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Aspectos Gerais

Contaminação (não há nenhum germe no tecido, mas


com cultura positiva – material foi contaminado no
manuseio) x Colonização (pessoa contém germes, mas
não desenvolveu a doença) x Infecção (germe ativo
nos tecidos).

A maior parte das infecções vem de agentes que já


estão na nossa flora endógena, agentes que já nos
habitam.
A toda infecção, precede uma colonização
Menos frequentemente, a infecção dá-se por agentes Representação da BHE
externos
- O ATB, quando sem inflamação, ele encontra a BHE
O meningococo geralmente coloniza o indivíduo e só fechada – sua passagem é prejudicada
infecta quando há queda da imunidade - Quando ocorre a inflamação, facilita a penetração dos
germes e do ATB
- É por conta dessa mudança da BHE que há discussão
quando se deve utilizar o corticoide na meningite (por
fechar a BHE, dificultaria a passagem do ATB na
meningite)

- Características condicionantes de penetração no SNC


e consequências

- Generalidades: Barreira Hemato-encefálica


MIC: concentração inibitória mínima

- Farmacodinâmica dos antimicrobianos


Efeito dissulfiram-símile (anti-abuse): se o paciente
beber, pode passar mal ou até morrer.
Metronidazol pode causar esse efeito também
Os de cima são mais apropriados para infecção no SNC
do que os de baixo.
Pico-dependente: precisa fazer a dose cheia de em
uma única dose
Realizar dose de 750mg de 6/6h e vigiar o pct Por causa da baixa penetração no SNC, às vezes é
(percebeu-se que no adulto a dose de 500 não necessário realizar a dose intra tecal.
costuma ultrapassar a concentração inibitória mínima) No caso de ClCr<10 – deve-se aumentar o intervalo
entre as doses (e não diminuir a dose)

Pra diferenciar de a convulsão é pelo metronidazol ou ---- Modelo 1


pelo abscesso – se for pelo abscesso, o paciente vai
melhorar em 48h e se for pelo metronidazol, o
paciente vai piorar
Devido a diferença de concentração que é bem mais
baixa no líquor, as doses de penicilinas e cefalosporinas
são dobradas ou mais em caso de infecção de sistema
nervoso.

É importante saber que já houve discussão sobre o


efeito convulsivógeno dos carbapenêmicos. Notou-se
que esse efeito era induzido quando a infusão desse
medicamento era feita de forma rápida. Então, deve-se
fazer a infusão de carbapenêmicos de forma lenta 3-6
horas.
No hospital, o que terá para fazer EV é o Aciclovir
(10mg/kg EV de 8/8h). Ele pode causar LRA se for
infundido muito rápido.

--- Uso racional do ATB


Está indicado o ATB?
Qual droga deve ser empregada?
Como deve ser prescrita?
É necessário cuidado especial na seleção e uso de
ATB em meu paciente?
Por quanto tempo deve ser usado o ATB?
Que consequências adversas poderão resultar do
emprego do ATB?
Qual o custo para o pct?

Geralmente, o ATB é suspenso 48h após a cessação


do sintomas de infecção. (geralmente do 7º ao 10º dia,
podendo ser antes ou depois)

---- Meningites
É conhecimento obrigatório para qualquer médico,
aobremodo para aqueles que atendem emergências ou - Sinal do pescoço de Brudzinski:
urgências Ao fletir o pescoço passivamente, ocorre flexão de
- Mortalidade na meningite bacteriana é de 20% membros inferiores
- A encefalite herpética, via de regra, mata ou deixa
graves sequelas, sem tratamento rápido ou correto;
- Entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014 houve 7134
internamentos por meningites e 465 óbitos (6% de
letalidade)
- Sinal contralateral de Bruddinski
NÂO PODE NÃO SABER! Ao fletir a perna passivamente, ocorre flexão da perna
contralateral.
- Meningites são síndromes inflamatórias das meninges
de várias manifestações e causas

- Sinal de Kerning:
Ao fletir a coxa 90º sobre a bacia, a extensão da perna
é impossível e dolorosa (a perna não ultrapassa 135º).
Nas meningites é bilateral; se for unilateral sugere hérnia
de disco.

- Sinal de Lasègue
A tentativa de fletir a coxa com a perna extendida, gera
espasmo muscular posterior da coxa, ou dor em trajeto
do ciático. Em meningite será bilateral e em hérnia de
disco será unilateral.

ENCEFALOPATIA = SONOLÊNCIA + CONFUSÃO


MENTAL
- Colheita do LCR --- Meningites Virais
São as meningites mais frequentes
Causas:
Enterovírus; influenza; rotavírus; arbovírus;
herpes; caxumba; adenovírus.
Febre <38,5ºC
Meningismo: Kerning; Brudzinski; Lasègue, rigidez
cervical
Exames complementares
Hemograma com linfocitose, hiponatremia,
imagens e LCR
- Tratamento: Sintomáicos e eventual aciclovir
Internar de 24-48h para avaliar a evolução

Não se deve depender da coleta do LCR para iniciar a


antibioticoterapia.
---- Encefalite Herpética – Suspeitou = tratou
São muito graves Exames complementares: Hemograma com neutrofilia,
Incidência: 1/250.000.ano a 1/500.000.ano hiponatremia, imagens e LCR
Apenas 2,5% dos enfermos voltam à rotina - Tratamento ATB

Causas: H.simplex 1 e 2 -- Fisiopatologia


Febre>38,5º

Clínica: Meningismo, náuseas, vômitos, cefaleia,


fotofobia, S. focais, conulsões, HIC, encefalopatia, delirium -- Incidência e letalidade dos agentes

Exames complementares:
Hemograma com neutrofilia, hiponatremia, imagens
(restrição à difusão de forma precoce nos lobos
temporais), EEG (Biplex) e LCR

Tratamento:
Aciclovir 10mg/kg de 8/8h por 14 a 21 dias
Aciclovir (250mg/amp) – 1000mg ou 4 amp + SF 0,9%
200ml Ev em 3 horas, de 8/8h

----- Meningites Bacterianas


São as mais graves
Causas:
H. influenzae; S. pneumoniae; N. meningitidis; S.
agalactiae; L. monocytogenes; outros.

Febre>38,5ºC
Clínicas:
Meningismo, náuseas, vômitos, cefaleia,
fotofobia, S. focais, convulsões, HIC, rash, S. de
Waterhouse-Friederichensen (necrose hemorrágica das
suprarrenais – choque)
-- Faixa etária e agentes mais comuns
--- Estratégias em meningites bacterianas

Evitar o uso da Rifampicina, por causa da resistêncai em


seu uso da tuberculose. Como criança não pode tomar RIPE: Rifampicina, Isoniazida+B6, Pirazinamida, Etambutol,
cipro, ela toma rifampicina. por 2 meses, depois IP por mais 7 meses (RIP2IP7)

- Caso índice é o paciente


--- Abscesso Encefálico
--- Meningoencefalite Tuberculosa São graves
São graves Disseminação por contiguidade ou hematogênica
Causas: Bacilo de Koch Causas:
Febre >38,5ºC Streptococcus spp., Staphylococcus spp, Bacterioides
Clínica: spp., Enterocateriaceae, Proteus (neonatos), Citrobacter
Meningismo, cefaleia, paresias de NNCC, spp (neonatos)
encefalopatia
Febre>38,5º
Exames complementares: hemograma hemossiderina Clínica: Meningismo, cefaleia, encefalopatia, sinais focais
em macrófagos, hiponatremia, imagens e LCR com
ADA alto Exames complementares: além dos demais, um exame
- Tratamento: de imagem é necessário (RMN ou Tc)
- Tratamento não cirúrgico: se for cerebrite ou
abscesso <2,5cm

Restrição à difusão também acontece nos abscessos.

- Tratamento
4 semanas, geralmente
--- Estratégias em Meningites de causa desconhecida

---- Doenças meningocócica e sepse


(meningococcemia)
1. Meningite sem menincocemia
2. Meningite com meningoccemia (maioria)
3. Meningoccemia sem meningite (20%)

 Podem ocorrer formas não neurológicas:


artrite, conjuntivite, ostiomielite, etc.

- Síndrome de Waterhouse-Friderichsen
Presente em 50 a 80% dos óbitos
Eventualmente não associada à hemorragia de
suprarrenais
Sorogrupos: 13 (A, B, C, Y,, W135 mais relevantes)
O cinturão meningítico: África, ao sul do Saara
Sazonalinada: meses frios

O meningococo comensal: 2 a 5% dos bebês e até


45% dos adultos o carregam assintomaticamente

- Sequência da sepse meningocócica:


1. Produção maciça de Belbs contendo endotoxinas
2. Reação inflamatória sistêmica
3. Vasoplegia e CIVD

Tipos
- Diagnóstico
Clínica compatível
Líquor compatível
Gram (diplococo G- intra e extra-celulares)
PCR
Cultura
Em 10% dos pacientes com diplococos no líquor,
as demais características do líquor são normais

- Diagnóstico diferencial
Outras meningites
Petéquias do vômito (apenas em face e pescoço)
Leucoses
Dengue
Febre maculosa
Tifo exantemático

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