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CONJUNTIVITE
BACTERIANA
OFTALMOLOGIA 1
CONJUNTIVITE BACTERIANA
CONJUNTIVITE
BACTERIANA
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CONJUNTIVITE BACTERIANA
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 9
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sintomas < 24h); aguda ou crônica. A con- raspados conjuntivais para exame micros-
juntivite bacteriana aguda é caracterizada cópico e cultura são recomendáveis para
por ter duração de até 3 semanas e, nor- todos os casos, e obrigatórios se a doença
malmente ser autolimitada. É comumente for purulenta, membranosa ou pseudo-
causada por Staphylococcus aureus, membranosa. No entanto, rotineiramente
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus não são solicitados exames laboratoriais.
influenzae e Moraxella catarrhalis. Na suspeita de conjuntivite gonocócica ou
resistência ao tratamento os exames de-
vem ser solicitados. O tratamento, na mai-
oria dos casos, pode ser empírico com uti-
lização de antibióticos tópicos de amplo
aspecto, tais como tobramicina, fluoroqui-
nolonas de segunda ou quarta geração e
cloranfenicol. Deve ser realizado com ins-
tilação de 1 gota 6 a 8 vezes/dia durante 7
Conjuntivite bacteriana com secreção purulenta. a 10 dias. O uso sistêmico da ampicilina
está indicado nas conjuntivites por Hae-
Geralmente, o acometimento de um olho mophilus em crianças, devido ao risco de
precede o de outro em um ou dois dias. Pa- infecção sistêmica.
cientes apresentam hiperemia ocular com
secreção mucopurulenta, referindo acor- Conjuntivite bacteriana hiperaguda
dar com as pálpebras grudadas pela ma-
nhã. Além disso, a descarga de pus apa- Causada por Neisseria gonorrhoeae (mais
rece espontaneamente e continuamente frequentemente) e Neisseria meningitidis.
nas margens da pálpebra, o que não é co-
• Início dos sintomas entre 12-24h.
mum nos outros tipos de conjuntivites. Ao
• Produção maciça de secreção puru-
exame, nota-se reação conjuntival papilar,
lenta.
não se encontrando adenopatia pré-auri-
• Quemose intensa e edema palpebral.
cular. Petéquias conjuntivais podem ser
• Pode causar linfadenopatia e mem-
encontradas principalmente nas infecções
brana conjuntival.
por Streptococcus pneumoniae e Hae-
• Sem tratamento, 15-40% dos casos
mophilus sp. Na maioria dos casos, o
podem evoluir para ceratite com ne-
agente causal pode ser identificado pelo
crose corneana e perfuração.
exame microscópico dos raspados conjun-
tivais corados com Gram ou Giemsa. Os
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uretrite. Quando o agente envolvido for a segunda causa mais frequente de conjun-
deve ser imediata. O tratamento deve ser nas) do adulto sexualmente ativo. A con-
mento corneano é indicado o uso de 1g de vite de inclusão, tanto para o adulto quanto
ceftriaxona IM em dose única. Nos casos para oftalmia neonatal. A conjuntivite é fo-
DST. Folículos conjuntivais bulbares ou tarsais in- Azitromicina 1g dose única; doxiciclina
Conjuntivite
feriores, pannus corneano superior, linfonodo pré 100mg, 2x/dia ou eritromicina 500mg,
de inclusão
auricular palpável. Secreção filamentosa e mucosa 4x/dia por 7 dias (paciente e parceiro).
do adulto
pode estar presente. Histórico de uretrite/vaginite. Pomada de eritromicina ou tetraciclina.
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tal. Apesar da alta frequência, a Chlamydia Inflamação tracomatosa folicular (TF): pre-
nem sempre é lembrada no diagnóstico di- sença de cinco ou mais folículos na conjun-
ferencial das conjuntivites crônicas. A do- tiva tarsal superior. - Inflamação tracoma-
ença ocular manifesta-se 1 a 2 semanas tosa intensa (TI): inflamação severa que
após o contato com o agente infeccioso. não permite a visualização de mais da me-
Ceratite epitelial, assim como infiltrados tade dos vasos profundos normais da con-
corneanos, pode também ser observada. O juntiva tarsal e presença de folículos. - Ci-
teste diagnóstico indicado é a imunofluo- catrização tracomatosa (TS): presença de
rescência direta do raspado conjuntival, cicatrização da conjuntiva tarsal superior. -
teste de DNA ou cultura para clamídia ou Triquíase tracomatosa: pelo menos um cí-
reação em cadeia de polimerase, se dispo- lio raspando o globo ocular. - Opacidade
nível. Corpos de inclusão citoplasmática corneana (CO): opacidade corneana facil-
são raramente encontrados, exceto nos mente identificada sobre a área pupilar. Os
casos de infecção aguda. O tratamento é métodos diagnósticos utilizados são os
feito com o uso de antibióticos sistêmicos mesmos para a conjuntivite de inclusão. O
(azitromicina, tetraciclina, doxaciclina ou tratamento das fases ativas do tracoma
eritromicina). O uso tópico de antibióticos consiste no uso de antibiótico tópico (te-
(tetraciclina, eritromicina) é indicado nos traciclina, eritromicina) em áreas epidêmi-
casos de intensa secreção. O parceiro se- cas ou sistêmico (tetraciclina, doxaciclina
xual também deve ser tratado. Como in- ou eritromicina) em casos isolados.
fecção de olho a olho, o tracoma continua
A blefaroconjuntivite estafilocócica é uma
merecendo atenção, uma vez que é a ter-
outra causa importante de conjuntivite
ceira causa de cegueira no mundo. O qua-
crônica. Em geral, há colonização da borda
dro inicial é de conjuntivite folicular crônica
palpebral induzindo reações conjuntival e
(mais importante no tarso superior), que
cornenana pelas toxinas liberadas e pela
evolui para cicatrização conjuntival, le-
resposta imunológica do hospedeiro. A
vando a formação de entrópio e triquíase.
Moraxella, bacilo G, pode causar conjunti-
Devido às alterações cicatriciais, conjunti-
vite folicular crônica e blefaroconjuntivite
vais e palpebrais, estes pacientes tendem
angular, que se caracteriza por ulceração
a desenvolver ceratites, úlceras de córnea,
do canto palpebral, mais frequentemente
neovascularização e leucomas. A Organi-
lateral.
zação Mundial de Saúde classifica o tra-
coma baseado na apresentação clínica da
doença como se descreve abaixo: -
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REFERÊNCIAS