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RESUMO
Entre os órgãos sensoriais, a visão é considerada como o meio mais importante de
interação do ser humano com o ambiente. O sistema visual inicia-se no globo ocular e
estende-se até o córtex occipital, na chamada via óptica. O olho humano
frequentemente é susceptível a infecções em sua superfície, seja por desequilíbrio da
microbiota normal ou pela aquisição de microrganismos exógenos, assim como pela
deficiência do sistema imune ocular. Uma infecção ocular pode ser causada por uma
variedade de factores, que incluem virus, bacterias, fungos. Conhecer os sinais de uma
infecção ocular é importante para nos ajudar a tomar medidas correctas e para nos dar
condições de buscar ajuda medica mais rapidamente, evitando o agravamento do
Quadro. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra, no caso da conjutive e
até mesmo após uma opereção cirúgica como no caso da endoftalmite. Essa revisão
blibligráfica teve por objectivo fazer um estudo sobre as infecções oculares bacteriana,
as manifestações clinicas, conhecer os agentes etilogicos, forma de transmissão,
tratamentos e profilaxia.
1. INTRODUÇÃO
Os olhos são órgãos fotossensoriais, capazes de converter informações luminosas em
impulsos neurais. Eles são compostos por três camadas: Túnica fibrosa externa,
representada pela esclera, a córnea e o limbo; Túnica vascular média, composta pela
coroide, o corpo ciliar e a íris e; Túnica interna (sensorial) e o epitélio pigmentar da
retina.
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Normalmente, a superfície ocular é constituída por uma microbiota balanceada e
específica, sendo isto estabelecido logo após o nascimento, no qual os olhos são
ligeiramente colonizados por micro-organismos, seja advindos da microbiota materna
(no caso de parto natural, via vaginal) seja através da microbiota anemófila (parto
cesariana), que se mantém ao logo da vida (KAUFMAN et al., 2011).
A existência desses na conjuntiva ocular foi comprovada desde o século XIX, diante da
presença de bactérias aeróbias e aeróbias facultativas, assim como a anaeróbias estritas
(CAMPOS et.al, 1989). Com a recorrência de micro-organismos implicados nas
infecções oculares, muitas vezes de origem bacteriana ou fúngica, fez-se necessário
observar as condições nas quais o olho humano pode propiciar a instalação de uma
infecção, resultando em ceratite, conjuntivite, úlceras e endoftalmites (GAYOSO et. al,
2007). Assim, constatou-se que as infecções oculares podem ser desencadeadas pela
presença de espécies virulentas adaptadas ao sistema ocular, assim como por falha do
mecanismo de defesa nessa região (SOLARI et. al, 2004; GALVÃO, H.A.; CASTRO,
M.M.B, 2010)
Infecção ocular é qualquer infecção que afecta os olhos, incluindo a superfície exrerna e
interna do globo ocular. Elas podem ocorrer em qualquer parte do olho, como
conjunctiva, a córnea, a esclera e até mesmo dentro do olho. (SALINAS et al., 2021)
Imagem 1- conjuntivite
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2.2. Ceratite bacteriana (CB): É uma das principais causas da cegueira no
mundo, devido a patogenicidade da bactéria que pode levar a perfuração da
córnea.O aumento da úlcera é característica da infecção, podendo haver
descemetocele, perfuração, diminuição da visão, dor e fotofobia. Dos
organismos bacterianos capazes de
induzir a ceratite, a Pseudomonas
aeruginosa destaca-se como
importante agente patogênico
Gram-negativo, especialmente
relacionada ao uso de lentes de
Imagem 2- ceratite
contato. ( HAZLETT et al, 2014)
Imagem 5- blaferite
3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os sintomas variam de acordo com a pessoa afectada , a causa e o tempo sem aplicação
de tratamento.
1.visão borrada :é sinal de gravidade. Não ocorre nas conjuntivites, a menos que haja
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envolvimento corneano ou do corpo ciliar.
2 - Dor: é outro sintoma sugestivo de problema sério. Também não ocorre nas
conjuntivites.
3 – Fotofobia: é uma a versão à luz, propria das iridociclitese ceratites. Não ocorre nas
conjuntivites comuns.
4 - Halos coloridos: são arco-íris em torno da luz. A hiperemia conjuntival, secreção e
aumento dos gânglios pré-auriculares, lacrimejamento, prurido. Nenhum deles expressa
gravidade.
E outros sintomas como sensação de areia, coceira e ardência, irritação, hordéolos ( no
caso da bleferite)
4. AGENTE ETIOLÓGICO
As infecções bacterianas são causadas na sua maioria por bactérias Gram positivas (do
gênero Staphylococcus spp. e Corynebacterium spp) oriundas da flora normal da pele
palpebral e da conjuntiva, e em menor grau por bactérias Gram negativas. As
conjuntivites e blefarites constituem-se como as infecções mais frequentes sendo, na sua
maioria, causadas pelo género Staphylococcus, com participação menor de outros cocos
Gram positivos e negativos (nas crianças, Haemophilus influenzae e Streptococcus
pneumoniae são os principais agentes de infecções ocular. Por outro lado, situações
mais graves, como a ceratite/ úlcera da córnea, são acometidos por Pseudomonas,
Serratia. (FIGUEIRA et. al, 2010)
5. TRANSMISSÃO
A transmissão se dá por meio do contato direto com o doente ou, indiretamente ,pelo
agente infeccioso. O caminho é bastente simples. A secreção decorrente do processo
inflamatório nos olhos serve de veículo para transmissãodo
microbio(https://drauziovarella.uol.com.br).
6. EPIDEMIOLOGIA
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Unidos, por exemplo, esta condição patológica tem o uso de lentes de contato como um
dos principais fatores de risco em 52% dos casos (MARUJO et. al, 2013).
7. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
8. TRATAMENTO
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Quando se trata de infecções oculares por bactérias, a intervenção antimicrobiana
geralmente é feita a partir da classificação dessas em Gram-positivas ou Gram-
negativas. Em relato feito por Duperet (2016) sobre os fármacos antimicrobianos
utilizados para tratar doenças oftálmicas, este cita que a administração é realizada em
uso combinado do grupo dos aminoglicosídeos (amicacina, gentamicina, tobramicina) e
cefalosporinas (cefazolina, ceftazidima), assim como a combinação entre
aminoglicosídeos equinolonas (ciprofloxacina, gatifloxacino, moxifloxacino),
9. PROFILAXIA
Evitar colocar as mãos nos olhos;
Trocar frequentemente as fronhas dos
travesseiros;
Separar alguns objetos pessoais como
toalhas de banho, de rosto e produtos de
maquiagem para os olhos;
Não compartilhar soluções oftálmicas e
medicamentos com conta-gotas;
Lavar as mãos com frequência e de forma
correta.
Evitar ou reduzir o uso de lentes de contacto
CURIOSIDADE
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10. CONCLUSÃO
Depois muitas resições bibligráficas feitas pelo grupo Podemos peceber que uma
irregularidade pré-existente quando relacionada a mecanismos de defesa do hospedeiro,
ou referente a lesões de natureza local ou sistêmica, pode predispor as infecções
oculares. Isso pode ser observado em doenças como diabetes mellitus, ou
imunodepressoras como a SIDA, assim como abrasões corneanas causadas pelo uso de
lente de contato, condições patológicas como catarata, traumas, cirurgias ou doenças
oculares prévias; condições climáticas favoráveis a mudança da microbiota conjuntival,
entre outras .
(https://drauziovarella.uol.com.br
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HAZLETT, L. D.; JIANG, X.; MCCLELLAN, S. A. IL-10 Function, Regulation, and in
Bacterial Keratitis. Journal of Ocular Pharmacology and Therapeutics, v. 30, n. 5, p.
373–380, 2014.
JACOBS.DS.Conjunctivitis.UpToDate.2014]Disponívelem:http://www.uptodate.com/
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KAUFMAN, Paul L. et al. Adler's Physiology of the Eye. Elsevier Health Sciences,
2011.
NAVES, Plínio Lázaro Faleiro et al. Novas abordagens sobre os fatores de virulência
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233, 2013
SALINAS, R. G. et al. Safety and efficacy of lotilaner ophthalmic solution, 0.25% for
the treatment of blepharitis due to demodex infestation: A randomized, controlled,
double-masked clinical trial. Contact Lens and Anterior Eye, v. 45, n. 4, 1 ago. 2021.