Você está na página 1de 10

1 - Anatomia: composto por 3 camadas:

a. Fibrosa: córnea e esclera


b. Vascular: íris, corpos ciliar e coroide.
c. Nervosa: retina (com cones e bastonetes).

PS: humor aquoso na camara da anterior // vítreo na de posterior.


PS2: abertura é chamada pupila - se move (aumenta ou diminui) pela contração do corpo ciliar

2 - Sinais clínicos gerais:

. Fotofobia ou blefarospasmo (contorção pela dor)


. Olho vermelho
. Lacrimejando: lagrima oxida, podendo deixar pelos brancos mais amarronzados.
. Secreção ocular
. Déficit visual

3 - Pálpebra: tem função de proteção, regular entrada de luz e espalhar filme lacrimal uniformemente - gm as alterações ocorrem
nos cílios // cães gm são mais afetados.

a. Triquiase: alt. na direção dos cílios - direcionados para o G.O e córnea


b. Distiquiase : nascendo na glândula de meiobomio
c. Cilio ectópico: interno na pálpebra

Sinais clínicos: dor, epífora, fotofobia e alt. de córnea.


Diagnostico: anamnese, sinais clínicos e exame com lupa/microscópio cirúrgico.
Tratamento:
a. Depilação com pinça ou eletrolise // remoção cirurgica.
b. AIs.

4 - Alterações lacrimais e naso-lacrimais - Ceratoconjuntivite seca (CCS ou KCS): alteração comum, podendo ter origem
imunomediada, medicamentosa, infeciosa (p.e cinomose), toxica ou iatrogênica - relacionado a deficiência de produção da porção
aquosa da lagrima.

SC:
. Hiperemia conjuntival - leve a difusa.
. Opacidade de córnea
. Vascularização ou pigmentação (rara)
PS: formação de vasos para a cicatrização.

Diagnostico:
a. Sinais clínicos.
b. Teste de Schirmer positivo: menor que 5mm - em um minuto.

Tratamento:
I. Corrigir causa base
II. Antibiótico tópico
III. Lubrificação: lagrimas artificiais - refresh gel // oplimmune - pelo resto da vida caso não for corrigido a causa base
(somente paliativo).

IV. Imunomoduladores - Ciclosporina A

5 - Doenças de conjuntiva - Conjuntivite: ocorre em resposta a gente irritantes, coom origens diversas
a. Infecções: bactérias, vírus, micoplasma (pp felinos).
b. Alergias: uso de medicações tópicas - p.e neomicina e penicilina.
c. Irritação física: vento, pó, aglomerações (canis e gatis), doenças palpebrais e de cílios, CCS.

SC:
. Quemose: edema de conjuntiva, podendo cobrir toda a córnea.
. Secreção: seroma em infeções agudas, alergia e irritação mecânica // mucoide em doenças crônicas CCS // purulenta em
infecções e CEs.
. Dor: ocorre como blefarospasmo ou entrópio espástico
. Hiperemia

(quemose: esclera edemaciada, recobrindo córnea - última imagem)


Diagnostico:
I. Cultura e swab: descartar infecção.
II. Corantes: descartar lesão de córnea.
III. Teste de Schirmer: CCS pode ser causa base.

Tratamento: varia com a causa

I. Eliminar possível causa física // limpar olho com soro fisiológico.


II. Antibacteriano tópico (dependendo da causa): após cultura - 3 a 4x ao dia.
III. AIs: com AINEs ou AIEs (caso sem lesão de córnea).
IV. Antialérgicos: com anti-histamínicos.

6 - Terceira pálpebra - Prolapso da glândula da 3ª pálpebra: ocorre por falha do tecido conjuntivo de sustentação no tecido
periorbital, associado com irritação ou inflamação - tem fator hereditário, com maior ocorrência em cães beagle, Cocker, lhasa
apso, pequinês e gatos burmese.

Sinais clinicos:
I. Ocorrência periódica de prolapso.
II. Protrusão da glândula sobre a borda da 3ª pálpebra.
III. Infamação e vermelhidão.
IV. Epífora: região tem glândula que participa na formação das lagrimas.

PS: ocorrência tem caráter súbito (diferente de neoplasias).

Tratamento:
I. Remoção cirurgica da glândula: não recomendado - animal perde produção aquosa da lagrima (deve usar colírio
lubrificante para sempre após a cirurgia) - usado em último caso.
II. Sepultamento da glândula: mais indicado.

PS: pode-se ainda não tratar, porem a condição predispõe ocorrência de conjuntivite crônica e úlceras.

7 - Córnea - Ceratite ulcerativa (ulcera de córnea)

Anatomia: composta por


a. Epitélio: região mais externa - rica em inervação.
b. Membrana basal
c. Estroma: compões 90% da espessura da córnea, sendo composta por fibras colágenas - sem vasos e inervação é feita
por fibras amiellizadas (menos sensíveis e de cicatrização demorada).

d. Membrana de Descemet: membrana elástica


e. Endotélio: camada mais interna - continua com o endotélio da íris

Sinais clínicos:
I. Dor: manifesta como fotofobia, epífora ou blefarospasmo.
II. Perda de visão: luz não chega a retina devido a perda de opacidade
III. Conjuntivite
IV. Alterações de córnea: perda de transparência, aum. de vascularização, alterações noo contorno, alterações da camara
anterior e íris, edema e hipopion.
Causas de úlcera:
a. Mecânicas: abrasoes, entrópio, CEs, triquiase.
b. Químicas: queimaduras por detergentes, sabões e ácidos.
c. Infeciosas: bacterianas, virais e micóticas.
d. Metabólicas: CCS
e. Neurotropicas: lesões do ramo oftálmico do trigêmio - nervo da movimentação da pálpebra e globo ocular.

Diagnostico: teste de fluoresceína.

Tratamento:
a. Tratar causa base: cultura e citologia.
A.1 - Bactérias: antibióticos de largo espectro - gentamicina, cloranfenicol, neomicina+polimixina.
A.2 - Fungos: tratamento a cada 2 horas - clamidina e tetraciclina.

b. Alivio da dor - Ciclopégicos: com uso de atropina, 3 a 4x ao dia - diminui espasmo ciliar e bloqueia dor intraocular
(atropina gera relaxamento muscular).

c. Anticolagenase (metaloproteases): estroma composto por colágeno - evitar destruição.


C.1 - Acetilcisteina tópica.
C.2 - Soro fresco: do próprio animal ou outra espécie
C.3 - EDTA.
C.4 - Ciprovet (sulfato de condroitina + ciprofloxacina): tópica ou oral.

d. Anti-inflamatórios: não usar corticoides (inibem síntese de colágeno) -


PS: uso de corticoide sistêmico não interferem na cicatrização.

e. Glicosaminoglicanos
f. Proteger a córnea: colar elizabethano / proteção com 3ª pálpebra (pode ser suturada na conjuntiva).

8 - Doenças da úvea - Uveite: composto por íris, corpo ciliar e coroide - geralmente correlacionado com doenças sistêmica (ate
78% dos casos de uveite tem doenças sistêmica concomitante).

Causas: podem ser infeciosas ou não infeciosas.


a. Traumática
a. Neoplásicas - primarias e secundarias
a. Endócrinas e metabólicas (diabetes)
a. Secundário a inflamação da esclera ou córnea (pode ser secundário a ulcera de córnea).
a. Hipersensibilidade: reações imunomediadas com envolvimento de imuno-complexos - em cães e equinos.
a. Idiopática.

b. Fungos
b. Bactérias: bacteremias podem evoluir a uveite - p.e em abscessos prostáticos, piometra, brucelose, ehrlichia (doença do
carrapato),
b. Protozoários: leishmaniose, toxoplasmose e leptospirose.
b. Vermes do coração.
b. Virus da raiva e herpesvírus.

Sinais clínicos:
I. Olho vermelho, com secreção e congestão de vasos episclerais - dif. com glaucoma, conjuntivite e ceratite.
II. Edema corneal e de íris.
III. Miose
IV. Acumulo de pus (hipopion) e sangue (hifema) na camara anterior.
V. Dor, desconforto, fotofobia, blefaroespasmo.

Diagnostico - Inflamação: mediadores inflamatórios (PGE2) levam ao aumento de drenagem de humor aquoso e diminuindo
produção pelo corpo ciliar, diminuindo pressão intraocular.

Tratamento:
a. Midriáticos: atropina 1% - colírio e pomada.
b. AIEs (caso sem ulcera): com prednisona 1% tópico/sistêmico ou dexametasona 0,1% tópico/sistêmico.
c. Antibióticos de largo expectoro, caso necessário: clindamicina 25mg/kg/dia oral.

Complicações: ligadas a duração e causa da uveite - a mais comum sendo o glaucoma: ocorre por sinequia anterior, com
fechamento do ângulo iridocorneano (inflama e estreita ângulo de drenagem).

(esclera com vasos avermelhados // íris e esclera com vasos visíveis // uveite e córnea esbranquiçada)

9 - Glaucoma: aumento da PIO, podendo levar a ocorrência de buftalmia e ceratite por exposição (córnea fica exposta, já que o
olho fica direcionado externamente).
. Tambem ocorre degeneração retiniana pelo aumento de PIO, com consequente congestão vascular e hiperatividade tapetal.
. Midríase pode levar a lesão de nervo optico.
Diagnostico: PIO elevada - medido por tonometria - normalmente entre 10 a 25 mm Hg
PS: mínimo 5 medicoes - tirar media
PS2: medido após aplicação de anestesia tópica.

Origens:
a. Congênito
b. Primário: de ângulo aberto/fechado.
c. Secundário: a trauma (p.e na luxação de cristalino e edema de íris), inflamação, catarata e neoplasia.
I. Luxação e subluxação de lente (cristalino)
II. Uveite (aderências)
III. Trauma com aderências
IV. Pós-cirúrgico.
V. Catarata
VI. Neoplasia intraocular.

locais de obstrução e efeito do aumento de PIO no nervo optico.

Tipos: de ângulo aberto ou fechado.

O de ângulo fechado pode ocorrer por edema de íris ou luxação de cristalino - humor acumula, com aumento da pressão
interna do GO.

Tratamento:
a. Pilocarpina 2% + epinefrina 1%: ação sinérgica - pilocarpina aumenta ângulo de drenagem e epinefrina reduz produção de
H.A - usar de 2 a 4x ao dia.
PS:: lagrimas ficam vermelhas.
b. Bloqueadores beta adrenérgicos: diminuem produção de H.A em até 50% em humanos (menos efetivo em C e G, usar dose
maior) - cuidado com absorção sistêmica (gera complicações respiratórias e cardiovasculares).
I. Timolol 0,25 a 0,5%
II. Levubunolol 0,25 a 0,5%
III. Betaxol 0,25
IV Cartelolol 1%
V. Metipranolol 0,3%

c. Inibidores da anidrase carbônica (diuréticos fracos): cerca de 40 a 60% da secreção doo corpo ciliar está relacionada a
anidrase carbônica.
PS: uso controlado e monitorado - podem gerar distúrbios eletrolíticos, causando acidose metabólica, vomito, diarreia,
anorexia e hipocalemia.

C.1 - Acetazolamida (diamox) 125 a 500 mg/capsula: dose de 10mg/kg 2x ao dia.


C.2 - Dicllorfenamida (neptazane) 50 mg/capsula: dose de 5mg/kg 2x ao dia.
C.3 - Topico - Dorzolamida (trusopt)
C.3 - Tópico - Brinzolamida (azopt)

d. Osmóticos sistêmicos: reduzem PIO por diminuir H.A e H.V indiretamente pela ultrafiltrarão - junto a jejum hídrico de 2 a
4 horas.
D.1 - Manitol 15 a 25% IV - de escolha: dose de 1 a 2 mg/kg IV em 10 a 20m (6 horas)
D.2 - Isorbida: 1,5 mg/kg oral.
D.3 - Ascorbato de sódio: 1 a 2 mg/kg IV.

PS: se na segunda dose não diminuir, parar uso.


PS2: usados em PIO muito alta (emergências) - para proteção do nevo e retina.

e. Análogos de prostaglandina (PF2A) - Latanoprost (xalatan): aumenta o fluxo de H.A.


f. Tratar causa base:
I. Uveite: corticoide tópico e subconjuntival - pode elevar a PIO.
II. Extrair lente luxada

Melhor fármaco: cosopt + timolol (inibidor de AC + bloqueador B-adrenérgico).

10 - Catarata: ocorre pelo aumento de opacidade do cristalino -

Tipos:
a. Congênita: na vida fetal - por deficiência vitamínica, doenças metabólicas e tóxicas na mãe.
b. Traumática: por trauma ou inflamação.
c. Juvenil: antes dos 6 anos - hereditária - afeta pp beagle, poodle, cocker, afgan, golden retriver,
labrador, pastor alemão // raro em gatos.
d. Senil: comum noo envelhecimento - via esclerose nuclear.

Tratamento cirúrgico: substituição da retina por uma nova lente.


PS: cuidado - selecionar pacientes que não tenham danos na parte nervosa (retina e nervo optico).

Tratamento médico: com atriouba 1% (2 a 3x ao dia) - estabiliza, mas não trata.

11 - Laceração de córnea: perfuração do G.O - diagnostico com teste de Seidel


Tratamento:
a. Antibioterapia tópica (gentamicina ou cloranfenicol) e sistémica (amoxicilina ou cefalexina)
b. Cirurgia: essencial - no pós-cirúrgico está indicada a administração diária tópica e sistémica de antibióticos,
midriáticos e antinflamatórios não esteróides (sistémicos e ocasionalmente tópicos).

corante adere ao estroma corneano // membrana de desceme não adere ao corante

grau 3 - exp da m de desceme ou descemetocele


perfuração:
ultrapassando membrana : pode não pegar em nada

com prolapso de íris (E) - lâmpada de feixe para medir distancia entre corne a e iris
melting na direita - coornea esbranquiçada.

ULCERAS DE CORNEA>

Trat:

clora (fraco)
córnea é avascular*

Teste de Seidel: com fluoresceína - diag de extravasamento humor aquoso

extopico: conjuntiva palpebral


cerooqueratinose
n distribuição do filme lacrimal
herrtpes pp gatoo
idolene: falha de cicatriz?

Melting: ceratoomalacea

via filme lacrimal (aumenta poro infla e produção bact) > córnea

Você também pode gostar