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DOR OCULAR
2. Dor intraocular
§ Dor em peso ou latejante ou no fundo do olho, podendo estar associado a fotofobia,
dor à movimentação ocular e/ou baixa visão
§ Possíveis causas: esclerite/episclerite, uveíte, glaucoma agudo
u Dor palpebral
§ Dor à palpação, hiperemia local, possível edema
§ Possíveis causas: hordéolo, dacrioadenite, dacriocistite, blefarite, trauma, celulite
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BLEFARITE
3. O principal tratamento para a blefarite é uma boa higiene das pálpebras e eliminação
dos gatilhos que agravam os sintomas. Antibióticos tópicos podem ser prescritos.
Pacientes refratários a essas medidas necessitam de encaminhamento a um
oftalmologista. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas. Como a maior parte da
blefarite é crônica, os pacientes precisam manter um bom regime de higiene para
prevenir recorrências.
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HORDÉOLO (“TERÇOL”)
u Tratamento
§ Compressa morna 4x/dia
§ Pomada ATB + corticoide 4x/dia
§ Lubrificante
1. Uma infecção bacteriana aguda da margem palpebral, 90% a 95% dos casos de
hordéolo são devidos ao Staphylococcus aureus, sendo o Staphylococcus epidermidis a
segunda causa mais comum. Um hordéolo externo representa uma formação de
abscesso localizado no folículo de um cílio, enquanto um hordéolo interno é uma
infecção bacteriana aguda das glândulas meibomianas da pálpebra.
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OLHO SECO
u 5-50% da população
u Doença multifatorial
§ Doenças autoimunes
§ Medicamentos (antidepressivos, roacutan, anticolinérgicos, colirios de glaucoma,
anti-histamínicos…)
§ Cirurgias e comorbidades oculares, uso de lentes de contato, alergias
§ Uso de telas, ar condicionado
§ Fatores ambientais (baixa umidade, poluição, fumaça de cigarro…)
u Sintomas crônicos: olho vermelho, sensação de olho seco, sensação de areia
u Complicações: dor, queda da qualidade de vida, lesões corneanas, baixa visão
u Tratamentos
§ Controle dos fatores desencadeantes
§ Colírios lubrificantes, pomadas lubrificantes para dormir, higiene palpebral
§ Oftalmologista: medicações específicas, cirurgias
1. O olho seco é uma doença multifatorial da superfície ocular caracterizada por uma
perda da homeostase do filme lacrimal e acompanhada por sintomas oculares, nos
quais a instabilidade do filme lacrimal e a hiperosmolaridade, a inflamação e os danos
da superfície ocular e as anormalidades neurossensoriais desempenham papéis
etiológicos.
3. Possíveis causas:
§ Medicamentos sistêmicos, como anti-histamínicos, anti-hipertensivos,
ansiolíticos/benzodiazepínicos, diuréticos, hormônios sistêmicos, antiinflamatórios
não esteroides, corticosteroides sistêmicos ou inalados, medicamentos
anticolinérgicos, isotretinoína (causa atrofia da glândula meibomiana) e
antidepressivos
§ Os medicamentos tópicos incluem colírios para glaucoma ou toxicidade de
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conservantes de colírios
§ Doenças de pele nas pálpebras ou ao redor delas, como rosácea ou eczema
§ A disfunção da glândula meibomiana é uma comorbidade comum com
espessamento e eritema das pálpebras e secreções inadequadas ou alteradas das
glândulas meibomianas.
§ Cirurgia oftalmológica, incluindo cirurgia refrativa, cirurgia de catarata,
ceratoplastia e cirurgia de pálpebras.
§ Queimaduras químicas ou térmicas que cicatrizam a conjuntiva.
§ Alergias oculares.
§ O uso do computador ou dispositivo, pois isso pode diminuir o piscar ao olhar para
a tela.
§ Dosagens excessivas ou insuficientes de vitaminas, especialmente deficiência de
vitamina A, podem causar xeroftalmia
§ Sensibilidade diminuída na córnea devido ao uso prolongado de lentes de contato,
infecções por vírus do herpes ou outras causas de córnea neurotrófica.
§ Doença do enxerto contra hospedeiro.
§ Doenças sistêmicas, que incluem síndrome de Sjogren e outras doenças autoimunes
ou do tecido conjuntivo, como artrite reumatoide e lúpus, e doenças da tireoide
§ Os fatores ambientais incluem exposição a irritantes como vapores químicos,
fumaça de cigarro, poluição ou baixa umidade.
4. TRATAMENTO
O tratamento da síndrome do olho seco é realizado em uma abordagem gradual que pode
variar dependendo da gravidade da doença. As abordagens iniciais incluem educação sobre a
condição, modificação do ambiente (eliminação direta de alto fluxo de ar/ventiladores, tempo
reduzido de tela, umidificador), identificação e eliminação de agentes tópicos e sistêmicos
agressores, lubrificantes oculares tópicos e higiene das pálpebras (compressas quentes e
esfoliantes para as pálpebras). ), ácidos graxos essenciais orais.
A próxima etapa das opções de tratamento inclui lubrificantes oculares sem conservantes,
oclusão punctal reversível (tampões punctais), pomada noturna ou óculos de proteção contra
umidade, aquecimento assistido por dispositivo e/ou expressão das glândulas meibomianas,
terapia de luz intensa pulsada, anti- medicamentos inflamatórios (corticosteroides,
ciclosporina, lifegrast) e antibióticos orais (macrólido ou tetraciclina)
Outras opções de tratamento incluem colírios séricos, secretagogos orais ou tópicos, lentes de
contato terapêuticas, enxerto de membrana amniótica, oclusão punctal cirúrgica e tarsorrafia.
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HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL
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PTERÍGIO
u Prevenção:
§ Proteção solar + lubrificante
u Tratamento: cirúrgico
§ Possibilidade de recorrência
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CONJUNTIVITE
u Viral
o Hiperemia, sensação de areia, lacrimejamento, prurido, secreção mucoide
o Linfonodo pré-auricular palpável
o Pode haver história de IVAS (adenovirus é o agente mais comum)
o Auto-limitada
o 4 dias a 3 semanas
o Muito contagiosa à cerca de 12 dias e enquanto estiver vermelho
o Tratamento:
§ Cuidado com contágio (contato direto e indireto)
§ Lavar secreçõo, compressa fria, colírio lubrificante à NÁO USAR CORTICOIDE!
§ Se edema palpebral intenso ou queda da visão à encaminhar Oftalmologista
§ Possíveis complicações
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CONJUNTIVITE
u Bacteriana não-gonocócica
§ Vermelhidão, sensação de corpo estranho, secreção purulenta
leve/moderada
§ Prurido é pouco proeminente
§ Tratamento
§ Auto-limitada, mas trata com colirio lubrificante e colírio antibiótico para amenizar
§ Melhora em até 48h
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CONJUNTIVITE
§ Tratamento:
§ Adultos: Ceftriaxona 1g IM + azitromicina 1g VO DU (considerar coinfecção Chlamydia)
§ Tratar parceiro sexual (igual)
§ Bebês: eritromicina VO
§ Encaminhar para avaliação oftalmológica de urgência
§ Risco de perfuração ocular rápida
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CONJUNTIVITE
u Alérgica
o Hiperemia, lacrimejamento, principal sintoma = coceira
§ Crônica à paciente atópico
§ Aguda à fator desencadeante
o Tratamento:
o Lubrificante
o Compressa gelada
o Antialérgico VO
o Eliminar agente desencadeante
o Encaminhar oftalmo
o Possíveis complicações
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ESCLERITE E EPISCLERITE
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esclerite posterior. A associação com doenças inflamatórias sistêmicas está
presente em 50% dos casos, predominando a artrite reumatoide (presente em
1/3 dos casos). Outras doenças registradas em associação com esclerite anterior
são vasculites necrosantes (granulomatose de Wegener, poliarterite nodosa, LES,
policondrite recidivante, sarcoidose, doença inflamatória intestinal, sífilis,
tuberculose, zóster oftálmico. A patogênese da esclerite parece ser uma
vasculite imunomediada, gerando uma reação inflamatória crônica de caráter
granulomatoso. Nas formas mais graves, há necrose fibrinoide da parede
vascular que pode provocar trombose luminal e, consequentemente, isquemia e
necrose do tecido local. A esclerite anterior predomina em adultos, na faixa
etária entre 30-60 anos. Pode ser uinilateral, bilateral ou alternante (ora num
olho ora no outro). Manifesta-se com um quadro subagudo ou insidioso de olho
vermelho e importante dor ocular, o que a difere das conjuntivites, hemorragia
subconjuntival e da episclerite. Lembre-se de que a dor ocular é uma indicação
precisa de se encaminhar o paciente com olho vermelho ao oftalmologista!! A
dor costuma ser contínua e de forte intensidade, impedindo as atividades diárias
e atrapalhando o sono do paciente. Fotofobia e lacrimejamento também podem
ocorrer. Ao exame da lâmpada de fenda, o oftalmologista percebe vermelhidão
difusa ou localizada, associada a “injeção conjuntival e episcleral” e descoloração
violácea do “branco do olho” (importante sinal semiológico!). Ao toque, a lesão é
dolorosa e a aplicação de um colírio vasoconstrictor reduz a vermelhidão
proveniente da injeção conjuntival-episcleral, permitindo uma melhor
visualização da lesão escleral. A atividade inflamatória da esclerite anterior
costuma durar meses ou mesmo anos...
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UVEÍTE
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Obrigada!
@drabruna.oftalmologista
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