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Prezado aluno,
1. Câncer de pulmão 5
Questão 01 9
1.3 Conduta 11
Questão 02 13
Questão 03 17
2.4.1 D-dímero ⚠ 18
3
Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
2.5 Tratamento ⚠ 23
Questão 04 23
Questão 05 24
TOP FIVE 27
4
Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
1. Câncer de pulmão
Dois grandes conceitos que você precisa dominar desde o início, Aristoter: o câncer
de pulmão é o que mais mata no Brasil e no mundo, e o grande fator de risco é o
tabagismo. Apesar da associação ser mais expressiva com o subtipo epidermoide,
a exposição continuada ao tabaco aumenta a chance de todos os tipos histológicos
de neoplasia pulmonar, bem como de diversos outros sítios como pâncreas, bexiga
e mama. ⚠
Em termos de incidência, é notável o aumento da doença na população feminina,
acompanhando o aumento do número de mulheres que fumam em uma análise
global nas últimas décadas.
Alguns outros fatores de risco também merecem ser lembrados, como história familiar,
exposição ocupacional (asbestose, por exemplo) e doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC). Para as provas, a parte mais importante é a comparação entre os
seus principais tipos histológicos.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Fígado
Osso
Cérebro
⚠ Mnemônico
FOCA - metástase Adrenais
Em ordem crescente quanto à incidência de metástases, temos: epidermoide (50% dos casos)
→ adenocarcinoma e grandes células (80% dos casos) → pequenas células (95% dos casos).
SIADH
Tumor oat cell (pequenas células) Síndrome de Cushing
Síndrome de Eaton-Lambert
Tumor epidermoide Hipercalcemia
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 01
(SES-RJ - 2022) Mulher de 50 anos vem apresentando dor pleurítica em base direita,
modificação do padrão de tosse e emagrecimento. A TC de tórax mostra nódulo solitário,
espiculado, de 1,4 cm, próximo da pleura.
Nesse caso, o procedimento preferencial para o diagnóstico e o tipo de câncer de
pulmão mais provável, respectivamente, são:
✂ ✂ ✂ ✂
b) Biópsia transtorácica guiada por TC / adenocarcinoma.
d) Broncoscopia / adenocarcinoma.
Responder Comentário Caso tenha acertado, gostaria de pular para o próximo tópico? Sim Não
1.2.1.2 Epidermoide
Até a década de 80, era o subtipo mais comum, proporção que vem diminuindo ao
longo dos anos pela redução global do hábito de fumar. Atualmente, é o segundo tipo
mais comum (cerca de 25% do total). Possui localização central na grande maioria das
vezes e, em função dessa anatomia, nota-se tendência à cavitação e à hemoptise. Aqui,
o paciente mais afetado é o idoso fumante.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
1.3 Conduta
Feito o diagnóstico, é necessário estadiar para iniciar o tratamento. Além da extensão
local da lesão, a presença ou não de metástases é o divisor de águas entre as
perspectivas curativa e paliativa. Lembra da nossa “foca fumante”? Os principais recursos
de estadiamento vão avaliar justamente os principais sítios de metástase: fígado,
ossos, cérebro e adrenais.
Os exames de imagem básicos são a tomografia computadorizada (TC) de tórax e
abdome, além de um exame do sistema nervoso central (de preferência, ressonância
magnética). O PET-scan vem ganhando cada vez mais espaço no estadiamento do
câncer de pulmão, estando indicado quando houver disponibilidade e para guiar
mediastinoscopia. Se houver suspeita de metástase, também pode ser solicitada
a cintilografia óssea.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 02
(UNIRG - TO - 2022) A respeito dos rastreios populacionais, segundo o Caderno de
Atenção Primária do Ministério da Saúde, assinale a afirmativa correta.
✂
com idade inferior a 75 anos. Há evidências de que essa prática é eficaz
e que as evidências são nítidas e a relação custo-benefício pode ser determinada.
b) Recomenda-se o rastreamento de câncer de mama anual por meio de
✂
mamografia para mulheres entre 50 e 74 anos.
c) Recomenda-se o rastreamento para o câncer de cólon e reto usando pesquisa
de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou sigmoidoscopia, em adultos
✂
entre 50 e 90 anos. Os riscos e os benefícios variam conforme o exame de
rastreamento.
d) A USPSTF passa a indicar o rastreio (triagem anual com tomografia
computadorizada de baixa dosagem) para todos os adultos de 50 a 80 anos com
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história de tabagismo de 20 maços/ano e que atualmente fumam ou pararam de
fumar nos últimos 15 anos.
Responder Comentário Caso tenha acertado, gostaria de pular para o próximo tópico? Sim Não
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Benigno Maligno
Características
< 35 anos, não-tabagista > 35 anos, tabagista
do paciente
Contorno Regular Irregular, espiculado
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Sinal de Homans
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
A ausculta respiratória pode ser limpa ou ter estertores inespecíficos. Lembre-se que o
TEP é uma doença de difícil diagnóstico e que se caracteriza por ter ausculta respiratória e
radiografia de tórax inespecíficas na grande maioria dos casos.
Questão 03
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especificidade em todos os casos suspeitos de TEP.
b) A angiotomografia de tórax, quando negativa, não exclui TEP em casos de
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lesões periféricas pulmonares.
c) Cintilografia pulmonar e arteriografia são considerados exames "padrão-ouro"
✂
para diagnóstico de TEP e estão sempre disponíveis, mesmo em pacientes
instáveis clinicamente.
d) O padrão característico do ECG é S1Q1T3, mesmo não sendo frequente, e está
associado à disfunção de ventrículo direito. ✂
Responder Comentário Caso tenha acertado, gostaria de pular para o próximo tópico? Sim Não
Esse é o tópico mais importante sobre TEP e que você precisa entender perfeitamente.
Antes de partir para qualquer exame complementar, responda à pergunta: “existe um risco
elevado do paciente ter uma embolia pulmonar?”
Essa é a pergunta fundamental que irá nortear sua conduta diagnóstica. Para respondê-
la, é necessário focar exatamente nos dois itens citados: os fatores de risco e o
quadro clínico.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Caso o paciente possua fatores de risco e quadro clínico compatível, significa que ele
possui alto risco para TEP. A boa notícia é que, na maioria das questões, basta ter bom
senso e conhecer os fatores de risco e quadro clínico da doença para identificar
um paciente com alto risco.
De qualquer jeito, existe um escore (escore de Wells), que pode ser cobrado em provas,
conforme o que falamos até aqui. Ele é baseado em sete itens, sendo três fatores
de risco e quatro critérios clínicos.
Hemoptise 1
Câncer ativo 1
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Taquicardia sinusal
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
2.5 Tratamento ⚠
Questão 04
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diagnóstico, desde que não haja contraindicação.
✂
ou completar o período de anticoagulação.
d) Filtros de veia cava inferior são recomendados como rotina para o tratamento
de TEV, por ser mais efetivos em reduzir a mortalidade e reduzir o risco de TVP
✂
a longo prazo.
Responder Comentário Caso tenha acertado, gostaria de pular para o próximo tópico? Sim Não
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Obs.: a dose terapêutica da HNF é de 80 U/kg como ataque, seguida por 18 U/kg/h
de manutenção, feita de forma endovenosa. Já a dose terapêutica da HBPM é de enoxaparina
1 mg/kg subcutânea de 12/12h.
Questão 05
(FMJ - SP - 2022) Em relação ao tratamento com uso de anticoagulantes para
tromboembolismo pulmonar em paciente imobilizado após acidente, é correto afirmar que:
CCQ: Podemos tratar pacientes com TEP e baixo risco no PESI com rivaroxabana
15 mg de 12/12h por 21 dias e, após, passar para 20 mg/dia por 3-6 meses
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
TOP FIVE
Principais ferramentas e estratégias diagnósticas com base na
➀ probabilidade de TEP
Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou clique sobre ele para abrir a questão na plataforma.
Referências:
1. Loscalzo J. et al. Harrison's Principles of Internal Medicine, 21 ed.
2. SABISTON JR., D. C., TOWNSEND, M. C. Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical Practice.
21 ed. Elsevier, 2021.
3. Humphrey LL, Deffebach M, Pappas M, et al. Screening for lung cancer with low-dose computed tomography:
a systematic review to update the US Preventive services task force recommendation. Ann Intern. Med. 2013;
159:411.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Comentário da Questão 01
Voltando ao caso: estamos diante de uma mulher de 50 anos, sem relato de tabagismo,
com nódulo pulmonar com achados suspeitos de malignidade na TC de tórax.
Epidemiologicamente, pensaremos, como principal hipótese diagnóstica, no câncer de
pulmão de maior prevalência, que é o adenocarcinoma.
Uma vez identificado o nódulo no exame de imagem (TC de tórax), devemos partir para
a confirmação diagnóstica através da realização de broncoscopia com biópsia. Mas note:
a banca deixou bem claro que a localização do nódulo é próxima à pleura. Ou seja, pela
localização periférica podemos indicar biópsia percutânea guiada por imagem ou biópsia
transtorácica guiada por TC. Veja bem: analisando as alternativas, a palavra-chave para
resolver a questão é biópsia.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Comentário da Questão 02
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Comentário da Questão 03
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Comentário da Questão 04
Alternativa A - Correta: Em pacientes de alto risco e com clínica compatível com quadro
de tromboembolismo, está autorizado o início do tratamento antes mesmo da confirmação
do diagnóstico através de exames.
Alternativa D - Incorreta: O filtro de veia cava não é usado de rotina e não é mais efetivo.
Está indicado em situações específicas de exceção.
Alternativa E - Correta: O filtro de veia cava é usado em pacientes de risco alto e muito
alto, que possuem contraindicação ao uso da anticoagulação.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Comentário da Questão 05
Temos aqui uma questão sobre tratamento de TEP. É um tema bem importante.
O índice PESI (Pulmonary Embolism Severity Index) estratifica o risco de morte 30 dias
após um TEP.
Pacientes de baixo risco, pelo escore prognóstico PESI, são candidatos a tratamento
domiciliar com anticoagulação oral e acompanhamento ambulatorial.
Algo a mais: lembrando que os pacientes que farão anticoagulação oral com varfarina
devem começar esse tratamento durante a internação, com alta hospitalar apenas após
monitorização do INR em duas dosagens consecutivas dentro do alvo (2,0-3,0).
Alternativa A – Incorreta: Pode ser associada, mas, em regime hospitalar, e com controle
rigoroso do RNI.
Alternativa C – Correta: Isso. 15 mg BID por 21 dias. Depois, passamos para 20 mg MID
por 3 a 6 meses.
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