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SUMÁRIO
1. Introdução...........................................................................................................3
2. Epidemiologia......................................................................................................4
3. Etiologia..............................................................................................................4
4. Modo de transmissão..........................................................................................9
5. Manifestações clínicas......................................................................................11
6. Exames complementares...................................................................................14
7. Tratamento........................................................................................................16
8. Quimioprofilaxia............................................................................................... 22
9. Vacinação......................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 27
1. INTRODUÇÃO
Meningite é uma doença que resulta de um processo inflamatório das meninges,
que são as membranas que recobrem o encéfalo e a medula espinhal.
As etiologias são diversas, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos e,
mais raramente, parasitas (protozoários e helmintos), sendo que algumas etiologias
podem cursar com quadros graves, com alta letalidade, mesmo com o tratamento
adequado, ou ainda apresentar evolução para quadros hemorrágicos, que se confun-
dem com infecções como febre maculosa, dengue, dentre outras.
A doença meningocócica (DM) causada pela bactéria Neisseria meningitidis
(meningococo) e os vírus são os principais responsáveis por surtos e epidemias. A
meningite meningocócica possui alta morbidade e letalidade. Entretanto a meningite
viral é mais frequente que a bacteriana, sendo caracterizada geralmente por quadros
benignos e autolimitados.
Meningites 3
2. EPIDEMIOLOGIA
A meningite bacteriana é um problema de saúde pública mundial, com incidência
anual de 4-6 casos/100 mil adultos, sendo N. meningitidis e S. pneumoniae respon-
sáveis por 80% dos casos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa de inci-
dência é 1,4 caso/100 mil habitante/ano, e letalidade de 22,2%.
O meningococo é o principal responsável por epidemias no Brasil e possui vários
sorogrupos, sendo o sorogrupo C o mais prevalente. A meningite meningocócica
pode ocorrer de forma isolada ou associada à meningococcemia, caracterizada pela
disseminação hematogênica do agente, resultando em vasculite sistêmica e fenôme-
nos hemorrágicos fulminantes, sendo a forma mais grave da doença meningocócica.
A suscetibilidade à infecção é geral, porém, os grupos de maior risco são as crianças
menores de 5 anos, principalmente as menores de 1 ano, os idosos acima de 60
anos e os imunodeprimidos. A mortalidade da doença tem se mantido em 18-20%
dos casos, chegando a 50% nos casos de meningococcemia.
3. ETIOLOGIA
Bacteriana
Os principais agentes bacterianos são: Neisseria meningitidis (meningococo),
Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae.
Podemos citar ainda outros agentes bacterianos, como: Mycobacterium tuber-
culosis, Streptococcus sp. – especialmente os do grupo B, Streptococcus agalac-
tie, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa,
Klebsiella pneumoniae, Enterobacter sp.
Dentre os fatores associados à meningite bacteriana podemos citar: 1. Faixa etá-
ria, porta de entrada ou foco séptico inicial; 2. Tipo e local da infecção no sistema
nervoso central (SNC); 3. Imunidade prévia; situação epidemiológica local.
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PRINCIPAIS ETIOLOGIAS POR FAIXA ETÁRIA E FATORES DE RISCO
S. pneumoniae, N. meningitidis,
> 50 anos L. Monocytogenes,
bacilos gram negativos
S. pneumoniae, N. meningitidis, L.
Imunocomprometidos Monocytogenes, bacilos gram negativos
(incluindo Pseudomonas aeruginosa)
S. pneumoniae, H. influenzae,
Fratura de base de crânio
Streptococcus hemolítico do grupo A
Staphylococcus aureus,
TCE penetrante, pós neurocirurgia, Staphylococcus coagulase-negativo,
fístula liquórica bacilos gram negativos (incluindo
Pseudomonas aeruginosa)
Meningococo
Processo inflamatório
Pneumococo
bacteriano que
Hemófilos
acomete meninges
Estreptococo do grupo B
Etiologia Definição
Meningite bacteriana
Meningites 5
SE LIGA! Etiologia de acordo com a faixa etária e fatores de risco:
5 a 50 anos: pneumococo, meningococo.
Acima de 50 anos: pneumococo, meningococo, Listeria monocytogens,
gram-negativos.
Imunossupressão, diabetes, etilismo: pneumococo, meningococo, Listeria mo-
nocytogens, gram-negativos entéricos.
Pós-neurocirurgia: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermides, baci-
los gram-negativos.
Fístula liquórica: pneumococo, H. influenzae.
Viral
As meningites virais têm distribuição universal e, em geral, evolução benigna, bai-
xa letalidade e menor risco de sequelas. São frequentemente associadas à ocorrên-
cia de surtos, podendo ocorrer casos isolados. A incidência se eleva nos meses do
outono e da primavera.
RNA VÍRUS DNA VÍRUS
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MAPA MENTAL 1
MENINGITE
VIRAL
Definição
Comumente ocorre
em surtos
Fúngica
Os principais fungos causadores de meningite são do gênero Cryptococcus, sen-
do as espécies mais importantes a C. neoformans e a C. gattii. Outros fungos me-
nos frequentes são: Candida albicans, Candida tropicalis, Histoplasma capsulatum,
Paracoccidioides brasiliensis, Aspergillus fumigatus.
A meningite criptocócica tem caráter predominantemente oportunista, acome-
tendo principalmente indivíduos com estado imunológico comprometido (Aids ou
outras condições de imunossupressão). No entanto,a espécie C. gattii pode acome-
ter imunocompetentes, residentes em áreas tropicais e subtropicais, com caráter
epidêmico.
Em geral, cursa com comprometimento neurológico importante, apresentando
evolução grave. Associa-se a elevado risco de complicações, como hipertensão in-
tracraniana e de sequelas, como paralisia permanente de nervos cranianos, déficit
cognitivo e hidrocefalia.
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MAPA MENTAL 3
Disseminação
hematogênica
Candida
Cryptococcus neoformans
Meningite fúngica
Histoplasma capsulatum
Coccidoides immitis
Crônica ou subaguda,
progressiva e que Definição
oferece risco de vida
Patógenos fúngicos
Inflamação das
meninges
Pacientes transplantados
Altamente associado
a pacientes
imunossuprimidos HIV
Toxoplasma gondii
Toxoplasma cruzi
Plasmodium sp
HELMINTOS
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4. MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre através do contato com secreções respiratórias do portador
do agente patogênico (inalação de gotículas de secreção de vias aéreas), havendo
necessidade de contato íntimo (moradores da mesma casa, pessoas que compar-
tilham dormitório ou alojamento, comunicante de creche ou escola, namorado). As
meningites virais (especificamente causadas por enterovírus) geralmente são trans-
mitidas por via fecal-oral.
Apresenta um período de incubação de, em geral, 2 a 10 dias com média de 3 a 4
dias. Para os enterovírus, situa-se entre 7 e 14 dias. Para os casos de meningite tu-
berculosa, a incubação ocorre nos 6 primeiros meses da infecção.
No caso das meningites bacterianas, o agente etiológico pode atravessar a barrei-
ra hematoencefálica por:
FLUXOGRAMA 1
Migração de
leucócitos
Obstrução do fluxo
Exsudato do LCR e diminuição Hidrocefalia
da absorção
Extravasamento de
proteínas plasmáticas
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Já a transmissão pode ocorrer até 24 horas após o início da antibioticoterapia
adequada, no caso de etiologias bacterianas.
No caso das meningites virais, os vírus atingem o SNC por via hematogênica (en-
terovírus) ou neuronal (HSV). No caso dos enterovírus, ao passarem pelo estômago,
são capazes de resistir ao pH ácido e prosseguem para o trato gastrointestinal infe-
rior. Outros vírus se replicam na nasofaringe e se disseminam em linfonodos locais.
Após os enterovírus se ligarem a receptores dos enterócitos, eles se replicam em
uma célula suscetível, progridem para a placa de Payer (onde ocorre replicação mais
intensa) e então uma viremia atinge coração, SNC, fígado, sistema reticuloendotelial.
Acredita-se que o enterovírus atinja o SNC através de junções íntimas endoteliais e
posteriormente alcance o plexo coroide e o líquor.
A infecção causada pelo HSV (vírus herpes simples) atinge o SNC pela via neuronal,
através do nervo trigêmeo e olfatório; ou ainda, nos casos de meningite asséptica, o ví-
rus se dissemina após uma lesão genital primária, ascendendo pelas raízes sacrais até
a meninge. O vírus pode ainda ficar latente nas raízes nervosas do trigêmeo e olfatório,
reativando anos depois, causando encefalite ou quadros de meningite asséptica.
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5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O quadro clínico da meningite caracteriza-se por febre de início súbito, associada
a cefaleia, prostração, náuseas, vômitos, hiporexia, rigidez de nuca, mialgia, agitação,
fotofobia e sinais meníngeos.
Em neonatos e lactentes, o quadro é caracterizado por irritabilidade, baixa acei-
tação da dieta, hipertonia/hipotonia, febre, convulsões, choque séptico, convulsão,
abaulamento de fontanela, grito meníngeo (criança grita ao ser manipulada, princi-
palmente quando se flete as pernas para trocar a fralda). A presença de rigidez da
nuca quase nunca está presente, sendo necessário analisar o quadro geral, abaula-
mento da fontanela e dados epidemiológicos para a suspeição de meningococo.
A irritação meníngea se associa com os sinais abaixo:
• Sinal de Kernig: flexão passiva da coxa sobre a bacia, em ângulo reto, com dor e
resistência à extensão do joelho.
• Sinal de Brudzinski: flexão involuntária da perna ao se tentar fletir a cabeça do
paciente.
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SE LIGA! Fique atento aos sinais de gravidade da meningite: piora
da cefaleia, rebaixamento do nível de consciência, torpor, convulsões, déficit
neurológico focal, confusão mental, transtornos pupilares, turvação visual, para-
lisias de nervos cranianos, bradicardia, nistagmo, papiledema.
Meningite criptocócica: deve ser sempre considerada em pacientes com AIDS que
apresentam cefaleia, febre, demência progressiva e confusão mental.
Meningite bacteriana: O período de encubação é de 2-10 dias e a apresentação
clínica pode apresentar-se na forma de 3 síndromes, que não necessariamente estão
todas presentes.
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Somente 50% dos pacientes apresentam essa tríade. Outros achados são convul-
sões e sinais neurológicos focais. A presença de lesões cutâneas é bem característi-
cas da N. meningitidis.
A infecção por meningococo pode levar a meningite e meningococcemia, sendo
denominada como doença meningocócica, que é um problema de saúde pública de-
vido ao risco de surtos. 15-20% possuem evolução rápida e muitas vezes fulminante
devido a septicemia meningocócica, apresentando prostração intensa, palidez, sinais
de toxemia, exantema e/ou petéquias, sufusões hemorrágicas, hipotensão, rebaixa-
mento do sensório, associados ou não a quadro de meningite, com risco de evolução
para choque, CIVD e óbito. Compondo a Síndrome de Waterhouse-Friderichsen.
Figura4: ???
Fonte: Infobond/Shutterstock.com.
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6. EXAMES COMPLEMENTARES
O diagnóstico das meningites bacterianas é através da análise do LCR, principal-
mente o exame quimiocitológico e a cultura.
A presença de alguns sinais e sintomas indicam a realização da tomografia
computadorizada de crânio antes da punção lombar, e, a depender do resultado, a
contraindica.
QUANDO SOLICITAR TOMOGRAFIA ANTES DA PUNÇÃO LOMBAR?
Pacientes imunocomprometidos
Hidrocefalia obstrutiva
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LABORATORIAIS NORMAL BACTERIANA TUBERCULOSA VIRAL FÚNGICA
Xantocrômica Incolor ou
Cor Incolor Incolor Incolor
ou leitosa xantocrômica
Pouco
Glicose >40 Diminuída Pouco diminuída Normal
diminuída
<500
>500 <500 <500
Aumento de
Celularidade 0-4 Aumento de Aumento de Aumento de
linfócitos
neutrófilos linfócitos linfócitos
e neutrófilos
Outros exames que podem auxiliar no diagnóstico segundo o que está exposto no
Guia de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, são:
• Cultura de outros sítios que não LCR: sangue, raspado de lesões pe-
tequiais ou fezes.
• Reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real – LCR, soro,
sangue total.
• Aglutinação pelo látex – LCR e soro.
• Contraimunoeletroforese (CIE) – LCR e soro.
• Bacterioscopia direta (método de Gram) – LCR (diplococos gram-ne-
gativos: Neisseria meningitidis; cocos gram-positivos: Streptococccus
pneumoniae).
• Sorologia (pesquisa de anticorpos IgG e IgM) – pesquisar etiolo-
gia viral.
• Exame micológico direto com preparação da tinta da China – LCR.
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7. TRATAMENTO
Meningite bacteriana
Nos quadros a seguir, confira as opções de tratamento conforme faixa etária e
etiologia.
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ESQUEMA ANTIMICROBIANOS EMPÍRICOS CONFORME FAIXA ETÁRIA
1 a 23 meses Ceftriaxone
Ampicilina + Ceftriaxone
2 – 50 anos Vancomicina + Cefepime,
Vancomicina + Ceftazidima ou
Vancomicina + Meropenem
Vancomicina + Cefepime,
Fratura de base de crânio Vancomicina + Ceftazidima ou
Vancomicina + Meropenem
Vancomicina + Cefepime,
TCE penetrante, pós-neurocirurgia,
Vancomicina + Ceftazidima ou
fístula liquórica
Vancomicina + Meropenem
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AGENTE INTERVALO DURAÇÃO VIA DE
ANTIBIÓTICO DOSE
ETIOLÓGICO (HORAS) (DIAS) ADMINISTRAÇÃO
Neisseria
7 a 10
meningitidis
Streptococus
10 a 14
pneumoniae Ceftriaxone 12 em 12
2g Endovenosa
Haemophilus
7 a 10
influenzae
Enterobactérias 10 a 14
Pseudomonas Meropenem 8 em 8 14 a 21
4 em 4
Listeria Ampicilina + 200-400 mg/
ou 21 Endovenosa
monocytogenes Ceftriaxone kg/dia
6 em 6
MSSA
(Staphylococcus
Oxacilina 2g 4 em 4 21 Endovenosa
aureus meticilina
sensível)
MRSA
(Staphylococcus
Vancomicina 1g 12 em 12 21 Endovenosa
aureus meticilina
resistente)
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MAPA MENTAL 4
Meningite
bacteriana
Tratamento
Antibioticoterapia
Dexametasona
empírica
Acrescentar
Vancomicina em
áreas com + de 2% de
pneumococo resistente
Meningite viral
Não há indicação de tratamento antiviral específico. Recomenda-se tratamen-
to de suporte, com sintomáticos, avaliação criteriosa e acompanhamento clínico.
Tratamento antiviral específico somente nos casos de meningite herpética (HSV 1 e
2 e VZV) com aciclovir endovenoso.
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MAPA MENTAL 5
Meningite
viral
Tratamento
Aciclovir
10mg/kg/dose,
a cada 8h,
por 14-21 dias
Meningite fúngica
Indução: Anfotericina B: 1 mg/kg/dia endovenosa + 5-Flucitosina: 100 mg/kg/
dia via oral, de 6 em 6 h por 14 dias.
IMUNOCOMPETENTE Consolidação: Fluconazol: 400 mg/dia via oral por 6 a 10 semanas, ou formula-
ções lipídicas de anfotericina B (lipossomal ou complexo lipídico): 3 a 6 mg/kg/
dia, endovenosa, por 6 a 10 semanas.
Meningites 20
MAPA MENTAL 6
Meningite
fúngica
Terapia
antifúngica
Anfotericina B +
DVP terapêutica
Flucitosina
Meningite coccidiodal
Fluconazol
Itraconazol
Meningite Tuberculosa
REGIME FÁRMACOS FAIXA DE PESO UNIDADES/DOSE MESES
RHZE
20 a 35kg 2 comprimidos
2RHZE 150/75/400/275
36 a 50kg 3 comprimidos 2
Fase intensiva comprimido em dose
>50kg 4 comprimidos
fixa combinada
Meningites 21
8. QUIMIOPROFILAXIA
A quimioprofilaxia é a melhor medida para prevenção de casos secundários e de
surtos. Está indicada somente para os contatos próximos de casos de meningite por
H. influenzae e doença meningocócica. Considera-se como contato próximo mora-
dores do mesmo domicílio, aqueles que dividam o mesmo local para dormir como a
exemplo de alojamentos ou quartéis³, parceiro, comunicantes de creches e escolas,
pessoas diretamente expostas às secreções do paciente, indivíduo que conviveu
com o doente por quatro ou mais horas diárias por pelo menos cinco dos sete dias
que antecederam a admissão hospitalar do caso.
A droga de escolha é a rifampicina. Deve ser iniciada, idealmente, até 48 horas da
exposição, podendo ser usada até 10 dias no caso de doença meningocócica ou até
30 dias no caso do Haemophilus influenzae. Todos os contatos devem ser monitora-
dos durante 10 dias.
Para os menores de um ano contactantes não vacinados, deve ser utilizada a vaci-
na tetravalente nas meningites por H. influenzae.
Indicações de quimioprofilaxia:
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ESQUEMA DE PROFILAXIA PARA CONTACTANTES PREFERENCIALMENTE DENTRO DE 48H
Haemophilus influenzae: contatos familiares < 1 mês Rifampicina 10mg/kg 24/24h 4 dias
ou de creches, quando houver crianças me-
≥ 1 ano e
nores de 2 anos suscetíveis (não vacinadas Rifampicina 20mg/kg 24/24h 4 dias
< 10 anos
ou vacinação incompleta) OU expostos di-
retamente a secreções orais Adulto Rifampicina 600mg 24/24h 4 dias
9. VACINAÇÃO
A vacinação é considerada a principal medida preventiva, sendo as vacinas es-
pecíficas para determinados agentes etiológicos e utilizadas na rotina para imuni-
zação de crianças menores de 2 anos. Estão disponíveis no Calendário Nacional de
Vacinação da Criança do Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS):
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MENINGITE BACTERIANA
Processo
Todo caso
inflamatório
suspeito deve Ceftriaxone +
bacteriano Ceftriaxone ou
ser investigado ampicilina se
que acomete Cefoxatina
e notificado > 50 anos
Meningococo meninges
Pneumococo
Hemófilos Acrescentar
Estreptococos vancomicina em
do grupo B Definição Antibioticoterapia áreas com + de 2%
empírica de pneumococo
resistente
Etiologia Tratamento
Junto com a
Dexametasona primeira dose de
antibiótico
Meningites 24
MENINGITE BACTERIANA
Candida
Cryptococcus neoformans
Imunossupressão Hidrocefalia
Histoplasma capsulatum
Coccidoides immitis comunicante
Disseminação Glicose baixa
hematogênica Granulomas
Proteína
Infecção latente TC ou RM Vasculite elevada
Infecção primária
Déficits focais
Pleiocitose
Patogênese linfocitária
Cefaleia progressiva Neuroimagem
e intensa
Punção lombar LCR
Alteração comportamental Clínica Diagnóstico
Testes de antígeno
Urinário
e anticorpos
Rigidez de nuca +
fotofobia + cefaleia
Anamnese Sérico
Papiledema Meningite
fúngica
Alterações
História clínica Imunossupressão
neurológicas
Patógenos fúngicos
Terapia
antifúngica
Inflamação das meninges DVP terapêutica
LCR acima
Altamente associado a pacientes de 25 cm Anfotericina B +
imunossuprimidos de H20 Flucitosina
Meningite
Específico a coccidiodal
Pacientes HIV
transplantados cada fungo
Fluconazol
Itraconazol
Meningites 25
MENINGITE BACTERIANA
Coxsackie
Echovírus TNF alfa Mielite
Poliovírus
Via
IL6 Encefalite
hematogênica
Glicose normal
Barreia Espaço
Disseminação
hematoencefálica subaracnoide Proteína levemente
Neuroimagem (RNM) HSV 1 e 2 elevada
se crises, dimnuição
Outros vírus consciencia ou
Patogênese Pleiocitose linfocítica
deficits focais Reação de cadeia
em polimerase < 1000 células
Herpes simples, Varicela,
Caxumba, Arbovírus Clínica Diagnóstico Punção lombar LCR
Pesquisa Monoclonal
de Antígenos Virais
Febre
Anamnese
Meningite
Enterovírus
Cefaleia viral
História clínica
Náuseas
Meningite
Comumente ocorre em surtos Aciclovir coccidiodal
Fluconazol
Inflamação das meninges
10mg/kg/dose, a cada
8h, por 14-21 dias
Secundária a infecção
em outros sítios
Meningites 26
REFERÊNCIAS
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