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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

Anatomia do Esqueleto Axial


Parte 1: Crânio
PROF.ª DR.ª LUCIANA SOBRAL MOREIRA
DOUTORA EM BIOLOGIA CELULAR E ESTRUTURAL
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ANATOMIA
DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA À MEDICINA - 1

Campinas, 2023
Anatomia do
Esqueleto Cefálico
Crânio:
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➢ Faz parte do esqueleto axial

➢ Funções:
• Abriga e protege as estruturas
encefálicas;
• Abriga e protege órgãos da visão,
audição, olfato e gustação, vasos e
nervos;
• Relaciona-se com o sistema respiratório
e digestório;
• Local para inserção muscular.
(Fonte: Colicigno et al. 2009)
Esqueleto axial
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➢Viscerocrânio (n = 14) ➢ Neurocrânio (n = 8)


• Ossos Nasais  Osso Frontal
• Ossos Lacrimais  Osso Occipital
• Vômer  Ossos Parietais
• Conchas Nasais Inferiores  Ossos Temporais
• Maxilas  Osso Esfenóide
• Palatinos  Osso Etmóide
• Zigomáticos
(Fonte: Netter, 2018)
• Mandíbula
Esqueleto axial
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(Fonte: ABRAHAMS, P. H.; et al. 2008) (Fonte: PARKIN, I.; et al. 2007) (Fonte: ABRAHAMS, P. H.; et al. 2008)
Articulações do crânio

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Esqueleto axial
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CALVÁRIA CRANIANA

Osso frontal
Ossos parietais
Osso occipital

(Fonte: Netter, 2018)


Crânio 8
BASE DO CRÂNIO
 Ossos de sustentação das
estruturas encefálicas;
 Proteção;
 Permite a passagem de
estruturas vasculares e
nervosas que chegam ou
saem da cavidade
craniana.

Limites anatômicos das fossas:


 Fossa anterior do crânio (Fonte: PARKIN, I.; et al. 2007)
 Fossa média do crânio
 Fossa posterior do crânio
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Base do crânio

Acidentes ósseos:
forames, canais, meatos,
sulcos, crista, dentre
outros.
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Crescimento do crânio
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Aspectos etários:

• Presença dos fontículos e


sincondroses;

• Processo da sinostose;

➢ Suturas do crânio;

➢ Dentição;

➢ Proporções dos seios da face, da


maxila, da mandíbula e das
cavidades da face.
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(Fonte: Colicigno et al. 2009)

Crânio (processo de crescimento):

• O tecido conectivo que se interpõe entre as superfícies articulares dos ossos do


crânio é mais abundante nessa fase;

• É observada a presença dos fontículos (ou fontanelas);

• Os fontículos desaparecem, por causa do processo de ossificação, até ~ 2 anos de


idade.
Esqueleto axial
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*Condição clínica:
sinostose precoce
(craniosinostose)

Sinostose: processo
de ossificação do
tecido interposto.
Crânio (processo de crescimento): 14

 Sincondrose esfeno-occipital;
sincondrose esfeno-petrosa – estão
presentes na base do crânio durante a
fase de crescimento até à idade
adulta jovem, com consequente fusão
destes dois ossos.
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Características anatômicas do crescimento mandibular


Esqueleto axial
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Estrutura funcional do crânio

➢ Características que conferem ▪ Forma ovóide do crânio;


elasticidade e resistência ▪ Suturas (tipos);
▪ Pilastras (ou pilares) de reforço ósseo;
▪ Pontos de menor resistência;
▪ Base do crânio: centro de maior
Resistência às forças resistência;
exercidas por: ▪ Osso esponjoso – a orientação trabecular
➢ Ação muscular (tração ou é influenciada por forças mecânicas;
força compressiva), ex.: ▪ Osso compacto – o espessamento e a
mastigação; orientação - local de concentração e
➢ Traumas. dissipação de forças.
Esqueleto axial
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Pilastras de reforço ósseo do crânio
(neurocrânio):

➢ Pilastra Frontal (está no plano mediano,


anterior)
➢ Pilastras Orbitoesfenoidais (são bilaterais,
oblíquas e anteriores)
➢ Pilastras Petromastóideas (são bilaterais,
oblíquas e posteriores)
➢ Pilastra Occipital (está no plano mediano,
posterior)
 Pilastras convergem para a base do crânio
→ maior resistência → parte basilar do osso
occipital e corpo do esfenóide. DANGELO &
FATTINI, 2011
Esqueleto axial

Pontos de reforço do neurocrânio: 18

➢ Glabela;
➢ Processo zigomático do frontal;
➢ Processo mastoide;
➢ Protuberância occipital externa.

Pontos unidos por três arcos:


➢ Arco superciliares;
➢ Linhas temporais;
(Fonte: ABRAHAMS, P. H.; et (Fonte: PARKIN, I.; et al. 2007)
➢ Linhas nucais. al. 2008)
Esqueleto axial
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Pilares de reforço ósseo da face
(viscerocrânio):

➢ Pilar canino ou frontonasal (da região


do canino em direçãoà glabela)
➢ Pilar zigomático (da região do 1º
molar ao osso zigomático e então
bifurca-se)
➢ Pilar pterigoideo (da região dos
últimos molares ao processo
pterigoide do osso esfenóide)
➢ Arco supranasal
➢ Arco infranasal
➢ Arco supraorbitário Madeira, M. C; Rizzolo, R. J.C.; 2012

➢ Arco infraorbitário
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Madeira, M. C; Rizzolo, R. J.C.; 2012


Esqueleto axial
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Zonas de maior resistência - Mandíbula

Trajetória marginal: forças dissipam pelas


bordas posterior e inferior da mandíbula
(ação dos mm. masseter e pterigoideo
medial);

Trajetória temporal – do processo


coronóide em direção ao corpo da
mandíbula – borda anterior do ramo (ação
do músculo temporal);
Madeira, M. C; Rizzolo, R. J.C.; 2012

Trajetória alveolar – pressão dos dentes


inferiores nos alvéolos – corre
diagonalmente.
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• Enfraquecimento do aparelho
mastigatório;
• Densidade óssea da lâmina
cortical é diminuída;
• Trabéculas do osso esponjoso
tornam-se mais delgadas;
• Desequilíbrio no processo de
remodelação óssea
(reabsorção),
• Provoca modificações
estruturais das estruturas
Madeira, M. C; Rizzolo, R. J.C.; 2012
ósseas.
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Pontos craniométricos
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Pontos craniométricos
Craniometria: técnica que determina a medição do crânio de
maneira sistematizada universalmente.
Pontos craniométricos: são pontos de referência para a
realização de medidas e análises craniométricas, para avaliar
por exemplo, aspectos morfológicos do crânio, aspectos
antropométricos, características do crescimento do crânio,
referência para a localização de estruturas, dentre outros.
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PONTOS CEFALOMÉTRICOS
Pontos anatômicos de referência para a realização de traçados e
análises cefalométricas, para avaliar, por exemplo, o crescimento,
analisar alterações dentoesqueléticas, para cirurgias
bucomaxilofacial, para determinar um plano de tratamento e
avaliação dos resultados terapêuticos.
Referências Bibliográficas: 29

 DÂNGELO, J. G. & FATTINI J. G. – Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. São Paulo: Livraria
Atheneu, 2011
 MOORE, K. L. e DALLEY, A.F. Anatomia. Orientada para a clínica. 5º Edição. Rio de Janeiro. Editora
Guanabara Koogan. 2011
 Gardner, E. D. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4ªed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013.
 ABRAHAMS, P. H.; BOON, J. M.; SPRATT, J. D. McMinn’s Atlas clínico de anatomia humana. 6ª
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
 PARKIN, I.; LOGAN, B. M.; McCARTHY, M. J. Core Anatomy Illustrated. 1 ªed. London, Hodder
Arnold, 2007.
 MADEIRA, M. C., RIZZOLO, R. J. C. Anatomia da face: Bases anatomofuncionais para a
prática odontológica. 8ª ed. São Paulo, Sarvier, 2012.
 TEIXEIRA, L. A. S.; REHER, P.; REHER, V. G. S. Anatomia Aplicada à Odontologia. 3ª ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 2020.
 Atlas de dissecções. Atlas básico de Neuroanatomia Humana. Instituto de Biologia-
UNICAMP.
 NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
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e-mail: luciana.moreira@puc-campinas.edu.br

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