cada 15/20 dias).
 Agulhas com medidas acimas 0,75mm devem ser feitos 4-6 semanas (1x ao mês).

O QUE PODE SER ASSOCIADO AO TRATAMENTO DE MICROAGULHAMENTO


 Laser e LED
 Microcorrentes
 Radiofrequência
 Peelings Mecânicos e Químicos
 Carboxiterapia
 Luz Intensa Pulsada
 Criofrequência

COMO ASSOCIAR
Peelings Superficiais: 7 dias após a sessão de microagulhamento.
Peelings Médios (Descamativos): Intercalar a cada 25 a 30 dias.
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Radiofrequência/Luz Intensa Pulsada/ Criofrequência: Aguardar 20 a 25 dias.
Laserterapia, LEDterapia, Microcorrentes, Ionização: 5 a 7 dias após a sessão.

RECOMENDAÇÕES APÓS O MICROAGULHAMENTO


 Evitar praia, piscina, sauna por mínimo 48h após a aplicação da técnica;
 Aguardar 24h para utilização de maquiagem e outros cosméticos;
 Não utilizar nenhum cosmético sem o conhecimento do profissional que está aplicando o procedimento;
 Não se expor ao sol durante o tratamento;
 Evitar fontes de calor por pelo menos 48h;
 A pele deve estar íntegra para receber o procedimento;
 Utilizar filtro solar com ampla proteção UVA/UVB após 24h (reaplicar diversas vezes por dia).
 Todos os cuidados redobrados no tratamento íntimo.

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
 Tenha sempre disponível um borrifador com água filtrada, para auxiliar na higienização e retirada de produto.
 Algodão quadrado tipo “sussex” ou disco de algodão ou gaze.

1. O local de atendimento já deve estar organizado, com o material a ser usado disposto e organizado;
2. Maca ou local onde o cliente irá deitar, deve estar coberto com lençol “papel” para maca descartável;
3. Recepcionar o cliente e confirmar o nome do mesmo COM O DA FICHA de atendimento e Anamnese;
4. O cliente deve ler e assinar o termo de consentimento (se for 1ª vez);
5. Ler a Ficha de Anamnese do cliente (se for 1º atendimento) ou ler a evolução do atendimento anterior. Tire
todas as dúvidas do cliente, explique como é o procedimento e os cuidados pré e pós;
6. Pedir ao cliente para que remova lentes de contato, brincos e piercing;
7. Higienizar as suas mãos e passar álcool gel nas mãos do cliente;
8. Vestir a touca descartável;
9. Colocar a touca descartável no cliente;
10. Colocar uma toalha cobrindo o colo da cliente ou babador descartável;
11. Você deve Colocar a máscara de proteção descartável, não utilizar a de acrílico;
12. Calçar as luvas de procedimento;
13. Remover a maquiagem da cliente com um demaquilante;
14. Fotografar a face, conforme protocolo de Fotodocumentação;
14. Higienização da pele com sabonete neutro ou antisséptico.
15. Aplicação do Fluído Antisséptico (Clorexidine).
16. Aplicação de Anestésico Tópico. Deixar agir de 10 - 30 minutos de acordo com o anestésico. * Pode envelopar
com filme oclusivo.
17. Após retirar excesso com gaze ou algodão embebida em loção fisiológica.
18. Realizar Assepsia novamente.
19. Aplicação da técnica de Terapia de Indução de Colágeno. Divida a área a ser tratada em regiões.
20. Finalize com Cosmético de sua preferência.
21. Aplicar o equipamento de 6 a 10 vezes em cada direção, pode fazer o Drug Delivery com o produto adequando a
pele, durante o microagulhamento.
22. Se estiver usando o roller, mude de direção levantando o roller.
23. Não pressione muito, pois isso não é necessário para obter resultados excelentes.
24. Sangramento durante a sessão (depende do tamanho da agulha da pele).
25. Sempre esticar bem a pele
26. Evitar aplicar sobre as pálpebras e lábios.
27. Ao mudar a direção devemos sempre levantar o dermaroller desacoplando-o da pele.
28. Finalizar com o Produto adequado à pele;
29. Orientar o cliente com os cuidados e agendar o retorno.
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PROFUNDIDADE DA AGULHA PARA DERMAPEN
Área de tratamento Pele fina Pele espessa

Frontal 0,25 A 0,5 mm 0,5 a 0,75 mm

Glabela 0,25 A 0,5 mm 0,5 a 1,0 mm

Nariz 0,25 mm 0,5 mm

Periorbicular olhos 0,25 mm 0,25 a 0,5 mm

Malar 0,5 mm 0,5 a 1,0 mm

Mento 0,5 a 1,0 mm 1,0 a 2,0 mm

Lábio superior 0,25 mm 0,25 a 0,75 mm

Cicatrizes Faciais 1,0 a 1,5 mm 1,5 a 2,0 mm

Estrias 1,5 a 2,0 mm 1,5 a 2,0 mm

Cicatrizes 2,0 a 2,5 mm 2,0 a 2,5 mm

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