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CONJUNTIVITES

Priscila Soares
Instituto Cema
Classificação

Aguda: menos de quatro semanas de duração.

Crônica: mais de quatro semanas de duração.


Conjuntivite Viral
1- Ceratoconjuntivite adenoviral
Transmissão: contato 6-12 dias dos sintomas
Incubação 4-10 dias

Síndromes oculares causadas por adenoviroses:


- Febre faringoconjuntival:
Adenovírus tipos 3 e 7
- Ceratoconjuntivite epidêmica:
Adenovírus tipos 8 e 19
Conjuntivite Viral
Conj adenoviral
Sinais e sintomas: - lacrimejamento;
- fotofobia;
- Pálpebras edemaciadas;
- secreção aquosa;
- quemose leve a moderada;
- folículos;
- Hemorragias subconj. focais ou difusas;
- pseudomembranas;
- linfadenopatia dolorosa.
Folículos conjuntivais envolvendo o fórnice inferior
Quemose severa
Pseudomenbrana conjuntival
Conjuntivite Viral
Conj adenoviral
Ceratite:
Estágio 1: Ceratite epitelial punctata, após 7 a
10 dias do início dos sintomas. Resolução em 2
sem.
Ceratite epitelial punctata na ceratite adenoviral
Conjuntivite Viral
Conj adenoviral
Ceratite:
Estágio 1: Ceratite epitelial punctata, após 7 a 10
dias do início dos sintomas. Resolução em 2 sem.

Estágio 2 : Opacidades focais, subepiteliais, que


se desenvolvem abaixo das lesões epiteliais que
vão regredindo. Após aprox. 14 dias dos
sintomas.
Opacidades subepiteliais na ceratite adenoviral
Conjuntivite Viral
Conj adenoviral
Ceratite:
Estágio 1: Ceratite epitelial punctata, após 7 a 10 dias
do início dos sintomas. Resolução em 2 sem.

Estágio 2 : Opacidades focais, subepiteliais, que se


desenvolvem abaixo das lesões epiteliais que vão
regredindo. Após aprox. 14 dias dos sintomas.

Estágio 3 : Infitrados estromais anteriores,


desaparecem após meses ou anos.
Opacidades estromais anteriores na ceratite adenoviral
Conjuntivite Viral
Conj adenoviral
Tratamento
É sintomático e de suporte, resolução
espontânea ocorre em 2 sem.

Ceratite : Esteróides tópicos????


Conjuntivite Viral
2- Conjuntivite por Molusco Contagioso

Crianças, adolescentes e adultos jovens


Imunodeprimidos: HIV+
Lesão por molusco na pálpebra superior
Conjuntivite Viral
3- Conjuntivite por Herpes simples

Em pacientes com infecção primária por


herpes.
Blefaroconjuntivite por herpes simples
Conjuntivite Viral
4- Conjuntivite por enterovírus 70 e Coxsackievírus
A24
Conjuntivite folicular bilateral- súbita e de curta
duração.
Hemorragias conjuntivais, linfadenopatias e ceratite
epitelial transitória discreta.

5- Doença de Newcastle, influenza A e Epstein-Barr


Conjuntivite Bacteriana
1- Conjuntivite bacteriana simples
Auto-limitada
Agentes causadores: Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus aureus
Streptococcus pneumoniae
Haemophylus influenzae
Moraxella lacunata
Conjuntivite Bacteriana
Conj Bacteriana simples
Sinais:

- Secreção mucopurulenta moderada a leve;


Secreção mucopurulenta na conj. bacteriana
Conjuntivite Bacteriana
Conj Bacteriana simples
Sinais:

- Secreção mucopurulenta moderada a


leve;

- Crostas palpebrais.
Crostas palpebrais
Conjuntivite Bacteriana
Conj Bacteriana simples
Tratamento:
Resolução em 10-14 dias.

Antibiótico tópico: Ofloxacina ou ciprofloxacina +


Bacitracina pomada.

Amoxicilina/ Clavulanato: se infecção por Haemophilus


influenza, pelo envolvimento extra ocular ocasional.
Conjuntivite Bacteriana
2- Ceratoconjuntivite gonocócica no adulto
Neisseria gonorrheae

Homens: história de secreção uretral purulenta.

Mulheres: 50% são assintomáticas.


Conjuntivite Bacteriana
Conj. Gonocócica do adulto
- Características oculares:
Hiperaguda;
Secreção purulenta, espessa e profusa;
Linfadenopatia pré-auricular proeminente;
Ulceração marginal e central.
Secreção purulenta na conj. Gonocócica no adulto
Conjuntivite Bacteriana
Conj. Gonocócica do adulto
Tratamento:
Cultura e antibiograma.

Irrigação ocular com solução salina.


Ceftriaxone 1g IM DU.
Se envolvimento cornenano: hospitalização + ceftriaxone EV.
Ciprofloxacina tópica.

Tratar possível infecção por clamídia ( tetraciclina ou


eritromicina)
Conjuntivite Bacteriana
3-Ceratoconjuntivite por clamídia no adulto
DST
Chlamydia trachomatis sorotipos D a K

Jovens com infecção genital associada.

Incubação: 1 semana
Transmissão: auto-inoculação por secreções genitais.
Conjuntivite Bacteriana
Conj por clamídia no adulto
Sinais e Sintomas:
Quadro subagudo;
Secreção mucopurulenta.

Persiste por 3 a 12 meses se não tratada.


Conjuntivite Bacteriana
Conj por clamídia no adulto
Investigação:
Teste direto de imunofluorescência para clamídia e
cultura.

Tratamento:
Tópico: Tetraciclina 4x/dia 6 sem
Sistêmico: Tetraciclina 250mg 4x/dia 6 sem
Doxiciclina 300mg semanalmente 3 sem
Conjuntivite Bacteriana
4- Tracoma
Chlamydia trachomatis sorotipos A,B,Ba,C

Precárias condições de higiene - Infância


Principal vetor: mosca comum

É a principal causa de cegueira previnível no mundo


Conjuntivite Bacteriana
Tracoma
Características:
- Inflamação crônica da conj. leva à
cicatrização. Ex: linhas de Arlt.
Cicatrização da conj. tarsal superior no tracoma crônico
Conjuntivite Bacteriana
Tracoma
Características:
- Inflamação crônica da conj. leva à
cicatrização. Ex: linhas de Arlt.
- Folículos no limbo: fossetas de Herbert
(patognomônico).
Fossetas de Herbert no tracoma
Conjuntivite Bacteriana
Tracoma
Características:
- Inflamação crônica da conj. leva à cicatrização.
Ex: linhas de Arlt.
- Folículos no limbo: fossetas de Herbert
(patognomônico).
- Cicatrização conjuntival progressiva: triquíase e
entrópio.
- Tracoma em estágio final: severa baixa de visão
ou cegueira por ulceração corneana e opacificação.
Conjuntivite Bacteriana
Tracoma
CLASSIFICAÇÃO DA OMS

- TF: Tracoma folicular com 5 ou + folículos na


área central sup. do tarso superior.
- TI: Inflamação tracomatosa que obscurece 50% ou
+ dos vasos tarsais.
- TS: Cicatrização conjuntival tracomatosa.
- TT: Triquíase tracomatosa tocando a córnea.
- CO: Opacidade cornenana.
Conjuntivite Bacteriana
Tracoma
Tratamento

Azitromicina DU

Higiene pessoal
Conjuntivite Neonatal
1- Gonocócica
Rara
Transmissão : Durante o parto.

Início quadro: 1-3 dias após nascimento.


Conjuntivite purulenta, hiperaguda, quemose,
membrana ou pseudomembrana, com risco de
envolvimento corneano secundário.

Tratamento: Penicilina tópica e sistêmica


Conjuntivite Neonatal
2- Por Clamídia
É a conjuntivite neonatal mais comum, podendo estar associada a infecção
sistêmica.

Início quadro: 5-19 dias após nascimento.


Secreção mucopurulenta, papilas e pode evoluir com cicatrização
conjuntival e pannus corneano superior.

Tratamento: Tetraciclina ou Eritromicina VO


25mg/Kg 2x/dia 14 dias
Conjuntivite Neonatal
3- Tóxica/ Química
Após instilação de nitrato de prata, permanece
no máx. por 24-36 hs.
Sem tratamento específico.

4- Herpes simples
Vesículas herpéticas nas margens palpebrais.

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