3ª Aula - Clínica Cirúrgica Veterinária II 

26 de agosto de 2021

Fraturas e Implantes
Trauma
Casos de fraturas inicialmente devem ser considerados emergência, importante observar
outros sistemas.

Rotina cirúrgica nos hospitais

1. Cirurgias oncológicas
2. Cirurgias Ortopédicas
3. Urogenital

Osso – Função

 O osso é um tecido multifuncional – Sustentação e reserva mineral

 Metabolicamente muito ativo:
 Processo continuo de renovação e remodelação;
 Manter equilibrio dinâmico, com regulação da mobilização e deposição mineral.

Anatomia
Diversidade de formatos e tamanhos

Canais Corticais
 HAVERS E VOLKMANN – função de nutrir, mineralizar e enervar o osso.
 ÓSTEON
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Suprimento Sanguíneo

 Sistema Vascular aferente

 Sistema vascular intermédio
 Sistema vascular eferente
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 Periósteo
 Medular Artéria Nutrícia
 Musculatura adjacente

Componente Celular

OSTEOBLASTOS
Síntese de tecido ósseo. Responsável pela reconstrução do tecido ósseo
reabsorvido.

OSTEOCLASTOS
Células originárias do tecido hematopoiético (fusão de monócitos). Sua
função básica é a reabsorção óssea.

OSTEÓCITOS
Células mais abundantes do tecido ósseo, recobertas de conteúdo mineral,
responsável pela manutenção do tecido ósseo vivo.
Componente Mineral
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 Hidroxiapatia = Fosfato de cálcio (2/3 Peso ósseo) + Hidróxido de cálcio.

 Sódio, Magnésio e Fluoreto.

Fratura

Rompimento completo ou incompleto da continuidade de um osso ou cartilagem

Classificação das fraturas

 Fatores causadores
 Presença de ferida externa comunicante
 Localização
 Morfologia
 Gravidade
 Estabilidade após redução axial

Fatores causadores de Fraturas

 Trauma direto aplicado ao osso

 91,1% acidentes automobilísticos

 3,8% causas desconhecidas
 2,6% quedas
 2,5% brigas

 Trauma indireto aplicado ao osso (Força, transmitida ao

osso a um ponto distante onde ocorre a fratura).
 Fraturas por avulsão (colo femoral, crista da tíbia).

 Moléstias ósseas
 Neoplasias (Osteossarcoma),
 Distúrbios nutricionais (Hiperparatireoidismo nutricional secundário).
 Esforço repetitivo – Cães de esporte.

Presença de ferida externa comunicante

 Fratura fechada
 Fratura aberta - Contaminada ou infectada (Urgência)
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Localização e Morfologia da Fratura

Localização e Morfologia de Fratura

 Classificação AO/VET – Arbeitsgemeinschaff fur Osteosynthefragen

Fraturas epifisárias – Fraturas Salter-Harris

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Fraturas articulares – URGÊNCIA (máximo 3 dias)

Biomecânica da fratura

A. Compressão
B. Torsão
C. Dobramento
D. Tensão/Tração

Tipos de Fraturas
 Obliqua
 Transversa
 Cominutiva
 Espiral

 Forças
Compressão
 Fratura transversa
Torção,
 Fratura em espiral
Dobramento
 Fratura transversa

Combinação de forças
 Ex.: Torção + compressão

Consolidação Óssea

Calo ósseo

 Estabilização precoce da fratura

 Atua até o osso ser capaz de assumir as forças da fratura
 Instabilidade no calo – união retardada aporte sanguíneo
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“Quantidade de calo é inversamente proporcional ao grau de estabilidade no local da fratura.”

Calo ósseo – 2 tipos

 Primário ou regeneração Harvesiana

 Somente ocorre em fraturas reconstruíveis, alto strain, estabilidade externa (Não
ocorre comumente no processo natural de cicatrização óssea – RARO)
 Secundário
 Fraturas instáveis, baixo strain, cominutivas.

Teoria do “STRAIN”
Proposto inicialmente por Perren (1980).
É uma deformação no local da fratura (deformação relativa), geralmente expressa em
porcentagem.
É dado pela razão entre a variação do comprimento (∆L) e o comprimento original da fenda (L).

Quanto  a fenda  Strain

Quanto  a fenda Strain

“O osso só cicatriza em gradientes de Strain entre 2% a 20%.”

Consolidação óssea
FISIOLOGIA
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Calo ósseo primário – Regeneração Harvesiana

Calo ósseo Secundário

 Hemorragia (Formação do coágulo)
 Formação calo mole (proliferação células mesenquimais pluripotenciais)
 Formação calo duro (formação cartilaginosa e óssea)
 Remodelamento do calo
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Consolidação Secundaria

Resposta da vascularização óssea após fratura

 Aporte varia de acordo com a complexidade da lesão

 Sistema Eferente – Hipertrofia (tamanho e número)
 Hematoma – Aporte sanguíneo extra ósseo de consolidação
 Quando a estabilidade do local da fratura e a continuidade da circulação medular são
reestabelecidas, o aporte sanguíneo extra ósseo regride.
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Fatores que podem deter a resposta vascular - CONSOLIDAÇÃO

1. Traumatismo em conjunto com a lesão original

2. Lesão Iatrogênica.
3. Redução inadequada da fratura
4. Estabilização inadequada da fratura

Diagnostico

 ANAMNESE
 Histórico de traumas
(queda, atropelamento, fuga, brigas, etc)
 Manejo alimentar
(ração, comida caseira).

 Exame físico –
 Inspeção – Deambulação
(claudicação, impotência funcional),
 Presença de feridas.
 Palpação
 Dor, crepitação, instabilidade, edema.
 Exame Neurológico
 Dor superficial/profunda
 Exame de Imagens
 Radiologia
 Mínimo 2 projeções – SEMPRE.

Diagnóstico diferencial
 Deformidades angulares
 Neoplasias
 Doenças articulares
 Processos inflamatórios

Tratamento
 A meta a ser alcançada em cirurgia
ortopédica é a completa reparação óssea,
com recuperação da função do membro
envolvido;
 Fatores de sucesso – correta aplicação e
escolha da técnica cirúrgica, relação
cirurgião – Tutor.
 Tomada de decisão
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Tomada de decisão e score da Fratura

Avaliação Mecânica da Fratura

Avaliação Biológica da Fratura

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Avaliação clinica da fratura

Variedades de raças, tamanho, espécies...

Tomada de decisão no tratamento

 Avaliação mecânica da fratura

 (simples ou cominutiva)
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 Avaliação Biológica da fratura

 Idade
 Lesão muscular
 Osso cortical ou esponjoso
 Aberta ou fechada

 Avaliação Clinica da Fratura

 Compressão proprietário e paciente
 Nível de conforto

Tratamento e Estudo das forças de atuação na Fratura

A. Compressão
B. Torsão
C. Dobramento
D. Tensão/tração

Tratamento – TALA E BANDAGENS

 Talas e bandagens – Robert Jones/Robert Jones Modificada
 Velpeau
 Indicado em fraturas de filhotes onde há preservação do eixo ósseo
 Impossibilidade financeira do tutor
 Grande possibilidade de complicações

Complicações
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Tratamento de Fraturas

 Fixador externo – Tipo 1, Tipo 2, Tipo 3 (versátil)

 Fixador Circular (Iligarol, rígido e funcional)
 Fixador Hibrido.

 Implantes Internos
 Cerclagem
 Pinos Intramedulares

Banda de
tensão

Placas e Parafusos
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Tratamento de Faturas
 Parafusos
 Placas

 Hastes Bloqueadas
Ossos longos e fraturas diafisárias
 Vantagens
 Extremamente rígido
 Desvantagens
 Extremamente rígido

Implante X Vascularização

Complicações
Causas
 Imobilização inadequada da fratura
o Fraturas cominutivas
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 Lesão vascular
 Infecções
 Quantidade excessiva de implantes
 Implantes feitos com material inadequados
 Manejo pós-operatório improprio e
 Fatores metabólicos

 União Retardada
É uma fratura que não apresentou completa reparação no tempo normalmente requerido pela
posição e tipo da fratura:

 Não união óssea

Reparação óssea parou

 Hipertrófica
Pseudoartrose (Boa atividade biológica Estabilidade)

 Atrófia (baixa atividade biológica Estabilidade

 Processos Infecciosos

Osteomielites – Bacterianas
Fungicas – cultura e antibiogramas

 Mal união Óssea

Ocorre a consolidação em uma angulação incorreta sem retorno a função do membro.

Tratamento das Complicações

Revisão Cirúrgica

 Enxerto ósseo

 Autógenos – Asa íleo, úmero, fêmur (mundo vet);

 Alógenos – mesma espécie (MEDICINA HUMANA)
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 Fatores de crescimento
BMP -2 (Bone morphogenetic proteins)
PDGF (Platalet-derived grawth fator)
VEGF (Vascular endotelial growth fator)
bFGF (Basic fibroblasr growth fator)
FGF (Fibroblast growth fator)
APC (Autologous platelet concentrate)
TGF (Beta transforming growth fator beta)
GDF (Human growth and differentiation fator)
CCN (Connective tissue Family protein)