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Câncer de pulmão
e tromboembolismo
pulmonar
TRADICIONAL
Olá, aluno Aristo!
Neste guia, cuidadosamente elaborado, você terá acesso a um conteúdo de
extrema qualidade seguindo a nossa metodologia, baseada no Princípio de
Pareto. Isso significa que você estudará especialmente o que mais cai em provas.
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Questões 14 12 08 08 08 07 07 06 06 06
Legenda da Aristo
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Exemplo
TOP 5
O nosso TOP 5 CCQ reúne os conteúdos‑chave mais relevantes nos últimos cinco anos.
1. Câncer de pulmão 7
Questão 01 9
1.2.1 Adenocarcinoma 11
1.2.2 Epidermoide 11
1.3 Diagnóstico 12
Questão 02 12
1.4 Conduta 13
Questão 03 20
2.4.1 D‑dímero 23
2.6 Tratamento 26
Questão 04 27
Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar - Sumário
Questão 05 29
Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
1. Câncer de pulmão
Estudante Aristo, dois grandes conceitos que você precisa dominar desde o início são:
1. O câncer de pulmão é o que mais mata no Brasil e no mundo.
2. Seu grande fator de risco é o tabagismo.
Apesar do fato de a associação com o tabagismo ser mais expressiva no subtipo epidermoide
(veremos mais adiante), a exposição continuada ao tabaco aumenta a chance de todos os
tipos histológicos de neoplasia pulmonar (bem como de neoplasias em diversos outros sítios,
como pâncreas, bexiga e mama).
Em termos de incidência, é notável o aumento da doença na população feminina, acompanhando
o aumento do número de mulheres que fumam, segundo análises globais das últimas décadas.
Outros fatores de risco também merecem ser lembrados, como história familiar, exposição
ocupacional (asbestose, por exemplo) e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Para as
provas, a parte mais importante é a comparação entre os seus principais tipos histológicos.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 01
Responder na plataforma
A SVCS é causada por compressão ou invasão da veia cava superior. O tumor que mais
frequentemente causa tal síndrome é o tumor pulmonar de pequenas células. A clínica ocorre
devido a uma obstrução parcial do fluxo sanguíneo, gerando dispneia, dilatação das veias,
edema e pletora facial.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Mnemônico - FOCA
Fígado
Osso
Cérebro
Adrenais
Metástase
Lembrando que a principal causa de metástase óssea nos homens é o câncer de próstata,
ficando o de pulmão em segundo lugar. Nas mulheres, a principal causa de metástase óssea
é o câncer de mama.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
SIADH
Tumor oat cells (de pequenas células) Síndrome de Cushing
Síndrome de Eaton-Lambert
Tumor epidermoide Hipercalcemia
1.2.1 Adenocarcinoma
O adenocarcinoma é o subtipo mais comum, representando cerca de 50% dos casos, com
incidência crescente. É ainda mais predominante entre mulheres, adultos jovens (menores de 45
anos) e não tabagistas (preste atenção a esse detalhe!). Além disso, possui localização periférica.
1.2.2 Epidermoide
Até a década de 1980, o epidermoide era o subtipo mais comum, proporção que vem diminuindo
ao longo dos anos pela redução global do hábito de fumar. Atualmente, é o segundo tipo mais
comum (cerca de 25% do total de casos). Possui localização central na grande maioria das vezes
e, em função dessa anatomia, nota‑se tendência à cavitação e à hemoptise. Aqui, o paciente
mais afetado é o idoso fumante.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
SIADH e à síndrome de Cushing. Além dos sítios genéricos de metástase citados, cerca de 30%
dos pacientes com o tipo histológico de pequenas células possuem metástase na medula óssea.
1.3 Diagnóstico
Questão 02
Responder na plataforma
A localização típica de cada tumor é importante, pois influenciará diretamente no método para
a biópsia e na confirmação do diagnóstico do câncer. Em tumores centrais, a broncoscopia
ou, até mesmo, o exame de escarro podem fechar o diagnóstico.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
1.4 Conduta
Feito o diagnóstico, é necessário estadiar para iniciar o tratamento. Além da extensão local da
lesão, a presença ou não de metástases é o divisor de águas entre as perspectivas curativa e
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
O estadiamento será feito de maneira diferente para os tumores de pequenas células e para
os de não pequenas células.
• Nos tumores de não pequenas células, usamos o clássico estadiamento TNM (que considera
o tamanho do tumor, os linfonodos acometidos e as metástases à distância).
• Nos tumores de pequenas células, fazemos uma divisão em doença limitada (restrita a
apenas um hemitórax e aos linfonodos regionais) e doença avançada (que inclui tudo o que
não está no critério de doença limitada).
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Obs.: quando se fala em cirurgia curativa, as duas principais são a lobectomia e a pneumectomia.
A decisão sobre qual será usada depende da localização do tumor (massas centrais
provavelmente necessitarão de pneumectomia, por exemplo) e também da reserva funcional
pulmonar do paciente (lobectomias são melhor toleradas). Por isso é necessário realizar a
espirometria antes da cirurgia.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
atualizado em 2021. Dê uma olhada, já que isso é muito importante na atuação médica e tem
caído nas provas:
• Tomografia computadorizada helicoidal com baixa dose de radiação anualmente para
pessoas assintomáticas com todas as seguintes características:
• Carga tabágica de, pelo menos, 20 maços/ano
• Idade entre 50 e 80 anos
• Boa saúde geral e expectativa de vida
• Tabagismo atual ou interrompido nos últimos 15 anos
Devemos interromper o rastreamento caso a pessoa possua uma expectativa de vida reduzida
OU tenha interrompido o tabagismo há mais de 15 anos.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Benigno Maligno
Tamanho estável em
Evolução Crescimento progressivo (> 2 mm)
24 meses/2 anos
8 mm a 3 cm
Tamanho ≤ 8 mm
* Se for ≥ 3 cm, é massa pulmonar
Características
< 35 anos, não tabagista > 35 anos, tabagista
do paciente
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
O diagnóstico nem sempre é simples e pode exigir muita cautela para fazermos a diferenciação
de agravos com apresentações semelhantes, como infarto, pneumonia e insuficiência cardíaca
descompensada. Inclusive, é muito cobrada a relação dos exames diagnósticos com alguns
conceitos de Medicina Preventiva (sensibilidade, especificidade e valores preditivos).
O quadro inicial pode ser oligossintomático, com dispneia aguda (distúrbio de ventilação/
perfusão), e até mesmo apresentar cenários gravíssimos, com falência aguda de ventrículo
direito e choque obstrutivo. Apesar disso, TEP não costuma ser a causa final de óbito.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
A ausculta respiratória pode ser limpa ou ter estertores inespecíficos. Lembre‑se que o
TEP é uma doença de difícil diagnóstico, que se caracteriza por ter ausculta respiratória e
radiografia de tórax inespecíficas na grande maioria dos casos.
Questão 03
Responder na plataforma
A conduta diagnóstica é o tópico mais importante sobre TEP e você precisa entendê‑lo
perfeitamente. Antes de partir para qualquer exame complementar, responda à pergunta:
“existe um risco elevado de o paciente ter uma embolia pulmonar?”.
Essa é a pergunta fundamental que irá nortear sua conduta diagnóstica. Para respondê‑la,
é necessário focar exatamente nos dois itens citados: os fatores de risco e o quadro clínico.
Caso o paciente possua fatores de risco e quadro clínico compatível, significa que ele possui alto
risco para TEP. A boa notícia é que, na maioria das questões, basta ter bom senso e conhecer os
fatores de risco e o quadro clínico da doença para identificar um paciente com alto risco.
Nos casos em que o TEP é muito improvável (probabilidade estimada em menos de 15%), o
Pulmonary Embolism Rule‑out Criteria (PERC) pode descartar com segurança a possibilidade,
sem avaliação diagnóstica adicional. Esse escore possui maior importância quando negativo,
dando‑nos segurança para descartar a hipótese sem a necessidade de mais exames.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Escore PERC
Idade ≥ 50 anos
Hemoptise
Entretanto, o escore mais famoso (e mais cobrado em provas) é o de Wells. Ele é baseado em
sete itens, sendo três fatores de risco e quatro critérios clínicos. Quando a probabilidade é
baixa por esses instrumentos, a hipótese de TEP pode ser excluída com segurança, com base
no valor do D‑dímero.
Hemoptise 1
Câncer ativo 1
> 4: embolia
Pontuação modificada
pulmonar provável
≤ 4: embolia
Pontuação modificada
pulmonar improvável
Fonte: Aristo.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Não se esqueça de que outros exames ganham mais importância em pacientes com instabilidade
hemodinâmica. São eles a angio‑TC (sempre a primeira opção nesses casos) e o ecocardiograma
com estudo de sobrecarga de VD (para locais em que a TC não estiver facilmente disponível).
Vamos fazer um resumo do passo a passo de investigação de TEP?
Investigação de TEP
Positivo Negativo
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
2.4.1 D‑dímero
Esse exame de sangue só deve ser utilizado em pacientes que não possuem alto risco de
TEP. É um exame usado para triagem, visando excluir o diagnóstico de embolia pulmonar com
boa sensibilidade, porém baixa especificidade.
O D‑dímero não deve ser usado em pacientes internados, pois diversas outras condições
nesse tipo de paciente podem alterar seu valor, tornando o resultado pouco confiável. Além
disso, em pacientes com alto risco de TEP, a probabilidade pré‑teste da doença é alta e,
nesses casos, uma dosagem normal de D‑dímero não consegue excluir completamente a
embolia pulmonar, portanto, ele perde sua única utilidade.
Importante! Sensibilidade e especificidade são características intrínsecas a um exame,
não alterando o quadro clínico. Por isso, para TEP, a sensibilidade do D‑dímero é alta e a
especificidade é baixa, independentemente do quadro. Por outro lado, os valores preditivos
podem variar enormemente conforme as circunstâncias clínicas. Nesse caso, quando um
paciente possui baixo risco pré‑teste de TEP, o valor preditivo negativo do D‑dímero é alto, o
que significa que, se o exame vier negativo, a chance de haver uma embolia é muito pequena.
Porém, se o paciente tem alto risco para TEP, o valor preditivo negativo do D‑dímero reduz
muito, significando um grande risco de um resultado falso‑negativo (paciente com embolia,
mas D‑dímero normal).
Resumindo, o D‑dímero possui um alto valor preditivo negativo, e se vier negativo em um
paciente com baixa probabilidade de ter a doença, é usado para descartar TEP nessa pessoa.
E quais os valores de corte para o D‑dímero? O valor mais utilizado é o de 500 ng/mL,
mas novas abordagens tentam ajustar o D‑dímero conforme a idade do paciente (valor de
referência = idade x 10) e pelo algoritmo YEARS.
Itens do YEARS
Hemoptise
Fique tranquilo(a), pois essa análise de propriedades dos exames será trabalhada mais
profundamente na aula de “Testes diagnósticos”, que você certamente está ansioso(a)
para saborear.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Se, a despeito da alta probabilidade clínica, o resultado do exame for normal, então devemos
solicitar outro exame de imagem, de preferência uma cintilografia pulmonar.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Taquicardia sinusal
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
2.6 Tratamento
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Pacientes de baixo risco, que podem ser assim considerados pela ausência de critérios no
escore PESI simplificado, podem ser manejados ao nível ambulatorial. Em resumo, são pacientes
com menos de 80 anos, sem doenças de base graves (patologias pulmonares, cardíacas ou
oncológicas) e sem repercussão hemodinâmica/respiratória grave (FC < 100 bpm, PAS < 100
mmHg, Sat O₂ > 90% em ar ambiente).
Questão 04
Responder na plataforma
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 05
Responder na plataforma
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Referências bibliográficas
1. HUMPHREY, L. L. et al. Screening for lung cancer with low-dose computed tomography: a systematic
review to update the US Preventive services task force recommendation. In: Ann Intern. Med., 2013, 159:411.
2. KAHN, S. R.; DE WIT, K. Pulmonary Embolism. In: N Engl J Med., v. 387, n. 1, p. 45-57, jul/2022.
3. KONSTANTINIDES, S. V. et al. ESC Guidelines for the diagnosis and management of acute pulmonary
embolism, developed in collaboration with the European Respiratory Society (ERS). In: Eur Heart J., v.
41, n. 4, p. 543-603, jan/2020.
4. LOSCALZO, J. et al. Harrison’s Principles of Internal Medicine, 21. ed.
5. SABISTON JR., D. C.; TOWNSEND, M. C. Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical
Practice. 21 ed. St. Louis, Missouri: Elsevier, 2021.
6. VAN DER HULLE, T.; FOGTELOO, J. A. et al. Simplified diagnostic management of suspected pulmonary
embolism (the YEARS study): a prospective, multicentre, cohort study. In: The Lancet. DOI: https://dx.doi.
org/10.1016/S0140-6736(17)30885-1.
Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 01
(SUS - SP - 2022) Um homem de 67 anos, tabagista de longa data, com alta carga tabágica
(86 anos/maço), compareceu à consulta ambulatorial relatando dispneia progressiva aos
esforços, associada a uma piora da tosse, que já possuía cronicamente. Relatou que sua
esposa vinha notando seu rosto mais avermelhado ultimamente, além de leve assimetria em
membro superior direito, constatada em seu exame físico. Com base nesse caso hipotético,
é correto afirmar que o diagnóstico mais provável é o de:
b) DPOC exacerbada.
Esta questão aborda um tema pouco frequente, mas que possui uma clínica clássica,
portanto, é interessante conhecermos para as provas.
A síndrome da veia cava superior ocorre quando temos uma obstrução do fluxo deste vaso,
geralmente causada por doenças malignas com efeito compressivo, como linfomas.
Uma vez obstruído o fluxo, teremos uma deficiência na drenagem sanguínea dos MMSS e da
cabeça, que pode causar edema e pletora facial, como foi observado no paciente da questão.
Além disso, podemos observar uma dispneia, resultante da diminuição do sangue para as
câmaras direitas e, consequentemente, para a circulação pulmonar. A dispneia também é
corroborada pelo efeito compressivo do edema sobre a via aérea alta e sobre os movimentos
respiratórios.
O quadro clínico consiste em:
• Edema de face, pescoço e membros superiores
• Estase jugular e circulação colateral
• Dispneia
• Tosse e rouquidão
• Pletora facial
• Pode ter alteração de nível de consciência, compressão traqueal/edema laríngeo
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
• Podemos ter também o sinal de Pemberton: ao elevar os MMSS, o paciente tem uma piora
da pletora facial
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 02
(SES - RJ - 2022) Mulher de 50 anos vem apresentando dor do tipo pleurítica em base direita,
modificação do padrão de tosse e emagrecimento. A TC de tórax mostra nódulo solitário
espiculado, de 1,4 cm, próximo da pleura. Nesse caso, o procedimento preferencial para o
diagnóstico e o tipo de câncer de pulmão mais provável, respectivamente, são:
c) Broncoscopia/carcinoma epidermoide.
d) Broncoscopia/adenocarcinoma.
Voltando ao caso: estamos diante de uma mulher de 50 anos sem relato de tabagismo e com
um nódulo pulmonar com achado suspeito de malignidade na TC de tórax. Epidemiologicamente,
pensaremos no câncer de pulmão de maior prevalência como principal hipótese diagnóstica – o
adenocarcinoma.
Uma vez identificado o nódulo no exame de imagem (TC de tórax), devemos partir para a
confirmação diagnóstica através da realização de broncoscopia com biópsia. Mas note um
detalhe: a banca deixou bem claro que a localização do nódulo é próxima à pleura. Ou seja,
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
pela localização periférica, podemos indicar biópsia percutânea guiada por imagem ou biópsia
transtorácica guiada por TC. Veja bem, analisando as alternativas, a palavra‑chave para
resolver a questão é a biópsia.
Aproveitemos para revisar as características sugestivas de malignidade de um nódulo pulmonar
solitário. As principais são:
• Nódulo > 2 cm
• Presença de margens espiculadas/irregulares
• Presença de calcificação assimétrica de padrão salpicado ou excêntrico
• Nódulo captante à cintilografia/PET-CT
• Crescimento do nódulo em exames de imagem seriados com intervalo de 2 anos
• Nódulo sólido/parcialmente sólido
• Nódulo em paciente tabagista, principalmente naquelas > 35 anos
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 03
Estão CORRETOS:
TEP é um tema super recorrente nas provas de Clínica Médica, e precisamos conhecer a
conduta nos casos de suspeita dessa desordem.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Fatores predisponentes
Sintomas
Hemoptise +2
Sinais clínicos
Alta ≥ 11 Alta ≥7
TVP: trombose venosa profunda; TEP: tromboembolismo pulmonar; MI: membro inferior; FC: frequência cardíaca.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Probabilidade clínica
Escore de Wells ou de Genebra modificado
Baixa ou Alta
Intermediária
CT múltiplos
Dímeros D +
detectores
- + +
*Nessa situação, outros exames (como cintilografia V/Q ou ultrassonografia de membros inferiores)
podem ser realizados para confirmar a exclusão do diagnóstico.
Algo a mais: o exame de D‑dímero tem alta sensibilidade, mas baixa especificidade. Isso
significa que um resultado considerado negativo para a ocorrência de eventos tromboembólicos
ajuda a descartar causas trombóticas em pacientes com sintomas sugestivos de trombose.
Porém, um resultado com valor elevado de dímero D não está necessariamente relacionado a
um evento trombótico (falso‑positivo).
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Afirmativa IV – Incorreta: Como vimos acima na nossa revisão, no caso de alta probabilidade
de TEV o D-dímero não está indicado, e devemos prosseguir com a TC.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 04
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Hemoptise 1
Câncer ativo 1
> 4: embolia
Pontuação modificada
pulmonar provável
≤ 4: embolia
Pontuação modificada
pulmonar improvável
Fonte: Aristo.
Pontuação ≤ 4 indica baixa probabilidade de TEP - devemos solicitar D‑dímero (alto valor
preditivo negativo): se o resultado for < 500, exclui‑se TEP; se for > 500, então faremos exame
de imagem. Pontuação a partir de 4 indica alta probabilidade - devemos realizar angio‑TC.
Tratamento:
• TEP não grave (sem instabilidade): anticoagulantes (HNF, HBPM, rivaroxabana, etc.)
• TEP grave (instabilidade): trombólise (rtPA, estreptoquinase) em até 14 dias (atenção para
esse conceito)
Alternativa A - Correta: Sim, diante de um paciente com diagnóstico de TEP com estabilidade
hemodinâmica, devemos administrar anticoagulantes. Podemos dar HNF, HBPM ou os novos
anticoagulantes orais, como a rivaroxabana.
Alternativa B - Incorreta: Um antagonista da vitamina K é a varfarina/marevan. Não associamos
HNF com HBPM. Utilizar antagonistas da vitamina K sem uso prévio de heparina pode aumentar
a chance de trombo nos primeiros dias, pois diminui as proteínas C e S (anticoagulantes).
Alternativa C - Incorreta: Não, neste momento agudo, vamos preferir a HBPM.
Alternativa D - Incorreta: As únicas associações que podem ser feitas, ainda assim de forma
temporária, são: heparina + varfarina 5 mg/dia até que tenhamos 2 INR dentro da faixa (entre
2 e 3). Depois disso, suspende-se a heparina. Outra opção é administrar heparina por 5 dias,
e depois dabigatrana 150 mg duas vezes ao dia.
Portanto, o gabarito é a letra A.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Questão 05
c) Introduzir rivaroxabana.
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Câncer de pulmão e tromboembolismo pulmonar
Temos uma paciente chegando à emergência com um quadro de síncope. É sabido que ela
teve um quadro prévio de covid, do qual estava curada. Durante a intubação orotraqueal,
evoluiu para uma parada cardiorrespiratória sem pulso (AESP), sendo que, após um ciclo de
reanimação, hidratação venosa e administração de adrenalina, recuperou sua estabilidade.
Depois disso, é evidenciado um traçado característico.
Antes de falar do traçado, é extremamente importante que saibamos os 5 H’s e os 5 T’s
que estão relacionados com as paradas cardiorrespiratórios com ritmos não chocáveis
(principalmente em AESP):
• 5Hs: hipovolemia, hipóxia, hipotermia, acidose (H+) e hipo ou hipercalemia.
• 5Ts: tromboembolismo pulmonar, pneumotórax hiperTensivo, inToxicações, trombose
arterial (síndrome coronariana aguda) e tamponamento cardíaco.
Algo nos chama a atenção neste ECG. Repare que temos uma onda S1 em D1, uma onda Q
em D3, assim como uma onda T invertida também em D3. Pois é, estamos diante do famoso
S1Q3T3, característico (porém pouco sensível) de tromboembolismo pulmonar (TEP). O
fato de o enunciado comentar que a paciente teve covid pode nos ajudar a pensar nessa
possibilidade, direcionando o leque para as causas pulmonares.
Diante de um quadro de TEP em que tivemos repercussão hemodinâmica (parada
cardiorrespiratória), devemos utilizar trombolíticos, com destaque para a alteplase.
Vamos analisar as alternativas e discuti-las?
Alternativa A - Incorreta: Em um TEP com repercussão hemodinâmica, o tratamento de
primeira linha será a trombólise (a não ser em casos em que haverá a contraindicação desta
modalidade de tratamento).
Alternativa B - Incorreta: Pela mesma razão da alternativa anterior, a anticoagulação não será
nossa primeira escolha, já que iremos trombolisar o paciente.
Alternativa C - Incorreta: Outro anticoagulante, desta vez um dos NOACs (novos
anticoagulantes orais). No entanto, pela mesma razão das alternativas anteriores, não será
nossa opção no momento, mas sim posteriormente, após a estabilização do quadro.
Alternativa D - Incorreta: Também não utilizaremos antiagregação plaquetária dupla. A
terapia com trombolíticos será nossa principal escolha, a menos que a paciente apresente
contraindicações.
Alternativa E - Correta: Exatamente, como mencionado anteriormente.
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