Você está na página 1de 11

Homens de Preto – A Realidade por trás da Ficção Por Fenix Konstant

“Queimando discos, queimando livros, Soldados sagrados, visual nazista” – Holy Smoke, Iron Maiden

“Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha a saber.” –
Mateus 10:26

Homens de preto e Ufologia

Milhões de pessoas ao redor do mundo assistiram ao filme “Homens de Preto” e suas seqüências, mas poucas sabem de onde
foi tirada a inspiração para fazê-los. Como muitos filmes, ele foi baseado numa HQ, e esta num livro escrito em 1956 pelo
estadunidense Gray Barker, intitulado “Eles Sabiam Demais sobre Discos Voadores” (infelizmente sem tradução para o idioma
português). Livro este no qual pela primeira vez o mundo ouve falar dos Homens de Preto, um grupo que “sugere” a
indivíduos silenciar sobre suas incomuns experiências. Sua alcunha deve-se não apenas a cor que trajam, mas a seu estranho e
total anonimato: não revelariam seus nomes, de onde vieram ou por quem foram enviados, daí nenhuma outra forma de
referir-se a eles ou descrevê-los. Os carros que dirigem, contudo, teriam aparência oficial.

Antes de escrever este que foi seu primeiro livro, Barker já escrevia artigos do gênero para a revista Space Review, publicada
por Albert K. Bender e seu Escritório Internacional de Discos Voadores. Em 1953, Bender abruptamente dissolveu sua
organização, alegando que não poderia continuar a escrever sobre OVNIs devido a “ordens de fonte superior”. Após ser
pressionado por Barker a revelar maiores detalhes, Bender relatou seus supostos encontros com os Homens de Preto, o que
teria motivado Barker a escrever seu livro. É claro que tudo pode não ter passado de um conluio entre os dois, dizem até que o
próprio Barker não acreditava no que escrevia, só queria ganhar dinheiro. Mas isto também pode não passar de um boato
forjado e espalhado pelos Homens de Preto.

Seja qual for a verdade, isto foi no meio do século passado, época onde a informação sobre tais assuntos deveria ser escassa
em relação a hoje, e a Internet apenas uma utopia para a população global. Então, se os Homens de Preto queriam ocultar da
humanidade este tipo de relato, podemos dizer que neste âmbito falharam miseravelmente, pois hoje abundam livros e sites
sobre o tema. Perante este fato, é claro que muitos vão pensar algo do tipo: “Bem, se isso aconteceu, estes Homens de Preto
não devem existir, pois não teriam permitido.” Mas, ora, se existissem, não seria exatamente isto que iriam querer que você
pensasse?

Uma hipótese que não podemos esquecer é que a coisa pode não ter acontecido com a permissão deles; talvez eles
simplesmente não puderam controlá-la. Eles podem ser poderosos, mas não invencíveis – e certamente teriam alguns
inimigos. Isso sem falar que, entre aqueles que conhecem um segredo, às vezes há os que querem revelá-lo. Além disso, como
se pode deduzir o trabalho deles teria sido fácil por muito tempo, portanto talvez não estivessem preparados para enfrentar
as novas armas na difusão do conhecimento que surgiram junto com os tempos modernos: a invenção da imprensa[1],
fotografia (pois esta também reproduz texto), a já citada Internet, etc. Para não falar na TV, é claro. Ao redor de todo o globo,
muitos telejornais e diversos programas já apresentaram relatos de avistamentos, abduções, etc. Mas não se pode hipnotizar,
drogar ou matar praticamente um país inteiro (pois através da hipnose ou drogas pode-se causar amnésia, mas logicamente
não de modo seguro e matematicamente exato como o prático flash do filme).

Então, perante este quadro, nada restaria aos Homens de Preto e seus superiores senão negar e ridicularizar tais
testemunhos, esperando assim desacreditá-los – pois uma das coisas que o homem comum mais teme, além da morte, é cair
no ridículo, a opinião alheia importa-lhe mais que a própria. Ademais, o governo e a Aeronáutica dos países onde OVNIs são
avistados só poderiam negar mesmo, seria grande ingenuidade esperar que admitissem tal coisa. Que governo assumiria ser
incapaz de proteger sua população de incontroláveis e desconhecidos invasores? Afinal, boa parte dos impostos pagos
destina-se exatamente a este fim. A única razão de existir da Aeronáutica é proteger o espaço aéreo de seu respectivo país,
então ela não pode assumir que não consegue cumprir sua tarefa plenamente, que há invasores contra os quais nada pode
fazer. Seria como o zelador de um prédio dizer que há um tipo especial de pessoa a qual ele não pode impedir de entrar e sair
ao seu bel-prazer. Também não podemos esquecer a hipótese dos OVNIs não serem nada mais que aeronaves ultra-
sofisticadas de determinados países. Qualquer um sabe, por exemplo, que os EUA gastam zilhões de dólares em tecnologia
militar, então não seria nenhuma surpresa se eles tivessem coisas que nem imaginamos nesse campo (e tudo indica que
tenham, vide Área 51). Nesse caso, alguns se perguntariam por que manter secreta a existência destas fabulosas armas e, ao
mesmo tempo, algo com que poder-se-ia inclusive lucrar muito. Bem, a resposta é simples: para que seus vizinhos não sintam-
se ameaçados e tentem desenvolver coisa parecida. Não é preciso ser Maquiavel ou Sun Tzu para perceber que só se deve
permitir o acesso a uma arma quando já se dispõe de uma arma superior. E no caso dos OVNIs serem aeronaves comandadas
por humanos, admitir uma invasão contra a qual nada pode se fazer seria ainda mais vergonhoso – para ambas as partes.

Portanto, apesar de tantos mistérios e dúvidas, um fato ergue-se e permanece indiscutível: os OVNIs, seja lá o que forem,
realmente existem. Aliás, vários pilotos de avião já relataram tê-los avistado. Desnecessário dizer, estes são pessoas instruídas
que deveriam saber identificar qualquer coisa que surja nos céus (e astrônomos mais ainda). Alguns destes relatos, é claro,
permanecem confidenciais, pois são de pilotos militares. Falando nisso, a edição de setembro de 2013 da revista Super
Interessante traz uma matéria de capa sobre a abertura de arquivos no Brasil. Então, já sabemos que OVNIs existem, mas não
o que são (ou não teriam esse nome, afinal). A pergunta que fica é: Existirá alguém querendo impedir que saibamos o que
são? No caso deles terem origem humana, como na hipótese recém explanada acima, obviamente que sim. E se sua origem
não for humana, restam-nos duas hipóteses: ou o homem ainda é simplesmente incapaz de descobrir e explicar o que são os
OVNIs, ou alguns descobriram mas não quiseram (ou foram impedidos de) revelar ao mundo.

Quanto a extraterrestres, talvez uma pergunta interessante a ser feita seja: Se eles existem, será que iriam querer que
soubéssemos? Provavelmente não, ou já teríamos provas disso.

Mas agora vamos mudar de assunto, pois essa é só a ponta do iceberg.

Escondendo mais do que você imagina... Homens de Preto e outros Segredos

“Existe uma história escrita para gente comum, e outra invisível aos olhos do povo, escrita por nós, que fizemos a história
acontecer. Assim é a vida, assim somos nós e vocês: os que fazem a história e os que a aprendem com obediência, como nós
desejamos.” – Serrano Suner em “A Fórmula da Eterna Juventude e outros Experimentos Nazistas”, de Carlos Nápoli

“Somente os pequenos segredos precisam ser guardados; os grandes, ninguém acredita.” – Herbert Marshall

De qualquer forma, quer extraterrestres existam ou não, não se pode, como nos mostra a própria História, negar a existência
de grupos – interligados ou não – cujo objetivo é suprimir e/ou monopolizar o conhecimento (este, definitivamente, ainda não
é e nunca foi livre). Assim, extraterrestres podem até não existir, mas creio que o mesmo não pode ser dito, como veremos a
seguir, dos Homens de Preto. “Mas então, o que eles escondem de nós?” Bem, se eu soubesse seria um deles, mas não é
preciso ter uma imaginação de Julio Verne para fazer algumas suposições.

Só para citar alguns exemplos, Mussolini assim como Hitler tinha seus conselheiros místicos, e sob ordens de dois deles, em
1944 foram queimados 80.000 (sim, 80 mil, mas espere até ler sobre Alexandria) livros e manuscritos da Sociedade Real do
Saber de Nápoles, visando impedir que documentos mágicos importantes caíssem nas mãos dos Aliados. Entre eles,
encontravam-se manuscritos inéditos de Leonardo Da Vinci, como também documentos apreendidos de Aleister Crowley na
sua abadia em Cefalu, Sicília. Todos já ouviram falar da famosa Biblioteca de Alexandria, segundo a Wikipédia “ela continha
praticamente todo o saber da Antiguidade em cerca de 700.000 rolos de papiros e pergaminhos” – também não é para menos,
pois seu lema era “adquirir um exemplar de cada manuscrito existente na face da Terra”. Mas ao contrário do que tantos
pensam, ela não foi destruída por acidente em decorrência de batalhas. Ela continha inúmeros documentos alquímicos que
foram roubados ou destruídos, não só pela cobiça e avareza como também pelo fanatismo religioso dos árabes, que seguiam
as absurdas máximas “não há necessidade de outros livros senão O Livro (Alcorão)” e “o livro de Deus é-nos suficiente”. Mas
isto, é claro, pode ter sido apenas um pretexto. Afinal, é fácil entender o medo, ou mesmo desespero, dos poderosos perante
a Alquimia. Se todos pudessem fabricar ouro em casa, obviamente ele perderia o seu valor e, assim, impérios ruiriam.
Portanto, não é difícil entender por que a Igreja Católica combateu tão fortemente a Alquimia. (Sobre a Magia de modo geral,
poder-se-ia dizer que ela supostamente permitiria ao homem comandar a Natureza e seu próprio destino, e às vezes o dos
outros também, assim “brincando de deus”.) Em 1897, herdeiros de Stanislas de Guaita foram ameaçados de morte se não
destruíssem quatro manuscritos inéditos do autor que versavam sobre “Magia negra”, assim como todo seu arquivo. A
instrução foi cumprida.

Em 1971, um russo radicado na França, Jacques Bergier[2] escreveu “Os Livros Malditos”, no qual relata não só os casos acima
descritos como também outros semelhantes, e diz estar convencido da existência de uma antiga sociedade secreta destinada
a ocultar certos conhecimentos da humanidade. Bergier refere-se a ela como – adivinhe? – “os Homens de Preto”. De sua
existência (ou, pelo menos, de algo parecido) há muitos indícios e estou inclinado a concordar com Bergier. A História está
cheia de exemplos de livros ou documentos que são censurados ou mesmo avidamente procurados, e a cujos proprietários às
vezes acontecem estranhos acidentes – daí também o adjetivo “malditos” para descrever os livros que Bergier aborda em
cada capítulo. Parafraseando o próprio, é preciso ler “Os Livros Malditos”, assim, não me estenderei muito sobre seu conteúdo
aqui.

Num mundo ignorante como o nosso, certamente será taxado de paranóico ou esquizofrênico quem alegue existir um grupo
de homens cujo principal objetivo é esconder certas coisas da humanidade. Mas há uma enorme prova, a qual todos
conhecem só não se apercebem, de que um tal grupo, pelo menos, existiu: A Inquisição. E infelizmente, não se pode negar que
ainda existe coisa semelhante, pois é bem sabido que os Arquivos do Vaticano contém inúmeros documentos secretos e
únicos. E tal supressão do conhecimento é ainda mais evidente em certos cantos mais atrasados do mundo, que parecem
continuar na Idade das Trevas ou coisa até pior, chegando ao extremo de proibir as mulheres de aprender a escrever e estudar
– às vezes, até de falar. Perante estes fatos, é difícil refutar a existência de uma espécie de “fraternidade negra” inimiga da luz
do conhecimento – os místicos e ocultistas chamam-na “a loja negra”. Mas, num mundo feito de cegos, aqueles que enxergam
são taxados de loucos.

Veja aonde o homem chegou, já querem enviar pessoas a Marte – o que não muito tempo atrás, também seria loucura. Agora
considere, por um momento, que nossa civilização tenha sido de alguma forma aniquilada, mas alguns poucos tiveram a sorte
– ou o azar, pelas condições em que o mundo se encontraria – de sobreviver (sim, exatamente como naquela imbecil dinâmica
de grupo. Aliás, qual não é?) Suponha que, com alguma sorte e muito sexo, estes poucos remanescentes tenham conseguido
dar continuidade à raça humana. Seus descendentes nasceriam num mundo devastado, onde as coisas que consideramos mais
triviais tornar-se-iam as mais incríveis lendas: televisores, automóveis, aviões, computadores, telefones, armas de fogo e
qualquer outro tipo de máquina ou tecnologia. Os primeiros, os que sobreviveram à catástrofe, saberiam que tais coisas um
dia existiram e contariam a seus filhos, dos quais talvez alguns acreditariam, outros não. E se ninguém fosse capaz de recriar
estas coisas um dia (ou se fossem recriadas mas mantidas em segredo), tais “lendas” passariam de geração em geração
tornando-se cada vez mais desacreditadas, podendo até mesmo caírem no esquecimento. E se eles encontrassem qualquer
um de nossos “misteriosos artefatos”, não saberiam como nem para que foram feitos – hei, isso não parece familiar? Tal
descrição se aplica, por exemplo, aos Crânios de Cristal

Então, quem pode nos garantir que já não aconteceu coisa semelhante?

Ou melhor, e se eu lhe disser que há provas de que existiu uma prodigiosa ciência perdida?

Provas estas, aliás, muito grandes e concretas que todos conhecem.

Do que eu estou falando?


Das Pirâmides do Egito. (Não disse que eram grandes e concretas?)

Mas por que as Pirâmides do Egito seriam provas de que um dia houve uma ciência perdida?

Ora, por uma razão muito simples: curiosamente é um fato pouco divulgado, mas ao menos por enquanto é impossível
reproduzi-las com perfeita exatidão. Ainda mais pelo mesmo método, qualquer que tenha sido. Existem variadas teorias sobre
como foram construídas as pirâmides, mas nenhuma delas plenamente satisfatória – não à toa, não há nem sombra de
consenso. Ou seja, atualmente, o homem é incapaz de repetir um feito de milhares de anos atrás, porque o conhecimento
necessário para tal se perdeu (ou foi preservado em segredo). Como se isso não bastasse, também não se sabe POR QUE elas
foram construídas, isto é, sua verdadeira finalidade. Não, não foi para servirem de tumba ou cofre de tesouros, como
surpreendentemente veremos a seguir. Àqueles interessados em maiores detalhes, recomendo a leitura dos textos de
Marcelo Del Debbio sobre o assunto (além daqueles citados aqui, o divertido “A Pirâmide do Faraó Del Debbio I”). Todavia,
alguns destes detalhes são tão impressionantes que não poderei deixar de citá-los. É bem conhecida e justificada a predileção
dos mais céticos por números, então vamos a eles:

(Dentro das aspas, coloquei meus comentários ou cortes do texto entre colchetes, aqueles entre parênteses são do próprio
Del Debbio)

“A base da pirâmide [de Quéops] é perfeitamente plana, com desnível de apenas 0,075cm/100m (para quem não é arquiteto
ou engenheiro esses números não dizem muita coisa, mas para ter uma idéia comparativa do quão preciso foi o nivelamento
das pirâmides, basta dizer que edifícios modernos de alta tecnologia chegam a 15-20cm/100m em desnível). As 3 pirâmides
alinham-se com a constelação de Órion [3 Marias] com margem de erro de 0,001% quando comparadas com a posição destas
estrelas no céu em 10.500 AC.” – Extraído do texto “Pirâmides, Pirâmides... – parte II”

“Assim como são ‘coincidências’ [...] as pirâmides encontradas na China alinharem perfeitamente com a constelação de
Gêmeos, os Templos astecas de Tecnochtitlan estarem alinhados com a constelação de Urso, Angkor Wat (aqueles templos
que a Lara Croft explora no Cambodja) estarem alinhados com a constelação do Dragão e assim por diante...” – Extraído do
texto “Pirâmides Submersas no Japão – parte 1”

“E eu nem comecei ainda a falar sobre a Câmara do Rei, cuja configuração e proporção das pedras do chão refletem as
medidas/translações dos seis primeiros planetas do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno). [...]
apesar de todo este cuidado milimétrico de projeto da pirâmide, o ‘sarcófago’ é PEQUENO DEMAIS para caber uma pessoa
deitada dentro dele. [...] As otoridades egípcias afirmam que a pirâmide é a tumba de um faraó. Embora NUNCA se tenha
encontrado sequer uma múmia em NENHUMA das 111 pirâmides catalogadas. Também nunca foram encontrados NENHUM
tesouro de faraó algum. Todas as múmias foram encontradas em cemitérios localizados aos pés das pirâmides ou em templos
adequados para tal (Mastabas). Todos os tesouros encontrados estavam nos templos e antecâmaras, mas nunca dentro das
estruturas. A explicação oficial é que ‘ladrões de tumbas’ saquearam todos os tesouros e as múmias. Embora, voltando a
Khufu [nome egípcio de Queops], os exploradores tiveram de DINAMITAR a passagem para entrar, e nada encontraram lá
dentro. Ou seja, se houvessem ‘ladrões de tumba’ eles entraram, levaram TUDO (tudo tudo tudo) e ainda tiveram a paciência
de recolocar todas as pedras na entrada de modo a deixá-la do mesmo modo que ela estava antes deles chegarem, com
direito a mesma precisão milimétrica dos encaixes.” – Extraído do texto “Pirâmides, Pirâmides... – parte II”

“As medidas internas oficiais [do sarcófago] são 1,68m x 68,1cm x 87,4cm. A menos que o faraó fosse bem anãozinho, não
poderia ser colocado junto com seu ‘chapéu de faraó’ e ‘ornamentos de faraó’ dentro de um sarcófago tão pequeno. Teriam
nossos amigos escravos egípcios, que empurraram tantas pedras tão pesadas ladeira acima e construíram uma pirâmide com
erro de 58mm em 230m, errado tão idiotamente logo no ‘coração’ da tumba?” – Extraído do texto “Pirâmides parte III – A
Câmara dos Reis”

Embora o complexo de templos Abu Simbel não tenha nada a ver com as pirâmides, eu também não poderia deixar de citar o
estranho caso de sua “mudança” aqui, pois talvez o método usado no transporte de seus blocos tenha sido o mesmo das
pirâmides. Se você acha que as coisas não podem ficar mais estranhas, prepare-se para o gran finale:

“...existia um enorme complexo de templos chamados Abu Simbel no Egito. As otoridades precisavam construir uma grande
barragem e uma mega-hiper operação mundial foi organizada para desmontar e transportar o templo de Abu Simbel para uma
montanha a salvo das águas da barragem. Pois bem. A grande maioria das pedras esculpidas no templo de Ramsés II foi
retirada das pedreiras de Assuã, distantes cerca de 120km do templo, incluindo a cabeça do faraó, que foi transportada e
esculpida em UM ÙNICO bloco de pedra. Quando os técnicos e engenheiros suíços e alemães foram transportar estes blocos
para o local seguro, apesar dos GUINDASTES e HELICÓPTEROS envolvidos na operação, tiveram de fragmentar diversas
estátuas e blocos de construção do templo para transportá-los. Vamos escrever mais devagar para os que não entenderam:
blocos de pedra que os egípcios (os ‘escravos seminus de 6.000 anos atrás’ haviam conseguido manobrar, esculpir e encaixar
intactos) tiveram que ser divididos, pois a tecnologia do século XX não conseguiu repetir o feito.” – Extraído do texto “Dilúvio,
Pirâmides e Stonehenge”

As implicações disto são tão óbvias quanto espantosas: ou eles dispunham de guindastes e helicópteros de maior capacidade
que os atuais, ou... ou o quê? Que dizer diante disto?

Perante estes fatos, a introdução do misterioso “Livro da Perdição” da O.A.I. já não parece mais tão fantástica:

“1.1. Eons atrás, muito antes da humanidade vagar por este planeta, existe uma irmandade de feiticeiros.

1.2. Eles são mestres em sabedoria, ciência e conhecimento até então ignorado pela história da humanidade.”

Para os mais céticos, é claro que a palavra “feiticeiros” pode ser substituída por “cientistas”. Afinal, que é a ciência aos olhos
da ignorância, senão feitiçaria? A Igreja Católica que o diga. “Feitiçaria”, “Magia” e etc. nada mais são do que palavras
inventadas para descrever aquilo que não conseguimos compreender COMO e POR QUE acontece, entretanto todo efeito tem
sua causa, mesmo que oculta e ignorada. Um homem primitivo, ao ver você apertar uma tecla e acender uma lâmpada
consideraria isto Magia, porque ele não compreende e ignora o porquê da lâmpada acender-se. Assim é com todas as coisas.
Para produzir determinado efeito, é preciso saber como causá-lo, e os que não sabem consideram-no “mágico” por parecer
inexplicável. Mas como todo efeito tem sua causa, não existe NADA realmente inexplicável, apenas coisas cuja explicação
desconhecemos.

Laurence Gardner, em seu instigante livro “Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada – Revelações Surpreendentes sobre o
Incrível Poder do Ouro” alega que o ouro monoatômico, um pó extraído do ouro, possibilita tornar objetos mais leves, dentre
outras propriedades especiais, e seria a verdadeira Pedra Filosofal. (No filme Alone In The Dark, é dito que a humanidade já
não se lembra mais do real motivo que torna o ouro tão valioso. Ao contrário do que se comumente pensa ele até tem
utilidade prática, não só ornamental, mas nada que justifique seu exacerbado valor aos olhos do bom senso. Outros metais,
muito mais úteis e necessários, não deveriam valer mais?)

Antes de prosseguirmos, uma incômoda e desconcertante questão merece ser posta:

Se não há uma espécie de conspiração destinada a esconder estes surpreendentes fatos sobre as pirâmides, por que eles são
tão pouco divulgados? Se eles não forem dignos de menção, então eu não sei o que é. Não é o tipo de coisa que deveria
inclusive ser ensinado nas escolas?

Somos ensinados que aqueles que habitaram o globo antes de nós eram primitivos, selvagens e ignorantes. Mas este parece
ser apenas um lado da História – o que querem que conheçamos. Afinal, nada impede que dois ou mais grupos com diferentes
graus de evolução (tanto científica como moral) co-habitem o planeta. Ficou complicado? Não tem problema, Tamosauskas
descomplica em “A Improvável História do Macaco que Virou Gente”:

“Quando os Tasmanianos foram contatados pelos europeus no século XVI eles não tinham descoberto o fogo, não tinham
escrita, crenças, nem qualquer conceito de música. Era cerca de 1600 depois de Cristo, mas isolados do resto do mundo eles
não tinham sequer desenvolvido ferramentas feitas de pedras. E eles tinham o mesmo cérebro e corpo que o nosso e muitas,
muitas pedras.”

Este tipo de situação discrepante é uma realidade ainda hoje. Da mesma forma, alguns dos antigos poderiam ser muito
evoluídos, mais do que podemos imaginar, e tudo indica que tenham sido mesmo. Aparentemente, e em alguns casos
comprovadamente, eles já sabiam de coisas que o homem só descobriu recentemente, ou nem descobriu ainda. No capítulo
de “Os Livros Malditos” que aborda o livro “A Dupla Hélice”, Bergier nos chama a atenção para uma coincidência que, não
considero exagero descrever como espantosa: A grande semelhança entre a molécula do DNA e o caducéu de Hermes, antigo
símbolo da Medicina (anterior ao bastão de Asclépio).
(Interessante lembrar que a descoberta do DNA possibilita a engenharia genética, motivo pelo qual segundo algumas lendas
Atlântida foi castigada. Alguns chegam a dizer que o porco, animal muito semelhante ao ser humano, foi resultado de
experiências deste tipo. Isto também explicaria, é claro, quaisquer seres híbridos da mitologia.)

As duas serpentes representam as forças opostas (embora eu prefira o termo complementares) do Universo em equilíbrio.
Afinal, uma pilha com dois pólos positivos ou negativos não funciona, sem vida não haveria morte e sem morte não haveria
vida, sem trevas não haveria luz e assim por diante. Não obstante, alguns devem estar se perguntando por que tal figura foi
adotada como símbolo da Medicina. A estes respondo com outra pergunta: Não poderíamos dizer que saúde é, numa palavra,
equilíbrio?

No caso, o equilíbrio dos elementos presentes em nosso corpo.

Ainda, devido ao fato de trocar de pele, a serpente era considerada um símbolo do rejuvenescimento e saúde. Como as coisas
mudam, não? De símbolo da saúde a símbolo do mal, infelizmente parece que Goebbels estava certo: “Uma mentira contada
mil vezes torna-se verdade.” Por isso devemos sempre nos questionar e procurar conhecer a verdade por nós mesmos, ao
invés de aceitar tudo que nos empurram goela abaixo como verdadeiro. Claro que isto pode soar paranóico, mas talvez a
paranóia ainda seja preferível à ignorância. Aliás, não é exatamente isto que os formadores de opinião desejam que se pense?
Ainda sobre a injustiçada serpente, é engraçado como não enxergamos o que está bem embaixo de nosso nariz; poucos
notam, mas a serpente é também o símbolo de um famosíssimo herói bastante vigoroso e, digamos, com uma “saúde de aço”:
Alguns podem ter se lembrado da Kundalini, a energia adormecida no chakra mais baixo que, se despertada eleva-se como
uma serpente ao longo da coluna vertebral e concederia poderes paranormais ao Iniciado. Talvez isso explique por que os
Faraós eram considerados deuses e tinham a cabeça adornada por uma serpente.

E falando nisso, é também extremamente semelhante à molécula do DNA a posição dos canais Ida e Pingala, presentes em
nosso corpo sutil segundo a sabedoria oriental:

A também extrema semelhança entre o caduceu de Hermes – uma representação do equilíbrio universal – e os três principais
nadis, como são chamados estes canais da ilustração, lembra-nos da máxima “o que está acima é como o que está abaixo”. E
também da afirmação de que o homem foi criado “à imagem e semelhança de deus”, sendo deus, neste caso, apenas outra
palavra para designar o Universo.

Outra coisa que suscita a existência de um antigo saber são os chamados “ooparts”, sigla de Out Of Place Artifacts, artefatos
fora de lugar ou época. Há bastante controvérsia sobre eles, mas talvez possamos dizer que o mais famoso e legítimo seja a
Máquina de Anticítera (ilha grega), capaz de prever com precisão o movimento de astros e apontada como o primeiro
computador do mundo. Sua datação foi estimada em 87 a.C.. Utilizando-se tal máquina, seria possível prever eclipses, então
não é preciso muita imaginação para perceber que ela poderia ser usada pela classe dominante para convencer o povo de que
ela “conversa com os deuses”. O fato de só ter sido encontrado até hoje apenas UM exemplar da Máquina de Anticítera torna
a questão ainda mais embaraçosa. O que eu disse antes sobre Ciência e Magia se aplica muito bem aqui. Enquanto ignoramos
como se dá determinado processo, ele permanece (na verdade aparenta ser) simplesmente mágico. Uma arma de fogo, por
exemplo, certamente também seria vista como “mágica” por um homem de outra época, ainda mais porque ninguém é capaz
de enxergar uma bala percorrendo o ar no momento do disparo. Então você pode imaginar a reação e espanto das pessoas.
Você não seria visto como um grande feiticeiro... seria visto como um DEUS. Afinal, como alguém poderia infligir dor ou
mesmo matar alguém a metros de distância sem nem tocá-lo?! Na verdade, poderia alguma coisa ser mais espantosa,
assustadora e mágica do que isso? Quem sabe um Theremin, um instrumento musical que emite som sem que seja necessário
contato físico direto com ele. Não, você não entendeu errado:

https://www.youtube.com/watch?v=K6KbEnGnymk

“Obra do Diabo!” Podemos rir da ignorância de nossos antepassados, mas provavelmente também rirão de nós daqui alguns
milhares de anos, ou talvez menos. Provavelmente temos “certezas” tão erradas como a de que a Terra era plana.

Mas o exemplo recém exposto nos leva à uma conclusão curiosa, e talvez a própria razão da existência dos Homens de Preto.
Quando o conhecimento é compartilhado (no caso o conhecimento de como fabricar e usar uma arma), advém a igualdade.
Mas quem disse que a igualdade é sempre boa? Imagine um mundo onde todos tivessem uma arma, e estou falando de uma
arma igual (e com munição infinita, para tornar o jogo mais divertido). Será que nesse mundo haveria mais respeito pelo
próximo ou mais violência e caos? Disto concluímos algo simples e evidente: A manutenção da ordem depende da
desigualdade de poder, esta infelizmente parece ser um mal necessário. Mas aqui nos deparamos com outro sério problema.
Se para manter a ordem é preciso que o poder esteja nas mãos de uns em detrimento de outros, o ideal seria que apenas os
bons e justos detivessem o poder. Mas são estes que governam o mundo? Ninguém é estúpido o suficiente para crer nisso. Os
detentores do poder deveriam usá-lo para defender os desprotegidos que não o possuem, fazer justiça e manter a ordem.
Entretanto, o que mais vemos é ele ser usado apenas em benefício próprio, escravizando os mais fracos – às vezes sutilmente,
como no caso do dinheiro, a mais poderosa arma de dominação em massa projetada pela mente humana. Disto não há maior
exemplo do que o próprio capitalismo, pois seu único objetivo é o aumento do próprio poder, o que não pode ser feito sem
tirar de outrem. Para que uns tenham mais, é preciso que outros tenham menos, para um lado da balança subir o outro tem
que descer. Talvez até possa ser dito que Cristo profetizou o capitalismo ao dizer que “os ricos ficarão mais ricos e os pobres
mais pobres”. A palavra “capital” deriva do latim “caput” que significa “cabeça”, ou seja, capital é aquilo que comanda todo o
resto. E como sabemos, capital é apenas um eufemismo para dinheiro, ou seja, o dinheiro comanda o mundo, isto é, aqueles
que o possuem em maior quantidade. O que move este mundo é o dinheiro – literalmente, se não fosse por ele as pessoas
não sairiam de casa todos os dias para ir ao trabalho. Como diria David Icke com toda razão, a melhor tirania é a invisível, a
menos que ela queira ser derrubada.

De qualquer forma, infelizmente alguns seres humanos só respeitam o que temem, o que pode lhes causar dano e é mais
poderoso do que eles. Enquanto isto continuar, a desigualdade de poder também continuará extremamente necessária para o
bem geral, pois os maus nada respeitam senão a ameaça de uma força maior. Mas o que fazer quando os maus estão no
poder? Uma luta desigual vale a pena ser lutada?

Mas dilemas morais à parte, se houve um saber antigo em alguns aspectos igual ou mesmo superior ao atual, como ele se
perdeu?

Bem, temos de admitir que nem só de mentiras é feita a Bíblia; pois já foram encontradas o que podemos chamar de provas
que o dilúvio, se não total então parcial, realmente aconteceu. Já foram encontradas pirâmides submersas no Japão e
próximas à Cuba. Lembremos que certas profundidades do oceano, devido à alta pressão, ainda são inacessíveis para o
homem ou qualquer máquina, então talvez ainda haja muito mais lá – Cthullu, você está aí? Veja só como somos ignorantes,
não conhecemos nem nossa própria casa por completo. Mas como se isto não bastasse, lembremos que o dilúvio está
presente na “mitologia” de muitos povos que nunca tiveram nenhum contato entre si. A Wikipédia nos fornece até mesmo
uma “lista de dilúvios”:

Dilúvio sumério
Dilúvio africano

Dilúvio hindu

Dilúvio grego

Dilúvio mapuche

Dilúvio pascuenses

Dilúvio maia

Dilúvio asteca

Dilúvio inca

Dilúvio uro

Esqueceram de incluir também o dilúvio nórdico, no qual todas as criaturas choram pela morte do mais amado e belo dos
deuses, Balder (ou Baldur). Ainda segundo a Wikipédia:

“Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 (isso mesmo, um milhão!) de narrativas do dilúvio em povos e culturas
diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início destas civilizações.”

Agora, se houve uma Ciência de alguma forma superior à nossa, terá ela se perdido por completo ou tido alguns resquícios
preservados? Vejamos o que nos diz Del Debbio:

“...a Bíblia deve ser lida de maneira alegórica. Quando escrevemos que Noé levou dentro da Arca dois elefantes, queremos
dizer que ‘os conhecimentos da civilização hindu foram preservados’, quando escrevemos que ele levou duas girafas, quer
dizer que ‘os conhecimentos da civilização africana’ foram preservados e assim por diante. Não existe e nem nunca existiu
barquinho algum. A ‘Arca’ de Noé é a mesma ‘Arca’ da Aliança, a fuga das águas e a fuga do Egito são apenas metáforas
diferentes para a mesma situação: a preservação do conhecimento oculto.” – Extraído do texto “Dilúvio, Pirâmides e
Stonehenge”

Ainda segundo ele:

“...o ato de imergir o corpo do candidato dentro de um rio ou banheira com água em uma iniciação (‘Baptizem’ em grego)
representa simbolicamente que, apesar das águas terem coberto toda a civilização antiga e destruído tudo, sempre haverá
alguém – o iniciado – para guardar e proteger estes segredos. Além disto, está ligado intimamente aos ritos de morte e
renascimento (as doutrinas da reencarnação)...”

Mas... por que guardar esse conhecimento em segredo?

Como explanarei a seguir, suspeito de outras nem tão nobres, mas Bergier aponta-nos a possibilidade de uma boa razão:

“...se outras civilizações existiram antes da nossa e foram destruídas por abusos dos poderes da ciência e da técnica, a
lembrança delas e de sua morte podem inspirar uma conspiração que visaria evitar que tais catástrofes tornassem a
reproduzir-se. Uma ideologia dessa natureza pode, talvez, ser encontrada sem dificuldade nos escritos de Joseph de Maistre,
Saint-Yves d’Alveydre ou René Guénon. Tal ideologia consiste em admitir a existência de uma Tradição mais antiga que a
História, de centros detentores dessa Tradição e poderosamente protegidos; para ela, a ciência, as técnicas e os
conhecimentos de toda natureza constituem um perigo permanente.”

Conclusão – As Duas Faces da Moeda

“...loucos jogam com palavras e fazem todos dançarem sua música

Afinada com milhões de famintos, para criar um tipo melhor de arma

(...) Enquanto os responsáveis pelo massacre cortam sua carne e lambem o molho
Lubrificamos os dentes da máquina de guerra e a alimentamos com nossos filhos” – 2 Minutes To Midnight, Iron Maiden

“Estou persuadido de que é possível escrever cinco linhas apenas que bastariam para destruir a civilização.” – Fred Hoyle, Os
Homens e as Galáxias

Portanto, apesar de todos os pesares, devemos enxergar o quadro todo, isto é, ser imparciais e até mesmo fazer o papel de
“advogado do Diabo” ou, no caso, dos Homens de Preto. Pois o conhecimento por si só não é mau nem perigoso, mas as
pessoas que se apoderam dele podem sê-lo, assim como seu uso ou abuso. Infelizmente, podemos dizer que Hoyle estava
certo: é possível “varrer” todo o planeta com armas nucleares, e o número de armas nucleares existentes já é suficiente para
fazer isso até mais de uma vez. Então, dizer que o homem pode deflagrar o Apocalipse[3] não é uma afirmação simbólica ou
exagerada. Isto demonstra o lamentável grau de evolução em que o homem se encontra: ele já inventou algo capaz de fazer o
mal a todos, mas ainda não inventou nada que possa beneficiar toda a humanidade (será que um dia inventará?). Mas mais
assustador e preocupante do que o fato do homem ter desenvolvido uma arma capaz de aniquilar a si mesmo, é o fato de que
ele tende, mais ou cedo ou mais tarde, a utilizar as armas que desenvolve. Uma civilização cujo grau de evolução científica é
muito superior a seu grau de evolução moral talvez esteja fadada à autodestruição. O ideal seria que caminhassem juntas, mas
não é o que vemos. A corrida armamentista é um perigoso círculo vicioso onde, uma vez dado o pontapé inicial, não há mais
volta. Uma vez que seu semelhante tenha desenvolvido determinada arma, é preciso pelo menos ficar em pé de igualdade
para defender-se e não ser subjugado. E quando o conhecimento é usado para subjugar ao invés de beneficiar a todos, talvez
ele deva mesmo ser proibido. Bergier também aborda esta importante questão em “Os Livros Malditos”:

“...o problema da aplicação das ciências e das técnicas para a guerra continua. A maior parte dos congressos científicos
chegam cada vez mais à conclusão de que é preciso esconder certas descobertas e adotar atitude semelhante a dos antigos
alquimistas; senão o mundo perecerá.” (Lembrem-se que isto foi escrito em 1971.)

Logo a seguir, ele vai ainda mais longe:

“Do mesmo modo, é evidente que os segredos da Alquimia não possam ser divulgados. Se é possível fabricar uma bomba de
hidrogênio em um forno a gás, o que creio possível, pessoalmente, é preferível que o processo de fabricação não seja dado a
público. (...) Não esqueçamos que em nossos dias qualquer um pode, com investimentos mínimos, construir um laboratório
que Curie ou Pasteur teriam invejado. Pessoas já fabricam, em suas casas, o LSD ou a fenilciclidina, droga ainda mais perigosa.
Se qualquer um, hoje, conhecesse o segredo de Filippov, poderia certamente encontrar no comércio todas as peças
necessárias para construir o aparelho e, sem nenhum risco pessoal, fazer explodir, a muitos quilômetros de distância, pessoas
(ou coisas) que lhe desagradassem.”

Cientista russo, em 1903 Filippov foi “encontrado morto em seu laboratório. (...) A polícia apreendeu todos os trabalhos do
sábio, notadamente o manuscrito de um livro que deveria ser sua 301ª publicação. O Imperador Nicolau II examinou, ele
mesmo, o processo, depois o laboratório foi completamente destruído e os papéis queimados.”

Então, quando nos lembramos do quão maligno o homem pode ser (ou, no fundo, é) fica difícil não dar pelo menos um pouco
de razão aos Homens de Preto. O que é uma lástima, pois se diz que tudo tem dois lados, e o conhecimento/poder também é
uma faca de dois gumes: pode ser usado em prol do bem geral, ou para escravizar. O mesmo se aplicaria à descoberta de
Filippov:

“Gorki publicou uma entrevista que teve com Filippov, e o que marcou o escritor foi a possibilidade de transmitir a energia à
distância e industrializar, dessa forma, mais depressa o país que precisasse disso. Glenn Seaborg, presidente da comissão
americana de energia atômica, evocou, o ano passado (1970), possibilidades análogas: uma energia que viria do céu sobre um
feixe de ondas e que permitiria industrializar quase instantaneamente um país em vias de desenvolvimento, isto sem criar
nenhuma poluição.”

Mas, se o conhecimento é uma faca de dois gumes, seu ocultamento também o é. O que nos deixa com a pergunta:

Através da ocultação do conhecimento somos mais protegidos ou dominados? Serão os Homens de Preto protetores da
humanidade ou tiranos inescrupulosos que visam o monopólio do conhecimento e, assim, do poder? Talvez um pouco de
cada, pois, parafraseando um amigo de Bergier, a porcentagem de cretinos talvez seja a mesma em todos os lugares.
A questão acima lembra-nos do significado de um famoso símbolo freqüentemente mal interpretado como “satânico”, o Olho
na Pirâmide. Como nos ensina o sábio Sr. Meias: “O cume é a elite, esclarecida pelo olho da consciência que tudo vê, e domina
uma base cega feita de tijolos idênticos, que seria a população.” (O que também lembra-nos, é claro, de uma famosa canção
de rock progressivo.)

Quem guardará os guardiões?

Para finalizar, é importante deixar claro que o termo “Homens de Preto” não se refere a um grupo específico, mas é
absolutamente genérico designando qualquer grupo cujo objetivo seja suprimir qualquer conhecimento. E agora tome
cuidado, porque o Sr. J e o Sr. K podem bater à sua porta. E como nos ensina o Teste de Fidelidade, não confie em ninguém.

Notas:

[1] Na verdade a imprensa (máquina) é mais antiga do que muitos imaginam: segundo a Wikipédia, foi inventada em 1439
pelo alemão Gutenberg. Contudo, a impressão em escala industrial só surgiu no séc. XIX, possibilitada pela substituição da
imprensa operada manualmente por prensas rotativas inicialmente movidas a vapor.

[2] Nascido Yakov Mikhailovich Berger, Bergier é mais conhecido por sua obra em parceria com Louis Pauwels, “O Despertar
dos Magos”.

[3] Para outras possibilidades apocalípticas, leia “Projeto HAARP: A Máquina do Apocalipse”

Você também pode gostar