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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

FACULDADE DE MEDICINA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO

PORTFÓLIO ES III
MARTERNO-INFANTIL
PED - ALOJAMENTO CONJUNTO
QUINZENA 10 – SEMANAS 9 E 10
(31/05/2021 A 13/06/2021)

JOSÉ VICTOR NEVES E CURVO

CUIABÁ-MT
2021/01
JOSÉ VICTOR NEVES E CURVO

ES III
PORTFÓLIO
MATERNO-INFANTIL
PED - Alojamento Conjunto

Portfólio submetido como requisito para


avaliação formativa do rodízio Materno-
Infantil do Estágio Supervisionado III do
curso de Medicina da Universidade de
Cuiabá

Coordenadores: Caline Ojeda

Cuiabá-MT
2021/01
Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

REGISTRO DE ATIVIDADES .............................................................................................. 4

SELEÇÃO E APRESENTAÇÃO DE ATIVIDADE ............................................................. 5

REFLEXÃO E ANÁLISE CRÍTICA DAS ATIVIDADES .................................................. 7

CONCLUSÃO........................................................................................................................... 8

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 9
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INTRODUÇÃO

Este portfólio abrange os serviços prestados por mim entre os dias 31/05/2021 e
13/06/2021 na área de pediatria, atuando no centro obstétrico, alojamento conjunto e enfermaria
do Hospital Geral.
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REGISTRO DE ATIVIDADES

Data/ Atividade Diagnósticos/ Conduta Procedimentos


(colocar iniciais e Conduta Terapêutica
período idade)
temas Propedêutica realizados
Aleitamento materno sobre
Evolução, aguarda
31/05/2021 Plantão CO – PED 6h de vida livre demanda;
Não houve tempo hábil para
Matutino RN de D.C.S. Curativo do coto umbilical
alta
3x/dia com álcool 70%.
Vit D 2 gotas/dia durante um
ano
01/06/2021 AC – PED Mylicon se cólica Evolução, alta
43h de vida Não houve
Matutino RN de E.R.C. Alcool 70% para higienização médica
do coto umbilical
Hipogloss se assadura
Aleitamento materno sobre
Evolução,
02/06/2021 AC – PED livre demanda;
17h de vida Não houve aguarda tempo
Matutino RN de F.R Curativo do coto umbilical
hábil para alta
3x/dia com álcool 70%.
Vit D 2 gotas/dia durante um
ano
Mylicon se cólica
03/06/2021 AC – PED Evolução, alta
38h de vida Não houve Alcool 70% para
Matutino RN de T.M.N. médica
higienização do coto
umbilical
Hipogloss se assadura
Evolução,
Aleitamento materno sobre aguardando
04/06/2021 AC – PED livre demanda; parecer de
28h de vida Não houve
Matutino RN de B.J.F.O Curativo do coto umbilical assistente social e
3x/dia com álcool 70%. USG
transfontanela
19h de vida + Evolução,
Aleitamento materno sobre
lesão em aguarda exame do
05/06/2021 AC – PED Raio-x de livre demanda;
clavícula direita neurologista,
Matutino RN de A.S.C.S. clavicula Curativo do coto umbilical
+ lesão de plexo aguarda tempo
3x/dia com álcool 70%.
braquial? hábil para alta
Aleitamento materno sobre
Evolução,
08/06/2021 Plantão CO – PED 6h de vida livre demanda;
Não houve aguarda tempo
Matutino RN de J.F.S. Curativo do coto umbilical
hábil para alta
3x/dia com álcool 70%.
Vit D 2 gotas/dia durante um
ano
Mylicon se cólica
09/06/2021 AC – PED Evolução, alta
43h de vida Não houve Alcool 70% para
Matutino RN de D.C.F. médica
higienização do coto
umbilical
Hipogloss se assadura
Aleitamento materno sobre
Evolução,
10/06/2021 AC – PED livre demanda;
17h de vida Não houve aguarda tempo
Matutino RN de T.R Curativo do coto umbilical
hábil para alta
3x/dia com álcool 70%.
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SELEÇÃO E APRESENTAÇÃO DE ATIVIDADE

CASO CLÍNICO: Uso de drogas e risco fetal/rn

Momento da Evolução: 7h da manhã


# Identificação: RN de B.J.F.O, RNT, AIG, Peso normal;
50h de vida;
TS mãe: B+ / TS RN: O+
Sexo Masculino;
Apgar 91/105;
New Ballard 40s 3d;
Mãe: 21 anos, G2P2nA0
# Antropometria de nascimento
Peso: 2655g (-2%), Estatura: 45cm, Perímetro cefálico: 32,5cm
# Antropometria atual
Peso: 2655g (-2%), Estatura: 45cm, Perímetro cefálico: 32,5cm
# Sorologias:
VDRL: Não reagente (09/06/2021);
Anti-HIV: Não reagente (09/06/2021);
Hepatite B: Não reagente (09/06/2021);
Toxoplasmose: Imune, IgG positivo/IgM negativo (09/06/2021);
Rubéola: Imune, IgG positivo/IgM negativo (09/06/2021);
CMV: Imune, IgG positivo/IgM negativo (09/06/2021);
# Subjetivo: RN clinicamente bem, boa pega, diurese presente, eliminação de mecônio, mãe
sem queixas;
# Objetivo:
FC: 168bpm; FR: 68irpm; Tax: 37°C
Ectoscopia: BEG, ativo e reativo, hidratado, normocorado, acianótico, afebril.
Pele: Íntegra, sem lesões, pequenas descamações em tronco e MMSS, icterícia zona 3 de
Kramer;
Cabeça e pescoço: FA: 3x2, FP: 1x0,5, boa mobilidade de pescoço, sem massas palpáveis;
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ACV: RCR, BNF, em 2T, ausência de sopros, cliques e estalidos, pulsos cheios e simétricos,
TEC <2 segundos
AR: MVUA, sem ruídos adventícios, sem sinais de esforço respiratório;
Abdome: globoso, ausência de VCM, coto umbilical gelatinoso, centrado, com 2 artérias e
1 veia e em bom aspecto;
Membros: simétricos, sem deformidades, mobilidade preservada, Barlow e Ortolani
negativos bilateralmente;
Neurológico: vigil, atitude assimétrica, tônus flexor; Reflexos: sucção +; preensão-palmo-
plantar +; moro +; glabelar +; marcha +; cutâneo-plantar +; galant +; cocleo-palpebral +.
Genitália: masculina típica, testículos tópicos, fimose fisiológica, bolsaescrotal pregueada
e pigmentada; anus pérvio.
# Condutas propedêuticas: Hemograma, reticulócito, glicose-6-fosfato desidrogenase
(G6PD), bilirrubina totais e frações e Coombs direto.
# Condutas terapêuticas: Aleitamento materno sobre livre demanda; curativo do coto
umbilical 3x/dia com álcool 70%.
# Análise: RN de B.J.F.O, RNT, AIG, peso normal, NB 40s3d, encontra-se em BEG,
eliminações fisiológicas presentes, icterícia zona 3 de Kramer, sem demais alterações ao
exame físico. Mãe relata uso de álcool, tabagismo (cigarro e maconha) e uso de cocaína
durante a gestação, referindo o uso de cocaína apenas no início da gestação, contradizendo
as informações de admissão neonatal. Foi orientada quanto aos riscos do uso de substâncias
entorpecentes na gravidez e puerpério. Aguardando USG transfontanela e parecer da
assistência social.
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REFLEXÃO E ANÁLISE CRÍTICA DAS ATIVIDADES


Acerca do uso de drogas durante a gestação e puerpério pude tirar algumas conclusões
além de me inteirar mais sobre o assunto que tem sido muito prevalente em nosso meio, além
de extrema importância devido a gravidade das consequências do uso destas substâncias na
gestação.
A identificação do problema deve ser realizada durante o pré-natal, mas muitas vezes é
difícil o reconhecimento dessas pacientes, visto que muitas negam a utilização da droga. O
diagnóstico diferencial com doença hipertensiva gestacional e suas complicações também
dificulta a identificação da usuária de cocaína, visto que, em ambos os casos, também ocorrerá
sinais de exacerbação do sistema simpático, como hipertensão, taquicardia, arritmias e até
falência miocárdica. A cocaína atravessa facilmente a placenta e a barreira hemo‐liquórica,
atingindo diretamente o feto e a magnitude desses efeitos irá depender da dosagem, do momento
da gravidez e da duração da exposição. Estudos prospectivos controlados sugerem que a
exposição pré‐natal à cocaína resulta em uma consistente restrição do crescimento fetal, ou seja,
diminuição do peso, comprimento e perímetro cefálico, explicados pelo impacto negativo da
droga sobre o fluxo sanguíneo placentário e uterino. Entretanto, não foi identificado nenhum
padrão de dismorfologia, como o que ocorre na síndrome alcoólica fetal. Os recém‐nascidos
são geralmente prematuros, de baixo peso, com restrição de crescimento intrauterino. Verifica‐
se aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. A icterícia é mais frequente, assim
como a síndrome da dificuldade respiratória, possivelmente contudo, mais relacionada à
prematuridade.
A Cannabis sativa, conhecida como maconha, é a droga ilícita mais usada em todo
mundo. Nos últimos anos, o início do consumo desta droga tem se dado mais cedo, ainda na
adolescência. Aproximadamente 60% dos que consomem maconha a experimentaram antes dos
18 anos, uma faixa etária muito prevalente no HG. É estimado que de 3% a 10% das gestantes
no mundo consumam Cannabis. Sabe‐se que o THC é altamente lipossolúvel e atravessa a
barreira placentária. A maioria das pesquisas mostrou uma associação entre o consumo
materno de maconha e desenvolvimento fetal, sendo a restrição do crescimento fetal a maior
complicação da exposição à maconha, causando ainda retardo do desenvolvimento do sistema
nervoso fetal e distúrbios neurocomportamentais.
O consumo de maconha na gestação altera a atividade de regiões do cérebro do feto em
longo prazo, principalmente a região do lobo pré‐frontal, relacionado às funções cognitivas
complexas. Vale ressaltar que os efeitos da Cannabis sobre o recém‐nascido são sutis e que
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dificilmente são notadas pelos pais do bebê, porém devem ser percebidas por médicos para
garantirem a investigação do quadro e aplicação dos cuidados necessários. A pessoa exposta à
Cannabis na gestação pode desenvolver hiperatividade, deficiência cognitiva e emocional.
O tabagismo é responsável por cerca de cinquenta doenças diferentes. Vários eventos
danosos são descritos nas grávidas, inclusive pelo fumar passivo. Incisivamente é preciso
lembrar que fetos de mães fumantes também são fumantes, isto é, estão sujeitos à ação das
drogas contidas no tabaco, ou mais especificamente na fumaça dos cigarros. Para a fertilidade
assinalam‐se: subfertilidade e gravidez ectópica. Para a gravidez, entre outros efeitos: menor
ganho de peso durante a gestação; abortamento; aumento da frequência de partos de pré‐termo;
descolamento prematuro da placenta. Dos muito danos que o feto pode sofrer e o mais estudado
é o prejuízo no ganho de peso, independentemente do número de cigarros fumados pela
gestante. além disso, aumento da mortalidade perinatal e morte súbita. Para crianças maiores e
adultos: problemas do sono até os 12 anos; asma e broncoespasmo; pior regulação autonômica;
resposta auditiva pobre

CONCLUSÃO

AUTOAVALIAÇÃO: Creio que por já estar familiarizado com o rodizio pude exercer minhas
atividades de maneira mais eficiente e medular, comparando com o ano anterior pude ver os
casos com um melhor olhar clinico.

AVALIAÇÃO CONSTRUTIVA: Quanto ao funcionamento de toda à estrutura dos hospitais


e seus funcionários não há no que reclamar, todos são excelentes profissionais muito
prestativos, educados e solícitos, sempre ajudando uns aos outros. Inclusive os professores e
residentes estão sempre dispostos a esclarecer todas nossas dúvidas e auxiliar no
desenvolvimento das consultas.

CONCLUSÃO: Ao realizar este portfolio, principalmente o caso clínico, pude utilizar dos
meus conhecimentos prévios dos rodízios anteriores para auxiliar na elaboração da reflexão e
análise crítica. Assim pude enxergar a correlação dos diferentes setores que atuamos durante o
internato na vida médica.
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ter casos mais especiais para anexar como o caso principal, e teríamos mais tempo para dedicar
aos estudos.

BIBLIOGRAFIA
• Yamaguchi, E.T. et al. / Rev. Psiq. Clín 35, supl 1; 44-47, 2008
• Rocha, Priscila Coimbra et al. Prevalência e fatores associados ao uso de drogas ilícitas
em gestantes da coorte BRISA. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2016, v. 32, n. 1
[Acessado 9 Fevereiro 2020], e00192714. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0102-311X00192714>. Epub 16 Fev 2016. ISSN 1678-4464.
https://doi.org/10.1590/0102-311X00192714.

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