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Patologias das Pálpebras e Vias Lacrimais

Conteudista: Prof.ª Esp. Janaína Simões


Revisão Textual: Esp. Adrielly Rodrigues | Esp. Aline Gonçalves

Objetivos da Unidade:

Relembrar as estruturas responsáveis por formar o olho humano e suas


principais funções;

Compreender e diferenciar as principais patologias que acometem as pálpebras e


vias lacrimais;

Entender quais são os tratamentos recomendados para cada patologia a fim de


orientar em relação aos cuidados primários do olho.

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ʪ Material Complementar

ʪ Referências
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ʪ Material Teórico

O Segmento Anterior do Olho


Antes de abordarmos as patologias que acometem o segmento anterior do olho, você precisa
relembrar quais estruturas são responsáveis por formar essa parte do olho humano, vamos lá?
Veja a Figura a seguir.
Figura 1 – Divisão anatômica dos segmentos anterior e
posterior
Fonte: Adaptada de Freepik

Córnea: é a porção da região anterior da túnica externa ou


fibrosa, sua continuidade é realizada pela esclera. De forma
estrutural, ela é avascular, transparente e convexa, sendo sua
nutrição realizada pelo humor aquoso, vasos do limbo e pelo
filme lacrimal. É uma estrutura que funciona como proteção
contra micro-organismos e atua na refração da luz;

Esclera: pertence à túnica fibrosa ou externa, posteriormente ela é invaginada pelo


nervo óptico, possui também nervos sensoriais e motores ao longo de sua estrutura.
Sua constituição principal é por fibras de colágeno, configurando como uma
barreira física de retenção do conteúdo intraocular. É suporte e ponto de fixação
para a musculatura extrínseca ocular;

Humor aquoso: é um fator primordial para a manutenção da pressão intraocular


adequada, por meio do equilíbrio entre sua produção e secreção. Seu trajeto é
realizado para a câmara anterior pela pupila;

Íris: é a estrutura que divide as câmaras entre anterior (córnea) e posterior


(cristalino). Possui um orifício em seu centro denominado pupila, que regula, por
meio de contração ou dilatação, a entrada da luz que atingirá a retina;

Cristalino: é uma lente biconvexa, com poder de refração de 20 a 30 dioptrias, sendo


responsável pelo foco visual;

Corpo ciliar: realiza a união entre íris e coroide. Possui os processos ciliares, que
realizam a produção do humor aquoso, e o músculo ciliar, que realiza a acomodação
visual, controlando o cristalino;

Anexos oculares: são estruturas complementares ao olho e ajudam na função de


proteção e barreira física contra micro-organismos patógenos ou lesões físicas que
podem atingir o globo ocular; é composto por pálpebras, cílios, conjuntiva,
musculatura extrínseca e aparelho lacrimal.

Patologias que Acometem a Pálpebra e Vias Lacrimais


Caro aluno, neste tópico, iniciaremos com as patologias que acometem as pálpebras e vias
lacrimais. Para o optometrista são regiões de extrema importância por serem as que
proporcionam a proteção e lubrificação adequada do olho, com a correta drenagem lacrimal;
desta forma, garante uma ótima preservação das estruturas oculares, boa manutenção dos
mecanismos fisiológicos do aparelho visual e, consequentemente, boas condições para que haja
uma excelente visão.

Veja, na Figura 2, um corte sagital, em que podemos observar todas as estruturas palpebrais.
Figura 2 – Anatomia da pálpebra
Fonte: Adaptada de faculdadefacsete.edu.br
Na Figura 3, observe o aparelho lacrimal e suas estruturas anatômicas.

Figura 3 – Anatomia do aparelho lacrimal


Fonte: Adaptada de KANSKI, 2012

Ptose Palpebral Congênita e Adquirida


Martins et al. (2016) consideram que é a principal afecção palpebral congênita, em que há
prejuízo ou ausência da movimentação palpebral; o paciente é incapaz de realizar a abertura da
pálpebra de forma normal.
Figura 4 – Ptose palpebral congênita
Fonte: Reprodução

É uma patologia que vai além de aspectos estéticos, pois compromete a adequada fisiologia de
lubrificação e higiene ocular. Quando atinge a região pupilar, sobrepondo-a, pode causar
ambliopia. Por ser uma afecção congênita, ou seja, adquirida durante a embriogênese, trata-se
de uma malformação em um músculo da pálpebra denominado músculo levantador da pálpebra,
podendo ser também uma disfunção em sua inervação que é realizada pelo nervo oculomotor
(III par craniano). É uma patologia que acomete com maior frequência de forma unilateral.
O tratamento é cirúrgico, sendo necessário determinar previamente o grau de ptose acometida
entre leve, moderado e grave. Martins et al. (2016) relatam que usualmente aguarda-se a criança
atingir idade média de 3 a 4 anos, com exceção quando o grau de ptose é grave e sobrepõe a
pupila; nestes casos, a cirurgia deve ser imediata.

Os graus são classificados da forma em que se encontra posicionada a margem inferior da


pálpebra em relação ao limbo (zona de transição entre córnea e esclera):

Leve: 2 a 4 mm abaixo;

Moderado: 4 a 6 mm abaixo;

Grave: 6 mm ou mais.

Figura 5 – Graus de ptose


O tratamento cirúrgico é realizado de forma que o cirurgião encurta o tendão do músculo com
uma abertura horizontal, melhorando a abertura da pálpebra.

A ptose adquirida possui as mesmas características de posicionamento palpebral da congênita,


porém não possui origem embriológica. Veja a classificação da ptose na Tabela a seguir:

Tabela 1 – Classificação de ptoses adquiridas

Tipo Causas

Distrofia do músculo levantador da pálpebra


Miogênica superior (MLPS). Doenças miopáticas
sistêmicas.

Aponeurótica Deiscência e degeneração do tendão do MLPS.

Paralisia do nervo oculomotor. Alteração


Neurogênica
simpático ocular.

Mecânica Tumores ou cicatrizes cirúrgicas prévias.

Coloboma Congênito
É uma falha ou ausência no comprimento palpebral, causando uma fenda (falta um pedaço da
pálpebra). Usualmente, acomete a pálpebra superior, porém há casos que afetam a pálpebra
inferior e podem estar associados a outras patologias, como a fenda palatina (Martins et al.,
2016).
Figura 6 – Coloboma congênito de pálpebra superior
Fonte: Reprodução

Para uma adequada definição do tratamento é necessário considerar toda sintomatologia, a


localização e o tamanho da lesão. Nos casos cirúrgicos, podem ser utilizados enxertos com
intuito de restituir o tecido faltante.

Hemangioma Congênito
Os mais comuns dos hemangiomas são os de origem capilar, em que os capilares são
multiplicados e espalhados. Com maior número de células endoteliais e os vasos, forma-se,
então, uma massa tumoral. Este tumor, na maioria das vezes, é imperceptível ao nascimento e
apresenta grande evolução até os seis meses de vida. Usualmente, dos 6 aos 12 meses a massa
tumoral tende-se a diminuir, e cerca de 80% dos casos desaparecem por volta dos 7 anos de
idade.
Figura 7 – Hemangioma congênito. A (antes do
tratamento) e B (após o tratamento com propranolol)
Fonte: Adaptada de MARTINS et al., 2016

Nos primeiros 6 meses de vida, a criança deve ser acompanhada de forma especial, pelo fato de
que, se houver oclusão do eixo visual, pode favorecer a ambliopia.

O tratamento imediato é necessário quando há detecção de comprometimento da função visual,


pois se trata de uma faixa etária cujo período é crítico e fundamental para o desenvolvimento da
visão normal, ambliopia por privação causada pela oclusão total do eixo visual pode ser
irreversível. Na linha gradativa é selecionado primeiramente o menos invasivo, como uso de
propranolol oral, quando não há resposta adequada evolui-se o tratamento para os mais
invasivos, como injeções de corticoides diretamente na lesão, corticoideterapia sistêmica,
radioterapia, laser etc. Por último, quando todas as alternativas falharem ou não houver resposta
satisfatória suficiente, é indicado o tratamento cirúrgico.

O profissional que cuidará desse paciente tem que ter sempre em mente que quanto mais tempo
o paciente manter a oclusão, menos estímulo luminoso terá em uma fase fundamental para a
visão.

Hordéolo
É uma infecção aguda causada por estafilococos, que atinge as glândulas sebáceas palpebrais. É
uma bactéria muito comum, pode ser encontrada em 40 tipos diferentes. O hordéolo é
classificado em externo (quando atinge a glândula de Zeis) e interno (quando atinge a glândula
de Meibomius).

Figura 8 – Tipos de hordéolo


Fonte: Reprodução

O tratamento é realizado por meio de termoterapia (aplicação de compressas quentes) associado


a uso local de pomadas antibióticas, com intuito de eliminar a infecção bacteriana. Geralmente, o
hordéolo involui em torno de sete dias e de forma espontânea; quando não houver resposta ao
tratamento conservador e houver abscesso presente, justifica-se a necessidade de drenagem
cirúrgica.

Veja a definição, como ocorre, as causas e a relação do hordéolo com maquiagens.

Figura 9 – Hordéolo: curiosidades


Fonte: Reprodução

Diferentemente do hordéolo, o calázio é uma inflamação de forma crônica, com presença de


granuloma (nódulo ou massa de tecido inflamado), que foi causado pela obstrução do óstio de
saída das secreções das glândulas de Meibomius, retendo a secreção lipídica e impedindo que
seja secretada corretamente.

Na fase inicial apresenta dor, edema local e hiperemia (vermelhidão); depois, inicia sua evolução
para o nódulo granulomatoso, transformando, assim, em um edema indolor. Quando não
tratado e se tiver um tamanho maior, pode ser causa de ptose e astigmatismo.
Figura 10 – Ptose provocada pelo calázio
Fonte: Reprodução

Em casos de calázios recorrentes, o profissional deve estar atento, pois pode estar relacionado a
indícios de carcinoma sebáceo, como o adenocarcinoma, carcinoma espinocelular e carcinoma
basocelular (NEHEMY; PASSOS, 2015).
Figura 11 – Carcinoma sebáceo
Fonte: Reprodução

O tratamento é, inicialmente, conservador semelhante ao Hordéolo, e quando não há resposta,


existe a indicação de injeção de corticoide na lesão. Finalmente, se ainda não houver resultado, a
remoção cirúrgica é a opção escolhida.

Blefarite
É uma infecção do tipo estafilocócica ou seborreica, que atinge a margem palpebral.
Figura 12 – Pálpebra normal × blefarite
Fonte: Adaptada de nkcf.org

No tipo seborreica existe a associação da seborreia de face (descamação de face causada por uma
inflamação da pele) e couro cabeludo; neste caso, apresenta descamação da pálpebra, secreção
oleosa e acantose (aumento superficial da camada da pele).

Na forma estafilocócica existe uma associação a casos recorrentes de calázios e hordéolos, em


que se pode observar vermelhidão na borda da pálpebra e ulcerações com crostas secas.

O tratamento em sua base está delimitado a uma boa orientação ao paciente. Quanto à
higienização palpebral, pode-se usar xampu neutro ou substâncias higienizadoras manipuladas
específicas, ambas fazem o mesmo efeito e possuem o mesmo objetivo: remover sujidades e as
crostas lesionais.

Triquíase e Distiquíase
A triquíase é uma alteração da posição dos cílios. Eles se encontram posicionados de forma
adequada na lamela anterior da pálpebra, porém crescem de maneira encurvada, sobrepondo ao
bulbo ocular e entrando em atrito com ele.
Figura 13 – Triquíase × distiquíase
Fonte: Adaptada de ALBUQUERQUE et al., 2010

Pode ser causada por um processo crônico inflamatório na margem ou ter origem cicatricial.
Usualmente, é uma patologia adquirida devido a esses motivos.
Figura 14 – Triquíase
Fonte: Reprodução

Na distiquíase existe uma fileira a mais de cílios na lamela posterior; ao contrário da triquíase, é
uma afecção em geral congênita, em outros casos está ligada à inflamação crônica da margem
da pálpebra. Usualmente, essa fileira extra traz cílios que podem ser despigmentados, mais
curtos e finos que os normais.
Figura 15 – Distiquíase
Fonte: Reprodução

Os sintomas relacionados podem ser sensação de corpo estranho, hiperemia ocular, secreção
mucosa, fotofobia e lacrimejamento. O tratamento efetivo consiste em remover os cílios
afetados com epilação mecânica, ou por meios de eletrólise, laser, crioterapia ou incisão
cirúrgica. De forma paliativa, podem ser associados lubrificantes oculares, lentes de contato
terapêuticas.

Entrópio e Ectrópio
São patologias que alteram o posicionamento das bordas palpebrais.

No entrópio há uma inversão da borda da pálpebra, ou seja, a borda, juntamente com os cílios,
toca o bulbo ocular, provocando sintomas como sensação de corpo estranho, lacrimejamento e
fotofobia.

Sua causa pode ser adquirida, tendo origem de forma involucional ou cicatricial. No involucional
ocorre devido à desinserção dos retratores da pálpebra inferior, atrofia de tecidos orbitários,
dentre outros. Já o cicatricial pode ocorrer tanto na pálpebra superior quanto na inferior, suas
principais causas são queimaduras químicas, traumas cirúrgicos, doenças inflamatórias,
infecciosas, autoimunes, provocando retração do tarso e conjuntiva. O tratamento mais eficaz
para esses casos é a cirurgia.

Na forma congênita, considerada rara, Nehemy e Passos (2015) afirmam que se denomina
epibléfaro, em que há uma dobra na pele e acomete mais a pálpebra inferior, sendo muito
comum em asiáticos. Os autores relatam que se deve esperar por remissão espontânea até os 18
meses de vida; caso contrário, a indicação cirúrgica é fundamental se houver sintomas
associados.

No ectrópio acontece e eversão da margem palpebral, afastando a pálpebra afetada do bulbo


ocular. Os sintomas aparentes são olho seco, hiperemia, inflamação crônica da conjuntiva,
ardor e lacrimejamento reflexo. Pode ser classificado como congênito, quando normalmente é
associado à Síndrome de Down; Involucional, causado por flacidez dos tendões cantais medial e
lateral; Paralítico, que acontece seguinte à paralisia facial pelo sétimo par craniano, que causa
paralisia do músculo orbicular e a impossibilidade de oclusão completa da pálpebra (lagoftalmo);
o cicatricial é devido ao encurtamento da pele por cirurgia anterior. Neste caso, deve-se estudar
a possibilidade de realizar enxerto; e o mecânico, cuja principal causa são os óculos mal
adaptados, em seguida edema de face e tumor.

O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, dependendo da gravidade, do tipo e dos


sintomas associados. No tratamento conservador o objetivo é a proteção do bulbo ocular com
lubrificantes, oclusão mecânica durante o sono, considerando o tipo da lesão durante a escolha
da conduta terapêutica.
Figura 16 – (A) Ectrópio × (B) Entrópio
Fonte: Reprodução

Retração Palpebral
A causa principal desta afecção é a Orbitopatia de Graves (doença inflamatória autoimune,
relacionada à disfunção tireoideana), mas há outras causas, como excisão cirúrgica prévia
exagerada de pele e gordura, blefaroplastia com trauma de retratores, compensação de ptose
contralateral.

A retração é quando há um deslocamento superior da pálpebra superior ou a pálpebra inferior


desloca-se inferiormente, expondo a esclera e ameaçando a visão por causa de descompensação
da córnea.

Figura 17 – Retração palpebral à direita


Fonte: Reprodução

O tratamento é escolhido respeitando seu tipo e mecanismo fisiopatológico, com amplas


técnicas cirúrgicas e retratores. A orientação ao paciente é fundamental no processo de
recuperação, principalmente em casos de compensação de ptose contralateral, em que ele tenta
superar a alteração da ptose com uma maior abertura ocular no olho sadio, aumentando seu
tônus em repouso de forma inconsciente.

Celulite Orbitária
Nehemy e Passos (2015) consideram que este seja o principal motivo de órbita aguda em
crianças. A celulite orbitária é uma patologia que surge em consequência de quadros de sinusite
oculta em crianças e adolescentes.
Figura 18 – Celulite orbitária
Fonte: enteducationswansea.org

Pode ser dividida em pré e pós-septal. Veja a Figura a seguir:


Figura 19 – Pré × pós-septal
Fonte: Adaptada de GARRITY

Na pós-septal acontece diminuição da motilidade ocular, diplopia, dor, febre e prostração. São
casos considerados mais graves, nos quais há necessidade de internação hospitalar para
antibiótico terapia endovenosa de amplo espectro, a fim de evitar complicações como abscessos
cerebrais, meningite, sequelas neurológicas graves e óbitos; na pré-septal esses sintomas não
são presentes, respondendo bema tratamentos orais.

Xantelasma
Manifesta-se como uma lesão amarelada, de conteúdo lipídico, mais frequente no canto interno
da pálpebra. Pode estar associado a distúrbios de aumentos dos níveis de triglicérides e
colesterol no sangue. O tratamento é cirúrgico, indicado por razões estéticas ou quando
compromete a função.
Figura 20 – Xantelasma à direita
Fonte: Reprodução

Obstrução Ducto Nasolacrimal


Via congênita é a mais comum das obstruções que afetam o ducto nasolacrimal. A canalização
completa do ducto ocorre, aproximadamente, no oitavo mês de vida uterina, no entanto, alguns
recém–nascidos, mesmo atermos, podem apresentar essa canalização ainda não finalizada.
Observe a Figura a seguir:
Figura 21 – Obstrução da via lacrimal congênita
Fonte: Reprodução

A produção da lágrima não ocorre nos primeiros dias de vida, o que dificulta e retarda o
diagnóstico. Após 15 dias de vida, a obstrução se apresenta como lacrimejamento, aderência de
secreções nos cílios e fundo de sacos conjuntivais. A taxa de cura espontânea até 12 meses de
vida é de 90% (NEHEMY; PASSOS, 2015). O tratamento é feito com base em massagens,
denominada massagem hidrostática de Crigler, e uso de antibióticos tópicos em casos de
infecção.

Quando não há resultados no tratamento conservador após 12 meses de vida, é indicada a


sondagem das vias lacrimais para restabelecer a drenagem do fluxo lacrimal. A taxa de sucesso
da sondagem é de 90% até os dois anos de idade, com dois episódios de sondagem nesse
período. Caso a sondagem não resolva, há indicação de uma intubação das vias lacrimais com
um tubo de silicone.
Figura 22 – Sondagem das vias lacrimais
Fonte: Reprodução

Via adquirida é a dacriocistite, que consiste em um processo inflamatório crônico causado pela
obstrução do ducto. De causa desconhecida, porém há casos encontrados associados a traumas,
cirurgias prévias nos seis paranasais, cirurgias nasais e doenças sistêmicas, como tuberculose e
hanseníase.

Figura 23 – Dacriocistite aguda com fístula


Fonte: Reprodução

Há casos em que se evolui como complicação para uma tumoração no canto medial da pálpebra
com edema e hiperemia, que pode ser seguido de fístula, justificando a necessidade de
tratamento medicamentoso com antibióticos e anti-inflamatórios mesmo antes do tratamento
cirúrgico.
Em Síntese
As patologias oculares que acometem as pálpebras e vias lacrimais
podem ter diversas origens, causas e manifestações. Elas podem
comprometer de forma grave todo o aparelho ocular.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos

Canal Lacrimal Obstruído – Massagem


No vídeo proposto, você aprenderá a técnica adequada para realizar a massagem de
desobstrução do ducto lacrimal em bebês.

Canal lacrimal obstruído - Massagem


Apresentação

apresentacao_patologias_oculares_do_segmento_anterior

  0:00 / 2:33 1x  

Ptose Palpebral Congênita e Adquirida, Coloboma


Congênito, Hemangioma Congênito

a01u01_patologias_que_afetam_as_palpebras

  0:00 / 7:05 1x  

Hordéolo, Calázio, Blefarite

a02u01_hordeolo_e_calazio

  0:00 / 9:23 1x  
Triquíase e Distiquíase; Entrópio e Ectrópio; Retração
Palpebral

a03u01_ptose_palpebral_adquirida

  0:00 / 7:44 1x  

Celulite Orbitária, Xantelasma, Obstrução do Ducto


Nasolacrimal

a04u01_celulite_orbitaria

  0:00 / 4:45 1x  

Leitura

Entrópio Palpebral Severo Pós Cirurgia de Correção de Ptose


Neste artigo, você terá a oportunidade de conhecer um estudo de caso e entender sobre a
complicação cirúrgica frequente.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Fenômeno de Marcus Gunn: Diagnóstico Diferencial das


Ptoses Palpebrais na Criança
Neste artigo, você compreenderá sobre a síndrome de Marcus Gunn, sua fisiopatologia,
etiologia e tratamento.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Tratamento das Obstruções Congênitas do Ducto


Nasolacrimal
Neste artigo, você poderá se aprofundar sobre o tratamento das obstruções lacrimais mais
comuns.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
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ʪ Referências

CONTE, D. T.; MARQUES, M. V. Anatomia Globo Ocular. 2015. Disponível em:


<https://pt.slideshare.net/DanielaConte3/anatomia-globo-ocular-55366861>. Acesso em:
28/10/2019.

GOMES, J. A.; ALVES, M. R. Superfície ocular. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2011.

LIMA, A. L.; DANTAS, M. C.; ALVES, M. R. Doenças externas oculares e córnea. Rio de Janeiro:
CBO, 2014.

MARTINS, M. D. et al. Clínica médica. São Paulo: Manole, 2016.

NEHEMY, M.; PASSOS, E. Oftalmologia na prática clínica. Belo Horizonte: Folium, 2015.

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