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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO TOCANTINS
CAMPUS DE ARAGUATINS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Cirurgia de Grandes Animais

Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes


Animais

Docente: Paula Lorhanna Barbosa Lopes


Roteiro
 Introdução
 Anamnese, exame clínico e exame físico.
 Principais Intervenções Cirúrgicas Animais de Grande Porte.
 Preparação e Prática Cirúrgica.
 Descorna, Prolapso Uterino, Lacerações.
 Cuidados Pós-cirúrgicos.
 Conclusão
Introdução

Dentro da medicina veterinária, as doenças que afetam os animais de


produção englobam inúmeras enfermidades importantes e que são responsáveis por
gerar diversos prejuízos econômicos nas propriedades rurais e perdas expressivas
em todo o mundo. Para contornar este cenário, a prevenção e o tratamento de
algumas doenças pode ser realizado por meio de procedimentos cirúrgicos.

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(Sanches et al. 2000, Ribas et al. 2013). (Barros et al. 2006).
Anamnese Exames
Complementares

Exame
Clínico
Geral
Constatar existência da lesão

Exame Localização
Físico
Diagnóstico/prognóstico

Estabelecer possível etiologia

Conduta/tratamento
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Principais Intervenções Cirúrgicas em Animais de Grande Porte

Bovinos: Cesarianas
Descorna
Prolapso Uterino/Vaginal
Cirurgias Podais
Traumas Diversos
Herniorrafias

Equinos: Traumas, lacerações e fraturas.


Cirurgias Ortopédicas
Tenotomias
Laparotomias
Castração

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Sucesso na prática
cirúrgica

Regras básicas

Contenção adequada

Higiene

Instrumentação cirúrgica adequada

Paramentação

Antissepsia do local da intervenção

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(KNECHT et. al., 1985).
Bovinos

Descorna

Prolapso
Uterino/Vaginal

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Descorna

A cabeça é sede de abordagens cirúrgicas comumente praticadas em


ruminantes .

A descorna é o procedimento mais realizado.

Indicação Cirúrgica: Diminuição de atritos sociais, facilitar o manejo de animais


com aptidão leiteira, correção de fraturas. Descorna estética.

(WEAVER, A.D. et al. 2018). 8


Descorna
Preparação Contenção Tronco e cordas
Cirúrgica Física

Contenção Sedativos: Cloridrato de Xilazina 2%


Química Dose: 0,01 a 0,05 mg/kg
0,1 a 0,2 mg/kg IM ou IV

Anestesia
Local Cloridrato de Lidocaína 2%
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Revista Brasileira de Buiatria - Clínica Cirúrgica, Volume 3, Número 1, 2021.
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Revista Brasileira de Buiatria - Clínica Cirúrgica, Volume 3, Número 1, 2021.


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Revista Brasileira de Buiatria - Clínica Cirúrgica, Volume 3, Número 1, 2021.
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Revista Brasileira de Buiatria - Clínica Cirúrgica, Volume 3, Número 1, 2021.
Prolapso Uterino

O prolapso uterino em vacas acontece quando uma parte do trato reprodutivo é projetado pela vagina,
geralmente acontece após o parto.

Ocorrência: hipocalcemia
maior tempo de involução da cérvix, infecção uterina.
Fetos grandes ou gemelares, partos distócicos, esforço, dor ou tração humana excessiva.

É um tratamento de urgência.

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(SEGUIN; TROEDSSON, 2006).
Preparação
cirurgica

Contenção
Física
Bretes

Analgesia
Epidural Lidocaína e Xilazina 2%
Caudal

Redução de
prolapso
Antissepsia, agentes osmóticos, massagens, lavagem água fria.

Sutura
Método de Buhner, flessa.
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Sutura de Buhner

Usar: Fio perivaginal de buhner ou fio


umbilical.
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Equinos

Lacerações

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Laceração

As rupturas nos tecidos moles como pele e músculos são muito comuns na clínica de
equinos.

Cicatrização de lesões traumáticas por 1º e 2º intenção são extremamente complicadas


(tecido de granulação exuberante e fibrose local).

Tratamentos longos e de alto custo.

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• Exploração da ferida:realizar
analgesia com xilazina e
detomidina1%.
• Lesões extensas: realizar
sedação com dose aumentada.

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Fonte: HVET/UENF (2022)
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Resultado final com cicatrização por 2º
intenção, sendo necessário uso de
curativo adesivo 3D.
Outros casos ainda mais graves pode-se
realizar enxertos de pele: pedículo e
livre.

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Fonte: HVET/UENF (2022)
Conclusão

A inteira compreensão sobre as diversas técnicas cirúrgicas é imprescindível para garantia de


um bom tratamento e prognóstico favorável ao restabelecimento da saúde animal.
A carência de informações e estudos relacionados ao tema ainda são grandes entraves para o
aperfeiçoamento do senso crítico e a capacidade de análise clínica feita pelos acadêmicos de medicina
veterinária.

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Obrigada !!!
Paula Lorhanna B. Lopes
______________________________________
Médica Veterinária, Mestra em Sanidade Animal e Saúde Pública.
paulalorhanna@hotmail.com
(63) 9 9217-3450

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Referências Bibliográficas
• RIET-CORREA et al. Doenças de ruminantes e eqüinos. 3ªed. São Paulo: Editora Varela. 2007. 532p.
• RADOSTITS, O. M.; GAY, C. C.; BLOOD, D. C.; HINCHCLIFF, K. W. Clínica Veterinária – Um
tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e eqüinos. 9a ed. Rio deJaneiro: Guanabara
Koogan. 2002. 1737p.
• Cad. Téc. Esc. Vet. UFMG, n.8, p.3-47, 1993. https://crmvmg.gov.br/Caderno/8.pdf
• https://www.scielo.br/j/pvb/a/Gg9Sk7yjYfCjDMMWhLxSPHb/?format=pdf
• https://www.cidasc.sc.gov.br/defesasanitariaanimal/files/2019/03/Cartilha-t%C3%A9cnica-EEB-2008.pd
f
• https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/14331/1/2013_ErnanePaivaFerreiraNovais.pdf

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