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Resumo aula cabeça e pescoço (06/05)

Inspeção:
 Formato da cabeça
o Macrocefalia;
 Causa mais comum é hidrocefalia;
o Microcefalia;
 Causa é o não desenvolvimento de determinada região do cérebro;
o Plagiocefalia;
 Cabeça não homogênea;
 Restrição do tamanho intrauterino;
 Ex. mães que tem miomas;
 Corrige-se sozinha;

 Paralisia de Bell
o Sétimo par craniano;
o Paralisia periférica:
 Acomete a hemiface como um todo, gerando assimetria em relação à outra
hemiface;
 Não precisa fazer tomografia;
o Paralisia Central:
 Não existe assimetria frontal;
 A lesão é cerebral, necessitando de ressonância com contraste;
o A causa mais comum é a infecção por herpes;
o Tratamento para paralisia periférica:
 1mg/kg de prednisona por 4 dias + aciclovir
o Analisa mandando o paciente sorrir ou franzir a testa;
o Qualquer acometimento de parótida pode dar paralisia do nervo facial (periférica);

 Paroitidite bilateral causa paralisia facial periférica


 Síndrome do olho vermelho
o Em volta da íris: uveíte anterior (inflamação do epitélio pigmentado da retina, em volta
da íris, iridociclite)
 As principais causas são:
 Doença de Behçet;
 Artrite reumatoide juvenil;
 Síndrome de Heerfordt (uma forma aguda da sarcoidose):
o Associação de paralisia facial periférica + paroitidite + uveíte
o Uma das duas manifestações agudas da sarcoidose
o Cai em prova de residência;

o Nos cantos dos olhos: conjuntivite (viral é mais comum);


 Rinovírus e adenovírus;

 Observar o couro cabeludo:


o Inspecionar em buscar de doenças, como o melanoma do couro cabeludo.
OLHOS
 Lagoftalmia: Olhos abertos exageradamente
 Síndrome de Crouzon (disostose craniofacial)
o Doença genética autossômica dominante associada com deformidade cutânea,
anomalia de face e exoftalmia
o Problema na maturação e na fusão dos ossos
o Até então não há deficiência cognitiva e maturação sexual é normal.
o Lembrar da penetrância e da expressividade das doenças genéticas para saber que
a doença de Crouzon pode se apresentar de forma bem intensa ou mais branda em
determinadas pessoas.
 Penetrância: herda o gene, mas não expressa, pula gerações;
 Expressividade: intensidade da doença;
 Toda doença genética é poligênica;
 Analisar as sobrancelhas;
o Madarose distal é comum em hanseníase;
o Quimioterapia causa madarose
 Procurar edema em pálpebras e xantelasmas perioculares;
o Xantelasmas são típicos de dislipidemias;
 Exoftalmia: pode ser provocada por lagoftalmia e/ou por protose ocular, pelo acúmulo de
proteoglicanos no fundo do globo ocular ou tumores;
o Doença de Graves;
 Procurar por nistagmo e estrabismos;
o Estrabismo convergente: lesão em nervo abducente (VI);
 Qualquer edema cerebral pode provocar paralisia de nervo abducente
comprimindo-o com a parede craniana gerando um falso sinal focal;
 Então, paciente com meningite + estrabismo convergente (falso sinal
focal) não precisa esperar TC para puncionar;
o Pois estrabismo em meningite é falso sinal focal;
o Estrabismo divergente: lesão ou paralisia em nervo oculomotor (III);
o OBS:
 Olhar para a ponta do nariz – Nervo Troclear (IV);
 Olhar lateralmente – Nervo abducente;
 Todos os outros movimentos – Nervo oculomotor;
 Analisar a conjuntiva: procurar por icterícia, anemia, hiperemia (síndrome do olho vermelho);
 Procurar por quemose: inchaço da conjuntiva
o Pode ser hiperêmica ou não hiperêmica;
o Provocada por ressecamento;
 Exemplo: quando o nervo VII não fecha as pálpebras por paralisia ou outras
causas;
 A principal causa de conjuntivite é infecção por rinovírus, adenovírus;
 Leucocoria: Associada ao retinoblastoma. Olho branco em fotografia.
 Detectar presença de hordéolo, pterígio, dacriocistite;
 Tratamento caseiro para dacriocistite é o uso do shampoo Johnson & Johnson passado com
cotonete;
o Auxilia a drenar sozinho. Não perfurar, pois pode piorar;
BUCO-FARINGE
 Edema de Quincke
o Alergia, edema alérgico, é chamado de angioedema;
o Quando localizado na prega vocal, causa edema de corda vocal. Pode matar
rapidamente.
o Se for no lábio, trata-se com anti-histamínicos; caso seja na língua, na mucosa bucal
ou na glote, trata-se com corticoide e monitora, pois, por evolução rápida pode causar
insuficiência respiratória;
o Cuidado com angioedema de face inferior;
 Buscar por toda a cavidade oral a presença de lesões, canceres, fendas etc.;
 A úvula serve para exame neurológico, marcador do X par;
 Olhar os pilares da orofaringe, as duas amigdalas e a parede posterior;
o As amigdalas marcam a história infecciosa da infância;
 Número de faringites;
 São as expressões mais externas de um linfonodo;
 Podem ser criptadas, armazenando caseuns;
 Halitose persistente pela presença de caseuns é indicação de remoção de amigdalas;
 O que caracteriza infecção viral:
o Hiperemia (petéquias) difusa com pouca secreção;
o Geralmente é bilateral;
o Unilateral é mais bacteriana;
o Infecções virais podem abrir caminho para infecção bacteriana
 É bom que criança pequena retorne em 48 horas na prática;
 Se não piorou, aguarda melhora;
 Se piorou, aparecendo pus: antibiótico!
 Ainda é amoxicilina a droga de escolha;
o Adenovírus A3 provoca síndrome faringoconjuntival: Faringite + conjuntivite;
o Doença do beijo: síndrome de mononucleose infecciosa;
 Orofaringite às custas de uma amigdalite;
 O vírus não acomete a mucosa, mas sim os linfonodos (amigdalas) o que
acaba provocando dor de garganta (vírus Epstein-Barr);
 Febre persistente por mais de 10 dias
 Aumento doloroso dos linfonodos cervicais bilaterais
 Confirma com presença de linfócitos atípicos no hemograma ou anticorpos
específicos para o vírus;
 A síndrome de mononucleose pode ser causada por várias infecções
 Mononucleose propriamente dita (Epstein-Barr)
 Hepatite B;
 Doença de chagas na fase aguda;
 HIV na fase aguda;
 Toxoplasmose;
 Se aplicada amoxicilina, causará um rash difuso;
o Tem dúvida da causa de uma faringite?
 Prescreve antibiótico;
 Infecção bacteriana tem caráter de acometimento assimétrico na faringe;
o Se houver presença de candidíase, solicitar anti-HIV;
 Placas esbranquiçadas, que se soltam ao toque com espátula;
 Candidíase tem relação com contagem de CD4 abaixo de 200;
 Não confundir mucosite (erosão de mucosa) com aftas (mais comuns na mucosa jugal);
o A principal causa de mucosite é quimioterapia, são frequentes em pacientes oncológicos;
 Doença de Behçet é uma vasculite autoimune composta pela tétrade:
 Ulceras orais dolorosas, recorrentemente;
 Ulceras genitais;
 Patergia (geografismo na pele, hiperreação, produção de histamina local que provoca
uma reação de pápulas);
 A semiotécnica é feita com uma agulha de insulina no paciente, se houver
pápula em poucos minutos, confirma a presença de patergia;
 Uveíte anterior;
o Doença bastante associada com FAN positivo no padrão nuclear;
o Raramente causa artrite;
 Síndrome de subposição: quando tem sinal de duas doenças reumatológicas;
o Achados de Behçet e Lúpus por exemplo;
 Buscar herpes (lesões polimórficas) e HPV também (verrucosas);
NARIZ

 Descrever a presença de coriza, se purulenta ou não, quando começou;


o Coriza purulenta com piora agressiva, pensar em infecção bacteriana;
 Por exemplo a sinusite;
 Na inspeção pode encontrar vestígios da doença esclerose tuberosa, uma doença rara:
o Origem neuroectodérmica;
o Associada a angiofibroma de pele que são tubérculos avermelhados periorificiais, geralmente
perinasal. Doença caracterizada por Pápulas hiperemiadas semelhantes a acnes associados
com máculas hipopigmentadas na pele e tumores do cerebrais e dos rins. Pacientes
costumam ter hipertensão intracraniana recorrente;
 Nariz destruído por Leishmaniose Tegumentar americana, mecanismo não definido

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