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Fatores maternos: estados hipertensivos da gravidez elevam de 2 a 3x, diabetes melito insulino-
dependente com vasculopatia, cardiopatias cianóticas, pneumopatias restritivas e doenças renais
graves, doenças auto-imunes, trombofilias hereditárias ou adiquiridas, hiper-homocisteinemia,
anemias graves, desnutrição crônica, tabagismo, drogas ilícitas, álcool, substâncias teratogênicas,
exposição à radiação e habitação em altitude elevada.
Diagnóstico
PBF: FCF é o primeiro parâmetro a se deteriorar, seguido do padrão dos movimentos respiratórios e
corporais, e por último, o tônus. A diminuição progressiva do líquido amniótico é marcador crônico
da vitalidade fetal.
Dopplervelocimetria venosa
Onda A zero e reversa prediz acidemia fetal. É considera parâmetro isolado com maior capacidade
de predizer óbito fetal na restrição de crescimento precoce.
Classificação
RCF precoce: <32 semanas (fator determinante: alteração na implantação placentária). O feto
apresenta grande tolerância aos baixos níveis de oxigênio. Ocorre centralização hemodinâmica e
oligodrâmnio. Taxas de mortalidade e morbidade perinatal são elevadas.
>> CA/PFE <P3 ou doppler de AU com diástole zero
RCF tardia: > 32 semanas. É comum centralização hemodinâmica e alteração da relação cérebro
placentária com sonograma normal de AU. O feto apresenta tolerância à hipóxia menor.
>> CA/PFE <P3 ou 2 destas 3 características: CA/PE < P10, CA/PE – queda de 2 quartis na curva de
crescimento, relação cérebro placentária <P5 ou IP de AU >P95
Conduta
Fetos PIG: peso estimado entre P3 e P10 sem alterações no doppler materno e fetal. Avaliar a
vitalidade quinzenalmente e parto induzido com 40 semanas.
Estágio 5: RCF com grande probabilidade de acidose fetal e alto risco de óbito fetal:
Doppler do ducto venoso com onda A reversa, cardiotocografia computadorizada <3 ms ou
desacelerações da FCF. Parto por cesariana eletiva no momento do diagnóstico a depender da
viabilidade da UTI neonatal.
Sobrevida de neonatos com RCF entre 24-26 semanas é menor que 50%, o risco de morbidade grave
é maior que 80%. A taxa de sobrevida ultrapassa os 50% quando atingidos 500g ou 26 semanas.
O uso antenatal de corticoides deve ser realizado entre 24-36 semanas, idealmente entre 28-32
semanas, de preferência na semana que antecede a programação do parto (no máximo 2 ciclos), para
acelerar a maturidade pulmonar fetal e reduzir o risco de hemorragias intracranianas. Para partos
antes de 32 semanas o uso de sulfato de magnésio é preconizado para neuroproteção.