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1. Osteologia
2. Seios Paranasais
3. Zonas de Resistência e Fragilidade da Face
4. Miologia
5. Anatomia do Pescoço
6. Articulação Temporomandibular (ATM)
7. Cavidade Bucal
8. Vascularização Sanguínea
9. Sistema e Drenagem Linfática
10. Inervação da Face
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Osteologia
Podemos dividir o crânio em duas regiões:
Neurocrânio: Osso frontal; etmoide; esfenoide e occiptal (ímpares); temporais e parientais (pares). 8
ossos no total
Viscerocrânio: Mandíbula e vômer (ímpares); maxilas; conchas nasais inferiores; zigomáticos; palatinos;
nasais e lacrimais (pares). 14 ossos no total
FRONTAL
ESFENÓIDE
NASAL LACRIMAL TEMPORAL
ZIGOMÁTICO PARIENTAL
MAXILA
PALATO ETMÓIDE
ESFENÓIDE
VÔMER
OCCIPTAL
Cada osso apresenta estruturas e processos importantes. Estude as imagens a seguir e identifique-as
nas linhas abaixo:
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Norma Facial
Maxila & Mandíbula
Secção Sagital Mediana
Norma Vertical
Norma Lateral
Secção Sagital Mediana
Norma Occiptal
Norma Basilar
Cavidade do Crânio
Gabarito
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Forames
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Cavidades
Órbita
Nasal
Vascularização: A. Oftálmica (artéria etmoidal anterior); A. Carótida Externa (artéria maxilar e artéria
esfenopalatina)
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Seios Paranasais
Cavidades pneumáticas em alguns ossos do crânio que se relacionam diretamente com a cavidade
nasal, com funções de diminuição do peso craniano, aumento da superfície da cavidade nasal
condicionando o ar e sendo uma caixa de ressonância da voz.
Seio Frontal
Localizado entre as lâminas externa e interna do osso frontal, posterior aos arcos superciliares e à raiz
do nariz. Drena pela cavidade nasal através do ducto frontosal pela sua porção meato nasal médio e
infundíbulo etmoidal. É inervado pelo nervo oftálmico (n. supraorbital e n. supratroclear).
Seio Etmoidal
Localizado entre a cavidade nasal e a órbita, é formado por um conjunto de pequenas cavidades
chamadas de células etmoidais localizadas no interior da massa lateral do osso etmoide. Possui 3
grandes grupos de células (anterior, médio e posterior). Sua drenagem ocorre pelas células posteriores
e anteriores, através dos seus meatos nasais médios e superiores. Inervado pelo nervo oftálmico (n.
etmoidal – anterior e posterior).
Seio Esfenoidal
Localiza-se no corpo do esfenoide e apresenta relação com a hipófise. É drenado pelo meato nasal
superior (recesso esfeno-etmoidal). Sua inervação é feita pelos nervos oftálmico (n. etmoidal posterior) e
nervo maxila (ramo faríngeos).
Seio Maxilar
Localizado no corpo da maxila, apresenta 3 paredes (lateral da fossa nasal; superior ou orbitária ou teto
do seio ou soalho da órbita; parede antero-lateral ou malar ou superfície anterior do corpo da maxila).
Está em íntima relação com os dentes superiores. Drenado pelo meato nasal médio (óstio sinusal
maxilar) e inervado pelo nervo maxilar (ramos alveolares sup. méd. e post.)
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Zonas de Resistência e Fragilidade da Face
Maxila
Forma com o esqueleto fixo da face uma unidade presa à base do crânio
Estrutura complexa e resistente recebe a carga mastigatória e transmite dos
dentes até o crânio
Localiza-se próximo a cavidades importantes: Órbita, Seio Maxilar,
Cavidades Nasal e Bucal, Fossa Intratemporal (espaço e resistência)
Maior parte das paredes são finas, não há músculos potentes fixos a ela. Existem Áreas de Reforço
= Pilares de Sustentação e Áreas que Não Transmitem Forças Mastigatórias = Reabsorção
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Verticais
Nasomaxilar
Zigomáticomaxilar
Pterigomaxilar
Horizontais
Supra Orbital
Rebordo Infraorbitário
Arco Zigomático
Zonas de Fragilidade
Perpendiculares às zonas de resistência
Maioria horizontais
Maxila se relaciona com outros ossos dificilmente se fratura sozinha
Fraturas Le Fort
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Mandíbula
Osso bem mais resiliente que a maxila
Além de suportar forças mastigatórias oclusais, como a maxila,
ainda resiste à ação de todos os músculos da mastigação, que nela se
inserem
Suporta carga mastigatória e transmite até o crânio, através da ATM
Corticais ósseas bastantes espessas
Trabeculado esponjoso orientado para distribuir forças
adequadamente
Zonas de Resistência
Percurso das forças oclusais até a ATM
Constituem a trajetória de forças na mandíbula
Dissipam forças na mandíbula até o crânio através da ATM
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Zonas de Fragilidade
Perpendiculares às zonas de resistência
Maioria verticais
Zonas de Força
A mandíbula desenvolve zonas de tração e de força de compressão durante a função normal
A localização dessas zonas depende da direção, da localização e da magnitude de força, pressão ou
carga aplicada
Uma compreensão da biomecânica é necessária não só para prever os padrões de lesão, mas
também para avaliar a eficácia das técnicas de fixação
Fraturas Mandibulares
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Miologia
Pinte as imagens e identifique o músculo colorindo o quadro a seguir com as mesmas cores usadas.
*scanners do livro Anatomia da Face por Miguel Carlos Madeira
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Músculo Origem Inserção Função
Orbicular da boca Quase todo cutâneo; fóveas Pele e mucosa dos lábios; septo Comprime os lábios
1 incisivas da maxila e mandíbula nasal contra os dentes;
fecha a boca; protrai
os lábios
Levantador do lábio Margem infraorbital Lábio superior Levanta o lábio
2 superior superior
Levantador do lábio Processo frontal da maxila Asa do nariz e lábio superior Levanta o lábio
3 superior e da asa do superior e a asa do
nariz nariz (dilata a narina)
4 Zigomático menor Osso zigomático Lábio superior Levanta o lábio
superior
Levantador do ângulo da Fossa canina da maxila Ângulo da boca Levanta o ângulo da
5
boca boca
Zigomático maior Osso zigomático Ângulo da boca Levanta e retrai o
6
ângulo da boca
Risório Pele da bochecha e fáscia Ângulo da boca Retrai o ângulo da
7 massetérica boca
Bucinador Processos alveolares da maxila Ângulo da boca Distende a bochecha
e da mandíbula na região molar; e a comprime de
8 ligamento pterigomandibular encontro aos dentes,
retrai o ângulo da
boca
Abaixador do ângulo da Base da mandíbula, acima da Ângulo da boca Abaixa o ângulo da
9 boca origem do depressor do ângulo boca
da boca
Abaixador do lábio Base da mandíbula, acima da Lábio inferior Abaixa o lábio
10 inferior origem do depressor do ângulo inferior
da boca
Mentoniano Fosse mentoniana, acima do Pele do mento Enruga a pele do
11 tubérculo mentoniano mento, everte o lábio
inferior
Orbicular do olho Quase todo cutâneo; ligamentos Pálpebras e pele periorbital Fecha as pálpebras e
13 palpebrais; lacrimal e maxila as comprime contra o
olho
Occipitofrontal Aponeurose epicrânica Pele do supercílio; região Puxa a pele da fronte
14
occiptal para cima
Prócero Osso nasal Pele da glabela Puxa a pele da
15
glabela para cima
Corrugador do supercílio Margem supraorbital do frontal Pele da extremidade lateral do Puxa o supercílio
16 supercílio medialmente
Nasal Eminência canina; narina Dorso do nariz Comprime a narina
17 (parte transversa);
dilata a narina (parte
alar)
Masseter Arco zigomático Ângulo da mandíbula, Fecha a mandíbula
18 tuberosidade massetérica
Osso Hióide
É um osso em forma de “U” localizado na porção ântero-superior do pescoço, entre a laringe e a
mandíbula
Não se articula com nenhum outro osso
Está suspenso pelos ligamentos estilo-hioideos, que se fixam nos processos estilóides do crânio
(osso temporal)
Fixa-se aos músculos supra e infra hiódeos.
Músculo Esternocleidomastóideo
Origem em duas porções: Parte Esternal – manúbrio do esterno, lateralmente à incisura jugular.
Parte Clavicular – face superior do terço medial da clavícula.
Inserção: Suas fibras se dirigem superiormente e se inserem no processo mastóide do temporal e
linha nucal superior do occipital.
Função: Bilateralmente, flete o pescoço e unilateralmente promove inclinação lateral da cabeça e
rotação levando a face para cima e para o lado oposto.
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Músculos Supra e Infra – Hióideos
Supra-Hióideos
1 e 2. Músculo Digástrico
Origem em dois pontos: Ventre anterior: origina-se da fossa digástrica da mandíbula. Ventre
posterior: origina-se do processo mastóide do temporal
Inserção: Os 2 ventres se inserem no tendão intermediário, o qual se liga ao corpo do hióide por
uma alça fibrosa.
Função: Deprime a mandíbula e eleva e estabiliza o hióide, durante a deglutição e a fala.
3. Músculo Estilo-Hióideo
Origem: processo estilóide do temporal
Inserção: no corpo do hióide.
Função: Eleva e retrai o osso hióide, alongando o assoalho da boca.
4. Músculo Milo-Hióideo
Origem: linha miloióidea da mandíbula
Inserção: rafe mediana e corpo do hióide.
Função: Eleva o osso hióide, o assoalho da boca e língua.
5. Músculo Gênio-Hióideo
Origem: espinha mental inferior da mandíbula
Inserção: no corpo do hióide.
Função: Traciona o hióide para frente e para cima; encurta o assoalho da boca e alarga a faringe.
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Infra-Hióideos
Músculo Omo-Hióideo
Origem: borda superior da escápula, próximo à incisura supraescapular
Inserção: borda inferior do hióide.
Função: Deprime e retrai o hióide, além de estabilizá-lo.
Músculo Esterno-Hióideo
Origem: manúbrio do esterno e da extremidade medial da clavícula
Inserção: borda inferior do corpo do hióide.
Função: Deprime o osso hióide.
Músculo Tireo-Hióide
Origem: cartilagem tireóidea da laringe
Inserção: borda inferior do corno e corno maior do osso hióide.
Função: Deprime o hióide e eleva a laringe.
Músculo Esternotireóideo
Origem: face posterior do manúbrio do esterno
Inserção: cartilagem tireóide da laringe.
Função: Deprime o hióide e a laringe.
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Articulação Temporomandibular (ATM)
Anatomia da Articulação Temporomandibular
É uma articulação sinovial, condiliana, do tipo gínglimo, com superfícies fibrocartilaginosas e não de
cartilagem hialina e possui um disco articular.
Componentes:
1. Cartilagem articular
2. Disco articular
3. Cápsula articular
4. Músculo Pterigoideo Lateral
Líquido sinovial
Membrana sinovial
Eminência articular
Osso temporal
Cabeça da mandíbula (Côndilo)
Fossa mandibular
Ligamentos
Zona Bilaminar
Cartilagem Articular
Tecido conjuntivo fibroso, avascular, que recobre as superfícies ósseas da articulação, denominadas face articular
temporal e face articular condilar. Responsável e apropriado para receber forças mastigatórias, sendo mais
espessa nos pontos de maior atrito ou força e também possui maior capacidade de regeneração pela presença
de fibrocartilagem (diferente da cartilagem hialina na maioria das articulações).
Disco Articular
Estrutura de forma ovulada, fina, situada entre o côndilo da mandíbula e a fossa mandibular
Divide a articulação em parte superior e inferior
Sua face superior é côncavo-convexa para se ajustar ao tubérculo e fossa mandíbular. Sua face
inferior é côncava para ajustar ao côndilo da mandíbula.
É vascularizado e inervado nas áreas periféricas e na parte central é avascular e aneural.
Ele é dividido em 3 porções:
Anterior: espessa porção se localiza anteriormente ao processo condilar da mandíbula com a boca
fechada.
Intermediária: está localizada ao longo do tubérculo articular com a boca fechada.
Posterior: localizada superiormente ao processo condilar da mandíbula com a boca fechada.
Membrana Sinovial
Tecido conjuntivo ricamente vascularizado, localizada no interior da ATM fora das áreas de atrito, responsável
pela produção do líquido sinovial. Existem duas membranas sinoviais, uma para cada compartimento da ATM.
Líquido Sinovial
Líquido bastante viscoso, rico em ácido hialurônico, responsável pela lubrificação do interior da
articulação, pela nutrição e proteção biológica da ATM. Confere viscosidade, elasticidade e plasticidade
à articulação.
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Cápsula Articular
Se origina a partir da borda da fossa mandibular, envolve o tubérculo articular do osso temporal e
se insere na mandíbula acima da fóvea pterigoide. É tão solto que a mandíbula pode naturalmente
se deslocar anteriormente sem danificar as fibras da cápsula.
Outra função da cápsula articular é a propriocepção.
Superfície interna ou membrana sinovial: Recobre o côndilo, a eminência articular e o disco articular. As
células sinoviais formam o líquido sinovial, que permite a nutrição da cartilagem avascular das
superfícies articulares e que tem função de lubrificante para reduzir a fricção. O líquido sinovial confere
viscosidade, elasticidade e plasticidade à articulação.
Superfície externa ou fibrosa: Formada por tecido conjuntivo denso, fibroso, reforçada na sua superfície
lateral, onde se forma o ligamento temporomandibular.
Ligamentos
Juntamente com os músculos, os ligamentos proporcionam estabilidade a ATM.
O ligamento de maior importância é o Temporomandibular (Lateral), que se forma a partir da face
lateral da cápsula articular.
Existem ainda os ligamentos Esfenomandibular e o Estilomandibular.
Ligamento Estilomandibular
É um ligamento acessório, composto por um espessamento da fáscia cervical profunda. Estende-se do
processo estiloide para a margem posterior do ângulo e ramo da mandíbula. Tem uma função de
ajudar a limitar a protusão anterior da mandíbula.
Zona Bilaminar
Porção mais posterior da articulação temporomandibular, é formada por um estrato superior, que
está sujeito dorsalmente ao processo glenoide, ao conduto auditivo ósseo, à porção cartilaginosa do
conduto auditivo e à fáscia da glândula parótida. Já o estrato inferior insere-se na porção posterior
do côndilo e é responsável pela estabilização do disco sobre o côndilo.
Entre eles encontra-se o plexo vascular da ATM com grande quantidade de vasos, nervos e tecido
conjuntivo.
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Posturas da ATM e da Mandíbula
Relação Cêntrica – Côndilo-disco está mais superior e anterior na fossa mandibular
Máxima Intercuspidação Habitual – Dentes superiores contatam os inferiores
Repouso – Dentes não estão em oclusão
Rotação – Côndilos giram no seu longo eixo
Translação – Côndilo caminha anteriormente
Abaixamento – Abertura da boca
Protrusão e Retrusão – Boca para frente e para trás.
Etiologia
Complexa e multifatorial:
Fatores predisponentes
Fatores desencadeantes
Fatores perpetuantes
Exames de Imagem
1. Radiografia
Permite visualizar morfologia condilar alterada.
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2. Artrografia
Uma solução de contraste a base de iodo é injetada no espaço inferior da cápsula articular e em
seguida feito tomadas radiográficas.
3. Tomografia Computadorizada
Ressonância Magnética
Não invasivo, utiliza um campo magnético para a obtenção da imagem, sem necessidade de contraste.
Permite avaliar tecidos moles e porção medular dos tecidos ósseos. Contraindicada em pacientes com
implantes metálicos, como portadores de marca-passos.
Tomadas em T1 – Quanto maior a quantidade de gordura mais radiopaco e brilhante irá aparecer
na imagem. Indicada para avaliar anatomia e o deslocamento do disco.
Tomadas em T2 – Quanto maior teor de água do tecido, maior radiopacidade e brilho na imagem.
Indicada para identificar processos inflamatórios, derrame articular e inflamação sinovial (efusão).
Sinais e Sintomas
Dor na região pré-auricular
Dor semelhante a dor de ouvido
Estalidos
Travamento fechado
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Cavidade Bucal
A cavidade bucal faz parte do sistema estomatognático: é a porção inicial do tubo digestório, onde
ocorre a mastigação. Participa da fonação e pode ser descrita como um espaço oval limitado ântero-
lateralmente pelos lábios, bochechas, dentes e alvéolos; superiormente pelo palato e inferiormente pelo
soalho da cavidade bucal.
A cavidade Bucal encontra-se dividida pelos arcos dentais em duas porções:
Anterior – Vestíbulo bucal: delimitada por lábios, bochechas, dentes e alvéolos.
Posterior – Cavidade bucal propriamente dita: delimitada da face lingual dos dentes até o istmo da
garganta.
A cavidade oral é revestida pela mucosa oral.
Mucosa Oral
Funções:
Mobilidade – Adaptada às condições locais de cada região.
Sensibilidade – Variável de região para região. Alta nos lábios e na língua. Baixa nas bochechas e no
assoalho.
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Proteção – Mecânica, bacteriostática (calprotectina), imunológica (anel linfático de Waldeyer).
Digestão – Amilase salivar.
Absorção – Transepitelial.
Excreção – Excreção de substâncias pelo fluido gengival.
Paredes – Limites
Constituída por 6 paredes:
Parede anterior ou lábios
Duas paredes laterais ou bochechas
Parede superior ou palato
Parede inferior ou soalho
Parede posterior ou véu palatino
Lábios
Os lábios formam o limite anterior da cavidade oral. O encontro do lábio superior com o inferior de
cada lado da rima bucal constitui a comissura labial. O filtro labial é uma depressão rasa na linha
mediana do lábio superior. Os lábios estão em contato com a mandíbula em repouso.
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O lábio superior apresenta um sulco mediano largo e raso, o sulco subnasal. Encontra-se separado
da bochecha por um sulco nasolabial que corre obliquamente da asa do nariz ao ângulo da boca.
O lábio inferior encontra-se separado do mento por um sulco mentolabial.
A face posterior dos lábios esta relacionada com o vestíbulo bucal e os arcos dentais, sendo
revestida por uma mucosa de aspecto liso e rosa. Na linha mediana, pregas sagitais da mucosa
unem os lábios a gengiva, correspondente aos freios labiais.
A face anterior (borda livre) constitui a região de coloração rósea-avermelhada, que caracteriza
clinicamente a zona vermelha do lábio. O epitélio é fino e levemente queratinizado, permitindo a
translucidez dos numerosos e ricos capilares.
Revestimento
Pode ser dividido em 4 camadas:
Externa – Pele e folículos pilosos e glândulas sudoríparas
Muscular – Músculo orbicular da boca
Submucosa – Glândulas salivares menores
Mucosa oral – Revestimento interno, pode apresentar glândulas
sebáceas chamadas de grânulos de Fordyce.
Histologia do Lábio
Zonas: Pele, transição (vermelhão) e mucosa interna.
Transição: Epitélio ceratinizado delgado e córion rico em vasos sangüíneos.
Mucosa: Epitélio não ceratinizado espesso, córion denso não modelado, submucosa frouxa com
glândulas salivares e adipócitos, e camada muscular externa.
Bochechas
Região quadrilátera, limitada anteriormente pelo sulco nasolabial, posteriormente pela borda anterior
do ramo da mandíbula, inferiormente pela linha oblíqua e superiormente pela borda inferior do
zigomático. A bochecha é o limite lateral da cavidade oral. É constituída de pele fina e ricamente
vascularizada.
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Componentes
Músculo Bucinador
Corpo adiposo da bochecha (Bichectomia)
Glândulas salivares (Bucais)
Glândulas sebáceas (Fordyce)
Perfurada pelo ducto parotídeo, causando uma projeção da mucosa
denominada de papila parotídea, ao nível do 2º molar superior.
Histologia
Mucosa jugal, semelhante à mucosa labial, com adição de glândulas sebáceas na submucosa.
Palato
Forma o teto da cavidade bucal e o soalho da cavidade nasal
Dividido em palato duro (2/3 anteriores – palato ósseo – mucosa mastigatória) e palato mole (terço
posterior – músculos e tecido fibroso – mucosa de revestimento)
O mucoperiósteo do palato apresenta rafe mediana que termina na papila incisiva.
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Língua
Situada na cavidade bucal propriamente dita (e parte na orofaringe), é um órgão muscular, que tem
importante função na gustação, fonação, sucção, mastigação e deglutição.
Prende-se ao soalho bucal, mandíbula, ao osso hióide, ao processo estilóide e ao palato
Divide-se em dorso (corpo e base) e ventre lingual.
O corpo da língua constitui os dois terços anteriores do dorso da língua e apresenta uma grande
quantidade de pequenas projeções da mucosa chamadas papilas linguais.
Papilas Filiformes – Alongadas e cônicas, apresentam um eixo de tecido conjuntivo denso recoberto por
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, têm de 2 a 3 mm de comprimento e recobrem
praticamente todo o dorso do corpo da língua. Não apresenta botões corpúsculos gustativos (descritos
abaixo).
Papilas Fungiformes – Distribuídas isoladamente entre as papilas filiformes, são mais numerosas nos
lados, bem como próximo ao ápice da língua. Como o próprio nome se refere, têm forma de cogumelo
e apresentam uma região central de tecido conjuntivo denso, rico em capilares sanguíneos, e são
recobertas por epitélio estratificado não queratinizado. Apresentam poucas papilas gustativas.
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Papilas Circunvaladas – São as maiores papilas, localizadas afundadas na mucosa, mas sobressaindo-se
ligeiramente sobre a superfície da língua. Essas papilas são circundadas por uma fenda. Nas superfícies
laterais, encontramos numerosos corpúsculos gustativos. Glândulas serosas (de Von Ebner), cujas
porções secretoras estão localizadas entre o tecido muscular subjacente, desembocam no fundo das
fendas. A secreção dessas glândulas “limpam” continuamente a superfície dos botões gustativos,
deixando-os sempre prontos para um novo estímulo. As papilas circunvaladas desenham o “V” lingual, e
são em número que varia de oito a 12.
Papilas Foliáceas – Têm botão gustativo e estão envolvidas com um tipo de captação de sabor. O
epitélio forma projeções, e tem muitas glândulas de Von Ebner em baixo.
Inervação da Língua
A inervação motora dos músculos extrínsecos e intrínsecos da língua é
feita pelo nervo hipoglosso (XII par de nervo craniano). A inervação
sensitiva da língua envolve vários nervos.
N. lingual (V3 par): Responsável pela sensibilidade geral dos 2/3
anteriores da língua.
N. glossofaríngeo (IX par): Responsável pela sensibilidade geral e
gustativa do 1/3 posterior da língua.
N. corda do tímpano (VII par): Responsável pela sensibilidade
gustativa dos 2/3 anteriores da língua.
N. vago (X par): Responsável pela sensibilidade gustativa da
epiglote através do ramo laríngeo interno.
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Os músculos intrínsecos estão dispostos em três planos que se cruzam em ângulo reto (longitudinal,
transversal e vertical).
Além dos músculos intrínsecos, existem também músculos estriados esqueléticos que se estendem
da língua para a mandíbula, processo estiloide do crânio e palato mole, chamados de músculos
extrínsecos, e que são responsáveis por mudar a posição do órgão.
Extrínsecos Intrínsecos
M. Palatoglosso M. Longitudinal Superior da Língua
M. Genioglosso M. Longitudinal Inferior da Língua
M. Hioglosso M. Transverso
M. Estiloglosso M. Vertical
*scanners do livro Anatomia da Face por Miguel Carlos Madeira
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Região Mucogengival e Dentes
A mucosa que recobre o osso alveolar até o colo dos dentes, divide-se em
periodonto de proteção e mucosa alveolar.
Saliva
Funções:
Umidificar e lubrificar a mucosa oral e os alimentos.
Digestão de carboidratos e lipídios – amilase e lipase.
Antibacteriano – IgA, lisozima e lactoferrina.
Manter pH da cavidade oral.
Proteção dos dentes – Película protetora.
Glândulas Salivares
Glândulas exócrinas produtoras de saliva (700 a 1200 ml/dia).
Glândulas Salivares Menores Glândulas Salivares Maiores
Dispersas na cavidade oral Parótidas, submandibulares e sublinguais.
10% do volume de saliva. 90% do volume de saliva.
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Células Serosas – Piramidal, base larga sobre lamina basal, ápice com microvilos, núcleo arredondado,
abundante RER na base. Grânulos secretores, ricos em ptialina na região apical.
Células Mucosas – Núcleo achatado próximo a base, menos RER e grânulos de secreção. Maior
componente de glicoproteínas – mucina – na secreção.
Células Intercalares – Células cúbicas pequenas.
Células dos Ductos Intra-lobulares (Estriados) – Ductos maiores circundados de TC se reúnem e formam
o ducto terminal (principal) libera a saliva na cavidade oral.
Células Mioepiteliais (Células em Cesta) – Prolongamentos com actina e miosina. Envolve os ácinos e
ductos intercalares. Facilita a liberação do produto secretor e evita a distenção.
Sistema de Ductos
Ducto Intercalar: Células cuboideas.
Ducto Estriado: Estrias radiais da base ao núcleo.
Ducto Intralobular: Intercalar + estriado.
Ducto Interlobular ou Excretores: Localizados nos septos conjuntivos.
Ducto Terminal ou Principal: Desemboca na cavidade oral.
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Vascularização Sanguínea
Artérias
1. Carótida Comum
2. Carótida Interna
3. Carótida Externa
4. Tireóidea Superior
5. Lingual
6. Facial
7. Submentoniana
8. Labial Inferior
9. Labial Superior
10. Angular
11. Occipital
12. Auricular Posterior
13. Faríngea Ascendente
14. Temporal Superficial
15. Frontal
16. Pariental
17. Maxilar
18. Meníngea Média
19. Alveolar Inferior
20. Temporais Profundas
21. Bucal
22. Alveolar Superior Posterior
23. Infraorbital
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Veias
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Sistema Linfático
1. L. Occipitais
2. L. Parotídeos
3. L. Faciais
4. L. Mastóideos
5. L. Submentonianos
6. L. Submandibulares
7. L. Cervicais Superficiais
8. L. Cervicais Profundos
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Drenagem Linfática
L. Parotídeos
L. Submentonianos
L. Submandibulares
L. Cervicais Superficiais
L. Cervicais Profundos
L. Jugulodigástrico
L. Júgulo-omo-hióideo
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Inervação da Face
A inervação da cabeça e do pescoço é feita por 12 pares de nervos cranianos. Esses nervos são
classificados de acordo com o tipo de fibras os quais possuem. Ou seja, os nervos olfatório (I), óptico (II)
e vestíbulo-coclear (VIII) são sensitivos pois possuem fibras aferentes que se ligam a receptores
periféricos e conduzem os estímulos destes para o SNC. Já os nervos oculomotor (III), troclear (IV),
abducente (VI), glossofaríngeo (IX), acessório (XI) e hipoglosso (XII) são motores, pois possuem nervos
eferentes que conduzem estímulos do SNC para órgãos efetores (músculo, glândulas). E os nervos
trigêmeo (V), facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X) são classificados como misto por possuírem os
dois tipos de fibras.
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Nervo Trigêmeo
Corresponde ao V (Quinto) para craniano, é um nervo misto pois possui componentes aferentes
(sensitivos – sensibilidade somática) e eferentes (motores – músculos da mastigação).
Nervo misto
Fibras eferentes e aferentes
Origem aparente encefálica – Entre a ponte e o pendúnculo cerebelar médio
Origem real da porção motora – Núcleo motor do nervo trigêmeo
Origem real da porção sensitiva – Gânglio Trigeminal
Glânglio Trigeminal
1. Gânglio Trigeminal
2. N. Oftálmico
3. N. Maxilar
4. N. Mandibular
5. N. Trigêmeo
6. Dura-máter da fossa média do crânio
7. Dura-máter da fossa posterior do crânio
8. Forame redondo
9. Forame oval
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Um único neurônio não é capaz de ir da periferia (onde
capta o estímulo) ao córtex cerebral (onde o estímulo é
interpretado), assim temos muitas vezes mais neurônios
envolvidos neste processo que chamamos de Via
Trigeminal.
Os neurônios sensitivos que captam estímulos
exteroceptivos da face (dor, tato, pressão, temperatura)
ou propriocepção de músculos e articulações, são os
primeiros neurônios da via. Seus prolongamentos centrais
chegam em núcleos no tronco encefálico (onde o
estímulo ainda não é interpretado) e realizam sinapse
(segundo neurônio de via) que levam o estímulo para
centros nervosos superiores (terceiro neurônio da via)
onde já há interpretação do estímulo.
DOR; TATO; MÚSCULOS FAZ SINAPSE INTERPRETA O ESTÍMULO
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O Nervo Alveolar Superior Posterior também é ramo colateral do Nervo Maxilar. Responsável pela
inervação da polpa e periodonto dos dentes molares exceto da raiz mésio-vestibular do 1º molar
superior, inerva ainda a gengiva vestibular desta região.
Ao penetrar na Fissura Orbital Inferior o Nervo Maxilar passa a chamar-se Nervo Infraorbital. Emite
os ramos Nervo Alveolar Superior Médio e Anterior. O Nervo Alveolar Médio é responsável pela
inervação da polpa e periodonto dos dentes pré-molares e da raiz mésio-vestibular do 1º molar
superior, e o Nervo Alveolar Superior Anterior pela polpa e periodonto dos dentes anteriores.
O Nervo Infraorbital exterioriza-se no Forame Infraorbital através do Ramalhete Infraorbital
responsável pela inervação da palpebra inferior (ramo palpebral), asa do nariz (ramo nasal), lábio
superior (ramo labial) e gengiva vestibular da região anterior (ramo gengival).
Em vista medial, observa-se a relação anatômica dos Nervos Palatinos com o Gânglio
Pterigopalatino.
O Nervo Palatino Maior é responsável pela inervação da mucosa do palato duro e gengiva lingual
da região dos pré-molares até o limite com o palato mole. O Nervo Palatino Menor inerva o palato
mole.
O Nervo Nasopalatino percorre o septo nasal e atravessa o forame incisivo levando inervação para a
mucosa e gengiva lingual da região dos dentes anteriores.
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Nervo Mandibular (V3)
Terceiro ramo do Nervo Trigêmeo, por possuir uma porção sensitiva e uma motora, caracteriza o V
(quinto) par craniano como nervo misto.
Antes de exteriorizar-se pelo Forame Oval (origem aparente craniana), podemos observar
individualmente a porção sensitiva e a porção motora.
Divide-se didaticamente em um Tronco Anterior Menor que dirige-se para anterior, e Tronco Posterior
Maior com sua maior porção de direção inferior.
O Tronco Anterior divide-se em dois outros troncos:
Tronco têmporo-masseterino – Originando os nervos temporal profundo posterior e Nervo
Massetérico.
Tronco têmporo-bucal – Originando os nervos temporal profundo anterior e Nervo Bucal.
Nervos Temporais – Profundos vão inervar o Músculo Temporal e a
Cápsula da ATM.
Nervo Massetérico – Vai inervar o Músculo Masséter e também a
Cápsula da ATM.
Nervo Bucal – Inerva a mucosa e a pele da bochecha, a gengiva
vestibular dos molares inferiores podendo chegar até a região de pré-
molares e algumas vezes a gengiva vestibular dos molares superiores.
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Referências Bibliográficas
MADEIRA, Miguel Carlos; CRUZ-RIZZOLO, Roelf J. Anatomia da face: bases anatomofuncionais para a
prática odontológica. 8. ed. São Paulo, SP: Sarvier, 2012. 244 p.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 6ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
APOSTILA SEM FINS LUCRATIVOS ELABORADA POR ACADÊMICA DE ODONTOLOGIA COM BASE NO CONTEÚDO DE ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO. O MATERIAL PODE
APRESENTAR ERROS ORTOGRÁFICOS E INTERPRETATIVOS. USE APENAS COMO UM GUIA DE ESTUDOS, O VERDADEIRO CONHECIMENTO ESTÁ NOS LIVROS.
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