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ALTERAÇÕES DO

DESENVOLVIMENTO E
VARIAÇÕES DA NORMALIDADE
Prof. Me. Cristiam Velozo
Variações da normalidade
• Para que o cirurgião-dentista possa formular corretamente
as hipóteses de diagnóstico e, consequentemente, chegar a
um diagnóstico final é necessário o conhecimento
detalhado da cavidade bucal, sua anatomia e as
possíveis variações que possa encontrar.”

Kignel et al., 2014.


Carúncula parotídea
• Nódulo ou pápula,
bilateral e
simetricamente
localizado na mucosa
jugal próximo aos
molares superiores,
pouco consistente, plano
ou proeminente, de
mesma coloração da
mucosa jugal.

Kignel et al., 2014.


Carúnculas sublinguais

Kignel et al., 2014.


Neville et al., 2009.

Anquiloglossia
• “Língua presa”;
• Freio lingual curto,
resultando na limitação
dos movimentos da
língua;
• Tratamento: nenhum
ou frenectomia em
casos de problemas
funcionais ou
periodontais.
Neville et al., 2009.

Microglossia/Macroglossia

• Alterações no tamanho da
língua;
• Associação a síndromes;
• Tratamento: depende da
causa e da gravidade da
condição (procedimentos
cirúrgicos, ortodônticos,
fonoaudiologia). Macroglossia. O aumento da língua resultou na margem
crenada que corresponde ao espaço entre os dentes.
Macroglossia. Língua aumentada em um paciente com
síndrome de Down.
Língua crenada
• Aspecto que apresenta
devido a pressão sobre a
face lingual dos dentes;
• Estresse, macroglossia,
dentes ectópicos.

Kignel et al., 2014.


Língua fissurada
• Variação da normalidade de etiologia
desconhecida;
• Fator hereditário;
• Caracterizada pela presença de várias
fissuras ou sulcos na superfície dorsal da
língua;
• Assintomática, embora alguns pacientes
queixem-se de uma ardência discreta.
• Condição benigna, sem necessidade de
tratamento. O paciente deve ser
orientado a escovar a língua, uma vez
que restos de alimentos retidos podem
atuar como fonte de irritação. Kignel et al., 2014.
Neville et al., 2009.
Língua pilosa
• Acúmulo acentuado de ceratina
nas papilas filiformes do dorso
lingual (aparência de pelos);
• Fatores associados: tabagismo,
debilitação geral, higiene oral
deficiente e um histórico de
radioterapia na região de cabeça
e pescoço;
• Assintomática – “gosto amargo”
ou “mau hálito”. Kignel et al., 2014.
Neville et al., 2009.
Língua saburrosa
• Biofilme aderido
ao dorso da língua.

Neville et al., 2009.


Língua geográfica
(Eritema migratório)
• condição benigna comum que
afeta principalmente a língua;
• etiopatogênese é desconhecida;
• Áreas de eritema e atrofia das
papilas filiformes;
• Localização muda em dias ou
semanas.
• Tratamento: nenhum; em caso de
ardência: corticosteroides tópicos.

Neville et al., 2009.


Varicosidades linguais
• consistem em veias
anormalmente dilatadas e
tortuosas;
• Idade;
• Sem associação com HA;
• As varicosidades são
tipicamente assintomáticas,
e não há indicação de Varicosidades. Múltiplas veias purpúreas dilatadas na
tratamento. superfície lateral e ventral da língua.

Neville et al., 2009.


Amídala lingual hipertrófica
Amídala lingual hipertrófica
• Duas formas:
1. Linfóide (influência do processo
inflamatório crônico nas amígdalas
palatinas);
2. Vascular-glandular (plexos vasculares
venosos proliferam e o número de
glândulas salivares mucosas
aumenta).
• Tratamento: diatermocoagulação;
criocirurgia.
Pigmentação melânica
• Manchas marrons com
superfície íntegra;
• Causado pela melanina;
• Assintomático;
• Tratamento somente por
questões estéticas.

Kignel et al., 2014.


Grânulos de Fordyce
• Glândulas sebáceas ectópicas;
• Mucosas jugal e labial;
• Assintomáticos;
• Não requer tratamento.

Kignel et al., 2014.


Leucoedema
• Etiologia desconhecida;
• Aparência difusa, opalescente e
brancoacinzentada leitosa da
mucosa.
• A superfície apresenta
frequentemente pregueada,
resultando em estrias
esbranquiçadas ou rugosidades.
• As lesões não são destacáveis
• Em geral, é bilateral. Acomete a
mucosa jugal e pode se estender até

Neville et al., 2009.


a mucosa labial.
• Quando a mucosa é estendida, o
aspecto esbranquiçado diminui ou
até mesmo desaparece.
• Tratamento: nenhum.
Linha alba
• Placa esbranquiçada
retilínea na mucosa jugal
que não cede à raspagem;
• Fricção entre a face
vestibular dos dentes na
linha de oclusão e a mucosa
jugal;
Linha alba. Linha branca de hiperceratose na mucosa jugal
• Sem tratamento. direita ao nível do plano oclusal.

Kignel et al., 2014.


Neville et al., 2009.
Mucosite por prótese no palato
(Estomatite protética)
• Caracterizada por uma variedade
de graus de eritema, localizadas no
palato na área de contato com uma
prótese removível;
• Raramente sintomática;
• Os pacientes em geral admitem
usar a prótese de forma contínua,
removendo-as só periodicamente
para limpá-las;
• Possível associação com C. albicans.
• Descartar defeitos na prótese ou Neville et al., 2009.
alergia ao material dela.
Queratose de rebordo alveolar
• Rebordo alveolar edêntulo;
• Ceratose friccional causada pela
função mastigatória ou trauma
da dentadura;
• A ceratose friccional deve ser
diferenciada do grupo das
lesões orais pré-cancerígenas.

Neville et al., 2009.


Exostoses e tórus
• Protuberâncias ósseas que
surgem na cortical óssea.
• Benigno;
• Tratamento: cirúrgico em
caso de acometimento As exostoses palatinas (tubérculos palatinos) são
protuberâncias ósseas semelhantes que se desenvolvem
funcional/estético. no lado mandibular
O tórus lingual das étuberosidades
uma exostosepalatinas.
comum queEstas lesões
se desenvolve
são geralmente
ao longo bilaterais,
da superfície mas
lingual podem acometer apenas
da mandíbula.
um lado.
O tórus palatino é uma exostose comum que ocorre na
linha média do palato duro.
Exostoses. Exostoses vestibulares múltiplas do rebordo
alveolar da mandíbula e maxila.
Neville et al., 2009.
Referências
• KIGNEL, S. et al. Estomatologia: bases do diagnóstico para o
clínico geral. 2. ed. São Paulo: Santos, 2013.
• MARCUCCI, G. et al. Fundamentos de Odontologia –
Estomatologia. 2. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2014.
• NEVILLE, B. et al. Patologia oral & maxilofacial. 3. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.

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