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FRATURAS DO VISCEROCRÂNIO

Anatomia de Cabeça e Pescoço


Orientadora: Valéria Tostes
Discentes: Diogo Carvalho; Jordana de Pontes; Juliana Nascimento;
Pâmella Gomes e Sara Brandão
VISCEROCRÂNIO
• Corresponde aos ossos da Face. Nele, estão situados os orgãos
dos sentidos e o início dos sistemas respiratório e digestório.

Formado por 14 ossos:

6 Pares: 2 Ímpares:
2 Maxilas 1 Mandíbula
2 Nasais Vômer
2 Lacrimais

2 Zigomáticos
2 CNIs
2 Platinos

TERÇOS DO CRÂNIO

Terço Superior

Terços médio

Terço inferior
FRATURAS DE LE FORT

Fraturas transversais do maxilar foram descritas por


René Le fort no final do séc. XIX, sendo classificadas
em:

- Le Fort I

- Le Fort II

- Le Fort III
CLASSIFICAÇÃO LE FORT I
- Ocorre transversalmente pela maxila acima das raízes dentárias. O segmento
fraturado contém o rebordo alveolar, partes das paredes dos seios maxilares,
palato e a parte inferior do processo pterigoide do osso esfenóide.
- Conhecida como fratura horizontal da maxila
CLASSIFICAÇÃO LE FORT II
- Envolve Fratura dos ossos nasais e processo frontal da maxila.

- As Fraturas passam lateralmente, pelos ossos lacrimais, rebordo infraorbitário,


soalho da órbita e próximas ou através da sutura zigomaticomaxilar. As fraturas
continuam para trás, ao longo da parede lateral da maxila, pelas lâminas
pterigóideas e pela fossa pterigomaxilar.

- Conhecida como fratura piramidal.

CLASSIFICAÇÃO LER FORT III


- Na classificação Le Fort III, as fraturas geralmente ocorrem pelas suturas
zigomaticofrontal, frontomaxilar e nasofrontal, soalhos das órbitas, etmóide
e esfenóide. Há completa separação de todas as estruturas do esqueleto
facial médio e de seus ligamentos.

- A face se separa do crânio, sendo denominada assim, de disjunção


craniofacial.

FRATURAS DE MAXILA

As Fraturas de Maxila Podem ser


Classificadas conforme sua localização
Anatômica:

1- Fratura da Tuberosidade da Maxila

2- Fratura do Ramo Ascedente

3- Fratura Alveolar

4- Afundamento de Seio Maxilar


FRATURA DE TUBEROSIDADE MAXILAR

- Na extração do terceiro molar superior, a tuberosidade da


maxila, e, particularmente, sua extensão inferior em forma de
tubérculo logo atrás desse dente ficam ameaçados de fratura.

- Pode ocasionar comunicação bucossinusal.


FRATURA DE OSSOS NASAIS

- As fraturas nasais (FN) são as fraturas faciais mais frequentes, sendo ainda o
terceiro osso mais comumente fraturado do esqueleto humano. Tal fato ocorre
devido à sua posição proeminente na face e reduzida espessura dos seus ossos.
- Pequenas forças são suficientes para fraturar o osso nasal, enquanto forças
maiores podem causar fraturas cominutivas. Geralmente, agressões, quedas e
acidentes esportivos são os fatores etiológicos mais implicados no trauma nasal.
FRATURA DE OSSOS NASAIS

1- Fraturas isoladas de um osso nasal com deslocamento ínfero-lateral.

2- Separação dos ossos nasais na linha mediana e no processo frontal da maxila.


O septo nasal se mantém intacto.

3- Fratura em "livro aberto". Além da separação dos ossos nasais na linha


mediana e no processo frontal da maxila, o septo nasal fratura-se, ocasionando
um espalhamento dos ossos nasais. Comum em crianças.
FRATURA DE OSSOS NASAIS

4- Fratura dos dois osso nasais, com deslocamento póstero-inferior.

5- Fratura cominutiva dos ossos nasais e das partes anteriores da maxila e do


septo nasal. Na maioria das vezes ocorre deslocamento para baixo e para trás.

6- Fratura do septo nasal, com separação dos ossos do processo frontal da


maxila e elevação do dorso do nariz.
FRATURA DE OSSOS NASAIS

7- Fratura com esmagamento do nariz e comprometimento do espaço infra-


orbitário.
OSSO LACRIMAL

• O osso lacrimal pode ser encontrado na parede


medial da órbita.
• Ele abriga o saco lacrimal e sustenta o conteúdo
da órbita.
• É cercado anteriormente pela maxila,
superiormente pelo osso frontal e posteriormente
pelo osso etmoide.

- Dentre os inúmeros fatores etiológicos dos traumas faciais (brigas,


acidentes esportivos, ferimentos por armas de fogo - FAFs, etc), podemos
referir os casos de acidentes automobilísticos, nos quais as lesões faciais e
oculares decorrem do choque da face contra o pára-brisa ou painel,

- As fraturas da parte média da face podem causar inchaço, visão


dupla, dormência facial, afundamento do globo ocular, alteração do
modo como os dentes se encaixam entre si e/ou incapacidade de abrir a
boca totalmente.
- AS FRATURAS DO CORPO DO ZIGOMÁTICO, QUE ENVOLVEM O PROCESSO
FRONTAL, O PROCESSO MAXILAR, O ARCO ZIGOMÁTICO E A CRISTA
ALVEOLAR APRESENTAM TRAÇOS DE FRATURA QUE ENVOLVEM O REBORDO
INFRAORBITÁRIO.

- Impacto na parede lateral da órbita


deve ser absorvido pelo relativamente
fraco suporte esfenotemporal que é
formado pelo zigoma, lâmina orbitária
da grande asa do esfenóide e porção
escamosa do temporal. Se a
capacidade deste suporte em agüentar
o impacto for excedida, ocorrerá
deslocamento pela fratura da parede
lateral e a lâmina orbitária do
esfenóide pode impactar no ápice
orbitário ou na fossa média.
OSSO VÔMER
O vômer faz parte do septo nasal, na linha média do viscerocrânio, e cria
uma divisão entre os dois lados da cavidade nasal. Para ser preciso, o
vômer forma a porção póstero-inferior do septo, entre a placa
perpendicular do osso etmoide (ântero-superiormente) e o osso palatino
(póstero-inferiormente).

FRATURAS DO OSSO VÔMER

AS FRATURAS DO VÔMER PODEM


ESTAR RELACIONADAS A:
-FRATURA LE FORT I
- FRATURA DE SEPTO NASAL

FRATURA DE ZIGOMÁTICO

- Ele é um osso piramidal e apresenta um corpo robusto e quatro


processos: temporal, orbital, maxilar e frontal.
- As fraturas de complexo zigomático-orbitário (CZO) são as terceiras mais
comuns dentre as fraturas de face.
- O osso zigomático quando fraturado pode desencadear ao paciente
problemas de acuidade visual do tipo oftalmoplegia e diplopia.
FRATURA DE ZIGOMÁTICO

- Além dos problemas de acuidade visual, outros sintomas e sinais


clínicos são relatados: dor, edema, equimose periorbitária, derrame
subconjuntival, assimetria facial e parestesia. As principais causas de
fraturas CZO são acidentes automobilísticos, agressões físicas e traumas
esportivos.
CLASSIFICAÇÕES DE KNIGHT E NORTH
CLASSIFICAÇÕES DE KNIGHT E NORTH
CLASSIFICAÇÕES DE KNIGHT E NORTH
CLASSIFICAÇÕES DE KNIGHT E NORTH
PALATO
Forma o teto curvo da boca e o assoalho da cavidade

nasal. A sua porção oral, é coberta por túnica mucosa e

densamente povoada por glândulas. Divide-se em:

PALATO DURO: Formato côncavo, espaço onde a língua

fica em repouso. É formado por um esqueleto ósseo,

resultado dos processos palatinos da maxila e das lâminas

horizontais do palatino.

PALATO MOLE: Terço posterior e móvel do palato.

Suspenso posteriormente ao palato duro. Não possui

nenhum esqueleto ósseo, mas ter um reforço da

aponeurose palatina, que o fixa no palato duro.

Em sua porção posteroinferior possui uma margem livre

curva da qual pende um processo cônico, a ÚVULA.


FRATURA Fraturas isoladas do palato são raras

DE PALATO
De 8% a 13% das fraturas Le Fort
são complicadas pela presença de
fraturas palatais concomitantes;

LACERAÇAO DO LÁBIO,

GENGIVA E PALATO;

ALTERAÇÃO NA OCLUSAO, COM O


SEGMENTO MAXILAR DESLOCADO
ANTEROLATERALMENTE.

CLASSIFICAÇÃO
Segundo Hendrickson
Tipo I: Fratura alveolar
*Tipo Ia: Alvéolo anterior; apenas os dentes incisivos
associados ao alvéolo *Tipo Ib: Posterolateral; contém
pré-molares, molares e associados ao alvéolo
Tipo II: Fratura sagital, uma divisão da linha média
palatina; ocorre por causa de uma falta de ossificação
da sutura palatina mediana
Tipo III: Fratura parasagital; padrão de fratura mais
comum em adultos (63%) por causa do osso fino
parassagitalmente; fratura-padrão difere do tipo de
fratura Ia pela inclusão do canino maxilar.
Tipo IV: Fratura para-alveolar; ocorre palatal aos alvéolos
maxilares e incisivos
Tipo V: Fratura cominutiva complexa; múltiplos segmentos
fraturados
Tipo VI: Fratura transversa, rara; envolve uma divisão no
plano coronal
Obs: Quando fratura-se o Hâmulo pterigóide, o
palato mole cai, porque o musculo tensor do veu
palatino perde sua sustentaçao.

TRATAMENTO

O planejamento do tratamento cirúrgico depende: do tipo de fratura, da


presença ou qualidade da dentição e das fraturas faciais concomitantes.
Depende, também, da situação clínica e inclui a possível aplicação de fixação
interna rígida, barras dentárias e splints acrílicos palatinos. O uso de fixação
rígida nas fraturas palatais é raro.

FRATURA DE MANDÍBULA
Ao falarmos de trauma facial a mandíbula
é o osso da face que mais frequentemente apresenta
fraturas devido a sua proeminência. Os fatores etiológicos
das fraturas mandibulares são acidentes automobilísticos
e motociclísticos, quedas, agressões físicas e acidentes
esportivos. E dependendo da força do impacto, a
mandíbula sofrerá com um ou múltiplos traços de fratura.

CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS
Fratura Simples ou fechada: uma

fratura que não produz uma

ferida aberta em contato com

o ambiente externo,

Composta ou aberta: uma


fratura na qual uma ferida
externa, envolvendo a pele,
mucosa ou ligamento
periodontal.
Cominutiva: uma fratura na
qual o osso é estilhaçado ou
Esmagado, por exemplo:a s
fraturas causadas por projéteis
de armas de fogo (PAFs).

Galho verde: uma fratura

em que uma cortical

óssea está quebrada e a

outra cortical óssea,

dobrada.
Fraturas favoráveis: São
aquelas em que a ação
muscular atua aproximando
os fragmentos ósseos.

Fraturas Desfavoráveis: São aquelas em


que a ação muscular atua afastando os
fragmentos ósseos.
FRATURA BIPARASSINSÁRIA

Essa fratura acomete a parassífise de


forma bilateral, e possui risco de óbito ao
indivíduo se não socorrido imediatamente
pois, corre o risco de asfixia com a
própria língua.
Múltiplas: uma variedade na qual existem duas ou
mais linhas de fratura no mesmo osso, que não se
comunicam uma com a outra.
Impactada: uma fratura na qual um fragmento é
firmemente levado a outro
Patológica: Fratura que ocorre em razão de uma
lesão ou alguma doença óssea existente
Indireta: Fratura que ocorre distante do local do
trauma .
Quanto à localização, de acordo com Fonseca e

colaboradores (2015), os sítios mais acometidos são

ângulo (30%), côndilo (23%), sínfise (22%), corpo

(18%), ramo (2%) e processo coronóide (1%).


PELA ATENÇÃO DE TODOS !
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TEIXEIRA, LMS; REHER, PETER; REHER, VGS. Anatomia Aplicada a


Odontologia. 3° edição. Rio de Janeiro - R: editora Guanabara Koogan,
2020.
MADEIRA, MC; RIZZOLO, RJC. Anatomia da Face. 8° edição. São Paulo -
SP: editora Savier, 2017.
PRADO, R; SALIM, M. Cirurgia Bucomaxilofacial: Diagnóstico e
Tratamento. Editora Medsi, 2004.
MONNAZI, MS; et al. Manejo das fraturas nasais com manutenção das vias
aéreas superiores. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.10 no.2
Camaragibe Abr./Jun. 2010

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONAMOMI, M.T.B.C et al - Ferimento Perfurante em Globo Ocular em


Adultos.
DINGMAN, R.O ; NATVIG, P. - Cirurgias das Fraturas Faciais
MERLE, H ; GERARD, M. ; RAYMUND, M. - Isolated Medial Orbital Blow-
Out Fracture With Medial Rectus Entrapment
Frederico Gonzaga. Estudo dos Traumas de Face Atendidos e Tratados
Cirurgicamente no Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda
Gomes, no ano de 2012. TCC.
DINGMAN, R.O ; NATVIG, P. - Cirurgias das Fraturas Faciais.
BONAMOMI, M.T.B.C et al - Ferimento em Globo Ocular em Adultos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonseca et al. Trauma Bucomaxilofacial. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015

Hupp JR et al. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6ª ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2015

http://fctbmf.blogspot.com/2012/02/principios-de-tratamento-das-
fraturas.html?m=1 (Data do acesso 11/07/2022)
imagens: sanar

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