Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
- Autossômica dominante incidência 1:5600.
- Segunda anomalia craniofacial mais comum! (depois de lábio leporino e fenda
palatina).
- Teoria prevalente um evento esporádico, possivelmente acelerado pela exposição
a agentes teratogênicos. Uma das teorias acredita como etiopatogenia a disrupção da
artéria estapédia com formação de hematoma na região. Existe outra teoria dos
teratógenos: talidomida, etanol, diabetes gestacional. Em resumo, a etiologia não é
conhecida.
- É provável que envolva um número de fatores, variando de genes anormais com
vários modificadores intrínsecos a danos extrínsecos, como agentes teratogênicos e
eventos vasculares.
- Geralmente ocorre entre o primeiro e o sétimo mês, portanto a grande variedade
das deformidades.
Embriologia
- Orelha serve de quadro de referência nesta síndrome devido à relação com o
desenvolvimento da mandíbula.
- As 2 principais divisões do órgão auditivo são derivadas de diferentes princípios
embriônicos: o órgão sensorial na orelha interna é derivado do otocisto ectodérmico; e
o aparelho de som das orelhas média e externa vem das estruturas branquiais.
- 1° sulco branquial torna-se o meato auditivo externo e canal.
- 1ª bolsa faríngea torna-se a tuba auditiva e a orelha média.
- Uma fina camada de tecido permaneceu conectando estas duas últimas estruturas,
formando a membrana timpânica.
- 1° arco branquial (Cartilagem de Meckel) mandíbula, martelo e bigorna.
- 2° arco branquial (Cartilagem de Reichert) estribo, processo estiloide da mandíbula
e a cartilagem hioide.
- 3° mês de gestação a orelha externa está formada pelo primeiro e segundo arcos
branquiais de ambos os lados do primeiro sulco branquial (primeiro meato auditivo
externo, raso, em forma de “funil”).
- 7° mês de gestação início da pneumatização do osso temporal.
- Ao nascimento meato auditivo externo já está completamente cartilaginoso;
orelha interna encontra-se completamente formada, orelhas média e externa
alcançam forma e tamanho adultos somente ao final da infância (6-7 anos).
- É geralmente aceito que o 1° arco branquial fornece as estruturas da parte anterior
da orelha e o 2° fornece as estruturas da orelha externa remanescentes.
- Maxila, osso palatino e osso zigomático derivam do processo maxilar do 1° arco
branquial.
- Mandíbula forma-se do processo mandibular.
- A Cartilagem de Meckel é o 1° maxila dos vertebrados inferiores e representa o
esqueleto temporário do 1° arco faríngeo. 3 regiões principais devem ser consideradas
(1) porção distal, incorporada à parte anterior do corpo da mandíbula; (2) porção
média, que dá origem ao ligamento esfenomandibular e contribui para o sulco milo-
hiodeo da mandíbula; e (3) porção proximal ou intratimpânica, que diferencia o
martelo, a bigorna e o ligamento maleolar anterior.
Patologia
A) Ossos:
- A hipoplasia também pode acometer estruturas adjacentes como osso
zigomático, processo pterigoide, processo mastoide, osso frontal, nervo facial,
músculos da mastigação, parótida, língua, palato mole, faringe, tecidos cutâneos e
subcutâneos (OBS: a porção petrosa do osso temporal é geralmente poupada).
- O defeito mais notável da MCF unilateral é a hipoplasia da mandíbula no lado
afetado o ramo é hipoplásico ou ausente, e o corpo se curva para cima.
- O queixo é desviado para o lado afetado.
- O lado “normal” também é afetado o aumento das estruturas de tecido
mole e duro no lado oposto pode representar um crescimento compensatório,
secundário à deficiência de crescimento no lado afetado.
- Característica patognomônica ANOMALIAS CONDILARES.
- A deficiência no crescimento mandibular está geralmente associada ao grau
de hipoplasia do côndilo.
- Inclinação do plano oclusal mais alta no lado afetado causada pelo ramo
pequeno e hipoplásico e pela hipoplasia do processo maxilar dentoalveolar ipsilateral
apinhamento dentário.
- Disparidades no eixo vertical das órbitas com ou sem microftalmia
frequentemente há achatamento do osso frontal ipsilateral com aparência de
plagiocefalia sem evidência radiográfica de sinostose coronal.
B) Tecidos Moles
Classificação de Meurman:
- Esta classificação não está correlacionada com a audição! A orelha não afetada
também apresenta anormalidades em sua estrutura e função e deve ser avaliada.
Perda congênita de audição pode se dever a orelha interna malformada, hipoplasia do
nervo coclear e núcleos auditivos do tronco cerebral, ou hipoplasia e má função dos
NC IX ao XII.
- 2 Teorias:
- Não é progressivo (o crescimento do lado afetado é paralelo com o
crescimento do lado normal).
- É progressivo (o lado afetado fica do mesmo jeito, enquanto o contralateral
cresce aumento da assimetria com a idade).
Diagnóstico Diferencial
Classificações
A) Pruzanski
B) Munro & Lauritzen
Tratamento (Algoritmo)
- Recém-nascido: intubação ou
traqueostomia se necessário. A DO
mandibular fez diminuir a necessidade de TQT nos últimos anos. Gastrostomia se não
suprir a demanda energética.
- Infância (4 aos 13 anos): duas escolhas para tratar a inclinação do plano oclusal
maxilar distração mandibular e bloqueador de mordedura ortodôntico ou distração
maxilomandibular combinada é realizada com uma corticotomia Le Fort I, e uma
osteotomia mandibular com dispositivo de distração. Reconstrução auricular (pelo
menos com 8 anos de idade) e reconstrução com retalhos livres microvasculares
(preferência paraescapular) e enxertos livres de gordura autógena.