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FARMÁCIA HOSPITALAR

Microbiologia Clínica dos Principais Patógenos Causadores de Infecções


Hospitalares – Infecções Sistêmicas – Sepse, Hemocultura e Cateter
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MICROBIOLOGIA CLÍNICA DOS PRINCIPAIS PATÓGENOS


CAUSADORES DE INFECÇÕES HOSPITALARES – INFECÇÕES
SISTÊMICAS – SEPSE, HEMOCULTURA E CATETER

• Microbiologia clínica dos principais patógenos causadores de infecções


hospitalares.

• Infecções sistêmicas
– A presença de microrganismos viáveis no sangue do paciente pode levar a um con-
siderável aumento da morbidade e da mortalidade = uma das mais importantes com-
plicações do processo infeccioso.

A preocupação é de a infecção ir para o sangue, porque do sangue ela poderá migrar


para qualquer outro órgão.

– Detecção rápida e com boa acurácia de casos de bacteremia e fungemia é funda-


mental para os devidos cuidados do paciente.
– A maioria dos episódios sépticos é de origem hospitalar, resultado de microrganis-
mos que apresentam grande resistência aos antimicrobianos.
As infecções hospitalares são aquelas contraídas não só durante a internação, mas
como também dias após a alta (ou após o paciente ter realizado algum procedi-
mento médico).
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MECANISMOS DE INVASÃO DO SANGUE POR MICRORGANISMOS

– Penetração a partir de um foco primário de infecção, através de vasos linfáticos e daí


até o sangue.
Exemplo: infecção pulmonar (que possui um tecido altamente vascularizado), infec-
ção renal (também com tecido altamente vascularizado).
– Entrada direta na corrente sanguínea, via agulhas (por meio de um procedimento
médico, por exemplo) ou outros dispositivos vasculares, como cateteres (IRC).
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Possibilidades de contaminação do paciente (vide imagem abaixo):


– Pela microbiota da própria pele do paciente (formada por corpos gram-positivos);
– No caso de uma assepsia inadequada, poderá causar a entrada desse patógeno
pela corrente sanguínea;
– Pelas mãos do profissional de saúde (se esse profissional não faz uma lavagem
prévia e adequada das mãos antes de iniciar os procedimentos com o paciente);
– Pelos conectores dos equipamentos parenterais;
– O próprio fluído que será infundido por medicamentos, soro fisiológico etc.
– Por uma disseminação hematogênica, quando vem de um foco primária de infecção,
por exemplo, de um outro órgão.

– A presença de bacteremia ou fungemia representa também uma falha nas defesas


do hospedeiro em neutralizar uma infecção em seu foco inicial ou uma falha médica
em remover ou drenar um foco infeccioso.
Sufixo “mia”: presença no sangue.
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– Geralmente, num paciente imunocompetente, as defesas naturais respondem pron-
tamente à presença de microrganismos estranhos.

O paciente imunocompetente consegue responder à presença dos microrganismos estra-


nhos, além de conseguir eliminá-los da corrente circulatória.
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– Esta eliminação pode ser menos eficiente quando os microrganismos são encapsu-
lados, ou mais eficiente quando o paciente já apresenta anticorpos contra o orga-
nismo infectante.
– Bacteremia transitória: é a forma mais comum, em geral rápida (alguns minutos a
poucas horas), e ocorre após uma manipulação de algum tecido infectado, durante pro-
cedimento cirúrgico envolvendo tecido contaminado ou colonizado (cavidade oral, endos-
copia) ou em algumas infecções agudas como pneumonia, meningite e osteomielite.
– Bacteremia intermitente: bacteremia pelo mesmo microrganismo, que se mani-
festa, com intervalos variáveis de tempo. Geralmente ocorre em processos infeccio-
sos relacionados a abscessos intra-abdominais, pneumonias etc.
Por vezes, esses microrganismos caem na corrente circulatória.
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– Bacteremia contínua: característica de endocardite infecciosa e de outras infec-


ções intravasculares.

As bacteremias, na grande maioria das vezes, são causadas por um único microrganismo
(monomicrobiana), porém, em algumas situações, podem ser de etiologia polimicrobiana.

Fatores de risco para bacteremia e fungemia:


– Idade: faixas etárias extremas (crianças e idosos);
– Doenças de base: doenças hematológicas, neoplasias, diabetes, insuficiência renal
dialítica, cirrose hepática, imunodepressão e queimaduras (porta de entrada para o
microrganismo conseguir atingir a corrente circulatória).
– Medicamentos: corticoides, quimioterápicos, drogas citotóxicas.
– Procedimentos médicos invasivos: cateteres, procedimentos endoscópicos.
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Bacteremia: presença de bactérias no sangue.


Sepse: presença de sintomas de infecção na presença ou não de hemocultura positiva
ou negativa.
É possível haver uma hemocultura positiva que não é sepse (quando o paciente não
possui sintomas).
Sintomas da sepse: febre, calafrios, leucocitose (aumento dos leucócitos), comprometi-
mento hemodinâmico (paciente descompensado).
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Obs.: Na sepse, em 90% dos casos, há a elevação da temperatura do paciente, mas se


o quadro de sepse estiver avançado, é possível ter um quadro de hipotermia, o que
indica que o paciente está evoluindo de forma gradativa, ou seja, que seus órgãos
já estão por falência e não estão conseguindo combater o quadro séptico, logo, a
temperatura corporal irá cair. Logo, não é obrigatório que o paciente em sepse esteja
com febre.
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MICRORGANISMOS MAIS COMUNS DE CAUSAREM AS INFECÇÕES SISTÊMICAS

Microrganismos:
– E. coli (BGN – enterobactéria): comum pelas mãos contaminadas dos profissio-
nais de saúde.
– S. aureus (coco gram-positivo – CGP):
– Aumento na incidência de estafilococos coagulase negativos (microbiota da pele)
= dificuldade na interpretação dos resultados microbiológicos: 85% podem represen-
tar contaminação ao invés de bacteremia verdadeira.
– Tornaram-se prevalentes entre portadores do HIV: enterococos, fungos (principal-
mente a candida) e micobactérias.
– As bacteremias causadas por bactérias anaeróbias são muito raras.
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– Em crianças, o perfil de microrganismos assemelha-se ao da população adulta, mas
há maior prevalência de estafilococos, S. pneumoniae, N. meningitidis (meningo-
coco) e H.influenzae (diminuindo por conta da vacinação).

PATÓGENOS RAROS RELACIONADOS À IMUNOSSUPRESSÃO CAUSADA POR


CÂNCER OU LEUCEMIA

– Aeromonas hydrophila
– Bacillus spp.
– Campylobacter spp.
– Capnocytophaga spp.
– C. septicum
– Corynebacterium jeikeium
– L. monocytogenes
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– Mycobacterium fortuitum/chelonei
– Rhodococcus equii
– S. typhimurium
– Streptococcus do grupo G
– Streptococcus bovis

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Debora Martins Coelho Juliani.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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