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UNINOVE – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

VITOR PEREIRA DOS SANTOS SOUZA


RA:3020109989
CAMPUS: VILA PRUDENTE
TURMA: 6°C NOTURNO

RELATORIOS DAS AULAS PRÁTICAS VETERINARIAS SIMULADAS


EM GRANDES ANIMAIS

São Paulo

2022
Resumo

Este trabalho tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas em sala de


aula, laboratório e o que desenvolvemos nas mesmas.
Nesses relatórios constará os métodos de manejo de bezerros, vacas e equinos,
seus sistemas funcionais e reprodutivos e doenças relacionada a eles. A realização dessas
aulas possibilitou maior aprendizado prático e aprimorar técnicas no manejo.
Sumário
1. Métodos de contenção...............................................................................4
2. Punção venosa e administração de medicamentos.................................7
3. Práticas de primeiros socorros ao neonato...........................................10
4. Práticas de parto......................................................................................13
5. Palpação retal e ciclo estral em sistema reprodutor equino................15
6. Sistema reprodutor feminino bovino.....................................................17
7. Sistema digestório de equinos.................................................................18
8. Sistema digestório bovino.......................................................................20
8.1 Cetose..........................................................................................................20
8.2 Reticulo pericardite traumática...................................................................21
8.3 Indigestão vagal...........................................................................................22
8.4 Deslocamento de abomaso a esquerda........................................................23
9. Sistema locomotor bovino.......................................................................26
10. Mastite...................................................................................................30
11. Sistema cardiorrespiratório................................................................33
11.1 Sistema respiratório...............................................................................33
11.2 Sistema cardíaco....................................................................................34
12. Sutura....................................................................................................37
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1. Métodos de contenção

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na primeira
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no dia
15/08/2022, ministrada pela professora Luciana Sartori no laboratório no campus Vergueiro
da universidade Nove de Julho.
A aula foi voltada inicialmente ao conhecimento dos métodos de contenção física
com cordas em grandes animais, e seu funcionamento individual. Métodos de contenção
como: cabresto, pito/cachimbo, peia, contenção italiana e contenção francesa foram
apresentados em aula e explicado passo a passo como é realizado.
Foi apresentado e utilizando durante todas as técnicas de contenção a forma correta
de realizar um laço com nó de “correr”, rápido e bastante utilizado que facilita a sua remoção
quando necessária, não podendo ser um nó completo para não ocorrer acidentes.

Figura 1. Nó de correr simples


https://www.carajas.org/wiki/index.php/Nó_de_Correr_%28Slip_Knot%29
O cabresto é o essencial em todas as contenções, para que o animal não venha a se
mover/fugir durante o manuseio. Consiste em uma espécie de arreio feito de corda/couro que
serve para controlar a marcha do animal e porventura a mobilidade.

Figura 2. Cabresto
https://bootshorse.com.br/produto/cabresto/
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O método Pito/cachimbo, utilizado em animais agitados/não cooperativos, consiste


em uma laçada de corda presa a um cabo, com o princípio de ser preso ao lábio superior do
equino e torcendo-se o cabo, gerando um incomodo ao animal e assim facilitando seu
manuseio. Algumas pessoas passam o cachimbo pela orelha, mas não é uma técnica
recomendada pelo fato de futuramente gerar danos a cartilagem do animal.

Figura 3. Pito/cachimbo
https://www.cpt.com.br/artigos/estudando-sobre-contencao-de-equinos-conheca-o-
cachimbo
A peia é uma técnica de contenção para bovinos, utilizada para evitar coices durante
o manuseio. Consiste em passar a corda nos membros posteriores acima do jarrete, de uma
forma que o animal irá aproximar os membros.

Figura 4. Colocação de peias em vacas para ordenha


https://agronomiaconcursos.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Aula-1-contençao-
animal-16042019.pdf
A contenção italiana “X” é um método de derrubamento que consiste em colocar
uma corda na base dorsal do pescoço do animal, cruzar ventral ao tórax, depois dorsalmente
passar abaixo do abdômen saindo entre os membros pélvicos (podendo ser na face lateral ou
medial), e depois puxar até o derrubamento do animal. É ideal derrubar o animal em algo ou
local que amorteça a queda e, em decúbito lateral esquerdo para que o rúmen não comprometa
os outros órgãos.
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Figura 5. Método de contenção italiana “X” em bovino


https://www.comprerural.com/tecnicas-anti-stress-de-contencao-ou-derrubamento-
de-bovinos-e-equinos/
A contenção francesa (formato de quadrado) é geralmente feita com o auxílio de
outra pessoa. Consiste em realizar uma laçada e sobrepor a corda na região da costela do
animal, jogar a corda dorsalmente para quem está auxiliando que irá retornar a corda ventral
ao tórax do animal e finaliza formando um quadrado, irá repetir o processo com a mesma
corda desta vez nos membros posteriores. Após finalizar o segundo quadrado irá realizar a
puxada da corda, ocasionando no derrubamento do animal.

Figura 6. Método de contenção francesa “quadrado” em bovino


https://www.comprerural.com/tecnicas-anti-stress-de-contencao-ou-derrubamento-
de-bovinos-e-equinos/
À medida que a aula foi progredindo foi liberado aos alunos praticar todas as
técnicas de contenção ensinadas até o momento nos manequins de bovino e equino, o que
prosseguiu desta forma até a finalização da aula.
A experiência adquirida nesta aula proporcionou a aprendizagem em realizar a
contenção de grandes animais de forma segura, tanto na teoria quanto na prática.
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2. Punção venosa e administração de medicamentos

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na segunda
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 22/08/2022, ministrada pelo professor Walter Feringer no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O intuito desta aula foi voltado incialmente a coleta de materiais biológicos, locais
adequados para administrações de medicamentos e caso clínico de cálculo de medicação
em um equino. Logo em seguida foi abordado vias de administrações em grandes animais.
Administrações intramusculares em equinos é indicado ser realizada no glúteo
médio que não é tão utilizado e na tabua do pescoço que é o mais indicado com limite de
15ml de fármaco. A maneira descrita foi “bater” somente agulha na tabua do pescoço do
equino, acoplar a seringa e testar se a punção do local sairá sangue, caso não tenha fluido é
sinal de que está no musculo.

Figura 1. Aplicação de maxicam 2% em via intravenosa


https://www.ourofinosaudeanimal.com/ourofinoemcampo/categoria/artigos/
cuidados-na-administracao-de-medicamentos-em-equin/#:~:text=Em%20equinos%2C
%20a%20veia%20jugular,abaixo%20do%20local%20de%20aplicação.
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Figura 2. Aplicação de maxicam 2% IM na musculatura do pescoço “tabua” e


glúteo
https://www.ourofinosaudeanimal.com/ourofinoemcampo/categoria/artigos/
cuidados-na-administracao-de-medicamentos-em-equin/#:~:text=Em%20equinos%2C
%20a%20veia%20jugular,abaixo%20do%20local%20de%20aplicação.
Agora, em caso de bovinos, os medicamentos devem ser aplicados da seguinte
maneira:
 Intravenosa: Paramamaria, coccígea, safena. A safena é somente com animal
anestesiado.
 Intramuscular: Tábua do pescoço ou atrás da paleta. A tábua do pescoço é muito
rugosa então sempre é evitado por ser mais difícil de ser manuseado.

Figura 3. Administração de medicação em bovinos nas vias intramuscular, endovenosa e


subcutânea respectivamente
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/136-SANIDADE-ANIMAL.pdf
Em cavalo de esporte é comum o peão aplicar Fenilbutazona, porém, quando não
aplicado corretamente, o equino poderá apresentar problemas nas cordas vocais e chegar a
óbito.
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Punção venoso em equinos é realizada em veia cefálica, torácica/epigástrica


(recomendado ser realizada em hospital) e jugular (não sendo indicado a realização),
quanto em bovinos é realizada na veia caudal, paramamaria e jugular.
A fluidoterapia deve ser injetada aos poucos e com muito cuidado. Se lesionar o
tecido, o corpo do animal inflama e pode predispor a entupir a jugular, inchando assim a
cabeça. Dessa forma o animal morre asfixiado. Para não correr o risco de pegar a jugular
na fluidoterapia, é recomendado utilizar a cefálica e epigástrica. Pois a cefálica tem muito
movimento e a epigástrica não atrapalha o sangue de se movimentar.

Figura 4. Realização de fluidoterapia em bezerra Nelore, aos dois dias de idade, a


qual se apresentava desidratada, apática e em decúbito lateral permanente
https://www.researchgate.net/figure/FIGURA-1-Realizacao-de-fluidoterapia-em-
bezerra-Nelore-aos-dois-dias-de-idade-a-qual_fig1_270084642
O caso clínico repassado a turma foi calcular dose de fenilbutazona fármaco com
o intuito de anti-inflamatório, administrado em um equino de 500Kg, lembrando que o
limite de administração IM é de 15Ml, o que acabou sendo crucial para resolução do caso.
Por fim a escolha da via medicamentosa assim como a droga e a dose terapêutica
a ser realizada no animal é uma atribuição do médico veterinário. O aplicador deve ser
corretamente orientado, verificar as condições para sua segurança e estar atento a todos os
cuidados durante a execução dos procedimentos, evitando complicações para a saúde do
animal.
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3. Práticas de primeiros socorros ao neonato

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na terceira
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 29/08/2022, ministrado pelo professor Walter Feringer no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre as práticas de primeiros socorros ao
neonato bovino, tabela apgar (desenvolvida para pediatria) e logo após repassado para os
alunos um caso clínico de assistência de parto natural e cesárea processo por processo foi
realizado.
Antes de tudo é verificado o ambiente que essa vaca está, se foi feito o preparo
para esse parto, sem mudança de ambiente. Após isso avaliar o estado da vaca, períneo
vaginal, se há ou não presença de secreções, comportamento da vaca, se há presença de
contrações e se haverá a necessidade de realizar um parto por cesárea.
Durante o parto é analisado se o bezerro está inteiro, preso e em qual posição esta
encaixado, se ao nascer conseguiu se levantar e até mesmo se demorou. A vaca nesse
momento realiza a massagem de tórax e abdômen no bezerro e retira placenta e secreções
oro nasal.
A partir deste momento em aula foi pedido para abordarmos as duas formas de
partos, começando pelo parto normal: Em um parto normal, o tempo deve ser ideal, entre a
mãe lamber todo o bezerro irá levar em média 40 minutos, é esperado que nesse período o
animal ira se levantar, andar e tentar imitar a mãe, um médico veterinário irá intervir caso
demore demais.
Em cesárea a tabela de apgar de bovinos é utilizada para avaliação como: a
língua/cabeça se estão com inchaços, movimento do bezerro, balançar a cabeça a estímulos
da cavidade nasal, beliscar a língua, reflexo óculos (em resposta ao tocar o globo ocular),
coloração da mucosa, comprimento da língua, frequência respiratória e cardíaca.
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Figura 1. Escore de vitalidade do bezerro


https://zootecniabrasil.com/2021/05/02/escore-de-apgar-parametros-para-
neonatos-bovinos/
Cuidados com o umbigo para não ocorrer infecção, a higienização umbilical
deverá ser feita no cordão umbilical como uma massagem/ordenha em direção ao bezerro,
isso estimula o fluxo de sangue ir para o bezerro, realizar a ligadura e limpeza do local com
clorexidina, o iodo também é uma opção, mas não é indicado por dificultar o processo de
cicatrização.
A amamentação do bezerro irá ocorrer naturalmente, em casos que a vaca o
recuso, é feito a amamentação artificial que deve ser feita com mamadeira, necessário uma
angulação correta para que o leite passe pela goteira esofágica já que os órgãos digestivos
do bezerro ainda não estão totalmente desenvolvidos. A goteira esofágica é a estrutura
responsável por trilhar o caminho do leite para o omaso e abomaso sem que passe pelo
rúmen e reticulo, é essencial para a prevenção de coágulo do leite, afinal, ele ainda não é
um ruminante. Vale ressaltar que este leite artificial vem do banco de colostro para casos
específicos como esse.
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Figura 2. Ingestão de colostro


https://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodeleite/artigos/como-alimentar-os-
bezerros-para-a-producao-de-vitelos
Por fim após o processo de amamentação, o pré ruminante é introduzido na rotina
de ruminantes adultos, sendo levado ao pasto no qual irá ingeri-lo e desenvolver o rúmen
pelo processo de ruminação, é comum ser relatado casos de coprofagia enquanto pasta de
um pré ruminante, é uma prática que ele passa para o desenvolvimento total do rúmen.
Os cuidados para uma vaca gestante iniciam antes mesmo do parto, protocolo
vacinal, manejo parasitário são analisados cuidadosamente, e o manejo mínimo possível
para não ocorrer o stress e abortamento desse feto, o que levaria a prejuízos da fazenda.
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4. Práticas de parto

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na quarta
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 05/09/2022, ministrada pela professora Luciana Sartori no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre práticas de parto e com a atividade em
sala para descrever o procedimento cirúrgico de cesárea (cuidados com o animal no pré-
cirurgico, como feita a cirurgia no trans cirúrgico e pós cirúrgico imediato e tardio).
O protocolo anestésico foi montado com base no peso do paciente e os cuidados
necessários já que estava em trabalho de parto. MPA e sedação local foram realizados,
tanto quanto a preparação da vaca, imobilização.
Durante o trans cirúrgico se utiliza laparotomia para auxiliar durante essa cirurgia,
após a localização do útero e identificação da posição do bezerro (sendo nadador a ideal)
através da palpação, a extração dele é realizada de forma lenta para que não ocorra
laceração, o útero deve estar preso pelo obstetra e os assistentes irão puxar o bezerro por
tração dos membros pélvicos/torácicos, e neste momento o potro é encaminhado para
cuidados neonatais primários.

Figura 1. Cirurgia cesariana realizada em bovino durante o ECSMV


https://dspace.unipampa.edu.br/bitstream/riu/5163/1/MIGUEL%20ANDREAZZA
%20FILHO.pdf
O pós-operatório imediato é observar as condições do neonato, realizar a manobra
“de cima para baixo” com ele de ponta cabeça para excretar/drenar todo líquido amniótico
interno, após a limpeza é necessário ser feito a estimulação respiratório por massagem
torácica e/ou fármacos broncodilatadores.
O pós-operatório materno é a administração de glicocorticoides como AIES, e é
indicado administrar penicilina de amplo espectro para prevenção de infecções decorrente
da cesárea.
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Durante a prática de parto normal de neonato caso seja preciso auxílio, é


introduzido as mãos no útero do animal até a palpação do neonato, identificando a posição
que ele se encontra, sendo a posição de “nadador” a ideal para o nascimento do bezerro e
puxando-o pelos membros, nunca pela orelha nem cauda. Após o nascimento do bezerro a
placenta deve-se soltar em até 12 horas depois, passando deste período é necessário iniciar
protocolo de medicação para a retenção que ocorreu desta placenta.
Distocias podem ocorrer, ocorrendo até mesmo morte do feto, podendo ter a
reabsorção ou expulsão, na qual não seja possível caso tenha morrido neonato, e então é
realizado a fetotomia, uma das últimas condutas a ser realizada, que consiste em
fragmentar o feto em pedaços menos para que seja possível sua retirada do útero.

Figura 1. Feto enfisematoso em putrefação, retirado por tração forçada. Fonte:


Hospital Veterinário FAEF – Garça - SP
Com o objetivo de atender as expectativas da professora que estava conduzindo a
aula, foi adquirido o conhecimento em entender os processos para realização dos partos
vaginal e cesárea.
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5. Palpação retal e ciclo estral em sistema reprodutor equino

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na quinta
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 12/09/2022, ministrada pela professora Luciana Sartori no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre prática de palpação retal em útero de
equinos utilizando o manequim. Houve uma breve explicação sobre a anatomia do
aparelho reprodutor de fêmeas e o que é, ciclo estral e como é feito a palpação retal com o
intuito de melhor entendimento sobre o que iriamos abordar em aula.
O exame, também conhecido como toque, é realizado por meio da introdução da
mão e braço do examinador no reto do animal pela região do colon descendente. Assim,
durante o exame o profissional deve usar luvas apropriadas para o procedimento, que
precisam estar devidamente lubrificadas. Esse é o procedimento mais utilizado para
diagnosticar a gestação tanto em fêmeas bovinas quanto equinas e avaliar a viabilidade
fetal.

Figura 1. Realização da palpação retal em equino


https://revistadeagronegocios.com.br/palpacao-retal-em-equinos-saiba-mais-
sobre-esse-pilar-da-reproducao-equina/
O aparelho reprodutivo de fêmeas equinas é constituído pela vulva, vestíbulo,
vagina, cérvix, útero, ovidutos e ovários. As principais estruturas avaliadas durante o
exame são: cérvix (colo), corpo do útero, cornos uterinos e ovários. O colo, ou cérvix, é a
região de estreitamento do canal genital que separa a vagina do útero. Sua função primária
é prevenir a passagem de microrganismos. Durante o diestro e a gestação, a produção de
um muco altamente viscoso forma um tampão que obstrui a entrada do canal cervical. A
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liquefação desse tampão mucoso e a dilatação da cérvice uterina ocorrem durante o


cio/estro, permitindo assim a passagem do ejaculado para o útero e a penetração da pipeta
de inseminação. A avaliação dessa estrutura é muito importante, já que permite detectar
alterações que podem ser prejudiciais ao animal. Junto com o colo, o corpo e os cornos são
outras estruturas que compõem o útero equino. Ao se avaliar características como
espessura, consistência e simetria desses órgãos, é possível obter informações cruciais
sobre o animal examinado. Os ovários são responsáveis pela produção dos óvulos, que,
quando luteinizados, dão origem aos corpos lúteos.

Figura 2. Representação do aparelho reprodutivo de femea


https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc48/02orgaos.html
Durante a prática no manequim a introdução da mão na porção retal foi feita de
forma gradual, em forma de cunha, depois com movimentos suaves é iniciado o
reconhecimento anatômico para localização precisa de todas as estruturas do sistema
reprodutor, foi possível identificar um folículo ovariano em um dos ovários.
Foram feitas observações que todo tipo de exame físico em femeas gestantes deve
ser realizado por palpação retal, e que éguas são foto dependentes, sendo assim seu ciclo
estral/cio ocorre em estações do ano com mais luz (primavera e verão).
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6. Sistema reprodutor feminino bovino

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na sexta
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 19/09/2022, ministrado pela professora Luciana Sartori no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre prática de palpação retal em útero de
bovinos utilizando uma peça frigorifica do aparelho reprodutor e reto bovino. Houve uma
breve abordagem sobre a anatomia do aparelho reprodutor de fêmeas, fases foliculares e
corpo lúteo com o intuito de melhor entendimento sobre o que iriamos abordar em aula.
A primeira, fase folicular, é caracterizada pelo desenvolvimento do folículo,
estrutura no ovário que contém o óvulo, e culmina com a liberação dele (ovulação). A
segunda, denominada de fase luteínica, é caracterizada pelo desenvolvimento do corpo
lúteo. Esta estrutura, formada após a ruptura do folículo, produz progesterona, que é o
hormônio responsável pela manutenção da gestação.

Figura 1. Ovários bovinos. Corpo hemorrágico (CH); folículos (F) e corpo lúteo
(CL).
https://www.researchgate.net/figure/Figura-10-ovarios-bovinos-Corpo-
hemorragico-CH-foliculos-F-e-corpo-luteo-CL_fig6_345984766
Se o óvulo for fertilizado, o corpo lúteo será mantido caso contrário ocorrerá a
regressão do corpo lúteo terá início uma nova fase folicular. Os eventos que ocorrem
durante o cicio estral são regulados basicamente pela interação dos hormônios GnRH
(hormônio liberador das gonadotrofinas), FSH (hormônio folículo estimulante), LH
(hormônio Luteinizante), estradiol e progesterona.
0 GnRH é produzido pelo hipotálamo, órgão localizado na base do cérebro, e
regula a liberação das gonadotrofinas FSH e LH. 0 FSH e o LH, produzidos pela glândula
pituitária (hipófise anterior), são responsáveis pelo desenvolvimento folicular e ovulação.
Os hormônios estradiol e progesterona são produzidos pelas estruturas do ovário (folículo e
corpo lúteo, respectivamente) e estão fígados à manifestação do cio e manutenção da
gestação.
Após a breve explicação foi realizado palpação de cada porção que se encontrava
na peça, identificando a vulva, cérvix, corpo uterino, cornos uterinos, ovários, uretra e
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bexiga. Durante a palpação do ovário foi identificado folículos maduros, corpos lúteos e
corpo hemorrágico. Logo após foi realizado a incisão do ovário para visualização interna.

7. Sistema digestório de equinos

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na sétima
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 03/10/2022, ministrada pela professora Luciana Sartori no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre cólica equina e palpação retal no
manequim. Na qual é um distúrbio resultante de doenças que atacam o aparelho digestivo,
conhecido popularmente como “nó nas tripas”. Ela pode estar relacionada a vários fatores,
que vão desde a produção excessiva de gás no estômago, resultado da fermentação dos
alimentos, até a obstrução ou torção do intestino, o que requer a intervenção cirúrgica.
Sua principal característica é a dor, que vai provocar uma série de mudanças no
comportamento do animal. Ele pode, por exemplo, rolar e se jogar no chão sem maiores
cuidados, suar em excesso, deitar e levantar constantemente ou ter dificuldades para
caminhar.
Em animais com dor intensa é realizado a sondagem nasogastrica como primeiro
procedimento para eliminação dos gases e alivio temporário. O animal é levemente sedado,
e a sonda é lubrificada antes de inserida, até chegar no esôfago, onde irá demonstrar
reflexos de deglutição, e um odor saindo da sonda, logo após, é realizado a lavagem
estomacal.
O sistema digestório dos equinos é composto por estomago, intestino delgado
(jejuno, íleo), intestino grosso, colón descendente, flexura pélvica, colón ascendente e
ceco, observado que órgãos “soltos” possuem mais risco de torção.
Pelo fato de possuírem o estomago pequeno e intestino grande, tende a se ter uma
grande prevalência de patologias acometendo o intestino. Encarceramento esplênico é uma
causa comum de cólica aguda, visto como o deslocamento dorsal do colón, encarcerando-o
no espaço/ligamento nefro esplênico.
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https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/14923/1/JAS01072019.pdf
Figura 2- Esquema do Trato gastrointestinal de um equino. Fonte: König e
Liebich 2016.
Logo após a explicação do tema abordado, foi realizada a palpação retal para
identificação do trato gastrointestinal do equino no manequim com auxílio da professora,
informando a localidade de cada órgão.
Atividade em aula sobre tratamento para cólica equina. Dentre os possíveis
tratamentos, comumente utilizados, são a lavagem gástrica, fluidoterapia (estágio inicial e
manutenção) reposição eletrolítica. Em casos de obstrução, o uso de analgésicos para
controle de dor, óleo mineral/laxantes são utilizados. Durante a obstrução, ocorre
hiperidratação e a fluidoterapia visa beneficiar o sistema cardiovascular e auxiliar
desobstrução. Dependendo da causa da etiologia, o tratamento será de determinada forma.
Cólica espasmódica: Caso tenha presença de refluxo o primeiro passo é a
fluidoterapia associada a analgesia + AINE. Podendo ser escolhidos como medicamento:
fenilbutazona + flunixin. Além desse protocolo, também é possível seguir o tratamento
com analgesia + opioide. Podendo se utilizar medicações como dipirona + morfina de
predileção, por exemplo.
Cólica por baixa motilidade intestinal: Neste cenário as primeiras medicações de
escolha podem ser lidocaína + metoclopramida + bromoprida + cálcio.
Cólica por infecções: Nessas cólicas as medicações de predileção são
metronidazol + penicilina + ibatrim (sulfa + trimetropim) + ceftiofur.
Cólica por torção gástrica: Em um “deslocamento”, uma parcela do intestino
moveu-se para uma posição anormal no abdômen, sendo necessário a intervenção
cirúrgica.
Todas as cólicas abdominais são consideradas como emergências médicas, caso
não tratadas rapidamente o equino pode vir a óbito.
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8. Sistema digestório bovino

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na oitava
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 17/10/2022, ministrado pelo professor Wagner Feringer no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre o sistema digestório bovino e afecções
que o acometem, como cetose, indigestão vagal, reticulo peritonite e descolamento de
abomaso. Em seguida a sala foi dividida em grupos para apresentarmos os temas
abordados.

8.1 Cetose
A cetose é uma doença metabólica causada por um balanço energético negativo
(BEN) devido à alta demanda na produção do leite, ocasionando no acúmulo de corpos
cetônicos nos tecidos e fluidos corporais. Ocorre entre o 8° ao 60° dia pós-parto,
acometendo vacas na fase de lactação e alta produção.
Classificada por cetose primaria e secundaria: A cetose primária ocorre devido ao
BEN, ingestão de alimentos cetogênicos, principalmente silagens ricas em ácido butírico,
dietas mal balanceadas, com excesso de oleaginosas, baixos teores de fibra e elevados
níveis de extrato etéreo não tendo interferência de outras enfermidades. E cetose
secundaria ocorre em consequência de outra doença como mastites, hipocalcemia,
deslocamento de abomaso, retenção de placenta e outros distúrbios no período de
transição. Nesses estados fisiológicos, se deprime mais ainda o consumo de alimentos,
resultando em alterações no metabolismo de carboidratos.
Os sinais clínicos incluem baixa produção de leite durante vários dias e perda de
apetite. Durante esse período de baixa produção é possível classificar os sinais clínicos
como cetose clínica e subclínica. Cetose clínica tem a presença de corpos cetônicos em
leite, urina e sangue, e a vaca apresenta fezes secas e escuras, sinais vitais normais,
depressão leve a moderada e, as vezes relutância a andar. Já a cetose subclínica o animal
permanece normal sem sinal clínico evidente, porém, os níveis de corpos cetônicos estão
altos.
A cetose é medida pelo monitoramento da BHBA (beta- hidroxibutirato Mililitros/
litro de sangue) no terceiro, sétimo e décimo segundo dia após o parto, coletando uma
amostra de sangue da ponta do rabo ou pela veia caudal, utilizando medidores e fitas
próprias para este fim.
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Os resultados podem ser interpretados conforme a tabela abaixo:

Figura 1. Tabela BHBA sanguínea em vacas pós-parto


https://blog.prodap.com.br/cetose-bovina-em-vacas-de-leite/
Para animais com cetose leve ou moderada é indicado o fornecimento de
Propileno Glicol 300ml via oral durante três dias consecutivos, já animais com quadro de
cetose severa, realizar o tratamento com 500ml durante 5 dias e repetir o teste para
acompanhar a quadro da cetose.

8.2 Reticulo pericardite traumática


Reticulo pericardite traumática é causada pela penetração de corpos estranhos
metálicos no reticulo, ingeridos nas rações preparadas. A espécie bovina não possui órgãos
de preensão altamente sensíveis, lábios, línguas e nem um sentido do paladar com
discriminação, então a taxa em engolir um objetivo metálico é alta. O corpo estranho
deglutido pode-se alojar na parte superior do esôfago ou pode entrar em vários sacos do
complexo rúmen-reticulo antes de se alojar no reticulo.
A infecção localizada estabelecida por esta lesão produz inflamação da parede do
pré estomago e dor na porção anterior do abdome. Ambos os fatores inibem a motilidade
dos pré–estômagos e o apetite. Se a parede do reticulo for agredida sem perfuração, o
corpo estranho poderá permanecer fixado no local por longos períodos, sendo
gradualmente corroído. Se o corpo estranho for prego, pode permanecer por até um ano.
Os animais afetados podem sobreviver meses ou semanas, até que ocorra a morte
por insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e septicemia.
Os sinais clínicos são uma anorexia acentuada, diminuição na produção de leite,
febre, atonia rumenal, dor a palpação profunda da porção ventral do abdômen. Há elevada
22

contagem dos leucócitos com desvio a esquerda, observada no hemograma, e amostra do


líquido peritoneal que indica inflamação.
Os dois métodos de tratamento de uso comum são conservadores e rumenotomia,
sendo que a escolha é orientada pelos aspectos econômicos e pelo tempo disponível para
realizar a cirurgia. O tratamento conservador ocorre a imobilização do animal,
administração de antibióticos e anti-inflamatórios, administração de imã, a fim de
imobilizar o corpo estranho e prevenir a perfuração por objetos metálicos, eficaz nos
estágios iniciais. A remoção por rumenotomia é um tratamento primário, realizado
cirurgicamente com a vantagem de se ter um diagnóstico e tratamento satisfatório. A
recuperação do animal após a cirurgia se dá ao tempo que ocorreu a penetração do objeto e
de sua remoção, e também se ocorreu o acometimento de outros órgãos.

8.3 Indigestão vagal


É dita como uma patologia gastrointestinal não infecciosa dos ruminantes
caracterizada por distúrbios que acometem o nervo vago, e causam alterações motoras nos
pré-estômagos desses animais. A indigestão vagal se baseia em quatros tipos: O tipo I
acontece pela falha do esvaziamento ruminal por disfunção cárdica, o tipo II por uma
estenose funcional anterior com hipermobilidade, o tipo III ocorre em função da estenose
funcional posterior, enquanto o tipo IV é identificada como indigestão de gestação tardia.
 A indigestão vagal do tipo I é resultante da distensão ruminal causada pelo
gás livre que resultará em um rúmen hipomotílico ou atônico e provocará
tensão abdominal aumentada.
 O tipo II desenvolve-se a partir de condições que impeçam a passagem de
ingesta pelo canal do omaso para o abomaso.
 Conhecida como estenose funcional posterior ou indigestão vagal do tipo III,
esse tipo de síndrome apresenta comprometimento do fluxo da ingesta através
do piloro, no qual sucede em acúmulo de alimento na parte interna do
abomaso, acometendo o fluxo do bolo alimentar no trecho entre abomaso e
intestino.
 A indigestão vagal do tipo IV não é bem definida, ocorre em fêmeas prenhes,
mais precisamente no terço final da gestação, sendo conhecida também por
indigestão do final da gestação
Bovinos com esta patologia apresentam alteração na motilidade ruminal e
reticular, elevação da frequência cardíaca, sopro durante a sístole, o timpanismo ruminal
será perceptível ao identificar que a porção abdominal (inicialmente esquerda) do animal
ficou distendida, anorexia, desidratação, cetose, sons anormais durante a percussão e
auscultação da porção lateral esquerda abdominal.
23

Figura 2. Bovinos com indigestão vagal apresentando abdômen distendido


bilateralmente com contorno
https://agrariacad.com/2020/10/31/indigestao-vagal-em-ruminantes-revisao-de-
literatura/
Na palpação, é notado a distensão do rúmen por gases ou espuma devido a
fermentação ruminal das hexoses resultando na produção dos ácidos graxos voláteis
(AGV), nomeados de acetato, propionato e butirato e a liberação de gases como dióxido de
carbono (CO2) e metano (CH4). Empurrando o rim esquerdo para a direita da linha média,
o saco ventral do rúmen também é palpável na mesma região. Já na porção inferior direita
o abomaso compactado é palpável.
Para o diagnóstico necessita-se de exames clínicos associado a laboratoriais por se
tratar de sinais clínicos inespecíficos que variam de acordo com o local de
comprometimento do nervo vago. O paciente diagnosticado com indigestão vagal irá
apresentar prognóstico desfavorável.
Em casos de emergências, as vezes não é possível um exame físico completo,
sendo necessário uma intervenção imediata. Inicialmente, deve-se considerar a
descompressão gástrica, pois à medida que o rúmen se distende o animal vai perdendo a
capacidade de respirar. É recomendado o uso da sonda orogástrica. Tratamentos mais
invasivos como fistulação e/ou canulação do rúmen são utilizados em casos reincidi-vos de
timpanismo. Em casos menos graves, há estimulação da eructação e reeducação alimentar.

8.4 Deslocamento de abomaso a esquerda


O deslocamento de abomaso corresponde à patologia responsável pela maioria das
intervenções cirurgias no abdome em vacas leiteiras, no entanto, pode afetar bovinos de
qualquer idade e sexo. O deslocamento pode dar-se à esquerda (DAE) ou à direita (DAD)
com ou sem torção abomasal (VA). Quando deslocado entre o rúmen e a parede abdominal
esquerda constitui o DAE, e ao deslocar-se completamente para o lado direito da cavidade
abdominal ocorre o (DAD), condição para o desenvolvimento do vovulo abomasal (VA).
A dilatação do abomaso é antecedida por transtorno de motilidade abomasal
(hipomotilidade ou atonia). Contudo, a etiologia do DA é considerada multifatorial, e
frequentemente, está relacionada ao princípio do balanço energético negativo (BEN),
24

alimentação pobre em fibras e rica em concentrados, principalmente no período de


transição de pré e pós-parto, além de condições climáticas e doenças concomitantes.
Acredita-se que o parto aparenta ser a condição precipitante mais frequente do
deslocamento abomasal. Pois, no estágio avançado de prenhez, o volume uterino
aumentado toma uma parte do espaço do rúmen, este é levantado do piso abdominal pelo
útero, e o abomaso é deslocado anteriormente e para a esquerda, sob o rúmen. Logo após o
parto, com a saída do terneiro e fluídos existe uma propensão anatômica para o abomaso
luxar-se, porque aumenta o espaço abdominal quando o rúmen moderadamente vazio
continua a apertar o abomaso, sobretudo se este está atónico ou distendido com alimento,
especialmente caso a vaca foi submetida a uma dieta com excesso de concentrado.
Esse tipo de deslocamento resulta em inanição severa e comprometimento na
digestão e movimento da ingesta. A atonia abomasal e secreção constante de ácido
hipoclorídrico provocam alcalose metabólica moderada com hipocloremia e hipocalemia,
bem como, alteração no influxo da ingesta para o duodeno e úlceras do abomaso em casos
crônicos.
Quando ocorre a rotação, acarreta alterações na função esofágica, dificulta a
passagem do bolo alimentar. Contudo, a fluxo de líquido na porção obstruída não é
completamente inibida, possibilitando certo esvaziamento de fluídos. Na literatura é dito
que concentrações elevadas de glucose e insulina plasmáticas induzido pelo aumento da
concentração sanguínea de ácidos gordos de cadeia curta (butirato, valeriato), stress,
hormonas de crescimento, infecção e endotoxinas intensificam a tonicidade vagal e,
conseguinte aumenta a motilidade e secreção gástrica.
As enfermidades comumente associadas ao deslocamento de abomaso são
vinculadas por processos febris e inflamatórios, tais como: retenção placentária, metrite,
mastite severa, úlcera abomasal, cetose, fígado gordo, hipocalcemia, indigestão vagal.
Sinais clínicos geralmente são manifestações de anorexia moderada ou total,
consequente redução da produção de leite, redução de ruminação e do consumo de
concentrado, fezes escassas e até mesmo diarreicas, enoftalmia devido a desidratação,
cetose que depende do grau da patogenia, cifose demonstrando sinais de dor, e depressão.
Os parâmetros fisiológicos como temperatura, frequência cardíaca e respiratória mantem-
se estáveis.
Na inspeção abdominal onde o abomaso encontrasse tenso e com aumento de
volume timpânico, ou mesmo, em casos que o animal encontra-se magro é possível
observar leve arqueamento das costelas por pressão do abomaso e a curvatura do abomaso
pode ser palpável na porção cranial da fossa paralombar. Todavia, conforme o abomaso se
posiciona e a quantidade de gás acumulado determina o tamanho dessa área de ressonância
metálica, que por sua vez pode oscilar em intervalos curtos de tempo e locais de percepção
em um mesmo animal. Esta situação caracteriza o “Deslocamento Abomasal flutuante”.
Ao exame de palpação retal, aparenta esvaziamento da porção superior direita do abdômen,
em razão do rumem encontra-se com o volume menor que o esperado. A confirmação pode
ser obtida através da auscultação e percussão terço ventral a partir do 8° espaço intercostal
até a fossa paralombar do lado esquerdo do paciente, detectando-se o som metálico
característico de ping. O exame retal auxilia no diagnostico pode-se notar um timpanismo
25

ruminal crônico quando se tem a percepção de vazio no quadrante dorsal direito, e ao


palpar o abomaso do lado esquerdo do saco cego caudodorsal do rúmen, sugerindo
deslocamento das vísceras.
O tratamento consiste no reposicionamento do órgão em seu local fisiológico, e a
do mesmo por técnicas cirúrgicas abertas ou fechadas. A técnica de cirurgia fechada é
indicada por ser rápida e barata, mas tem suas complicações por não ter a certeza do local
da sutura, podendo levar a inflamações, fixação de outras estruturas, ou até mesmo fixar o
abomaso na posição errada. As suturas fechadas para abomasopexia (ancoragem do
abomaso para sua posição anatomia, para não ter recidivas) são feias através da parede
abdominal com agulhas em “C”. Nesse método o animal é acomodado em decúbito dorsal
e realizado a auscultação e percussão para identificação do abomaso.
A reposição de eletrolíticos é importante para a recuperação do animal, bem
como, o restabelecimento da motilidade abomasal. Quando não ocorrem complicações, os
índices de retorno à produção são elevados.
26

9. Sistema locomotor bovino

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na nona
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 24/10/2022, ministrado pela professora Luciana Sartori no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre anatomia do casco bovino utilizando
uma peça da canela para baixo, patologias relacionadas, aplicação de medicação IV. Uma
breve abordagem sobre a anatomia podal foi realizada com o intuito de melhor
entendimento sobre o que iriamos abordar em aula.
As afecções podais são uma das possíveis causas de descarte de animais, causando
prejuízos para a produção, além dos gastos com medicamentos, diminuição da produção de
leite, e aumento de mão de obra para o tratamento.
Entre as transformações, dados mostram a grande migração para sistemas
confinados de produção, o que gera uma maior concentração de animal por área utilizada,
aumentando consequentemente a quantidade de dejetos e dificultando a higiene dos locais.
Essa intensificação da produção promove maior dificuldade de manejo e desafios
ambientais como a aparição de problemas de casco.
Quer se trate do membro torácico quer do membro pélvico as porções distais
possuem uma estrutura semelhante pelo que se utilizam as mesmas designações nas duas
extremidades, sendo elas: canela, boleto, quartela/travadoura/miúdo, coroa, unhas,
taipa/muralha e ranilha/forquilha.
As afecções são reconhecidas pela forma que se apresentam, e podem ser
primarias ou secundarias, sendo dermatite digital, interdigital e laminite primarias. Úlcera
de sola, abcessos podais, erosão de talão secundarias.
 Dermatite digital
Ulceração superficial, localizada geralmente na pele plantar da quartela entre os
talões e em contato direto com a coroa. É causado por bactérias e a falta de higiene e
humidade favorecem o aparecimento da lesão.
27

Figura 1. Dermatite digital – lesão em papilas


https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
 Dermatite interdigital
Inflamação superficial da pele do espaço interdigital. As lesões estão limitadas a
pele que fica espessa, ligeiramente inchadas e com crosta. Causado por bactérias e falta de
higiene

Figura 2. Inflamação superficial da pele do espaço interdigital


https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
 Laminite
Doença metabólica que origina deformações no “casco” caracterizada pelo seu
crescimento anormal. Uma alimentação rica em grãos e pobre em fibras favorece o
surgimento de laminites. A doença da linha branca está associada com laminite.

Figura 3. Excesso de crescimento do casco


https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
 Úlcera de sola
Inflamação do corion (sabugo), localizada e caracterizada, muitas vezes, por uma
ferida na sola. Fatores que predispõe o surgimento da úlcera são: pisos, laminite subclínica,
falta de cuidado com os “cascos”, vacas fechadas em curvilhão.
28

Figura 4. Ulcera – ferida na sola


https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
 Abcessos podais
Inflamação supurada, difusa ou localizada do córion, provocando uma coxeira
moderada a severa. Tem como sua causa principal a penetração do corpo estranho, ou de
qualquer outro material contaminado no “casco”.

Figura 5. Abcesso podal – pus


https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
 Erosão de talão
Destruição irregular do talão sob a forma de sulcos ou depressões formando um
“V” preto, caracteristico. As principais causas são por por bacterias que causam a
dermatite interdigital, o contato do “casco” com produtos irritantes e laminite.
29

Figura 6. Sulcos em “V”


https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
A peça utilizada em aula foi a porção distal do membro anterior/torácico.
Palpação realizada para identificação dos ramos das veias, assegurada por um sistema
venoso profundo, satélite do sistema arterial (veias medianas, braquial, axilar), e por um
sistema venoso superficial formado principalmente a nível distal pela confluência das veias
cefálica (originada da veia radial na face medial do carpo) e cefálica acessória (corre na
face médio-dorsal do carpo e metacarpo recebendo o sangue da veia digital dorsal comum.
Administrado medicação IV, e feito incisão da pele para verificarmos se o local da
aplicação estava correto, logo após, foi retirada toda a pele da peça utilizando o bisturi.
30

10.Mastite

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na decima
aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais realizada no
dia 31/10/2022, ministrado pela professora Luciana Sartori no laboratório no campus
Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo abordado nesta aula foi sobre a mastite. Uma breve explicação sobre o
que é mastite e seu cuidados foi comentado antes de realizarmos o teste CMT e
apresentação por grupo sobre cada tipo de mastite.
A mastite é a principal doença em bovinos leiteiros. Ela é uma reposta
inflamatória do tecido do úbere da glândula mamária, causada por trauma físico ou
infecções por microrganismos, isso faz com que ocorra a diminuição na produção do leite.
Diversos microrganismos, representados principalmente por bactérias, vírus, algas e
fungos, estão envolvidos na mastite, tornando sua etiologia e epidemiologia complexas.
Podendo ser subdivida em dois tipos de mastite: clinica e subclínica. A mastite
clínica possui sintomas aparentes, como inflamação no úbere e nos tetos, mudanças na
composição do leite (grumos, pus, quantidade), perda de apetite, febre, queda na produção
de leite etc. E se classifica em 3 graus: grau 1 (alteração no leite); grau 2 (alteração no leite
e inflamação); grau 3 (alteração no leite, inflamação nos tetos e animal prostrado).
Enquanto na mastite subclínica o animal permanece “normal” sem nenhum sintoma
aparente.
Fatores que predispõe a aparição de mastite são quantidades de leite produzido
(quanto mais ordenhas, maior é a chance de contaminação). Mastite subclínica por não
apresentar sintomas, a disseminação é rápida e silenciosa. O ambiente é uma causa
bastante comum, sem higiene propaga a doença (ecoli, Staphylococcus/Streptococcus),
ordenhadeiras precisam ser higienizadas a cada animal para não ocorrer transmissão
cruzada. Imunidade do animal sempre deve estar em dia, a mastite pode ser uma infecção
secundaria pela imunossupressão da infecção primaria.
Doenças nas tetas podem ter lacerações, vazamento de tetas, lesões cutâneas,
obstrução membranosa, anomalias congênitas e obstrução da cisterna. Para a vaca não se
deitar ao amamentar o bezerro ou ser ordenhada, é realizado alimentação logo após. É
comum observar em uma fazenda, de 10 vacas com mastite, 3 serão clínicas e 7
subclínicas.
31

Figura 1. Observação de lesões nos tetos


https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/594822/1/
CT70Comoreconhecerecontrolaramastite.pdf
Para prevenção e controle da mastite é realizado a higiene e ordenha e de úbere,
terapia adequada dede vacas em lactação.
A higienização na ordenha deve ser feita com clorexidina, limpando cada teto
individualmente com um papel para evitar a contaminação. A ordenha deve sempre iniciar
com as novilhas de 1° cria, depois as vacas que nunca tiveram mastite, em seguida as vacas
curadas e por fim as vacas enfermas.
As alterações da mastite vão além do aumento de células e microrganismos no
leite. Alterações na gordura, proteína, lactose também ocorrem. E mesmo após a cura do
animal, é indicado continuar descartando o leite durante 3 dias.
As formas mais utilizadas para a detecção de mastite bovina são: CCS (contagem
de células somáticas), exame físicos do úbere, aparência do leite, teste CMT e cultura
bacteriana (sendo essencial para um tratamento adequado).
O teste mais comum é o da caneca de fundo preto, realizando o pré dipping antes
do teste e logo após basta retirar o leite despejando o jato direto na caneca e depois basta
observar o leite no fundo dela.

Figura 2. Teste da caneca de fundo preto, com mastite


http://www.jornacitec.fatecbt.edu.br/index.php/VJTC/VJTC/paper/viewFile/
634/893
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Figura 3. Realização do pré-dipping


http://www.jornacitec.fatecbt.edu.br/index.php/VJTC/VJTC/paper/viewFile/
634/893
No laboratório os alunos fizeram o teste de CMT. Esse teste é o mais rápido,
prático e de baixo custo. O reagente utilizado para o teste é o alizarol. Sendo utilizado 1ml
de reagente e 1ml de leite, A reação do CMT é resultante da ação do reagente sobre as
células somáticas presentes no leite testado.
O leite foi retirado com a seringa de um pote e posto em um copo próprio para o
teste, em seguida foi usado uma nova seringa para aplicação do reagente por cima daquele
leite. Não ocorreu alteração na textura, dando resultado negativo para mastite.

Figura 4. Teste de california mastit test (CMT), sem mastite


http://www.jornacitec.fatecbt.edu.br/index.php/VJTC/VJTC/paper/viewFile/
634/893
Após o resultado do teste, houve um debate em sala de aula sobre os artigos
passados pelo classroom. Os artigos relatavam sobre: Mastite Prototeca; Mastite
Staplylococcus Aureus; Mastite bovina na região de Nova Tebas; Mastite por leveduras em
bovinos leiteiros do Sul do Estado de Minas Gerais. Em seguida a sala foi separada por
grupos, cada grupo apresentou um artigo, ocorrendo debate na sala para melhor
conhecimento sobre o assunto.
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11.Sistema cardiorrespiratório

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na decima
primeira aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais
realizada no dia 07/11/2022, ministrada pela professora Luciana Sartori no laboratório no
campus Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo aplicado nesta aula foi sobre sistema cardiorrespiratório e doenças
relacionadas. Aula com intuito de ensinar o entendimento sobre auscultação em grandes
animais e assim identificar a causa do que esta deteriorando a saúde do animal.

11.1 Sistema respiratório

A Doença Respiratória Bovina, também chamada de DRB, é uma infecção que


acomete as vias respiratórias dos animais, sua etiologia pode ser viral, bacteriana,
helmintos e obstruções. Ocorre principalmente durante o inverno e tempos extremamente
secos com poeira. Essas infecções pulmonares podem desenvolver um quadro de
pneumonia ou bronquite.
Dependendo do tipo da criação dos ruminantes a incidência de doenças
respiratórias é mais (animais presos juntos = incidência maior). Em ruminantes a
incidência é em bezerros por terem pulmão menor, em equinos é individual já que não
vivem em rebanhos.
Doenças Inflamatórias: Renite, sinusite, laringite, traqueite e descorna. A descorna
pode cauterizar errado por conta de algum erro na hora do manejo. Os sinais clínicos
consistem em febre, anorexia, tosse, dispneia. Sendo a tosse o mecanismo de defesa
pulmonar, responsável pela eliminação dos patógenos.
A inspeção do ambiente (seco, sem humidade), exame geral do animal, exame
específico (região acometida), exames complementares, diagnostico e incidência na região
são feitos para identificação da enfermidade.
Os principais sinais que o animal apresenta envolve tosse (sempre perceptível),
dispneia, anorexia, febre, depressão e dificuldade respiratória, o animal passa a respirar
com a boca aberta e com postura arqueada/alongada para compensar o débito cardíaco.
34

Figura 1. (C) bezerro com a boca aberta e salivação intensa evidenciando dispneia
acentuada. (D) Bezerro apresentando dispneia e tosse evidenciados pela exposição da
língua e arqueamento do dorso.
https://www.scielo.br/j/pvb/a/WMqPF9RJSnCMYhQDsFpb4Kg/?lang=pt#

Os exames realizados para identificar doenças do sistema respiratório são PCR


(utilizando a secreção que o animal produz), cultura, anamnese das vias aéreas anterior
(umidade, narinas, odor, seios paranasais, tosse, epistaxe, hemoptise), e superior
(frequência respiratória, natureza do som), auscultação e percussão.
A broncopneumonia possui transmissão viral e bacteriana, caracterizada pela
alteração inflamatória dos brônquios, bronquíolos e parênquima pulmonar. Os sinais
clínicos são alongamento da cabeça/pescoço, boca aberta, respiração abdominal com
presença de espuma. Tendo predisposição animais que saíram do desmame cedo,
transporte e confinamento do rebanho, aspiração do alimento e a condição higiênica do
local.
Em caso de tuberculose bovina o 1° sinal clínico é emagrecimento progressivo, o
tratamento é extremamente demorado, então é optado a eutanásia do animal.
Para controle e prevenção eficazes da Pneumonia o mais importante é a atenção
quanto ao meio ambiente incluindo higiene adequada, evitar que fatores estressantes como
manipulações desnecessárias e ambientes com superlotação, cuidados relacionados à
sanidade, manter os animais separados de acordo com a idade, melhorar as instalações
incluindo uma boa ventilação e manejo adequado.
Em seguida foi apresentado vídeos com sons de auscultação para que a sala
pudesse identificar os tipos de sons que os animais com doença respiratória apresentavam.

11.2 Sistema cardíaco

No sistema cardíaco, a frequência cardíaca basal é considerada a frequência de


repouso
A fórmula do débito cardíaco serve para sabermos o desempenho cardíaco do
paciente, sendo ela: Débito cardíaco = V. sistólico X frequência cardíaca. Sendo que o
sangue que chega ao coração é venoso e o que sai é arterial.
O coração saudável aumenta seu débito cardíaco em resposta ao exercício, na
gestação, produção de leite e digestão.
Equinos possuem um volume sistólico de 1,8L por batimento.
Defeitos de nascimento/doenças congênitas também ocorrem nestes grandes
animais, entre elas:
 defeito septal ventricular
 defeito septal auricular
35

 ectopia cardíaca
 persistência do arco aórtico
A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é definida pela redução da eficiência de
bombeamento cardíaco associada a sobrecarga de pressão ou volume. As principais causas
são endocardites, pericardites, miocardites, alterações degenerativas ou neoplásicas do
miocárdio.
Sinais clínicos ICC direita (insuficiência em bombear sangue do lado direito) são:
edema subcutâneo na região peitoral, abaixo da mandíbula e ao longo da parte ventral além
de cansaço físico e dificuldade respiratória.
Sinais clínicos da ICC esquerda (insuficiência em bombear sangue do lado
esquerdo) são: jugular ingurgitada, sons cardíacos irregulares e edema subcutâneo,
principalmente de barbela e peito
Foi realizado em sala uma atividade sobre manejo tanto de equinos e bovinos, em
como promover saúde e evitar essas afeções, sendo citado sobre endocardite e pericardite.
 A endocardite é definida como alterações valvulares degenerativas em decorrência
de processo infeccioso (abcesso podais, rumenite, abcessos reticulares, afecções
respiratórias, afecções TGI) levando a uma bacteremia e então a endocardite. Seus
sinais clínicos envolvem anorexia, perda de peso, febre, claudicação, tosse,
pneumonia, sopro e taquicardia. Seu tratamento e prevenção consiste de acordo com
o tempo surgimento/duração e gravidade da doença.

Figura 2. Bovino com osteoartrite séptica secundaria a endocardite por


Staphylococcus coagulase positiva. (A) Coração com trombo de aproximadamente 20x4
em válvula tricúspide ascendendo a veia cava caudal e cranial
https://www.ufrgs.br/actavet/46-suple-1/CR_303.pdf
 A pericardite é definida uma infecção do pericárdio que resulta em acúmulo de
liquido entre os pericárdios visceral e parietal. Tendo sua etiologia por ferimentos
externos, penetração de objetos ingeridos. Seus sinais clínicos são febres, anorexia,
depressão, perda de peso, postura anormal, grunhido expiratório, relutância em se
movimentar, dorso arqueado. Realizado cirurgicamente pericardiotomia para retirada
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do corpo estranho, drenagem e administrado ATB. Para prevenção é administrado o


magneto/ima.

Figura 3. Coração bovino, no ventrículo se observa um objeto pontiagudo (arame)


que atravessa a parede do mesmo.
https://patologiaveterinaria.paginas.ufsc.br/2020/01/15/reticulo-pericardite-
traumatica/
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12.Sutura

Apresento este relatório com o intuito de descrever o que foi abordado na decima
segunda aula prática da disciplina Prática Veterinária Simuladas em Grandes Animais
realizada no dia 21/11/2022, ministrada pela professora Luciana Sartori no laboratório no
campus Vergueiro da universidade Nove de Julho.
O conteúdo abordado nesta aula foi sobre sutura e os tipos de suturas utilizando
peças de língua bovina, couro bovina e pele sintética. Foi abordado o conteúdo para assim
então iniciar as práticas.
Suturas são manobras realizadas para a união do tecido com a finalidade de
retornar a anatomia funcional, exigindo conhecimento da técnica, dos fios e de suas
aplicações em cada tipo de tecido. Sendo realizada em feridas limpas (assepsia adequada),
bordas regulares, boa captação das bordas e hemostasia. Não é recomendado iniciar a
sutura pelo meio da incisão/ferida e sim pelas “pontas” e, nem em tecido necrosado.
Sutura interrompida simples os fios são fixados separadamente, podendo variar a
tensão de acordo com a necessidade em cada ponto. É considerada mais segura, já que o
rompimento de um ponto não inviabiliza a sutura toda. Mas como desvantagens a
elaboração é mais lenta e trabalhosa.

https://www.sanarmed.com/suturas-principios-basicos
Sutura Continua Simples (Kurschner) o fio é passado do início ao fim sem
interrupções. É uma sutura de execução mais rápida. É mais hemostática, tendo a mesma
tensão em todo percurso da sutura. O rompimento de um ponto pode comprometer toda a
sutura.

https://www.sanarmed.com/suturas-principios-basicos
38

Sutura em “X” ou cruzado é realizado para que fique duas alças cruzadas. Esse
ponto aumenta a superfície de apoio de uma sutura para hemostasia ou aproximação.

https://www.sanarmed.com/suturas-principios-basicos
Sutura horizontal em “U” (Wolff) É usado para produzir hemostasia e em suturas
com alguma tensão (como cirurgia de hérnias), que impede a captação perfeita das bordas.

https://blog.portaldomedico.com/tipos-de-suturas-que-estudantes-de-medicina-
devem-conhecer/
Foi disponibilizado pela universidade kit de sutura com agulha, fios cirúrgicos,
porta agulha, pinça de dissecação, bisturi e porta bisturi. E executado as suturas em “X” e,
sutura continua simples em pele artificial e na peça de língua bovina.

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