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HARDTOPICS icterícia neonatal

O QUE CAI?
Causas da icterícia neonatal.

VISÃO GERAL

O QUE EXPLICA A ICTERÍCIA NO RN?


maior produção das bilirrubinas. A vida média das hemácias é de 70-90 dias e a quantidade de
hemoglobina é maior no período neonatal.
circulação êntero-hepática da BI aumentada. Com a flora intestinal limitada, a atividadde da enzima
beta-glicuronidase é maior. Consequência: desconjugação da BD aumenta e se forma mais BI na circulação
êntero-hepática, com sobrecarga do hepatócito.

ICTERÍCIA FISIOLÓGICA X ICTERÍCIA PATOLÓGICA

fisiológica. Devido a adaptação ao metabolismo da bilirrubina nos primeiros dias. No recém-nascido (RN)
de termo a icterícia se torna evidente após 24 a 36 horas de vida, com pico entre o 4º e o 5º dias de vida e
a bilirrubinemia total (BT) não ultrapassa 12 mg/dl.
patológica. Se a icterícia for observada antes de 24 horas de vida, ou BT >12 mg/dl independente da
idade pós-natal, ou o aumeto da BT for superior a 5mg/dl em 24 horas, deve-se considerar patológica. Pelo
risco de encefalopatia bilirrubínica com sequelas permanentes (kernicterus), a investigaião da etiologia é
essencial. Recomenda-se a realização de: eritrograma com morfologia das hemácias, reticulócitos,
esferócitos, G6PD, tipagens sanguínea (ABO e rh) do RN e da mãe, coombs direto do RN (pode ser no
sangue do cordão), coombs indireto (quando a mãe é rh negativo), pesquisa de anticorpos maternos para
antígenos irregulares (quando mãe multigesta ou transfusão sanguínea anterior e RN com coombs direto
positivo), teste do pezinho (TSH).

CAUSAS PRINCIPAIS DE HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA


por sobrecarga ao hepatócito. Doenças hemolíticas: hereditárias (alfa-talassemia, incompatibilidade
rh e ABO, deficiências de G-6-PD, de hexoquinase e piruvatoquinase, eliptocitose, esferocitose) e
adquiridas (sepse, infecção urinária); coleções sanguíneas extravasculares (cefalohematoma, equimoses);
policitemia (RN pequeno para a idade gestacional, ordenha de cordão umbilical, transfusão feto-fetal ou
materno-fetal); circulação êntero-hepática aumentada (oferta insuficiente de leite materno, estenose
hipertrófica do piloro).
por deficiência ou inibição da conjugação. Síndrome da icterícia pelo leite materno; hipotireoidismo
congênito; síndromes de Gilbert, Crigler Najjar tipos 1 e 2.

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HARDTOPICS icterícia neonatal

O QUE CAI?
atenção. As causas patológicas mais cobradas nas questões de provas são incompatibilidade materno-fetal Rh
(mãe negativo e RN positivo) e ABO (mãe O e RN A ou B).

FATORES DE RISCO
principais. Aleitamento materno exclusivo com dificuldade de ganho ponderal ou perda de peso > 7%
(considerando o peso de nascimento); deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase; bilirrubina total
(sérica ou transcutânea) na zona considerada de alto risco (> percentil 95 no normograma de buthani) ou
intermediária superior (percentis 75 a 95 no normograma) antes da alta hospitalar; presença de equimoses
ou cefalohematoma; descendência asiática; mãe diabética; irmão com icterícia neonatal que foi tratado
com fototerapia

ZONAS DE PROGRESSÃO

zonas de Kramer. A progressão da icterícia é céfalo-caudal e as zonas dérmicas de kramer permitem


estimar os valores da BT a partir da avaliação clínica pela digitopressão. É uma estimativa imprecisa
porque há interferência de outros fatores (pigmentação da pele, luminosidade do ambiente.
zona 1. Icterícia verificada só na cabeça e pescoço.
zona 2. Icterícia até cicatriz umbilical.
zona 3. Icterícia envolve também joelhos e cotovelos (próximo a 12mg/dl).
zona 4. Icterícia alcança antebraços e pernas.
zona 5. Icterícia até as mãos e pés.
atenção. RN ictérico com com idade igual ou maior que 14 dias deve ser avaliado do ponto de vista clínico e laboratorial (bilirrubinas).
quando colúria, hipocolia ou acolia fecal sempre investigar atresia biliar para que o tratamento cirúrgico
(hepatoportoenterostomia ou cirugia de Kasai) ocorra antes de 60 dias de vida. colestase neonatal é uma
urgência.

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