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Toxina Botulínica

Dra. Erika Serafim


Biomédica Esteta
CRBM
Introdução e História

 Nos anos de 1700, o botulismo era uma doença causada pelo consumo de alimentos contaminados
pela bactéria Clostridium Botulinum, pois na época não existia saneamento básico e a preparação de
alimentos da população era realizada sem nenhuma fiscalização, aumentando a proliferação da
doença e sua gravidade, levando as pessoas infectadas a óbito. (SANTOS et al., 2015).
 Em 1822, o físico alemão Justinius Kenner foi o primeiro a elaborar estudos sobre possíveis causas
da doença, atribuindo à contaminação através da ingestão de salsichas. No decorrer dos anos e com o
aumento dos casos de intoxicação foi utilizado o termo “botulus” para nomear a doença, mas por
muito tempo e por esta razão, o botulismo foi conhecido por Doença de Kerner. Em seus 155 relatos
de casos de pacientes acometidos pela intoxicação botulínica descrevia, com detalhes, os efeitos
autonômicos da TB, tais como midríase, hipossalivação, sintomas gastrointestinais e paralisia dos
músculos da bexiga chegando a concluir que a toxina, quando aplicada em doses mínimas, reduzia
ou bloqueava a hiperatividade e a hiperexcitabilidade do sistema nervoso. (BARBOSA et al., 2017).
Kenner concluiu que a bactéria produzia uma toxina que seria a causa da doença, comparando-a a
um veneno por sua dose letal, onde mais tarde foi especulado o uso terapêutico para esta toxina.
(MATOS et al., 2017).
Introdução a História

 Em 1973, Alan Scott iniciou seus experimentos em primatas e publicou artigos sobre
eficácia da toxina botulínica para o tratamento de estrabismo. Seu estudo foi publicado em
1980 e demonstrou sucesso e segurança no uso deste novo fármaco. Em sociedade com
Dennis Honeychurch, Scott iniciou uma série de testes que permitiram o credenciamento
da TxBo como produto farmacêutico registrado junto à Food and Drug Admintration
(FDA) e sua utilização se iniciou como método alternativo a cirurgia convencional para
tratar pacientes portadores de estrabismo. Na década de 80, a FDA aprovou a sua
utilização para corrigir tremores e espasmos na face, pálpebra, tronco e membros
(SANTOS et al., 2015).
 No início dos anos 1980, a toxina botulínica foi aprovada pela Food and Drug
Administration (FDA) dos Estados Unidos para o tratamento de distúrbios neurológicos e,
desde então, tem sido utilizada para tratar uma variedade de condições, incluindo,
enxaquecas, hiperidrose (sudorese excessiva) e distonia.
 No ano de 2000 Aprovação no Brasil para uso da toxina Botulínica na estética .

Breve Estatística

 A toxina botulínica é uma das técnicas de estética mais populares e amplamente utilizadas
no mundo. De acordo com a American Society of Plastic Surgeons (ASPS), a toxina
botulínica foi o procedimento de estética não cirúrgico mais realizado nos Estados Unidos
em 2019, com 7.7 milhões de procedimentos realizados.
Breve Estáticas

 Além disso, a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) relata que a
toxina botulínica é o procedimento estético não cirúrgico mais popular em todo o mundo,
com mais de 20 milhões de procedimentos realizados em 2018.

 Os dados mostram que a popularidade da técnica tem aumentado significativamente ao


longo dos anos, devido a sua eficácia, segurança e recuperação rápida. Além disso, a
disponibilidade de diferentes tipos de toxina botulínica e a capacidade de personalizar os
procedimentos para atender às necessidades individuais dos pacientes também contribuem
para a popularidade crescente da técnica.
 Além da acessibilidade hoje amanhã dia .
Fisiologia da Toxina Botulínica

 Mecanismo de Ação :
1. Neurotransmissores
Os axônios motores são prolongamentos nervosos que transmitem impulsos nervosos de uma
célula nervosa (neurônio) para os músculos ou outros neurônios. Eles são responsáveis pelo
controle voluntário e involuntário dos músculos. Os axônios motores originam-se nos corpos
celulares dos neurônios localizados na medula espinhal e percorrem até os músculos, onde se
conectam aos terminais nervosos, que liberam neurotransmissores que estimulam a contração
dos músculos. O tamanho e a espessura dos axônios motores variam dependendo do tipo de
neurônio e da função muscular a ser controlada.
Marcas de Toxina Botulínica:
Fisiologia da Toxina Botulínica
 As vesículas pré-sinápticas desempenham um papel crucial na contração muscular. Elas
armazenam neurotransmissores, que são substâncias químicas usadas para transmitir sinais
nervosos entre neurônios e músculos
 Quando um impulso nervoso chega ao terminal nervoso pré-sináptico, as vesículas se fundem
com a membrana celular e liberam seu conteúdo de neurotransmissores na fenda sináptica, o
espaço entre o terminal nervoso e o músculo.
Fisiologia da Toxina Botulínica

 Estes neurotransmissores se ligam a receptores no músculo, estimulando a entrada das


vesículas e a depolarização da membrana celular, o que resulta na liberação de cálcio
dentro da célula muscular. O cálcio ativa proteínas contráteis, chamadas miosina e actina,
que se aproximam umas das outras, causando a contração do músculo.

 Assim, as vesículas pré-sinápticas a acetilcolina ( ACH), sintaxina, são uma parte crucial (
endocitose), da comunicação nervosa e da contração muscular, pois armazenam e liberam
os neurotransmissores que iniciam a resposta muscular, SNAP25. Despolarizando a celular
.
Video 1
F iso lo g iad aT o x in aB o tu lín ica

 Ação da Toxina Botulínica :


 A toxina botulínica é composta por duas cadeias de proteínas, uma cadeia leve (LC) e uma
cadeia pesada (HC). A cadeia pesada é responsável por se ligar às células alvo e a cadeia
leve é responsável por sua ação fisiológica, ou seja , .
 A cadeia leve age bloqueando a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular,
interrompendo assim a transmissão nervosa e resultando na paralisia muscular. A cadeia
pesada é importante na penetração da toxina nas células alvo e na sua ligação às mesmas,
garantindo sua ação prolongada.
Fisiologia da Toxina Botulínica

 Mecanismos de contração :

Video
Materiais Necessários

 Ficha
 Termo de consentimento livre e esclarecido
 Documentação fotográfica e filmagem
 Toxina Botulínica
 Seringa
 Algodão/ álcool 70% ou clorexidina 2% / micropore
 Analgésico Tópicos
 Compressa Gelada
 Material para marcação dos pontos .
Sugestão Analgésico Tópico

 Lidocaína 20%
 Tetracaína 7%
 Gel Qsp 20g

 Compressa Gelada

 Aplicar por 20 min


Atenção alérgicos aos componentes .
Anatomia Facial

Vamos…
Músculos do terço Superior

 Os músculos faciais representam uma dança


dos músculos com grupos de elevadores é
depressores competindo pelo domínio em uma
equilíbrio contínuo que evolui com a idade e
depleção de volume.
 O formato e a localização da sobrancelha são
influenciados pelo equilíbrio entre esses dois
grupos .
Divisão Anatômica
Divisão Anatômica
Divisão Anatômica
Técnica Angulação
Marcações de segurança
Traçamos uma linha vertical bilateral acompanhando o
centro da pupila e delimitamos a zona de risco que se
encontra 1.5 a 2cm acima da sobrancelha. Essa região não
deve receber toxina afim de evitamos a ptose palpebral .
Técnicas direção

 Atualmente tentamos simplificar de uma forma bem prática , onde as injeções


tem uma direção , geralmente uma direção de : 10hrs⏰14hrs.
 Como se fosse um relógio imaginário .As injeções tem ângulo de 10graus
para tratar as rugas da pele , cujo objetivo é pegar só as execuções dérmicas da
pele.
 E se 40- 5 graus para injeções intramusculares para poder atingir o músculo
sem transfixá-lo.
 Ao colocar padrões de injeção que diminui o custo do tratamento, aumentando
o retorno financeiro do profissional, segurança e a precisão para o melhor
resultado .
Vídeo referência padrão
Fronte

 Localizado no terço superior da face, o músculo frontal se origina na gálea


aponeurótica abaixo da sutura coronal e se insere na pele na região do
supercílio, entrelaçando-se com fibras dos músculos prócero, corrugador e
orbicular ocular. Direcionado verticalmente, eleva a sobrancelha, sendo
responsável ela mímica de surpresa, interesse ou preocupação. No decorrer
do tempo, entretanto, repetidas contrações se associam à formação de rugas
horizontais na pele sobrejacente. Quando persistentes mesmo em repouso ou
quando ocorrem de forma acentuada durante a expressão facial, são
denominadas linhas faciais hiperfuncionantes e geralmente interpretadas
como sinal de envelhecimento.
Padrões da Fronte

 Formato completo : Padrão 1.


 Ventres centralizados
confluentes em linha reta em
toda fronte . Mais com , cerca
de 45% dos casos .
 Principalmente o sexo
masculino .
Pontos de Retoque
Fronte Padrão 2 : em forma de v:
Ventres separados medialmente.
Tipo 3: ventres centralmente unidos.

 Estendendo-se sobre a metade medial das


bordas orbitais e formando uma coluna de
linhas curtas sobre a fronte central.
Tipo 4 : Lateral
 Ventres localizados na metade lateral da orbital e
separados mediamente por uma projeção retangular
vertical de gálea apneourótica, formando uma coluna
de linhas curtas em cada lado da fronteira lateral.
Tipo 5 : Padrão Central

 Ventres centralmente unidos, estendem-se


sobre a metade medial das bordas orbitais e
formando uma coluna de linhas curtas sobre a
fronte .
Mm. Prócero ( Glabela)
Mm. Corrugados do supercílios
Músculos : Prócero/ corrugador do supercílios

 O prócero é um pequeno músculo triangular da cabeça que


ocupa a glabela, que é a região localizada entre as
sobrancelhas. Pertence ao grupo nasal dos músculos faciais
, juntamente com os músculos nasal, levantador do lábio
superior e da asa do nariz e abaixador do septo nasal.
 Ao contrair, o músculo prócero puxa a borda medial das
sobrancelhas para baixo e enruga a pele entre elas. Essa
ação permite franzir a testa, tornando o prócero um
importante contribuidor para a ampla gama de expressões
faciais humanas.
Padrão 1 : Ômega

 O padrão ômega, com recrutamento


conjunto do frontal e elevação das
sobrancelhas mediais. Cuidado para
não desmascarar a proceda sobrancelha
com o tratamento da toxina .
Padrão: Omega-Invertido.

 Com a aproximação e depressão das sobrancelhas, esse


padrão os pacientes costumam ter uma grande distância
intercantal, cuidado com altas doses de toxina nos
pontos corrugadores mediais, podem criar uma aparência
alargada.
Padrão: Setas convergentes.

 Esse padrão de opositores da sobrancelhas mostra


aproximação som pouca ou nenhuma depressão ou
elevação da sobrancelha. O movimento resultante é a
aproximação central vertical com a força entre o
prócero e o central . A técnica de injeção deve ter
como alvo o corrugador, com o mínimo ou nenhum
tratamento do prócero frontal .
Região Periorbital

 As injeções de toxina Botulínica na área periorbital


envolvem-se chamadas linhas de pés de galinha e linhas pre-
tarsais infraorbitárias.

 Devemos distinguir entre injeção masculina e feminina em


relação às doses de toxina.
 Existem 3 padrões principais de acordo com as variações em
relação à extensão laterais das linhas e forças exercidas .
Padrão 1 ( A) e ( B): Pontos de injeção
periorbital
 Os dois padrões de tratamento dos pés de
galinha com injeção de toxina
 ( A) Padrão em leque completo .
 ( B) Padrão em leque inferior .
Padrão 2 : Extensão lateral periorbital da
injeção no orbicular do olho.
Padrão Periorbital:
Pontos de injeção da pálpebras inferior. Cuidado !
Pontos Avançados de Toxina Botulínica

 As chamadas linhas de coelho ou rugas de coelho , são rugas mais ou menos finas na área
localizada superior e lateral ás narinas . Elas podem ser limitadas á área Nadal ou se
entender para região da pálpebra inferior.
 As rugas aparecem ao rir e sorrir , entre entre outras coisas, e aparecem as chamadas linhas
do riso. Elas estão associadas a expressão faciais de motivação positiva e conferem ao
rosto um caráter simpático ou até fofo.
 O músculo nasal superior é o músculo mais importante para produção das linhas do
coelho , é o músculo alvo.
Toxina Botulínica / Nariz

 As linhas do coelho são geradas pela porção transversa do músculo nasal em sinergia com
o músculo levantador do lábios superior e da asa do nariz.
 A dose por local da injeção é de 2 U por lado em homens e mulheres .
 A injeção é realizada em um ângulo de 45 graus em relação à pele, de baixo para cima
 A penetração da agulha é limitada apenas á ponta, pois o músculo fica imediatamente sob
a pele.
 Deve-se ter cuidado para NÃO injetar muito lentamente, a fim de inventar interferência
funcional com o músculo levantador do lábio superior, e que produziria um alongamento
indesejável do lábio superior.
 Injeção de toxina Botulínica nasal para
linhas de coelho .
Ponta Nasal Flácida

 O músculo-alvo para o tratamento de uma ponta nasal flácida é o depressor nasal. Quando
hipertônico, o depressor do septo nasal abaixa a ponta do nariz , que geralmente é mais
visível ao sorrir.
 Para tratar uma ponta nasal flácida, uma única injeção com uma única dose de 2-4 U é
recomendada em homens e mulheres.
 O tratamento é realizado com uma inserção de um quarto da agulha 30G x 1/2 “, na base
da columela. Caiu no vazio, aplica .
 No entanto , a avaliação clínica é crucial para a seleção correta do paciente, pois esse
tratamento deve ser evitado em pacientes com o lábio superior longo .
 Um septo caudal lindo também é contra indicado ao tratamento com toxina, pois impede a
rotação desejada da ponta.
Toxina nos Lábios superior e inferior
Toxina Botulínica nos LÁBIOS

 Garanta expectativas realistas ao paciente: o tratamento com toxina suaviza as linhas


periorais radiais funcionais, mas não remove as linhas de repouso, ou dar volume .
 Melhorias adicionais podem ser alcançadas com uma combinação de preenchimento.
 Uma vez que apenas doses muito pequenas de toxina botulínica são usadas na área da boca
, os efeitos esperados são limitados.
 O tratamento precoce dos lábios superiores pode ser considerado parte-se prevenção de
rugas em mulheres mais jovens.
 Fumantes com código de barras marcado, da uma suavizada. Dependendo de
comprometimento.
 Marque 2-4- pontos simetricos no labio superior e dois no lábio
inferio.
 Injete alíquotas superficiais precisas ( 0,5-1U) imediatamente
adjacente ao vermelhão para evitar que se espalhe para a
musculatura adjacentes.
Pontos de Aplicação

 Lado direto e esquerdo 10graus.


 0,5-1U
 Área da parte vermelha , borda.
Gotículas superficiais 0,5-1U adjacente ao
vermelhão.
Antes e depois
Toxina Botulínica nas linhas de marionete.

 As linhas de marionete se desenvolvem dos cantos da boca e continuam em direção ao


queixo.
 Rugas pronunciadas sugerem uma expressão facial, decepcionada ou insatisfeita.
 Os músculos da boca são constituídos por diferentes camadas, o chamado depressor do
ângulo da boca é o músculo mais superficial da região do mento.
 Quando está tenso, puxa os cantos da boca para baixo junto com a extensão do músculo
platisma e dá á face uma expressão frustrada , desapontamento.
 O objetivo do tratamento é elevar os ângulos da boca quando em repouso. Isso vai reduzir
a tensão dos músculos depressor do ângulo da boca e da extensão facial do músculo
platisma , cuja tensão são responsáveis pela depresssão do ângulo da boca.
 A toxina botulínica é injetada na lateral das rugas de marionetes.
 Á distância do ângulo da boca deve ser de pelo menos 1 cm em direção ao mento para
evitar o enfraquecimento do músculo orbicular da boca .
 O tratamento das linhas de marionete com toxina botulínica pode ser combinado de forma
execelente com diferentes métodos de reconstrução .
 Com ácido polilático, por exemplo, uma densidade é uma estabilização tecidual podem ser
alcançadas. Um efeito de volume pode ser alcançado com ácido hialurônico, por exemplo.
 Aplicação em 45graus.
 4U
 1 cm pelo menos em direção as mento .

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