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Índice

Introdução...................................................................................................................................2

Objetivos.....................................................................................................................................3

Objectivo Geral...........................................................................................................................3

Objetivos específicos..................................................................................................................3

Metodologia................................................................................................................................3

Conceito de Tracoma..................................................................................................................4

Epidemiologia.............................................................................................................................4

Etiologia e transmissão...............................................................................................................4

Factores de Risco........................................................................................................................4

Quadro clínico.............................................................................................................................4

Complicações..............................................................................................................................7

Diagnóstico.................................................................................................................................7

Conduta.......................................................................................................................................7

Prevenção....................................................................................................................................7

Conclusão....................................................................................................................................9

Referencias Bibliográficas........................................................................................................10
Introdução
No presente trabalho da cadeira de Oftalmologia recomendado pelo docente foi baseado nos
manuais de saúde e com ajuda de alguns sites da internet. O trabalho abordara aspectos
referentes a Tracoma, sua definição, quadro clinico, transmissão e tratamento.

Estamos cientes que poderá haver espaços para criticas e elogios, ou seja, acréscimos para o
enriquecimento do tema durante a leitura e apresentação do trabalho que acabamos de
apresentar dado que estamos num campo académico onde o conhecimento cresce com debate
e analise critico.

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Objetivos

Objetivo Geral

Compreender num contexto geral sobre Tracoma.

Objetivos específicos
 Definir o conceito tracoma;
 Destacar a importância dos ritos de iniciação
 Descrever como é feito o tratamento;

Metodologia

Segundo GIL (2010) metodologia é o estudo ou percurso a serem percorridos, para a


realização de uma pesquisa ou para se alcançar certos objetivos.
A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi com base de consulta de referências
bibliográfica.

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Conceito de Tracoma
É uma conjuntivite crónica infeciosa, caracterizada por exacerbações progressivas e remissões
da doença. É uma importante causa de cegueira em Países com escassos recursos, como
Moçambique.

Epidemiologia
É uma doença tropical negligenciada e é a principal causa infeciosa de cegueira. Estimativas
globais da OMS em 2009, revelam que existem cerca de 41 milhões de pessoas no mundo
com tracoma activo e 1.8 milhões de cegos devido ao tracoma. A doença predomina em
África, embora outros países também tenham a doença, conforme mostra o mapa abaixo.

Num estudo efectuado em Moçambique, província de Manica, em Julho de 2001, mostrou


uma prevalência de tracoma em 40% das crianças examinadas dos 1 aos 5 anos. Outro estudo,
realizado em 2011, em Niassa e Cabo Delgado, mostrou uma prevalência de 32% em crianças
menores de 9 anos.

Etiologia e transmissão
O agente causal é uma bactéria gram negativa, a Chlamydia trachomatis. É uma doença muito
contagiosa transmitida por contacto direito das secreções dos olhos, nariz, faringe afectados
com os olhos, ou de mãos contaminadas pelas secreções, por o uso comum de toalhas ou
guardanapos usados para limpar os olhos infetados. A mosca é um vector comum
(transmissão secundária). O período de incubação é de cerca de 7 dias (5 a 12 dias).

As crianças são os indivíduos mais afectados, podendo ter infecções recorrentes.

Factores de Risco
• Pobreza
• Condições de vida superlotada
• Falta de higiene pessoal
• Falta de saneamento básico

Quadro clínico
• Início de uma conjuntivite, bilateral, caracterizada por hiperémia conjuntival, edema
palpebral, fotofobia e lacrimação, chamada “olho rosa”;
• Após 7-10 dias pequenos folículos formam-se na conjuntiva palpebral superior e
gradualmente aumentam de volume e número durante 3-4 semanas, tornando-se um

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tecido de granulação de cor transparente-cinzento com folículos inflamatórios ao
redor.
• A fase seguinte é a formação do “pano”, ou seja, neoformação de vasos sanguíneos na
parte superior da córnea. Esta fase pode durar alguns meses até 1 ano, dependendo do
tratamento e da resposta ao mesmo;
• O estádio a seguir é a formação de entrópion. Nesta fase os cílios ficam por dentro dos
olhos e lesionam a córnea, contribuindo para a formação de cicatrizes. Há também a
obstrução do ducto lacrimal: o epitélio da córnea torna-se opaco e espesso e a
lacrimação diminui.

Figura 1. Entropion

Fonte: Otis Historical Archives Nat'l Museum of Health & Medicine


http://en.wikipedia.org/wiki/
File:Entropion_and_trichiasis_secondary_to_trachoma_A44-652-11.jpg

Figura 2. Córnea opaca

Fonte: http://www.abdn.ac.uk/mediareleases/release.php?id=1429

• Nas áreas isquémicas do pano há formação de úlceras.


• O último estádio da doença é a cegueira
• Há aumento dos gânglios pré-auriculares.
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Foto Estádio Descrição

N - Conjuntiva É possível observar vasos


Normal profundos, em sua maioria
verticais.

TF - inflamação Há papilas inflamatórias na


folicular do tracoma conjuntiva da pálpebra superior

T1 A inflamação torna-se mais


importante, intensa

TS Formação de cicatrizes visíveis


como linhas brancas na
conjuntiva palpebral

TT: Triquíase com formação de


entropion

OC - Opacidade da Presença de opacidade


córnea facilmente observada que cobre
pelo menos parte da margem
pupilar

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Complicações
A complicação mais temida é a cegueira. Outras complicações: entropion, úlcera da córnea,
cicatrizes da córnea.

Diagnóstico
É feito, fundamentalmente, pela observação do quadro clínico.

Diagnóstico Diferencial

• Conjuntivite bacteriana: a evolução desta é rápida com formação de secreção


purulenta e resposta ao antibiótico tópico
• Conjuntivite alérgica: é ligada com a presença de pólen e história de alergia e
lacrimação abundante; não há formação de folículos inflamatórios, mas de papilas;
• Conjuntivite hemorrágica epidêmica aguda.
• Molusco contagioso;
• Foliculoses;
• Conjuntivite de inclusão
• Conjuntivite por adenovírus

Conduta
O objectivo do tratamento é a cura da infecção e corte da cadeia de transmissão, prevenindo
deste modo as complicações, de entre as quais a cegueira.

• Tópico: com creme oftálmico de Tetraciclina a 1%: 2-3 aplicações ao dia durante
4-6 semanas Sistémico via oral com eritromicina (500mg de 6/6 horas) ou
doxiciclina (100mg de 12/12 horas) ou tetraciclina (250-500mg de 6h/6h), durante
3 semanas
• Em caso de entrópion e deformações palpebrais o tratamento é cirúrgico e o
paciente deve ser referido.
• Colírio de sulfa 4vezes ao dia durante 6 semanas

Prevenção
Educação sanitária dos pacientes que inclui as seguintes informações:

• Lavar os olhos com água e sabão


• Lavar as mãos após o contacto com olhos, secreções das narinas

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• Não compartilhar toalhas em caso de conjuntivite ou de infecção das vias aéreas
superiores
• Saneamento básico, para evitar a circulação das moscas, que são o principal vector
• Tratamento dos infectados

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Conclusão
Chegando ao ponto final do trabalho concluímos que O tracoma é uma doença oftálmica, que
afeta a conjuntiva, córnea dos olhos e pálpebras, levando a uma inflamação crônica. A
etiologia é bacteriana, uma variedade da Chlamydia trachomatis, uma bactéria gram-negativa,
intracelular obrigatória e que leva a uma hipertrofia dos folículos, hipertrofia papilar e
formação de um pano, que resulta na formação de uma cicatriz e até em cegueira. No Brasil,
há relatos de que esta enfermidade foi trazida pelos europeus, no século XVIII, no Nordeste,
onde foram estabelecidos diversos focos desta doença.

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Referencias Bibliográficas
Freitas CA. Prevalência do Tracoma no Brasil. Rev Bras Malariol D Trop 1976; 28: 227-380,
Brasília. Freitas CA. Bolsões hiperendêmicos de tracoma - situação atual.

Rev Bras Malariol D Trop. 1977; 29: 33-76, Brasília. Lopes MFC, Luna EJ, Medina NH,
Cardoso MR, Bernardes NA, Freitas HSA, Koizumi IK, Guimaraes JA. Tracoma: Situação
Epidemiológica no Brasil.

Dissertação de Mestrado – UFBA, 2008. Luna EJA; Medina NH; Oliveira MB. Vigilância
Epidemiológica do tracoma no Estado de São Paulo. Arq Bras Oftalmol. 1987; 50(2): 70-
Luna EJA.

A epidemiologia do Tracoma no Estado de São Paulo. Campinas, 1993. (Dissertação de


mestrado F C M - UNICAMP).

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