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Bovinos a Campo
REALIZAÇÃO:
Coordenador
Prof. André Lang, MV, Esp, MSc
Médico Veterinário CRMV: 7422
Mestre em Medicina Veterinária
Doutorando em Medicina Veterinária (UFV)
Especialista em Clínica e Cirurgia de Grandes Animais
VIÇOSA-MG
2010
Apresentação
André Lang
Professor Coordenador
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SUMÁRIO
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1 – Abordagem Clínica dos Bovinos
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Temperatura Freqüência Freqüência Movimentos Eructação
retal (°C) respiratória cardíaca rumenais
Bovinos 38 a 39 10 a 35 50 a 80 10 a 14 em 5 17 a 20
adultos minutos
Bovinos 38,5 a 39,5 50 90 a 110 10 a 14 em 5 17 a 20
jovens minutos
Tabela 1: Parâmetros fisiológicos de bovinos adultos e jovens
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2 – Contenção e Anestesia
A maioria das cirurgias a campo pode ser realizada com contenção física,
sedação e anestesia local. Para maior comodidade do veterinário e bem-estar do
animal, pode-se utilizar anestesia geral de curta duração, dependendo do
procedimento a ser realizado.
Após o derrubamento, o animal será contido por meio de cordas de acordo com
a posição mais indicada para a cirurgia, como o decúbito lateral com as patas e o
pescoço estendidos ou decúbito esternal com três patas reunidas e pescoço
flexionado.
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Figura1: Método de derrubamento por cordas cruzadas
2.2 - Sedação
- Acepromazina
Efeito: Não tem nenhum efeito analgésico, mas causa efeitos de indiferença ao
meio, diminuição da atividade motora e tendência ao decúbito.
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- Xilazina
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Lidocaína
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Utiliza-se em torno de 60 a 100 ml.
(A) (B)
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L1 L2 L4
A) B) C)
- Anestesia Epidural
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Epidural baixa:
Epidural Alta:
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- Anestesia de Bier
O garrote não deverá ser retirado nos primeiros 15 a 20 minutos após injeção,
para que haja difusão retrógrada e dessensibilização da área, e não deve permanecer
por mais de 60 a 90 minutos, o que poderia predispor a necrose das estruturas
distais.
Para bloqueios até a região da tíbia, colocar uma compressa na depressão que
há entre a tíbia e o calcâneo para evitar que o anestésico se difunda para fora da área
que se quer anestesiar.
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2.4 – Anestesia Geral
- Cetamina
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3 – Principais Cirurgias a Campo
a) Anestesia e preparação
b) Técnica cirúrgica
O escroto é tracionado e uma incisão circular horizontal é feita entre o terço médio
e o terço distal até exposição dos testículos. O testículo é levemente tracionado e
uma ligadura é feita no cordão espermático o mais proximal possível, onde tem menor
diâmetro, utilizando fio de algodão 000. Cerca de 1,5 cm abaixo da ligadura o cordão
é seccionado e repete-se o procedimento no testículo contralateral. A ferida recebe
povidine tópico e repelente spray.
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c) Pós-operatório
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3.3 - Epididectomia
Técnica simples e barata, que impede fluxo espermático, devendo ser associada a
técnica que impossibilite a cópula.
a) Anestesia e preparação
b) Técnica cirúrgica
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c) Pós-operatório
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3.4 – Desvio Lateral do Pênis
Técnica mais trabalhosa pela quantidade de pontos, mas que impede a cópula e não
interfere na libido.
a) Anestesia e preparação
b) Técnica cirúrgica
c) Pós-operatório
Pela maior exposição tecidual, é importante o uso de antibiótico por 5 dias e limpeza
diária com povidine tópico até a retirada dos pontos, em torno de 20 dias, e repelente
spray ao redor da ferida cirúrgica. Manter o animal afastado de fêmeas por 3 a 4
semanas e permitir a movimentação para reduzir a ocorrência de edema intenso.
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Figura 9: Conjunto pele, prepúcio e pênis
a) Anestesia e preparação
Posicionamento em decúbito lateral esquerdo, tricotomia entre prepúcio e escroto
retangular sobre a região do pênis e lateralmente à esquerda. Anestesia local
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infiltrativa com 20 ml em linha de incisão cerca de 5 cm lateralmente à esquerda
paralela à linha mediana e com 10 cm de extensão.
b) Técnica cirúrgica
c) Pós-operatório
Limpeza diária com povidine tópico até a retirada dos pontos, em torno de 20 dias.
Manter o animal afastado de fêmeas por 3 a 4 semanas e permitir a movimentação
para reduzir a ocorrência de edema intenso.
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Figura12: Sutura do pênis na musculatura abdominal
3.6 - Descorna
a) Anestesia e preparação
b) Técnica cirúrgica
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devem se tocar quando a pele é tracionada. Caso isto não aconteça, deve-se ampliar
a osteotomia e a dissecação da pele. Solução estéril deve ser utilizada para lavagem
do seio frontal. A pele é suturada com fio de algodão 0000 em “X” ou “perto-longe-
longe-perto”.
c) Pós-operatório
Limpeza com povidine e repelente spray devem ser utilizados até a retirada dos
pontos após 20 dias.
a) Anestesia e preparação
b) Técnica cirúrgica
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proximalmente para remoção de todo tecido mole. Uma serra ou fio-serra é colocado
de maneira oblíqua, possibilitando maior retirada na porção abaxial, na altura
desejada (terço médio da primeira ou segunda falange) e é realizada a osteotomia
(figura 13 e 14 A).
c) Pós-operatório
Troca da bandagem deve ser feita a cada 2 dias. Antibiótico sistêmico deve ser
utilizado em casos de infecção prévia do local. Retirada dos pontos em torno de 20
dias.
Figura 13:
A) Amputação de dígito vista dorsal B) Amputação de dígito vista lateral.
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A B
Figura 14:
A) Amputação de dígito, na coroa do casco, vista dorsal
B) Amputação de dígito, na coroa do casco, vista lateral.
Pequenas hérnias umbilicais podem ter resolução espontânea até os seis meses
de idade, mas após esta idade ou em casos de hérnias muito grandes a herniorrafia
deve ser realizada.
a) Anestesia e preparação
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b) Técnica cirúrgica
c) Pós-operatório
3.9 - Laparotomia
A laparotomia pelo flanco esquerdo tem como principais indicações casos de:
· laparotomia exploratória;
· abomasopexia;
· rumenotomia;
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· cesareanas;
· ovariectomia e
· transferência cirúrgica de embriões.
A laparotomia pelo flanco direito tem como principais indicações casos de:
· laparotomia exploratória;
· abomasopexia ou omentopexia;
· cirurgias do intestino delgado, ceco e cólon;
· cesareanas quando o acesso pelo lado esquerdo é comprometido;
· ovariectomia e
· transferência cirúrgica de embriões.
a) Anestesia e preparação
b) Técnica cirúrgica
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Após incisão da pele encontra-se, na seqüência, músculo oblíquo abdominal
externo, oblíquo abdominal interno, músculo transverso do abdômen e peritônio. Os
músculos recebem incisão horizontal ou divulsão no sentido de suas fibras. O
peritônio é tracionado com pinça Allis e recebe pequena abertura com tesoura
permitindo a entrada de ar e produção de som característico. Segue-se, então, com a
exploração do abdômen e realização do procedimento indicado para cada caso
(figuras 15 a 17).
c) Pós-operatório
Tratamento clínico suporte de acordo com o quadro inicial. O uso de antibiótico
é dependente do grau de contaminação e antinflamatório dependente do grau de dor
ou incômodo. Limpeza com povidine e repelente spray devem ser utilizados até a
retirada dos pontos após 20 dias.
A B
3.10 - Rumenotomia
a) Técnica cirúrgica
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escorra para a cavidade (figura 18). Após incisão horizontal na parede do rúmen é
feita a exploração de seu interior, retículo, cárdia e óstio retículo-omasal.
A sutura do rúmen é feita em duas camadas, uma coaptante com categute cromado
n°2 em padrão simples contínuo e outra invaginante com categute cromado n°2 em
padrão cushing.
b) Pós-operatório
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3.11 - Abomasopexia
a) Técnica cirúrgica
b) Pós operatório
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3.12 - Omentopexia
a) Técnica cirúrgica
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3.13 - Cesariana
A Cesariana é uma técnica cirúrgica utilizada em partos distócicos que não são
resolvidos pelas manobras obstétricas, objetivando-se a sobrevivência da cria e
matriz.
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dilatada. Respeitando esses fatores, o prognóstico em relação ao feto e a parturiente
é mais favorável.
a) Preparativos pré-operatórios
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A laparotomia é finalizada como descrito anteriormente.
Esta técnica proporciona maior facilidade para exteriorização do útero com menor
possibilidade de contaminação abdominal, embora haja maior risco de herniação
incisional.
a) Anestesia e preparação
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b) Técnica cirúrgica
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A B
A B
3.14 – Enucleação
a) Anestesia e preparação
Normalmente essa cirurgia pode ser efetuada com uma aplicação de xilazina na
dose de 0,2mg/hg, respeitando-se jejum prévio. Essa tranqüilização é necessária,
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pois a cirurgia traz um desconforto pela manipulação, desconforto este não abolido
pela simples anestesia local, mesmo que bem-sucedida. Anestesia local infiltrativa
subpalpebral (inferior e superior) com agulha 80 X10 injetando-se lidocaína a 21 %
com vasoconstritor. Introduzir uma agulha 100X 10 na comissura nasal rente ao
tabique ósseo até atingir a região retrobulbar injetando-se 5 a 10 ml de lidocaína 2%.
b) Técnica cirúrgica
c) Pós-operatório
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4 - Referências bibliográficas
Figuras:
Acervo do autor
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